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Educação

Racismo Estrutural: 63% dos jovens fora do ensino superior no Brasil são negros, revela British Council

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Um novo estudo do British Council aponta que 63% dos jovens brasileiros que não ingressam ou não concluem o ensino superior são negros (pretos ou pardos), evidenciando o impacto do racismo estrutural no acesso à educação. Dificuldades financeiras (39%) e responsabilidades familiares são citadas como principais barreiras

Um estudo recente realizado pelo British Council trouxe à tona dados preocupantes sobre a desigualdade racial no acesso à educação superior no Brasil. A pesquisa revela que 63% dos jovens que não conseguem ingressar na universidade são negros — pretos ou pardos.

O dado é alarmante, considerando que os jovens negros representam 55,5% da população, mas estão desproporcionalmente afastados das salas de aula. Metade das pessoas na faixa etária entre 19 e 24 anos no país não estuda nem concluiu uma graduação.

Principais Barreiras ao Acesso

As dificuldades que afastam a juventude negra do ensino superior são predominantemente de natureza socioeconômica:

Barreira Porcentagem de Citação
Dificuldades Financeiras 39%
Responsabilidades Familiares 19%
Problemas de Transporte 19%
Falta de Apoio Pedagógico 18%
Ausência de Cursos de Qualidade 17%

Desigualdades no Mercado de Trabalho e Renda

As disparidades observadas na educação se aprofundam no mercado de trabalho, reforçando o ciclo de desigualdade econômica:

  • Informalidade e Renda: Jovens negros ocupam majoritariamente postos informais e recebem salários significativamente menores que seus colegas brancos.
  • Sobrevivência: Mais da metade dos jovens negros sobrevive com menos de um salário e meio, e quase 40% afirmam não conseguir arcar com as despesas básicas.
  • Diferença Salarial: Pretos recebem, em média, 31% menos que a média nacional, e pardos ganham 12% menos. Em contraste, jovens brancos superam a média em 19%.

A situação é oposta para os jovens brancos: 47% recebem acima de dois salários mínimos, contra 35% entre pardos e apenas 22% entre pretos.

Racismo Cotidiano

O estudo também confirma a persistência do racismo cotidiano:

  • 86% dos pretos e 71% dos pardos afirmaram já ter sido alvo de preconceito.
  • As experiências mais comuns incluem piadas, apelidos, desconfiança em espaços públicos e a percepção de que as escolas abordam o tema do racismo de forma superficial.

Com informações: Revista Fórum

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