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Voa Brasil vendeu 1,5 mil passagens aéreas em 48h, diz ministro

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Em 48h depois do lançamento, o Voa Brasil vendeu aproximadamente 1,5 mil passagens aéreas a aposentados do INSS. Segundo o ministro, o programa leva o lazer ao idoso, fortalece o reencontro de famílias, além de promover a inclusão e estimular o turismo

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, tem boas razões para comemorar o lançamento da primeira fase do programa Voa Brasil, na quarta-feira. Isso porque, 48 horas depois, aproximadamente 1,5 mil passagens aéreas — a R$ 200 o trecho — destinadas a aposentados do INSS tinham sido vendidas. “Não entendo por que alguns setores tentam confundir a opinião pública”, desabafa o ministro, sobre as críticas ao Voa Brasil.

Mas as atenções de Costa Filho não estão voltadas apenas para a consolidação do programa, que terá novas fases. Na agenda, deve anunciar cerca de 50 novos aeroportos regionais nas regiões Centro-Oeste e Norte, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta resistências, em especial de setores do agronegócio. Costa Filho tem a intenção, também, de estimular as empresas aéreas brasileiras a se reequiparem com aparelhos fabricados pela Embraer, com vistas a fomentar a aviação regional.

Para os portos, o ministro ressalta que o governo federal disponibilizou uma carteira de investimentos em torno de R$ 60 bilhões — que inclui o túnel Santos-Guarujá, que favorece o escoamento do principal complexo portuário do país. Leia a entrevista a seguir.

Por que demorou tanto o Voa Brasil?

Porque todo programa, quando vai ser construído, demora um tempo de maturação — Bolsa Família, Pronatec, todos demoraram. Primeiro, tem que organizar o cadastro, organizar o site, a segurança desse sistema, que passa pelo crivo da Polícia Federal (PF), do Ministério da Previdência, que foi quem nos trouxe essa base de usuários. Demorou esse período para organizar da melhor forma possível. O Voa Brasil é um programa sem nenhum real de recursos públicos, construído na base do diálogo com as companhias aéreas e, já nesta primeira fase, estamos atendendo a um grupo muito importante. São mais de 23 milhões de aposentados que não viajaram nos últimos 12 meses. Eles podem comprar passagens por R$ 200 pelo programa. Além de levar o lazer ao idoso, isso vai fortalecer o reencontro de famílias. O programa visa à inclusão e vai fortalecer o turismo, e isso gera mais empregos.

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Há mais de um ano, o ex-ministro Márcio França fez o anúncio do programa em uma entrevista ao Correio. Ele se precipitou?

Não. A ideia do ministro foi bem-intencionada. Incluir brasileiros na aviação do país é importante. Foi uma ideia que partiu de uma boa intenção, que a gente precisou fazer uma construção técnica e operacional do programa quando assumimos o ministério.

O ex-ministro lhe deixou um presente ou um problema?

Nos deixou uma boa ação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que quer ver o pobre voando. O Voa Brasil resolve isso?

Sozinho, não. É um conjunto de ações. Desde que o presidente assumiu o governo, em 2023, houve, já no primeiro ano, um grande crescimento. Em 2022, tivemos 98 milhões de passageiros; em 2023, registramos 112 milhões — isso significa um aumento de 15% na aviação. Ou seja, incluímos 14 milhões de passageiros. Em 2024, vamos para um crescimento de 10% e, no fim do ano, devemos passar dos 120 milhões de passageiros. Fecharemos o mandato do presidente Lula com um acréscimo de mais de 40 milhões de novos passageiros. Isso mostra que a população começa a viajar mais, que o poder de compra do brasileiro está crescendo, que a economia está sendo retomada. Quanto mais o PIB cresce, com inflação controlada, continuaremos vendo o crescimento da aviação no país. O governo tem feito o dever de casa em relação ao combustível da aviação (QAV). Desde que assumimos, apenas nos últimos oito meses, tivemos uma redução no preço do combustível de mais de 22%. Nas passagens, de maio do ano passado até maio deste ano, tivemos uma queda na tarifa de mais de 8%, segundo os dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

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O que foi a Revolta dos Quebra-Quilos, que aconteceu no nordeste há 150 anos

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Uma revolta popular tomou conta da cidade de Campina Grande (PB) em 31 de outubro de 1874. O estopim? O Império português queria implementar um novo sistema de pesos e medidas, copiando o modelo que existia na França.

A ideia era aposentar unidades de medida muito usadas no Brasil, como a braça (2,2 m) ou o quintal (58,758 kg). Elas deviam ser substituídas pelo metro e o quilograma. Quem não se adaptasse poderia receber multa e passar até 10 dias na prisão.

O novo sistema foi oficializado em 26 de junho de 1862. Mas nem todo mundo soube de cara. A população paraibana, pega de surpresa, viu na mudança uma tentativa de criar impostos. Quem vendia, afinal, repassava no preço o valor gasto com os instrumentos de medida oficiais.

Tudo isso motivou centenas de agricultores, pecuaristas e pequenos comerciantes a invadir a feira de Campina Grande. Eles destruíram as novas balanças e medidas imperiais, e espalharam panfletos com o “Manifesto da Sedição do Quebra-Quilos”.

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Finados: Quais as principais tradições da data no Brasil

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Chuvas de pétalas, velas e cataventos são algumas das formas de prestar homenagens na data

No próximo dia 2 de novembro é comemorado o Dia de Finados. A data é celebrada simultaneamente em alguns países e a diversidade cultural proporciona tradições e homenagens distintas, ao redor do mundo, para aqueles que já se foram.

Feriado no Brasil, Finados mobiliza milhões de pessoas de norte a sul seja em visitas aos cemitérios, igrejas e outros espaços religiosos. Diferente de países como o México, onde o Dia de los Muertos é celebrado com festa, aqui a data tem um caráter mais reflexivo e invoca o respeito e a saudade daqueles que partiram.

A relação próxima com a religião se reflete na realização de missas e cultos ecumênicos especiais nesse dia, inclusive nos cemitérios. Mas na hora das homenagens algumas diferenças podem ser percebidas de uma região para outra. Flores e velas são um traço tradicional de Finados, mas é possível encontrar também, principalmente em São Paulo, muitos túmulos enfeitados com cataventos coloridos. No Nordeste, em estados como o Ceará, por exemplo, devido ao clima seco e ensolarado, os túmulos são enfeitados com flores artificiais e muitas famílias iniciam essa decoração na semana que antecede a data, para que o local esteja bem bonito no dia 2.

Outra iniciativa pode ser vista em alguns cemitérios é o sobrevoo de helicóptero com uma emocionante chuva de pétalas, encantando os visitantes e trazendo mais leveza para a ocasião.

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Para Roberto Toledo, diretor de operações e sustentabilidade do Grupo Zelo, maior empresa de serviços funerários do Brasil, as tradições de Finados no país mudaram muito pouco nos últimos anos e isso pode estar ligado aos mitos e paradigmas criados pelos brasileiros em relação à morte. “Muitas pessoas ainda alimentam crenças negativas em relação aos cemitérios, mas o setor vem trabalhando para desmistificar cada vez mais o assunto, criando uma relação com o tema. E Finados é uma boa oportunidade para fortalecer o que há de positivo: a lembrança, a homenagem e reflexão sobre a vida”, afirma.


Segundo ele, existe um movimento ainda tímido, que ganhou força depois da pandemia, que é a realização de homenagens virtuais. “Há plataformas que permitem acender velas virtuais ou mesmo deixar recado em um mural online e isso se torna uma facilidade para aqueles que moram longe dos locais de sepultamento dos entes queridos e não querem deixar de celebrar a data ou até mesmo para aqueles que não gostam de frequentar os cemitérios”, ressalta Toledo.


Fonte: Dariane Araújo – FSB

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Tribunal do Júri do Rio condena assassinos de Marielle Franco

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Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz receberam vereditos com penas pesadas após quase sete anos do crime que chocou o Brasil e o mundo

O Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou nesta quinta-feira (31) os assassinos da vereadora Marielle Franco, morta a tiros de submetralhadora em março de 2018, e de seu motorista, Anderson Franco, também vitimado no atentado. Ronnie Lessa, o autor dos disparos, foi sentenciado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio de Queiroz, que conduzia o veículo que emboscou a parlamentar, recebeu uma pena de 59 anos e 8 meses. Os dois condenados são ex-PMs.

Ronnie e Élcio foram considerados culpados pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, a assessora de Marielle que sobreviveu ao ataque, e receptação do veículo Cobalt prata, utilizado no crime.

Na plateia do tribunal, familiares da vereadora e do motorista foram tomados pela emoção. Em meio a choro, Marinete e Antônio, pais de Marielle, e a filha dela, Luyara, se abraçaram juntamente com a viúvas Mônica Benício, ex-companheira da parlamentar, e Ágatha Reis, esposa de Anderson.

Apesar de as penas terem sido elevadas, por conta do acordo de delação assinado pelos dois réus, que entregaram os mandantes do crime, eles devem ficar presos bem menos tempo. Ronnie Lessa ficará na cadeia por um período máximo de 18 anos, enquanto Élcio de Queiroz permanecerá no regime fechado por no máximo 12 anos.

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Fonte: Revista Fórum

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