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CTMU aprova PLC que revoga lei sobre exploração do serviço público de estacionamento

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Durante reunião realizada na manhã desta quarta-feira (18), os membros da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) da Câmara Legislativa aprovaram o PLC nº 29/2023

De autoria do deputado Fábio Felix (PSOL), Dayse Amarílio (PSB), Max Maciel (PSOL) e Paula Belmonte (Cidadania) o projeto revoga a lei complementar nº 692/2004, que dispõe sobre a exploração do serviço público de estacionamento de veículos em logradouros públicos e áreas pertencentes ao Distrito Federal. A proposta de anulação baseia-se no “alto grau de generalidade e seu caráter autorizativo”, segundo sua justificativa.

Na votação, o parecer do deputado Gabriel Magno (PT) que aprova o PLC nº 29/2023 recebeu três votos favoráveis e um contrário. Votaram a favor o relator e os deputados Fábio Felix (PSOL) e Max Maciel (PSOL). Já o deputado Martins Machado (Republicanos) votou contrário e apresentou voto em separado.

Segundo a justificativa do PCL 29/2023, “a norma a que se pretende revogar traz disposições insuficientes para fundamentar a Parceria Público Privada sob o regime de permissão ou de concessão, o que gera a necessidade de complementação sobre questões essenciais e de fundo de direito, que estão sendo disciplinadas no próprio procedimento da PPP”. Além disso, a justificativa argumenta ainda que os autores “destacam manifestações do TJDFT, quanto à inconstitucionalidade formal da norma, bem como do TCDF, quanto à necessidade de sua complementação”.

Por fim, o relator da proposta vencedora no colegiado, deputado Gabriel Magno, disse que “os autores registram que a LC 692/2004 possui vício formal de inconstitucionalidade, uma vez que se origina de projeto meramente autorizativo, de autoria parlamentar, mas regula matéria de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo”. Magno continua: “este entendimento encontra respaldo na jurisprudência do TJDFT, conforme evidenciado no acórdão mencionado na justificativa do projeto”.

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Gabriel registrou ainda que “a revogação da lei permitirá que o Poder Legislativo exerça sua competência de forma plena já que poderá, se confirmada a necessidade e conveniência da exploração desses serviços públicos, elaborar regrar mais precisas e adequadas”.

Por outro lado, o deputado Martins Machado (Republicanos) apresentou voto em separado para rejeição do PLC 29/2023. Nele, o parlamentar argumentou que a lei de 2004 “passou pelo crivo do Poder Legislativo, seguindo o devido processo legislativo necessário para sua aprovação e posterior sanção do Executivo. Em relação a eventual inconstitucionalidade na norma, o TJDFT por unanimidade julgou improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3723/2023 que questionava a LC 692/2004.

De acordo com a decisão do TJDFT, não há irregularidades na referida lei e não há modificação na destinação das áreas. O tribunal não apresentou considerações contrárias nem à lei complementar, nem ao seu decreto regulamentador, chancelando a legalidade dos referidos atos normativos”. O parlamentar finalizou seu voto: “pontuamos a importância da implementação do projeto Zona Verde que está ancorado nas premissas da LC 692/2004 e [lembramos] que o GDF vem trabalhando nesse projeto desde 2019 em constante diálogo com os órgãos e a sociedade civil. O GDF e a SEMOB consideram o projeto Zona Verde uma importante política pública de mobilidade urbana e responsabilidade ambiental na qual pretende ampliar o investimento em transporte público”, declarou Martins Machado.

Por sua vez, o deputado Fábio Felix disse que o assunto tratado na verdade “é uma tentativa do GDF de privatizar todos os estacionamentos públicos e abertos do DF”. O parlamentar continuou sua argumentação em defesa do PLC 29/2023. “Em alguns lugares do mundo, essa iniciativa é usada justamente para financiar a mobilidade urbana coletiva, o transporte de bicicletas e a mobilidade ativa de forma geral. Então é sim uma iniciativa que pode ser legítima, se devidamente discutida com a sociedade. Mas o problema é que o GDF quer implantar o Zona Verde, privatizar todos os estacionamentos públicos das áreas comerciais e residenciais da região central do Plano Piloto sem que exista discussão com a população e baseado em uma lei genérica de 2004, que autoriza inclusive privatizar o subsolo de prédios públicos.”

Felix ressalta que a lei em vigor não vincula que os recursos arrecadados serão investidos em mobilidade urbana. “Essa lei não garante que vai haver transporte melhor, só garante que quem usa carro vai ter que pagar e inclusive retira da Câmara Legislativa a possibilidade de debater os termos da concessão de estacionamentos, entrega um cheque em branco ao governador do DF e ele faz o que quer”, afirmou o distrital.

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Já o deputado Max Maciel disse que o DF tem dois caminhos. “Ou a gente continua produzindo uma série de estacionamentos sem controle ou traz a discussão sobre qual modelo vai ser adotado, pois trazer isso para a Câmara Legislativa é garantir que esse recurso não seja mais uma vez entregue à iniciativa privada e que não tenha retorno à população. Nossa proposta é que o recurso seja administrado como é em Curitiba, onde o dinheiro vai para o caixa da mobilidade para subsidiar o sistema. Se for para colocar uma cancela simplesmente para arrecadar, que o Estado coloque e arrecade como fundo que vai para subsidiar o transporte”, argumentou Max.

O PLC nº 29/2023 ainda vai passar por análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir para apreciação do plenário.

Faixa elevada

Os membros da comissão aprovaram também o PL nº 963/2024 que determina a implantação obrigatória de faixa elevada para travessia de pedestre em frente a unidades de saúde e escolas.

Autor da proposta, o deputado Ricardo Vale (PT) explica em sua justificativa que a “faixa elevada para travessia de pedestre garante maior segurança porque obriga o motorista a reduzir a velocidade, ao mesmo tempo em que eleva a altura dos pedestres em relação ao nível da faixa de rolamento e os mantém praticamente no mesmo nível da calçada de onde partem”.

Já o relator da matéria, deputado Gabriel Magno (PT) lembra que “a iniciativa provoca aumento na interação entre a acessibilidade urbanística e o direito à cidade. Isto porque, por estar alinhado ao nível das calçadas, elimina uma barreira urbana à mobilidade de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida”.

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A proposta foi aprovada com quatro votos favoráveis. Além do relator, votaram pela aprovação os deputados Max Maciel, Fábio Felix e Martins Machado.

O deputado Gabriel Magno afirmou que também há aspectos ligados ao PPCUB que também devem ser levados em consideração. “O modelo que foi apresentado pelo GDF também invade regulamentações e legislações sobre a questão da preservação do patrimônio da área tombada já que prevê a exploração de estacionamentos dentro das quadras. O decreto que tomba Brasília como Patrimônio da Humanidade diz que todas as projeções nas quadras residenciais não podem ser terceirizadas ou exploradas por terceiros”, afirmou Gabriel.

Agora a proposta vai a votação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), na Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Posteriormente, segue para apreciação do plenário.


Fonte: Francisco Espínola – Agência CLDF

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Novo regimento interno da Câmara Legislativa já está em vigor

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Foi publicado no Diário da Câmara Legislativa nesta quarta-feira (11) o novo Regimento Interno da Casa. Com a publicação, a norma de autoria da Mesa Diretora já está em vigor, consolidando diversas alterações e adequações realizadas ao longo dos últimos 24 anos

O novo Regimento se adequa às Emendas à Lei Orgânicas aprovadas no período, como a que acabou com as votações secretas na Câmara Legislativa. Prevê também a possibilidade de o presidente da Câmara Legislativa convocar sessão virtual ou de serem realizadas reuniões virtuais de comissões. As figuras do líder da maioria e do líder da minoria passaram a ser previstas, assim como a ação de obstrução.

As emendas de Plenário passaram a ter leitura obrigatória quando o parecer for oral. Ausências injustificadas às sessões ordinárias implicam a perda de 1/30 avos do subsídio. A votação por sistema eletrônico tornou-se a regra nas votações nominais.

A norma prevê que os eleitos para o próximo biênio da Mesa Diretora, para os presidentes das comissões permanentes, e os escolhidos para as procuradorias especiais, para a Ouvidoria e para a Corregedoria são considerados empossados automaticamente a partir de 6 de janeiro de 2025, dispensada a realização de qualquer solenidade oficial para o efetivo exercício nos respectivos mandatos. Traz ainda a possibilidade de uma única recondução para o mesmo cargo na Mesa Diretora na mesma legislatura ou na seguinte. Ao mesmo tempo, prorroga até o dia 5 de janeiro de 2025 os mandatos da atual Mesa Diretora e dos atuais presidentes de comissões permanentes, assim como de corregedor e ouvidor.

O projeto foi aprovado por unanimidade pelos 22 deputados presentes à sessão ordinária realizado no dia 22 de novembro. Entre outros temas, o regimento consolida o total de 14 comissões permanentes e três procuradorias especiais. Veja aqui a matéria que relata a aprovação da proposta.

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Ainda dentre as inovações promovidas pelo novo regimento interno estão a regra de não encerramento da primeira sessão legislativa ordinária de cada legislatura sem a aprovação do projeto de lei do plano plurianual (PPA). Inclui também dispositivo para que, no exercício da função fiscalizatória, o parlamentar atue em representação dos órgãos colegiados da CLDF.

Também houve a supressão de normas como em retirar o limite de duas comissões de mérito na distribuição de proposições e excluir a previsão de interstício entre a aprovação da matéria, sem emendas, e a votação dela em segundo turno. O texto também flexibiliza a regra de deliberar em sessão extraordinária apenas sobre matéria para a qual tiver sido convocada.

Relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça, o deputado Thiago Manzoni (PL) falou sobre algumas das alterações do projeto. “A ideia do regimento é colocar as coisas em ordem cronológica, desde antes da posse dos deputados até o final do processo legislativo com a derrubada ou manutenção dos vetos. Procedemos ajustes para conformar o texto com as normas constitucionais. Por exemplo, como funciona a posse automática dos membros da Mesa Diretora que são eleitos para o segundo biênio. Então, estamos regulamentando essa posse do dia 6 de janeiro”, disse Manzoni.

Para o presidente Wellington Luiz (MDB), o novo regimento interno é um marco importante. “Reflete o nosso compromisso com a modernização e a eficiência do processo legislativo. Após quase 25 anos sem uma revisão estruturada, enfrentamos o desafio de adequar o texto às transformações do mundo e às demandas da sociedade. O novo Regimento não é apenas um aperfeiçoamento técnico; ele traz ferramentas que tornam o trâmite legislativo mais ágil e participativo, fortalecendo o diálogo entre a Casa e os cidadãos. Esse avanço é resultado de um esforço coletivo, coordenado em um grupo de trabalho dedicado, que sistematizou as diversas questões enfrentadas ao longo do trâmite legislativo. Com essa atualização, damos um passo significativo para garantir que a Câmara Legislativa esteja em sintonia com as expectativas dos cidadãos do Distrito Federal”, declarou o presidente da Casa.


*Agência CLDF

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Nova lei garante apoio a mães que desejam entregar filhos para adoção

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A nova lei garante o sigilo e a proteção dos direitos das genitoras que optarem pela entrega voluntária

Nesta terça-feira (9/12), foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal a Lei 7.598/24, de autoria dos deputados Wellington Luiz (MDB) e Paula Belmonte (Cidadania), que determina que gestantes ou parturientes que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, antes ou logo após o nascimento, sejam encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude e recebam apoio social e psicológico durante o processo.

Segundo o documento, a nova legislação garante o sigilo e a proteção dos direitos das genitoras que optarem pela entrega voluntária, assegurando que não haja constrangimentos para as partes envolvidas. A lei também determina a realização de campanhas publicitárias informativas e educativas para a população do DF, com frequência mínima semestral.

Outra diretriz do texto inclui a capacitação de profissionais das áreas de assistência social, saúde, educação e conselheiros tutelares para orientação da entrega voluntária de crianças para adoção sempre que forem identificadas potenciais gestantes e mães que demonstrem interesse ou traços de que não desejam criar seus filhos.

Segundo Wellington Luiz e Paula Belmonte, a medida busca prestar melhor assistência às genitoras que entregarem seus bebês de forma espontânea, incentivar a elaboração de planos terapêuticos individualizados pelas equipes de saúde que atendam às singularidades de cada caso e inibir a política do aborto.

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“A entrega voluntária de bebês à Justiça da Infância e Juventude proporciona uma alternativa segura para crianças que, por diversos motivos, estão em situações de risco ou negligência por parte de seus cuidadores. É fundamental assegurar que essas crianças tenham acesso a um ambiente seguro e afetuoso, onde seus direitos fundamentais sejam respeitados”, afirmam os parlamentares em documento de justificativa.


*Agência CLDF

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CLDF aprova projeto que fortalece direitos trabalhistas de terceirizados no GDF

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Projeto assegura dignidade e proteção aos trabalhadores terceirizados no serviço público do DF

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou o Projeto de Lei 1.298/2024, de autoria do deputado distrital Ricardo Vale (PT), que estabelece medidas para garantir os direitos trabalhistas dos terceirizados contratados pelo Governo do Distrito Federal (GDF). A proposta resguarda os trabalhadores contratados pela administração pública local, reforçando a responsabilidade das empresas contratadas.

O PL introduz dispositivos que asseguram o cumprimento de obrigações trabalhistas, como o pagamento regular de salários, benefícios e rescisões, além de prever jornadas mais flexíveis, previsibilidade de férias e a adequação às normas de segurança do trabalho. Outra inovação é a exigência de comprovação do pagamento de encargos sociais pelas empresas terceirizadas antes de receberem valores do GDF, uma medida que visa evitar irregularidades que penalizem os trabalhadores.


“Os terceirizados são essenciais para o funcionamento de serviços públicos no Distrito Federal. Este projeto busca protegê-los de práticas abusivas, como atrasos salariais e descumprimento das leis trabalhistas, garantindo que sejam tratados com dignidade e respeito”, destacou Ricardo Vale.


O texto também adota regras semelhantes a um decreto federal, obrigando a contratação de serviços contínuos com dedicação exclusiva de mão de obra e a apresentação de planilha de custos e formação de preços. Essa exigência coíbe propostas de preços abaixo do valor real das licitações, que geralmente resultam em salários e benefícios reduzidos para os trabalhadores.

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“Queremos trazer para o DF um padrão de contratação que priorize o trabalhador, garantindo que a administração pública seja coerente e proteja os terceirizados da exploração. Esta é uma medida que reforça a justiça e a responsabilidade nas relações de trabalho”, afirmou o deputado.


Com a sanção da lei, os órgãos e entidades do GDF deverão adaptar seus processos de contratação, incluindo os contratos vigentes, assegurando que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados. “A aprovação deste projeto é um passo importante para assegurar segurança e dignidade a milhares de trabalhadores terceirizados no Distrito Federal”, concluiu Ricardo Vale. A proposta agora segue para sanção do governador.


Comunicação Ricardo Vale (PT)

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