O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, denunciou nesta segunda-feira (19/05) um plano que o governo local classificou como “terrorista”, e que teria como objetivo “preparar ações com explosivos contra instituições, hospitais e figuras públicas do país”.
A informação foi divulgada em uma coletiva na qual Cabello anunciou a prisão de 38 pessoas, sendo 17 delas estrangeiras, que estariam envolvidas no plano, cujo principal objetivo seria desestabilizar o país às vésperas das eleições legislativas, marcadas para o próximo domingo (25/05).
O ministro acrescentou que as ações planejadas pelo grupo consistiriam em “ataques explosivos contra embaixadas, hospitais, comandos policiais e figuras públicas dos partidos chavista e de oposição”.
“Tentaram criar um cenário para alimentar o discurso opositor de que não há condições de votar, mesmo com o calendário eleitoral sendo cumprido integralmente”, comentou Cabello.
As eleições legislativas venezuelanas serão realizadas no próximo domingo e irão renovar todos os 285 assentos da Assembleia Nacional – congresso unicameral do país –, cujos mandatos vão durar entre 5 de janeiro de 2026 e 5 de janeiro de 2031.
‘Sinais de fumaça’
Em outro momento da coletiva, o ministro do Interior ironizou o que chamou de “sinais de fumaça” enviados por setores da oposição que, segundo ele, teriam permitido a descoberta do plano.
“Tenho que agradecer a essas pessoas que soltaram os sinais de fumaça, porque quando eles falaram sobre isso, nós detectamos a informação e agimos para impedir esses ataques”, explicou o funcionário venezuelano.
Conexão com a Colômbia
Cabello afirmou que entre as pessoas presas estão alguns especialistas em explosivos, e ex-militares que trabalham como mercenários.
O Ministério do Interior não revelou a nacionalidade das 17 pessoas estrangeiras, mas disse que “grande parte” delas seriam ligadas a grupos narcotraficantes e paramilitares colombianos, e que entraram no país “com vistos dados para turistas”.
Por essa razão, o governo venezuelano anunciou a suspensão de todos os voos entre a Colômbia e a Venezuela, e o reforço nas vistorias em todas as fronteiras terrestres.
Ao finalizar a coletiva, Cabello acusou os ex-presidentes colombianos Álvaro Uribe (2002-2010) e Iván Duque (2018-2022) de envolvimento com as ações interceptadas pela polícia venezuelana.
Com informações de TeleSur.
Fonte: Opera Mundi