Ligue-se a nós

Ciência

Semana traz “eclipse” da estrela Antares pela Lua

Publicado

no

Semana traz “eclipse” da estrela Antares pela Lua

Na próxima sexta-feira (26) entre 15h36 e 19h55 (pelo horário de Brasília), a Lua, que estará há três dias na fase cheia, vai passar na frente de Antares (Alpha Scorpii), uma estrela supergigante de classe M com cerca de 883 vezes o raio do Sol localizada a 600 anos-luz da Terra.

Sobre a supergigante Antares:

  • Antares é uma estrela supergigante vermelha de classe M, que fica no coração da constelação de Escorpião;
  • É a 16ª estrela mais brilhante do céu noturno (embora às vezes seja considerada a 15ª, se os dois componentes mais brilhantes do sistema estelar quádruplo Capella forem contados como uma estrela);
  • Junto com Aldebaran, Spica, e Regulus, Antares é uma das quatro estrelas mais brilhantes próximas da eclíptica;
  • Tem entre 15 e 18 massas solares e cerca de 883 vezes o raio do Sol;
  • Esse tamanho todo, combinado a uma massa relativamente baixa, dá a Antares uma densidade muito pequena;
  • Se Antares fosse colocada no centro do Sistema Solar, a parte mais externa da estrela se encontraria entre a órbita de Marte e Júpiter.
  • É uma estrela de variabilidade lenta, com uma magnitude aparente de +1,09.

Antares significa ‘o antagonista de Áries’, que é o deus da guerra na mitologia grega, sendo o deus Marte, para os romanos. Então, o nome Antares é uma referência ao brilho avermelhado da estrela que antagoniza com o brilho de Marte.

Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital. 

Ocultação lunar de Antares

Ocultações lunares só são visíveis de uma pequena fração da superfície da Terra. Como a Lua está muito mais perto do nosso planeta do que outros objetos celestes, sua posição no céu difere dependendo da localização exata do observador na Terra devido à sua grande paralaxe (diferença na posição aparente de um objeto em relação a um plano de fundo, tal como visto por observadores em locais distintos ou por um observador em movimento).

Anúncio

A posição da Lua vista de dois pontos em lados opostos da Terra pode variar em até dois graus, ou quatro vezes o diâmetro da lua cheia.

Isso significa que se a Lua estiver alinhada para passar na frente de um objeto específico para um observador posicionado em um lado da Terra, ela aparecerá até dois graus de distância desse objeto do outro lado do globo.

Mapa mostra as regiões do planeta de onde será possível observar a ocultação lunar de Antares na sexta-feira (26). Crédito: In-The-Sky.org

No mapa acima, contornos distintos mostram onde o desaparecimento de Antares poderá ser visível (em vermelho) e onde será possível testemunhar seu reaparecimento (em azul). Os riscos sólidos exibem onde a ocultação provavelmente será visível através de binóculos a uma altitude razoável no céu. Os contornos pontilhados, por sua vez, indicam onde o evento ocorre acima do horizonte, mas pode não ser visível devido ao céu estar muito claro ou a Lua muito perto do horizonte.

Fora dos contornos, a Lua não passa na frente de Antares em nenhum momento, ou está abaixo do horizonte no momento da ocultação.


Fato Novo com informações: Olhar Digital 

Anúncio
Continuar Lendo
Anúncio
2 Comentários

1 Comentário

  1. Lift Detox Emagrece

    11 de julho de 2024 no 20:29

    Sou a Livia Gomes, gostei muito do seu artigo tem muito
    conteúdo de valor, parabéns nota 10.

  2. Lift Detox Emagrece

    10 de agosto de 2024 no 14:42

    Aqui é a Nicole De Oliveira , gostei muito do seu artigo tem
    muito conteúdo de valor, parabéns nota 10.

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Ciência

O que revelam primeiras imagens de megamapa em 3D do universo

Publicado

no

Por

Cientistas da Agência Espacial Europeia apresentaram uma amostra do grande mapa tridimensional do Universo que está sendo feito com o telescópio Euclides.

Há 100 milhões de estrelas e galáxias neste primeiro vislumbre do Universo.

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou a primeira parte do mapa tridimensional do Universo que está sendo feito com o telescópio espacial Euclides.

Este primeiro fragmento corresponde a apenas 1% do trabalho que o Euclides iniciou neste ano, observando galáxias e estrelas tão distantes quanto 10 bilhões de anos-luz.

Ao longo de seis anos, os cientistas da ESA vão mapear o Universo em um nível extraordinário de detalhes. Isso vai fornecer aos pesquisadores uma grande quantidade de informações sobre a formação e a evolução do espaço profundo.

Anúncio

“Só nesta imagem já existem dezenas de milhões de galáxias, graças às quais poderemos ter estatísticas sobre onde certos tipos de galáxias estão em relação a outras, como elas evoluem ao longo do tempo, por que não formaram estrelas por alguns bilhões de anos…”, afirmou Bruno Altieri, cientista da ESA responsável pelo arquivo do Euclides, à agência de notícias AFP.

Os cientistas esperam mapear um terço da abóbada celeste até 2030, que é a meta atual.

O fragmento do Universo capturado por Euclides que representa 1% de seu trabalho

ESA/Euclid/Euclid Consortium/NASA – A ESA revelou 1% do trabalho que está sendo realizado pelo telescópio Euclides

O grande quebra-cabeça do Universo

Na primeira parte do mapa, o telescópio Euclides cobriu uma área de 132 graus quadrados do céu austral, o que corresponde a cerca de 500 vezes a superfície aparente da Lua.

Ao fazer isso, ele deu início à montagem do “grande quebra-cabeça do Universo”. Pouco a pouco, serão acrescentadas mais peças, e a expectativa é de que o quebra-cabeça seja concluído nos próximos anos.

“(A imagem) representa apenas 1% do mapa e, ainda assim, está repleta de uma enorme variedade de fontes que vão ajudar os cientistas a descobrir novas maneiras de descrever o Universo”, afirmou Valeria Pettorino, cientista do Projeto Euclides da ESA, em comunicado.

Um dos pontos mais impressionantes do mapa é uma faixa preta pontilhada com pontos brilhantes sobre os quais se estendem “nuvens” azuis, chamadas de “cirros galácticos”. Elas são uma mistura de poeira e gás “a partir da qual novas estrelas se formam”, explicou Altieri.

Anúncio

Nesta imagem, a ESA ilustrou o que o telescópio Euclides mostra em um campo de 2 graus. Ao ampliar até 600 vezes, é possível ver as galáxias que estão nesse pequeno fragmento do Universo.

Um infográfico das observações de Euclides

ESA/Euclid/Euclid Consortium/NASA – Um pequeno fragmento da observação do telescópio Euclides mostra as galáxias nesse quadrante

O mapa que a ESA compartilhou em seu site possui uma resolução poucas vezes alcançada antes: 208 megapixels.

Na verdade, ele permite que você amplie o zoom para ver a estrutura complexa de uma galáxia espiral ou de duas galáxias que interagem entre si.

O Euclides tem um amplo campo de visão, o que permite que ele cubra uma grande margem do Universo em uma única imagem.

Em contrapartida, o Telescópio Espacial James Webb possui um campo de visão menor, mas pode ver muito mais longe.

A misteriosa matéria escura

Além de criar um mapa altamente detalhado do que existe no Universo profundo, o objetivo final deste projeto é lançar luz sobre um dos maiores enigmas científicos: a matéria escura e a energia escura.

Anúncio

Elas constituem 95% do Universo, dos quais não sabemos praticamente nada.

A matéria escura (25% do Universo) e a energia escura (70%) têm efeitos opostos: a primeira mantém as galáxias unidas, enquanto a energia escura faz com que o Universo se expanda.

Graças ao seu mapa em 3D, o Euclides vai poder realizar medições precisas da distribuição das galáxias e da expansão do Universo, refinando assim os modelos teóricos do cosmos.


Fonte: BBC; Correio Braziliense

Anúncio
Continuar Lendo

Ciência

Americano descobre maior número primo de todos e deve ganhar mais de R$ 17 mil

Publicado

no

Por

Na última segunda-feira (21), o site da plataforma Great Internet Mersenne Prime Search (GIMPS), criada por matemáticos amadores dedicados à busca de números primosanunciou a descoberta do maior número primo já registrado até o momento: 2^136.279.841 -1, com 41.024.320 dígitos.

Continuar Lendo

Ciência

O que são os “químicos eternos”, e por que eles estão em todo lugar – até no sangue

Publicado

no

Por

Algo estranho aconteceu com o gado do americano Wilbur Tennant depois que a indústria química DuPont construiu um aterro próximo à sua fazenda na Virgínia Ocidental, no fim dos anos 1990. Sem motivo aparente, o rebanho desenvolveu feridas no corpo e começou a se comportar de maneira agressiva. Quase metade dos animais morreu. Após gravar vídeos mostrando a presença de sujeira e espuma no riacho (antes cristalino) que corria pela fazenda, Tennant procurou veterinários, políticos, jornalistas e até a polícia. Ninguém deu bola. Decidiu, então, pedir ajuda para o neto de uma vizinha que, supostamente, era um importante advogado ambiental de Ohio.

Mesmo não sendo o tipo de advogado que Tennant buscava – na verdade, ele trabalhava em um escritório focado em defender a indústria química –, Robert Bilott aceitou representar o fazendeiro. A ação foi o início de uma longa batalha contra a DuPont. O advogado descobriu que a empresa vinha enchendo o aterro com uma substância da qual nunca tinha ouvido falar: PFOA. Sigla para ácido perfluoro-octanoico, a combinação de carbono e flúor era usada na fabricação do teflon de panelas antiaderentes – e é altamente tóxica.

O PFOA faz parte de uma categoria de substâncias chamada PFAS – ou “químicos eternos”. Elas são compostos orgânicos sintéticos (isto é, produzidos em laboratório) cuja principal característica são as ligações entre carbono e flúor. Enquanto a maioria das ligações químicas em compostos orgânicos envolve átomos de carbono e hidrogênio, nos PFAS o hidrogênio dá lugar ao flúor.

No caso dos perfluoralquilados, todos os átomos que seriam de hidrogênio são substituídos pelo flúor; já nos “poli”, nem todos. Se a ligação entre carbono e hidrogênio é considerada fraca, a combinação com flúor é forte, e permite que os compostos tenham cadeias mais longas. E ter cadeias de átomos mais compridas torna as substâncias mais resistentes à biodegradação. O apelido “químicos eternos”, portanto, não é exagero.

Anúncio

“São ligações muito difíceis de serem rompidas e degradadas no ambiente”, diz a professora do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Cassiana Carolina Montagner, especialista em química ambiental e segurança hídrica.

Essa união é o que proporciona características físico-químicas que tornam as substâncias tão especiais para a indústria: alta resistência e capacidade de repelir gordura e água ao mesmo tempo, e a temperaturas elevadas. Presentes em panelas antiaderentes e embalagens de papel para fast food, itens de higiene como fio dental, roupas impermeáveis, tintas, cosméticos diversos, ceras, revestimentos e até mesmo espumas para combate a incêndios, as PFAS se tornaram onipresentes.

Só que quase ninguém sabe disso. “Você não vai encontrá-las identificadas em rótulos ou na lista de ingredientes de um produto. Mas você pode procurar por palavras-chave como ‘à prova de água ou gordura’, ‘antiaderente’, ‘resistente a manchas’”, aponta Bilott, em entrevista exclusiva a GALILEU.

A onipresença em produtos comuns da vida moderna, no entanto, representa um empecilho. “A princípio, acreditava-se que eram uma solução barata e prática para problemas do dia a dia. E, cada vez mais, fomos nos acostumando com essa modernidade. Mas, na verdade, são soluções preparadas ou pensadas a partir desses compostos”, explica Montagner. Para completar, os PFAS são invisíveis, ao contrário da poluição plástica, por exemplo, que conseguimos enxergar. “A população não vê os PFAS, não sabe onde estão. Então, é muito difícil pedir que evitem usá-los”, opina.

Linha do tempo
  • 1934
    Precursor dos PFAS, o policlorotrifluoroetileno (PCTFE) é descoberto pela química alemã IG Farben. O termoplástico só chegou ao mercado em 1950, com o nome de Kel-F. Hoje, é conhecido como Neofl on PCTFE, e usado em componentes eletrônicos.
  • 1938
    Na DuPont, cientistas criavam novos gases refrigerantes a base de fluorocarbono. Descobriram o politetrafluoretileno (PTFE) por acidente, quando uma amostra de fluorocarbono tetrafluoretileno formou uma cera branca.
  • 1945
    A DuPont registra o “teflon”. Um dos primeiros usos do material foi no Projeto Manhattan, que criou a bomba atômica: o PTFE era usado para revestir válvulas e juntas dos canos que transportavam urânio na fábrica de Oak Ridge.
  • ANOS 1950
    Produtos fluorocarbonados começam a ser produzidos em massa nos EUA. A DuPont monta uma fábrica de Teflon na Virgínia Ocidental e a 3M, que havia adquirido a patente para fabricar outros tipos de PFAS, inaugura duas plantas em Minnesota.
  • 1953
    Uma amostra de ácido perfluoro-octanossulfônico (PFOS) produzida pela 3M cai no sapato de um químico, e cria um revestimento que repele óleo e água. Nascia o impermeabilizador Scotchgard, um dos produtos de maior sucesso da empresa.
  • 1954
    O engenheiro francês Marc Grégoire decide revestir as panelas de sua esposa, Colette, com a substância PFTE, que usava para evitar o emaranhamento de sua linha de pesca. Nascia a primeira frigideira antiaderente do mundo, a “Tefal” (teflon e alumínio).
  • 1963
    A Marinha americana começa a trabalhar com cientistas da química 3M no desenvolvimento de uma espuma sintética feita de PFAS para combater incêndios. O produto foi patenteado em 1967, com o nome AFFF (sigla em inglês para espuma aquosa formadora de filme).
  • 1998
    O advogado Robert Billot, de Ohio, aceita representar o fazendeiro Wilbur Tennant, da Virgínia Ocidental, em um processo contra a DuPont pelo envenenamento do rebanho com produtos despejados da fábrica de sua cidade.
  • 2000
    A 3M anuncia o fim da produção de PFOS e derivados, reconhecendo os riscos da substância para humanos e o meio ambiente.
  • 2012
    Ação conjunta de 70 mil pessoas é movida contra a DuPont. Para embasar o processo, cientistas conduzem uma pesquisa na população americana. O resultado mostrou relação entre PFOA e o desenvolvimento de doenças como câncer e colesterol alto.
  • 2017
    A DuPont faz um acordo coletivo de US$ 671 milhões para encerrar os cerca de 3500 processos individuais movidos por pessoas que tiveram contato com PFOA.
  • 2019
    Documentos descobertos pela jornalista Sharon Lerner, revelam que a 3M já sabia, desde os anos 1970, que os PFAS se acumulavam no sangue humano e poderiam ser tóxicos para a saúde.
  • 2024
    A agência ambiental americana determina que as companhias de saneamento providenciem a remoção de PFAS no tratamento de água no país.
As marcas visíveis dos PFAs

Anúncio
Continuar Lendo

Mais vistas