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Comportamento

Relações tóxicas e torturas psicológicas

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Por Uemerson Florencio

A maioria das pessoas tóxicas são mestras em ilusionismo, pois costumam se camuflar, se esconder por traz demáscaras comportamentais. Como são frias, calculistas e perigosas vivem com o propósito de atrair e reter as suas vítimas para colocar em práticas os planos mais sombrios. Costumam identificar as carências das vítimas com o objetivo de acessar a vida particular delas, bem como, saber dos seus costumes e desejos. Você consegue identificar estas pessoas em sua vida neste momento?

Em alguns casos costumam chamar a vítima pelo apelido, expressões de carinho ou no diminutivo. A partir daí, passam a adotar posturas de controle emocional sutis ou agressivas, o que pode ter como consequência, espaço para diversos tipos de torturas psicológicas ou físicas. Estas atitudes dão origem ao pensamento que diz: No início do relacionamento tudo são flores”, depois são dores. Faça uma pausa e reflita sobre os seus três últimos relacionamentos amorosos e observe: Quais entre eles causou mais danos em você?

Pare, respire e se esforce para enxergar a toxidade desta pessoa com total clareza, com a mesma frieza e imparcialidade de modo que não haja espaço para novas manipulações. Adote uma postura enriquecida de profunda firmeza de propósito. Se você tomou alguma decisão, não volte atras, quanto ao seuposicionamento. Como consegue identificar pessoas manipuladoras ou tóxicas?

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A maioria das pessoas tóxicas fazem chantagens emocionais, adota a posição de vítima e apela para o choro. Elas costumam elaborar histórias dramáticas para lhe impressionar e enfraquecer emocionalmente. São altamente dissimuladas, falsas, não encaram ou não costumam reconhecer e aceitar a verdade. Seus relacionamentos são tóxicos? Porque você geralmente segue para este tipo de relação? 

Elas têm condutas infantis ao demonstrar que não sabem lidar com perdas na vida, quando se refere a relacionamento, não aceita finalizações ou rejeições. Atenção: Elas podem adotar posturas vingativas através de injúrias e ofensas contra a vítima perante a redes sociais, nas amizades, entre até os familiares da vítima e no ambiente de trabalho. 

Recomenda-se buscar apoio de profissionais da justiça ou a polícia de acordo com a realidade instalada. Cuide da sua integridade física e segurança judicial. Se você já passou por torturas psicológicas geradas por pessoas tóxicas que afetou o seu físico, porque nunca buscou ajuda? Estava cômodo para você ou não sabia como sair desta realidade? 

É muito importante que você sempre compartilhe as ocorrências que a pessoa tóxica faz você passar, aprenda a se abrir e desabafar com familiares e amigos, busque aconselhamentos sérios. Você está com disposição?

Como elas são pessoas tóxicas, não dê o valor que elas não têm em suas vidas, pois se você der este valor imaginário, elas se sentirão fortes e continuarão a lhe dominar. Você não se arrepende de alguma atitude que deixou de adotar contra estes tipos de pessoas?

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Pare, respire e blinde o seu coração. Se prepare mental, emocional, física e espiritualmente para garantir o afastamento pleno destas conexões infelizes. Alerte-se para não ser uma pessoa sequestrada emocionalmente pelas mediocridades destas cargas tão pesadas. Você merece respirar felicidade em outros ares!


* Uemerson Florêncio –(Brasileiro).Empreendedor. Palestrante, Pesquisador, Escritor, Correspondente Internacional e Treinador em análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises. Pesquisa e escreve sobre desenvolvimento de cidades. Criador do método pentágono da comunicação. Gestor de conteúdo do site da empresa Conceito Treinamentos no Brasil.

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Comportamento

“O lúpus não é o fim da linha, é possível conquistar diversas coisas, mesmo depois do diagnóstico” declara advogada diagnosticada com a doença

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Marcela chegou a acreditar que não sobreviveria à doença, mas hoje está determinada e mostrar que a vida vai além do diagnóstico

Marcela tem 40 anos e teve a vida marcada por desafios intensos em diversas áreas de sua vida: familiar, financeira e de saúde. Desde jovem, ela sonhava em ser advogada e, com muita determinação, fez de tudo para alcançar esse objetivo. Para arcar com os estudos, vendeu cartões de crédito, entregou panfletos, fez faxinas, até conseguir um emprego com carteira assinada. No entanto, sua jornada foi interrompida quando perdeu o emprego e precisou abandonar a faculdade.

Os primeiros sintomas do lúpus surgiram em meio a esse cenário de preocupação e frustração. Marcela é uma das sete novas pessoas que compartilharam sua história de vida com o diagnóstico de uma doença rara na série Viver é Raro e relata que se assustou com a gravidade dos seus sintomas: “Em um mês eu já estava 20 quilos mais magra, tinha dificuldade para falar, andar, eu tinha a famosa asa de borboleta, pressão intracraniana, eu tinha edema de papila bilateral, pseudotumores na cabeça, hemorragia na pleura, dispneia, meu cabelo caiu, meu nariz e boca eram cheios de úlceras… Tive muita dificuldade de fechar o diagnóstico, muitos médicos diziam que eu tinha algum tipo de câncer no sangue. Nessa época, não queria falar nem ver ninguém e me mudei para casa da minha mãe”, ela relembra.

Já mãe de um menino, Marcela chegou a se despedir dele e de sua família, pois estava com medo de não sobreviver ao que estava acontecendo em seu corpo. Felizmente, sua família fez uma vaquinha para que ela pudesse consultar com um especialista e o Dr. Roger Levi finalmente a ajudou a fechar o diagnóstico.

O lúpus, uma doença autoimune complexa, atinge principalmente mulheres em idade fértil, como Marcela, e causa inflamações em diferentes órgãos e tecidos, incluindo pele, articulações, rins e cérebro. Apesar de tudo, foi o lúpus que a reaproximou de sua mãe, hoje sua melhor amiga, e fortaleceu os laços com seu marido, que nunca saiu do seu lado e foi essencial para que ela superasse os momentos mais difíceis da doença.

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Com o apoio de sua família e já em tratamento, Marcela conseguiu realizar seu sonho de se formar em Direito. “Eu me formei em 2016 e já saí da faculdade aprovada no exame da OAB. Meu marido é meu companheiro em tudo, e minha mãe é minha melhor amiga. Hoje, sou a coluna da minha rede de apoio e tento retribuir tudo o que fizeram por mim.” Atualmente, Marcela é advogada, tem seu próprio escritório, é Presidente da OAB Mulher de Queimados, no Rio de Janeiro e faz palestras sobre violência doméstica e empoderamento feminino. Recentemente, ela e sua amiga Daniele Carvalho, também advogada, criaram o podcast “Visão Delas Sim“, que visa motivar outras mulheres.

Marcela enfrentou preconceitos devido à sua aparência alterada pelo lúpus e as dificuldades impostas pela doença, mas nunca desistiu. Ela também tinha o desejo de se tornar mãe mais uma vez, mas acabou sofrendo a perda de vários bebês entre o sétimo e oitavo mês de gestação devido à síndrome do anticorpo antifosfolípide gestacional. Felizmente, ela perseverou e, em 2018, realizou o grande sonho de ser mãe novamente, desta vez de uma menina, Manuela.

Hoje, Marcela encara um novo desafio: a aproximação da necessidade de um transplante renal devido à nefrite lúpica grau III. Sua mãe, sem hesitar, se prontificou a ser doadora. Apesar de tudo, Marcela mantém a esperança e acredita na capacidade de superação. “O lúpus não é o fim da linha”, ela declara. Um de seus maiores sonhos é construir um centro para ajudar outras pessoas que convivem com doenças raras a se capacitarem, mostrando que, mesmo diante das adversidades, é possível alcançar grandes realizações.

“Viver é Raro”

Viver é Raro” é uma série documental que estreou sua segunda temporada no Globoplay. Produzida pela Casa Hunter, em parceria com a Cinegroup e Vbrand, a série traz histórias inspiradoras de pessoas com doenças raras. Cada episódio destaca a luta e a coragem dessas pessoas e suas famílias, mostrando que, apesar dos desafios, elas continuam a sonhar e a perseguir seus objetivos. A série tem como missão desmistificar a jornada das doenças raras, gerar conscientização sobre a causa e contribuir para a construção de políticas públicas mais inclusivas e efetivas.


Fato Novo com informações: Imprensa PNI

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Brasil

Mães de jovens mortos pela polícia viram bolsistas em projeto da UFRJ

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Ideia é propor ações para garantir direitos das vítimas da violência

Um grupo de 100 mães que perderam seus filhos em operações policiais se reuniu nesta sexta-feira (6) no primeiro encontro de um projeto articulado pela Rede de Atenção a Pessoas Afetadas pela Violência de Estado (Raave) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Ao longo de um ano, elas receberão uma bolsa mensal e irão se envolver em uma série de discussões e pesquisas. Um dos objetivos é chegar ao fim do projeto com uma proposta de política pública envolvendo direitos dos atingidos pela violência de Estado. A iniciativa conta ainda com o fomento do Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

A idealização do projeto se deu a partir de atividades desenvolvidas pelo Raave, que é constituída por instituições defensoras de direitos humanos, movimentos de mães e familiares das vítimas e grupos clínicos de atenção psicossocial. Em parceria com o Instituto de Psicologia da UFRJ, algumas dessas mães já recebiam o acolhimento e o acompanhamento na universidade.

Em junho, foi realizado o processo seletivo para a distribuição das 100 bolsas. A UFRJ fará o pagamento ao longo de 12 meses. Em contrapartida, as mães precisarão se comprometer com as diretrizes do Raave e manter assiduidade nos encontros. No entanto, como muitas moram em áreas com presença de organizações criminosas e onde há frequentes operações policiais, a orientação é para que ninguém se exponha a uma situação de perigo. “Se estiver ocorrendo operação policial, nos avisem para ficarmos cientes. Nenhuma pessoa deve colocar a vida em risco”, destacou o advogado Guilherme Pimentel, que integra a coordenação técnica da Raave.

O primeiro encontro se deu no auditório do edifício da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ), uma das instituições que integram o Raave. Foi apresentada toda a equipe que dará suporte ao projeto. Estão envolvidos estudantes, pesquisadores e professores de diferentes instituições como a UFRJ, a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). As mães foram divididas em 11 grupos conforme as localidades onde residem. Os trabalhos de cada um deles serão acompanhados por dois estudantes.

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“Nenhum direito cai do céu. Todo direito nesse país veio a partir do momento que pessoas se juntaram em um coletivo, lutaram e conquistaram esse direito. E é por isso que vocês estão aqui. Se a gente precisa de uma política pública para reconhecer direitos, precisamos do povo organizado”, disse Guilherme Pimentel.

De acordo com dados divulgados em um comunicado da Raave, foram recebidas 162 inscrições no processo seletivo aberto para a distribuição das 100 bolsas. Mais de 80% eram moradoras de favelas que ganhavam menos de um salário mínimo. Boa parte delas possui engajamento na luta por direitos e contra o abandono do poder público.

“Além da dor da perda violenta de seus filhos, elas amargam condições precárias de vida. Isso, contudo, não é capaz de impedi-las de se organizarem coletivamente não só para buscar justiça para seus filhos, como também para conquistar políticas públicas para familiares, e defender direitos sociais da população em geral”, registra o texto divulgado pela Raave.

Perfil

Entre as inscritas, 94% têm outros filhos além do que foi assassinado e apenas 9% contavam com algum vínculo empregatício. Mais da metade informou estar desempregada, ser dona de casa ou desenvolver trabalho autônomo. Sobre a fonte de renda, a maioria mencionou ser beneficiária de programas sociais, como o Bolsa Família.

O Raave chama atenção que o filho assassinado é, muitas vezes, uma pessoa que auxilia em casa financeiramente e, dessa forma, o episódio gera não apenas a dor da perda, mas também um empobrecimento da família. Ao mesmo tempo, a falta de uma política pública psicossocial dirigida para essas mães acaba criando uma contexto de adoecimento, deixando-as consequentemente mais distantes do mercado de trabalho.

“É uma bola de neve, que produz uma série de outros problemas, com consequências nefastas para elas e seus outros filhos”, pondera Dejany Ferreira, que também atua na coordenação técnica da Raave. O alto índice de engajamento na luta por direitos é apontado como um mecanismo de produção de saúde. Para o Raave, ao se organizarem, essas mulheres criam um ambiente de acolhimento psicossocial mútuo.

Uma das bolsistas é Andressa Laranjeiras. Ela é mãe de Matheus Laranjeiras, jovem que foi morto durante operação policial em outubro de 2021 na Comunidade Risca Faca, em Maricá (RJ). Testemunhas afirmaram na época que a vítima, que não estava envolvida com o crime, foi atingida na cabeça em meio a uma troca de tiros entre os agentes e traficantes.

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Andressa ainda luta por justiça pela morte do seu filho e chegou a montar um dossiê que apresentou ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). “Nunca imaginei viver isso na comunidade onde eu cresci, me casei e tive meus filhos. Quando morre um filho, morre toda a família. Eu morri com meu filho. Eu apenas existo para ver a justiça feita”, disse. Ela destacou a importância da mobilização coletiva. “Agradeço muito à Raave. Graças a ela, minha luta não é mais sozinha e solitária. Porque a própria família tem medo e muitas vezes te estimula a desistir. Mas eu não vou desistir.”

Objetivos

O projeto tem como expectativa apresentar ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública uma sugestão de política pública envolvendo a garantia de direitos dos atingidos pela violência de Estado. Para tanto, após o ciclo básico que envolverá as mães bolsistas ao longo de um ano, a proposta elaborada no Rio de Janeiro será apresentada para familiares de vítimas da violência policial em outros estados do país. Dessa forma, devem ser agregadas novas contribuições com o intuito de dar um caráter nacional para a política pública.

Esse, no entanto, não é o único objetivo do projeto. Guilherme Pimentel explica que a iniciativa também se volta para acolhimento de novas famílias vitimadas pela violência de Estado. Esta será inclusive uma missão das mães bolsistas. “Aqui vocês são pesquisadoras e toda a nossa organização será construída através da coletividade. Temos que ter assumir um compromisso: ninguém fica para trás”, acrescentou Pimentel.

O projeto proporcionará ainda a produção de conhecimento voltado para o fortalecimento da luta por direitos. Os próprios dados socioeconômicos das inscrições das bolsistas já contribuirão para o desenvolvimento de pesquisas em torno do assunto. Além disso, durante os encontros e no processo de acolhimento de novas famílias, as mães trabalharão na identificação das dificuldades que impedem o pleno acesso aos direitos.

Todas as atividades do projeto foram planejadas de forma a promover uma aliança entre o conhecimento acadêmico e os saberes populares. Mesmo que mais da metade das participantes nunca tenha passado do ensino fundamental, há uma aposta na capacidade que elas possuem para mobilizar suas vivências, experiências e competências para formularem propostas.

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“Para nós, a produção de qualquer política pública que se pretenda eficiente precisa ter a centralidade de quem vive a realidade. Não podemos produzir nada sobre a vida das pessoas sem as próprias pessoas. Por isso, essas mães serão pesquisadoras e assinarão a coautoria dessa proposta de política pública”, explica a professora do Instituto de Psicologia da UFRJ Mariana Mollica, coordenadora do programa de bolsas.


Fontes Agencia Brasil

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Comportamento

Os amores possíveis na atualidade: reflexões e desafios

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Segundo o IBGE, o número de divórcios no Brasil aumentou 160% nos últimos 10 anos, e a duração média dos casamentos caiu para 13 anos.

O momento atual é marcado por uma crise nas relações afetivas, segundo dados do IBGE que apontam um crescimento de 160% de divórcios nos últimos 10 anos. A pesquisa revela que a média do tempo de casamento caiu de 17,5 para 13 anos juntos. “Ao mesmo tempo que observamos esse resultado, temos outro estudo informando que uma a cada quatro pessoas se sentem sozinhas sozinha e essa solidão se dá pela ausência de vínculos significativos de afeto”, explica Carol Tilkian, psicanalista e especialista em relacionamentos.

Para Carol, a epidemia da solidão também tem outros pontos que são avaliados do ponto de vista da psicanálise. “Acumulamos desencontros e frustrações amorosas e nos vemos exaustos, na defensiva e, ao mesmo tempo, querendo encontrar um amor possível. Culpamos os tempos líquidos e buscamos novas formas de nos relacionar sem nos darmos conta de que a discussão primordial não está nos novos modelos de relação e sim nas crenças, sentimentos e pensamentos que levamos para quaisquer que sejam os arranjos”, enfatiza.

A discussão sobre relacionamentos abertos precisa ser abordada pelo aspecto dos impactos do medo do abandono e dos efeitos nocivos do desejo de controle do outro e de uma relação ideal. “Ao considerar o tempo do amor é importante lembrar que ele não segue uma progressão geométrica, não é sempre acelerado e constante. As oscilações ocorrem, mas estamos cada vez menos dispostos a sustentar silêncios, desencontros e o medo de perder os vínculos”, reforça.

Para a psicanalista, outro fator importante a ser levado em conta são as intimidades artificiais, que geram um estado de falsa conexão e latente solidão. “Numa era onde vivemos vidas de redes sociais, criamos conexões, mas não vínculos. Nas conexões tenho acesso ao outro, porém é restrito. Já o vínculo é algo construído com profundidade”, diz Carol Tilkian.

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Em tempos que a internet fornece informações rápidas, na visão da especialista, para que o amor seja possível é necessário ter coragem de dar espaço para a dúvida e para o não saber. “O amor é uma aposta, mas não precisa ser um jogo” afirma Carol. “Enquanto quisermos entender tudo o que está acontecendo e buscarmos certezas, seguiremos jogando na defensiva ou prevendo os piores cenários”.

Para a psicanalista o convite para a mudança no amor passa também pelo amor-próprio, na autoaceitação e na independência. “Ninguém precisa ser sua melhor versão. Podemos ser quem somos hoje: caóticos, incoerentes, imperfeitos”, conclui.

SOBRE CAROL TILKIAN:

Psicanalista, formada pelo Centro de Estudos Psicanalíticos (CEP). Pesquisadora de amor e relações humanas, comunicadora, escritora e palestrante. Autoridade nos temas relações afetivas, interpessoais e no amor como modo de vida. Fundadora do canal “Amores Possíveis” no YouTube, Instagram e players de podcast.

Carol é partidária de Erich Fromm, psicanalista que defende que “o amor é o que o amor faz” e, atualmente, está com seu segundo curso na plataforma Casa do Saber com o título: Como fazer o amor ser possível hoje. O curso conta com 7 aulas de 45 minutos de duração.
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