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Saúde

Sexualidade no Câncer de Mama: Especialistas propõem modelo de acolhimento para lidar com tabu e disfunções

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Alterações na libido, dor e baixa autoestima atingem até 90% das pacientes de câncer de mama, mas o tema é pouco discutido nos tratamentos. A Oncoclínicas lançou um programa de oncosexologia baseado no modelo PLISSIT para resgatar o prazer e a qualidade de vida sexual das sobreviventes


O Outubro Rosa historicamente foca na prevenção, diagnóstico e cura do câncer de mama, mas pouco se fala sobre os impactos silenciosos da doença na vida íntima das mulheres. Alterações na libido, dor nas relações sexuais e insegurança com a imagem corporal são efeitos que atingem até 90% das pacientes, segundo a Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO). No entanto, o tema da sexualidade é frequentemente negligenciado nas consultas médicas, que priorizam a cura e a sobrevida.

Para preencher essa lacuna, a Oncoclínicas instituiu um programa de especialistas em oncosexologia que acompanha as pacientes desde o diagnóstico até o pós-tratamento.

O protocolo de atendimento é baseado no modelo PLISSIT, uma metodologia que propõe intervenções progressivas para abordar a sexualidade:

  • Permissão: Criação de um ambiente livre de julgamentos para que a paciente se sinta à vontade para falar sobre o tema.
  • Informações Limitadas: Oferecimento de dados claros sobre as alterações fisiológicas e anatômicas causadas pelo tratamento.
  • Sugestões Específicas: Orientações personalizadas, que podem incluir o uso de dilatadores, fisioterapia pélvica ou laser.
  • Tratamento Intensivo: Encaminhamento para terapias mais intensivas, que podem envolver o parceiro na reabilitação da intimidade.

Estudos, como um publicado no Journal of Sexual Medicine em 2021, confirmam que o aconselhamento baseado no método PLISSIT demonstrou eficácia na redução das disfunções sexuais e na melhoria da qualidade de vida das sobreviventes do câncer de mama.

Segundo a Dra. Stany de Paula, o programa visa resgatar a autoestima das mulheres: “Quando a paciente é informada, acolhida e escutada, ela percebe que é possível continuar sentindo prazer, mesmo diante das mudanças provocadas pela doença.” O programa está disponível em todas as unidades da Oncoclínicas para encaminhamento ou acesso espontâneo das pacientes.


Com informações: Oncoclínicas / ASCO

 

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