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Brasil

Primeiras Cotas de Reserva Ambiental (CRAs) do país são emitidas na Mata Atlântica

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Após 13 anos da Lei Florestal, o governo federal emitiu as 98 primeiras CRAs, incluindo uma da RPPN Rio Bonito de Lumiar (RJ), inaugurando um mercado que pode movimentar R$ 12,75 bilhões anuais. O título permite a compensação de passivos de Reserva Legal em fazendas.

O Brasil deu o primeiro passo para a consolidação de um novo mercado verde com a emissão das primeiras 98 Cotas de Reserva Ambiental (CRAs), um mecanismo previsto desde a legislação florestal de 2016. Uma dessas primeiras cotas foi emitida pela Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Rio Bonito de Lumiar, localizada em Nova Friburgo, Rio de Janeiro, em um majestoso trecho de Mata Atlântica.

As CRAs permitem que proprietários rurais com passivos de Reserva Legal (parcela de vegetação nativa que deve ser mantida) compensem essa falta por meio da compra de vegetação nativa preservada ou em recuperação em outras áreas.

💰 Mercado Bilionário e Ganhos para o Produtor

O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) vê a emissão como o início de um mercado que pode movimentar até R$ 12,75 bilhões anuais. Cada título representa um hectare e pode ser comercializado em bolsas de valores, além de ser usado para pagamentos por serviços ambientais (PSA).

O diretor-geral do SFB, Garo Batmanian, projeta que as CRAs:

  • Contribuam para conservar 251 milhões de hectares de florestas.
  • Gerem R$ 12,5 milhões em recursos para os proprietários rurais.
  • Dobre a renda de muitos pequenos produtores.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, classificou a medida como justa, destacando que ela estimula a proteção ambiental e contribui para evitar o agravamento da crise climática.

🌿 A RPPN Rio Bonito de Lumiar

A RPPN Rio Bonito de Lumiar, com 158 hectares, é um exemplo de unidade de conservação de gestão privada e proteção perpétua. Seu proprietário, o médico e ambientalista Bernardo Furrer, destacou que as CRAs têm grande potencial para combinar a proteção da natureza com o desenvolvimento social e econômico local, favorecendo a educação ambiental, pesquisa e o turismo ecológico.

A demora de 13 anos para a emissão das cotas deveu-se, em grande parte, à dificuldade na consolidação e no alinhamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR) com os estados, que são responsáveis pela validação dos registros.

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Com informações: ECO

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