Mais de 30 alunos da Escola Parque de Ceilândia participaram da 9ª edição do RC Open, um torneio de tênis promovido pela Evo Club, que se dedicou integralmente a crianças e adolescentes, reforçando o papel do esporte na formação educacional e profissional.
O esporte como ferramenta de transformação social e educacional ganhou destaque em Ceilândia, no Distrito Federal, com a realização de um torneio de tênis voltado exclusivamente para jovens atletas. A 9ª Edição do RC Open, realizada em 28 de setembro, reuniu mais de 30 crianças e adolescentes da Escola Parque Anísio Teixeira de Ceilândia (Epat), proporcionando um dia de competição e lazer.
O evento foi fruto de uma parceria entre a Evo Club, organizadora do torneio, e a Epat, reforçando o compromisso de ambas as instituições em democratizar o acesso ao tênis e evidenciar seu potencial transformador na vida dos jovens.
Oportunidade de Contato e Desenvolvimento
A iniciativa da Evo Club, que tem entre seus sócios Bernardo Mello, Matheus Mota e Ricardo Caetano, focou nesta edição em um formato de projeto social. Bernardo Mello destacou que o objetivo foi ampliar o contato dos jovens com o esporte, podendo abrir caminho para uma futura carreira profissional.
A ação alinhou-se diretamente com a proposta da Epat de promover a educação por meio do esporte e da arte. A professora de tênis da escola, Edriane Nascimento, ressaltou que a participação no torneio representa um momento de lazer e uma oportunidade de vivenciar a prática em um ambiente de clube. Segundo ela, a parceria com o RC Open ocorre desde 2018.
Em contraste com edições anteriores do RC Open — torneio aberto a tenistas de Brasília, onde os jovens da escola tinham participação limitada —, o evento de 28 de setembro dedicou as seis quadras da Evo Club integralmente aos alunos da Epat.
Edriane Nascimento enfatizou a importância de oferecer esse espaço para o desenvolvimento dos estudantes. Na Escola Parque, as aulas de tênis ocorrem em quadra dura. No clube, os alunos tiveram a oportunidade de experimentar o saibro, um tipo diferente de superfície, o que amplia a experiência técnica. A oficina de tênis da Epat atende 18 turmas, com cerca de 15 a 20 alunos em cada.
Competição e Inspiração Profissional
A participação em torneios é vista como um estímulo para o aprimoramento dos alunos. A professora Edriane mencionou que os jovens da Epat competem regularmente em outros eventos pela cidade, como os Jogos de Integração Crianças e Adolescentes do Sesc DF (JISESC), nos quais alguns estudantes alcançaram semifinais e títulos.
Um dos exemplos é Matheus Gabriel, de 14 anos, que foi campeão no torneio de tênis do JISESC. O jovem relatou que, inicialmente, não era adepto de atividades físicas, mas foi incentivado pela mãe. Após iniciar a prática, ele percebeu um destaque na modalidade e a associou a benefícios para a saúde física. Matheus expressou o desejo de levar o tênis para a vida e buscar uma carreira profissional no esporte.
O evento também serviu como palco para ex-alunos da Epat que transformaram o tênis em profissão. João Vitor Dutra e Thauã Pereira, que iniciaram a prática na Escola Parque e hoje atuam como professores na Evo Club, destacaram que a iniciativa do clube tem o propósito de acolher e oferecer oportunidades para que mais jovens conheçam e se apaixonem pelo esporte.
Outra ex-aluna, Eulálya Ramos, que se formou na Epat e cursa educação física, compartilhou como o tênis, que começou a praticar em 2017, foi um fator decisivo em sua escolha profissional. Atualmente, ela planeja se dedicar ao ensino e à iniciação de crianças no esporte, mostrando o impacto duradouro que a oficina da escola teve em sua trajetória. O torneio, neste contexto, não apenas promoveu lazer, mas também conectou os participantes com exemplos reais de sucesso e evolução com o esporte.
Com informações: Fonte: Jornal de Brasília