Projeto Cultura de Paz leva oficina de hip-hop a alunos de escola pública em Vicente Pires

Usando a música e livros como ferramentas, a iniciativa do GDF promove valores de convivência pacífica, como empatia e respeito, com foco na prevenção ao bullying desde as séries iniciais

Cerca de 50 estudantes do 4º e 5º ano da Escola Classe Colônia Agrícola Vicente Pires participaram, nesta quarta-feira (17), de uma oficina de hip-hop que integra o Projeto Cultura de Paz. A iniciativa, do Governo do Distrito Federal (GDF), utiliza a música, a literatura e atividades educativas para promover a convivência pacífica e prevenir o bullying no ambiente escolar.

Durante a oficina, os alunos cantaram um rap criado pelo produtor Ângelo Augusto Fonseca, com versos que celebram a paz e o respeito. Fonseca destacou o potencial do hip-hop como ferramenta de engajamento e aprendizado. “O hip-hop salvou a minha vida e pode transformar outras. É uma forma de dar voz a quem muitas vezes não é ouvido. Ver as crianças cantando e assimilando o refrão mostra que a música é uma ferramenta poderosa para ensinar valores”, afirmou.

Impacto e Continuidade

O projeto é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação e o Instituto Latinoamerica e foi idealizado pelas educadoras Débora Bianca e Lair Franca. A iniciativa foca na promoção de valores como empatia e respeito às diferenças, principalmente nas séries iniciais. Na Escola Classe Colônia Agrícola Vicente Pires, já foram distribuídos 100 livros e apresentado o mascote Pazito, o passarinho da palavra.

A diretora da escola, Karine Lopes Gonçalves, observou resultados positivos, como a maior tranquilidade e o sentimento de pertencimento entre os alunos. “O impacto no comportamento é visível, com mais respeito às diferenças e menos conflitos”, destacou. Os próprios estudantes reforçaram o aprendizado, com a aluna Ana Elizabeth Castro, de 9 anos, mencionando a importância de não colocar apelidos para evitar a tristeza dos colegas.

Atanagildo Brandolt, presidente do Instituto Latinoamerica, garantiu que o projeto terá continuidade, reforçando que a “cultura de paz não se constrói com um ato ou decreto. É uma prática diária”. A iniciativa tem como objetivo sensibilizar crianças, professores e famílias para que o bullying e outras formas de agressão não sejam normalizadas.

Fonte: Agência Brasília / Jornal de Brasília