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Distrito Federal

Propriedade rural de Brazlândia é referência internacional em preservação hídrica

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Grupo de 20 pessoas da República Dominicana foi até o local para um intercâmbio de informações

Uma propriedade de 18 hectares foi o destino final de um grupo de cerca de 20 pessoas da República Dominicana. Localizada em Brazlândia, mais precisamente no Núcleo Rural Capão da Onça, a terra do produtor Vicente Jorge Ferreira, 72 anos, foi a primeira a aderir ao projeto Produtor de Água no Descoberto e se tornou uma referência nacional e internacional na preservação da Bacia do Alto Descoberto.

Os profissionais estrangeiros estiveram no local para conferir as boas práticas adotadas para promover a preservação ambiental. O grupo foi recebido por representantes da Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

O principal objetivo do projeto é tornar a Bacia do Alto Descoberto referência na produção sustentável de água e de alimentos para garantir a segurança hídrica e a manutenção da vocação rural da região, por meio de práticas de conservação de solo e água, proteção e restauração da vegetação nativa.

“No DF, são mais de 25 instituições parceiras que apoiam o projeto. A ideia é que o produtor produza a água e o alimento. Ele também recebe ações para manter a caracterização da propriedade dele. Ele preserva o espaço e ganha incentivos dos parceiros”, explicou a coordenadora do Projeto Produtor de Água no Descoberto pela Emater, Anne Caroline Lobo Borges.

O principal objetivo do projeto é tornar a Bacia do Alto Descoberto referência na produção sustentável de água e de alimentos | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

“Esse projeto é um exemplo do nosso compromisso com a sustentabilidade e a gestão responsável dos recursos hídricos. A Caesb é a responsável pelo abastecimento do DF, nós atendemos 99% da população com rede de água e coletamos 92,31% do esgoto, que é 100% tratado. Esses números colocam o DF entre as regiões com melhor saneamento básico no país. ‌A companhia tem a honra de receber a comitiva da República Dominicana em nosso país”, defendeu o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis.

O projeto Produtor de Água no Descoberto visa ampliar a segurança hídrica e promover a adequação e regularização ambiental das propriedades rurais, bem como um modelo de incentivo financeiro aos proprietários rurais que aderirem ao projeto, incluindo atividades de educação ambiental.

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No Núcleo Rural Capão da Onça, a terra do produtor Vicente Jorge Ferreira, 72 anos, foi a primeira a aderir ao projeto Produtor de Água no Descoberto

“O que mais chama atenção aqui nesta propriedade são as pessoas. É importante ver a disposição delas em abraçarem a ideia de fazer essa mudança de comportamento para uma possibilidade de um mundo melhor, de conservação da natureza”, elogiou o representante da ANA no projeto, Luís Augusto Preto.

Para a encarregada da Cooperação Sul-Sul pela República Dominicana, Letícia Sanchez, o intercâmbio de informações no Brasil vai possibilitar implementar boas práticas no país. “Temos apenas 11 milhões de habitantes, então o aprendizado aqui vai ser muito importante porque sabemos do impacto que esse projeto tem causado aqui em Brasília. Nós precisamos levar isso para a República Dominicana”, defendeu Letícia.

Ciente da responsabilidade de motivar outros produtores a seguirem o mesmo caminho, Vicente Jorge Ferreira segue traçando estratégias para preservar o local onde mora. “Eu fui o primeiro a aderir ao projeto aqui em Brasília. Eu fiz questão porque, apesar de não ter obrigação de ter reserva legal na minha propriedade, eu acho que é importante ter mesmo assim. Nós temos três reservas aqui e, entre 2023 e 2024, nós plantamos 730 árvores. Nós temos um compromisso com o presente e o futuro, por isso precisamos preservar”, concluiu o produtor rural.

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Fato Novo com informações: Agência Brasília

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Distrito Federal

Agências do trabalhador têm 849 vagas abertas nesta quinta-feira (12)

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Oportunidades são para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência; salários chegam a R$ 3,4 mil

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta quinta-feira (12), 849 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência. Algumas oportunidades são exclusivas para pessoas com deficiência. Os salários chegam a R$ 3,4 mil.

Dois postos oferecem a remuneração mais alta: serralheiro e soldador, ambos em Ceilândia. Há uma vaga aberta para cada um deles. Nos dois casos, não há exigência de escolaridade mínima nem de experiência prévia.

Já o cargo com mais vagas abertas é o de auxiliar de limpeza, no Guará. São 60 oportunidades, todas exclusivas para pessoas com deficiência. É preciso ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência. O salário é de R$ 1.629,62.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

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Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail gcv@setrab.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).


*Agência Brasília

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Biografia

Trajetória de professora inspira filme ao transformar vidas na rede pública do DF

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História de Gina Vieira, criadora do projeto Mulheres Inspiradoras, vai estrear nas telas do cinema brasileiro destacando o impacto da educação humanizada

A educação encontrou na professora Gina Vieira Ponte uma aliada que transcende as barreiras da sala de aula. Nascida em Ceilândia, filha de pais trabalhadores e com uma trajetória marcada por adversidades, Gina decidiu, ainda jovem, que faria das escolas públicas do Distrito Federal um espaço de transformação. Inspirada por sua mãe, dona Djanira, que sempre lhe ensinou a importância de ser independente, e por uma professora que mudou sua perspectiva de vida, Gina trilhou um caminho que hoje inspira estudantes, colegas e até o cinema nacional.

Foi em 2014, no Centro Ensino Fundamental (CEF) 12 de Ceilândia, que Gina deu vida ao projeto Mulheres Inspiradoras, uma iniciativa que começou com a inquietação de uma professora preocupada com a falta de engajamento dos jovens com a escola e o aprendizado. Em um mundo onde os exemplos femininos muitas vezes reforçam estereótipos, Gina propôs algo diferente: apresentar histórias de mulheres que romperam barreiras e construir, junto aos alunos, narrativas de superação e empoderamento.

“Eu criei o projeto porque estava cansada de ver meninas abandonarem a escola diante de tantas dificuldades. Queria que elas pudessem enxergar o aprendizado como uma possibilidade para superarem as circunstâncias e dificuldades que viviam naquele momento”, compartilha a professora.

Uma jornada de superação e aprendizado

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“Tenho muito orgulho em ver professores na nossa rede pública de ensino, meus colegas, como a professora Gina Vieira, se tornarem referências e história de filmes. Isso evidencia a alta qualificação dos profissionais que temos dentro das nossas escolas, capazes de potencializar o desempenho dos nossos estudantes”

Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

Ainda no início, o projeto enfrentou resistência — muitos alunos não acreditavam na própria capacidade de escrever. “Era um momento desafiador, mas também visceral para mim. A prática pedagógica tinha que ser diferente para que fizesse sentido para eles”, explica Gina.

O projeto envolveu desde a leitura de obras de grandes escritoras até a produção de biografias de mulheres inspiradoras, tanto figuras públicas quanto heroínas anônimas do dia a dia dos estudantes. A iniciativa, que começou com cinco turmas de adolescentes, logo se expandiu, alcançando a marca de 50 escolas e sendo reconhecida nacional e internacionalmente.

“Foi uma experiência muito produtiva do ponto de vista da aprendizagem. É um projeto fruto de muito estudo e pesquisa. É impossível trabalhar em escola pública de periferia sem lidar com situações de violação de direitos, e a minha prática pedagógica não poderia ser indiferente a isso. Ao todo, foram 20 prêmios nacionais e internacionais que reconhecem o sucesso do projeto”, revela.

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“O projeto Mulheres Inspiradoras, criado pela professora Gina auxilia na construção de uma cultura que promove valores e atitudes que garantem o respeito aos direitos das mulheres em todos os âmbitos da sociedade”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Impacto além dos muros da escola

O vice-diretor do CEF 12 de Ceilândia à época do projeto, Rosevaldo Queiroz, testemunhou o bom desempenho dos alunos após a implementação da iniciativa. “O projeto mudou mentalidades, especialmente ao mostrar que as mulheres inspiradoras estavam não apenas nos livros, mas ao lado deles, nas suas famílias. Era algo revolucionário para uma escola que enfrentava desafios entre os alunos.”

Prova do sucesso do projeto, os resultados logo começaram a aparecer. Em 2015, o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola alcançou a meta projetada para 2021, segundo o então vice-diretor.

Uma história que chega ao cinema

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Em breve, a história de Gina e de seu projeto será representada nas telas dos cinemas brasileiros. Ainda em fase de gravação, o longa-metragem, dirigido pelo cineasta brasiliense Cristiano Vieira, é uma obra ficcional com base em experiências narradas pela professora. “Começamos na produtora com o objetivo de contar histórias de Brasília. Eu soube da Gina e fiquei impactado com o projeto dela”, conta o diretor.

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Distrito Federal

“Prova DF” avalia mais de 58 mil estudantes da rede pública

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Primeira edição do exame abrange alunos dos anos iniciais do ensino fundamental; objetivo é diagnosticar o desempenho dos alunos em diferentes etapas do processo de ensino e aprendizagem

A Secretaria de Educação (SEEDF) mobilizou 246 instituições educacionais públicas para a aplicação da Prova DF 2024, que teve início na última quinta-feira (5) e segue até esta sexta (13). A avaliação integra a implementação do Sistema Permanente de Avaliação Educacional do Distrito Federal (SipaeDF), com o objetivo de diagnosticar o desempenho dos estudantes da rede pública em diferentes etapas do processo de ensino e aprendizagem.

Essa é a primeira edição da avaliação, voltada para estudantes do 2º e 5º anos do ensino fundamental, e envolve 2.949 turmas e 58.541 alunos. Os participantes serão avaliados em língua portuguesa e matemática. “A Prova DF é uma ferramenta essencial para monitorar a qualidade da educação básica e identificar áreas que precisam de intervenção para melhorar os indicadores educacionais do Distrito Federal”, resumiu a subsecretária de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação, Franciscleide Rodrigues Ferreira.

“A avaliação representa um importante passo para orientar ações de planejamento educacional de curto, médio e longo prazo, reforçando o compromisso da SEEDF em ofertar uma educação de qualidade”

Maria Luzineide Ribeiro, diretora de Avaliação da SEEDF

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A chefe da Unidade de Planejamento da Oferta, Supervisão e Avaliação Educacional, Vanessa Arruda, ressaltou que os dados obtidos a partir da Prova DF são indispensáveis para um diagnóstico preciso das necessidades educacionais.

“Eles permitem a continuidade de um monitoramento mais robusto e a implementação de políticas voltadas à superação dos desafios do cenário educacional; além disso, esses dados contribuirão para a composição do Índice de Qualidade da Educação do Distrito Federal”, ressaltou.

Para a diretora de Avaliação, Maria Luzineide Ribeiro, o sistema coloca o Distrito Federal entre as unidades da Federação com instrumentos próprios de avaliação educacional. “A avaliação representa um importante passo para orientar ações de planejamento educacional de curto, médio e longo prazo, reforçando o compromisso da SEEDF em ofertar uma educação de qualidade”, explicou.

Sobre a Prova DF 

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