Segundo Sandra Joyce, Vice-Presidente de Inteligência de Ameaças do Google, o Brasil é o país mais visado na América Latina devido à riqueza, à extensa cadeia de suprimentos e à grande comunidade de cibercrime
O Brasil é o país mais visado para ataques cibernéticos na América Latina, muito à frente da Colômbia e Argentina. Dados do Google e relatórios como o da Netscout (que registrou mais de 550 mil ataques DDoS só no primeiro semestre de 2025) reforçam essa vulnerabilidade.
Em um encontro com jornalistas, Sandra Joyce, Vice-Presidente de Inteligência de Ameaças do Google, explicou os motivos pelos quais o Brasil se tornou um alvo prioritário para hackers e como a Inteligência Artificial (IA) se tornou um desafio e uma ferramenta de defesa.
Os Quatro Fatores que Tornam o Brasil um Alvo
Sandra Joyce destacou que, por ser o maior e mais rico país da América Latina, o Brasil sempre atrairá criminosos. O olhar dos agentes maliciosos se concentra nas oportunidades e na riqueza intelectual e de inovação do país.
Os quatro fatores principais que colocam o Brasil na mira do cibercrime são:
- Grande comunidade de cibercrime atuante na região.
- Espionagem patrocinada por outros países (como a Coreia do Norte, que infiltra trabalhadores de TI patrocinados pelo Estado).
- Adoção avançada de criptomoedas, que são a “moeda de escolha” dos cibercriminosos.
- Cadeia de suprimentos extensa, o que facilita a infiltração de agentes sem que sejam notados.
Ataques Mais Comuns e Setores Afetados
A executiva revelou que o ataque mais frequente no Brasil é o ransomware, onde dados são roubados e usados como moeda de troca para exigir pagamentos.
Outros tipos de ataques observados no país incluem:
- Infostealers: Roubo de informações pessoais para venda na dark web.
- Extensões maliciosas.
- Banking Trojans: Malwares focados em roubar informações bancárias.
Os setores mais visados pelos cibercriminosos no país são Manufatura, Tecnologia, Serviços Jurídicos, Varejo e Serviços Governamentais.
O Desafio da Inteligência Artificial
A IA se tornou uma faca de dois gumes no cenário de cibersegurança. Os hackers a utilizam para refinar ataques, como escrever códigos e criar mensagens de phishing mais personalizadas e com gramática perfeita, tornando os golpes mais difíceis de serem identificados.
Contudo, o Google também usa a IA na defesa, o que gera otimismo. A tecnologia é empregada para:
- Encontrar vulnerabilidades antes dos hackers.
- Reduzir o tempo de resolução de tarefas e criação de relatórios.
O desafio futuro, segundo Joyce, é garantir que os “defensores” permaneçam sempre à frente dos “atacantes” à medida que os cibercriminosos também aprimoram suas técnicas com a IA.
Dicas de Proteção
Para se proteger das ameaças, a executiva aconselha as empresas a priorizarem servidores que tenham a segurança dos dados como foco. Para o usuário comum, as dicas são:
- Ter pensamento crítico e desconfiar de urgência nos golpes.
- “Parar por um momento” antes de reagir a solicitações urgentes.
- Ter cautela ao compartilhar dados pessoais com chatbots e ferramentas de IA.
Fonte: Olhar Digital
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24/09/2025 at 00:05
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