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Cultura

Alunos da rede pública aprendem sobre valorização do patrimônio cultural do DF

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Cerca de 500 estudantes participam de oficinas que promovem a preservação do patrimônio material e imaterial de Brasília, unindo aprendizado e reconhecimento cultural

Para que a sociedade cuide de seu patrimônio cultural é preciso que ela o conheça. A partir deste princípio, cerca de 500 alunos de escolas da rede de ensino pública do Distrito Federal estão participando de uma oficina que tem como objetivo ensinar a importância da preservação do patrimônio material e imaterial de Brasília.

Cerca de 500 alunos de escolas da rede de ensino pública do Distrito Federal estão participando de uma oficina que tem como objetivo ensinar a importância da preservação do patrimônio material e imaterial de Brasília | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Em parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Educação (SEEDF), e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), os estudantes também aprendem técnicas avançadas de recuperação de obras danificadas, além de curiosidades sobre descoloração, desgaste e perda de pigmentos, que comprometem a aparência e a integridade dos materiais.

Para o gerente de Educação Ambiental, Patrimonial, de Línguas Estrangeiras e Arte-Educação da Secretaria de Educação, Hamilton Cavalcante, a iniciativa de ensinar educação patrimonial para alunos da rede pública vai muito além da preservação do ambiente escolar.


“Quando a gente traz o conceito da educação patrimonial, a nossa meta é fazer o estudante entender o que é patrimônio material, o que é patrimônio imaterial e como isso impacta na vida dele e como isso também influencia nas suas aprendizagens. A ideia é trazer a ideia do pertencimento e da identidade”, reforça.


“Todo esse esforço faz com que as pessoas se preocupem em cuidar do que é nosso, porque elas não vão cuidar daquilo que elas não conhecem, daquilo que elas não entendem”, completa.

Três escolas participam do projeto: Centro Educacional Stella dos Cherubins Guimarães Trois, em Planaltina, Centro de Ensino Fundamental Caseb, na Asa Sul, e Centro de Ensino Fundamental 18 de Ceilândia, no Setor P.

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Coordenadora das atividades de Educação Patrimonial da Universidade de Pelotas, Liza Bilhalva Martins explica que a oficina é dividida em três atos: o pedagógico – onde é explicado o que os restauradores de obras fazem e o que é patrimônio; o expositório – no qual os alunos participam de uma mostra de obras que foram danificadas e o trabalho que foi feito para recuperá-las; e, por fim, as atividades artísticas e práticas – quando os estudantes têm a oportunidade de colocar em prática todo o aprendizado colhido.

Davi dos Santos, 13, disse que se sentiu o próprio Van Gogh ao pintar sua obra de arte


“Dentro do projeto tem um historiador da arte que faz uma pesquisa debruçada em cima de algumas obras para os alunos terem a dimensão do que estamos falando. Tem que compreender, tem que entender aquela obra para poder restaurá-la. Quando a gente fala que uma ânfora foi danificada e fraturada em 180 pedaços, eles ficam muito impressionados e perguntam como foi o processo de restauração. Eles gostam muito de aprender essas curiosidades. E quando se aprende nessa fase da vida, não se esquece mais. Por isso é importante você trabalhar com a educação básica e, sobretudo, com a educação pública”, pontua.


‌Estudante do 8º ano do CEF 18 de Ceilândia, Bia Pereira de Oliveira, de 13 anos, conta que jamais imaginava viver essa experiência dentro de sala de aula.


“Cara, eu amei muito ter isso aqui na escola. Melhorou muito o nosso ensino, porque é uma coisa que você consegue livrar a gente de toda a pressão em cima dos estudos, sabe? Claro que nós temos que estudar todos os dias, mas são experiências como essa que fazem a gente gostar ainda mais de vir para a escola e perceber que o estudo proporciona muitos momentos bons”, ressalta a aluna.


Cultura

Bibliotecas ibero-americanas querem ampliar a preservação dos acervos

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Assunto é tema da 35ª Abinia, de 3 a 6 de dezembro na FNB, no Rio

A preservação e conservação de acervos de bibliotecas de países ibero-americanos é um dos temas do encontro dessas instituições que vai ocorrer no período de 3 a 6 de dezembro no Auditório Machado de Assis, na sede da Fundação Biblioteca Nacional, no centro do Rio de Janeiro. A última vez em que a instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) recebeu o evento internacional, foi em 2000.

Argentina, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, Espanha, Guatemala, México, Panamá, Paraguai e Portugal já confirmaram a presença na 35ª Assembleia Geral da Associação de Estados Ibero-Americanos para o Desenvolvimento das Bibliotecas Nacional do Países Ibero-Americanos (Abinia), que vai ocorrer na sede da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), no centro da capital fluminense. Bolívia, El Salvador, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, participarão de forma virtual.

A intenção do encontro é promover a integração desses países incluindo as raízes ibéricas de Espanha e Portugal. “O fato de a gente reunir todos esses países após 24 anos quer dizer o momento importante que o Brasil está vivendo e ao mesmo tempo um diálogo que passa pela integração da América Latina que é sempre uma demanda forte, intensa, buscada praticamente a cada geração e que temos que ampliar isso tudo”, disse o presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Marco Lucchesi, em entrevista à Agência Brasil.

Depois de alguns anos de ausência, Portugal estará no encontro, uma vez que volta a integrar a Assembleia. “Portugal, após um longo período não participando diretamente da Abinia está voltando agora. É um fato também muito importante para nós. É uma grande comunidade que está programando as práticas, reestudando as suas funções e missões institucionais. É um momento muito bonito”, observou.

Lucchesi chamou atenção para a quantidade de itens que essas bibliotecas preservam. “Se fizer um cálculo de quanto aproximadamente cada uma dessas bibliotecas, que se encontrarão no Rio de Janeiro, possuem é como se uma parte do planeta Terra tivesse unida no Rio de Janeiro, porque gente está tratando de milhões de peças que essas bibliotecas as guardam em seus repertórios e seus acervos, não só os da América Latina, mas também de Espanha e Portugal. Então, é um volume imenso. O valor simbólico do encontro já é uma conquista de espaço e de volume”, comentou.

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Para o presidente, o fato de sediar o encontro reflete o destaque que a biblioteca brasileira tem no cenário nacional e internacional. “Dá de fato à Biblioteca Nacional do Brasil o lugar da sua importância, o papel extremamente de relevo que ela realiza para as políticas da memória, para o tratamento e a difusão da informação, justamente em um tempo tão complexo com que diz respeito à informação. A Biblioteca Nacional tem um compromisso tão forte com a informação que inclusive assinamos um termo importante com o Supremo Tribunal Federal no ano passado para as boas práticas da informação que são naturais da Biblioteca Nacional”, afirmou.

O encontro é restrito a convidados e representantes dos países membros, mas poderá ser acompanhado em transmissão ao vivo nos dias 4, 5 e 6, pelo canal do YouTube da FBN.

“Esse encontro é sempre um grande fórum que vai consolidando políticas da América Latina, Espanha e Portugal para ampliação das nossas alianças. O que fica claro é uma diplomacia do livro. São várias repúblicas latino-americanas com as duas ibéricas, todas reunidas para ampliar essa relação, que é uma relação de micro diplomacia, que todas as instituições culturais acabam fazendo de certa forma, mas é claro que quando a Biblioteca Nacional do Brasil entra, ela traz um patrimônio de enorme valor e importância que há várias gerações vem sendo preparado, cuidado e difundido”, observou.

Programação

A presidente da Abinia e diretora da Biblioteca Nacional do México, María Andrea Giovine Yáñez, e o presidente da FBN, Marco Lucchesi farão a abertura do encontro na terça-feira (3), às 10h. No dia seguinte, também com transmissão ao vivo, os trabalhos serão iniciados às 10h, com Lucchesi e a diretora da Biblioteca Nacional da Guatemala e vice-presidente da ABINIA, Ilonka Matute.

Um dos temas que serão discutidos é o Depósito Legal, legislação que prevê o envio de um exemplar de cada publicação editada em um país para sua respectiva biblioteca nacional. A palestra Depósito Legal Eletrónico: chave para garantir o acesso e preservação de conteúdos digitais, da diretora de Processos e Serviços Digitais da Biblioteca Nacional da Espanha, Gloria Expósito, na quinta-feira (5), das 11h às 12h, será transmitida ao vivo pelo YouTube.

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Na sexta-feira (6), entre 10h40 e 12h30, serão transmitidas duas conferências sobre bibliotecas sustentáveis. Na primeira, o gerente de planejamento estratégico do International Centre for the Study of the Preservation and Restoration of Cultural Property (ICCROM),José Luiz Pederzoli Jr., apresentará a palestra “Sustentáveis para o Desenvolvimento Sustentável”. Na sequência, o assessor em arquitetura para biblioteca e docente, Santi Romero, falará sobre “Edifícios de bibliotecas sustentáveis: desafios e oportunidades”.

“Nós temos na programação as demandas que são muito parecidas em todas as bibliotecas. Não importa qual seja o país e a língua, as bibliotecas são sempre um organismo em expansão, um organismo que não para de crescer e agora no final do século 20 para o 21, ela cresce em duas direções. Uma é a física e a outra é a virtual. É o pensamento sobre a forma pela qual vamos lidando com novas tecnologias, por exemplo, a Biblioteca Nacional tem refletido bastante sobre o uso da inteligência artificial como elemento importante na pesquisa e na abrangência.

Ações

Entre as atividades fora do país, a Biblioteca Nacional esteve presente, neste mês de novembro, em uma reunião, no Vaticano, quando se concentraram as mais importantes bibliotecas do mundo tratando do futuro no campo virtual, da difusão e do acesso das pessoas à informação. O papa recebeu um livro produzido pela instituição na edição Biblioteca Nacional no imaginário do Rio de Janeiro e do Brasil, além de uma carta de Lucchesi em que destacou o trabalho das bibliotecas nas políticas de memória.

Também neste ano, a Biblioteca Nacional entrou para a CPLP. “Foi um momento glorioso e muito importante. Ela é observadora e conselheira entre os membros da comunidade dos povos de língua portuguesa”, comemorou.

O presidente destacou ainda que a Biblioteca Nacional realizou na África, o primeiro seminário dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, chamados de PALOPs, que brevemente vai ser publicado na Revista do Livro editada pela instituição. Além disso, ofereceu para a África um curso de preservação e conservação especialmente dirigido para o território. “Isso também é uma micro diplomacia que a gente está colocando o rosto do Brasil”, completou.

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Abinia

Fundada em 1988, em Madri, na Espanha, a Associação de Estados Ibero-Americanos para o Desenvolvimento das Bibliotecas Nacionais dos Países Ibero-Americanos, é uma organização internacional sem fins lucrativos que, segundo a FBN, busca “promover as ações dessas instituições por meio de mecanismos participativos, projetos e ajudas de cooperação internacional”.

Composta pelos diretores das bibliotecas nacionais como representantes dos estados membros, a Assembleia Geral é o órgão máximo da Abinia. Atualmente, é composta por 18 bibliotecas nacionais da Ibero-América.

Quem quiser mais detalhes sobre o encontro pode acessar aqui.


*Agência Brasil

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Cultura

Cinco pontos-chave sobre a reabertura de “Notre-Dame” em Paris

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Da missa inaugural às “novas” visitas guiadas, a Civitatis, plataforma líder em visitas guiadas e excursões, elaborou uma lista com cinco pontos importantes que os turistas devem considerar ao visitar a catedral parisiense

A espera acabou! A icônica Catedral de Notre-Dame, em Paris, reabrirá suas portas ao público no próximo dia 8 de dezembro de 2024. Após cinco anos de intensos trabalhos de restauração, motivados pelo devastador incêndio ocorrido em 15 de abril de 2019, este monumento voltará a receber viajantes do mundo todo.

Por isso, a Civitatis, plataforma líder em visitas guiadas e passeios em português ao redor do mundo, celebra este marco histórico destacando cinco pontos-chave sobre a reabertura desta obra-prima da arte gótica.

1. Discurso de reabertura e missa inaugural

As celebrações começam no dia 7 de dezembro, com um discurso do presidente francês, Emmanuel Macron, no átrio da catedral, seguido por um show inaugural com artistas renomados. Estima-se que cerca de 3.000 pessoas participarão desse evento especial.

No dia oficial da reabertura, 8 de dezembro, será celebrada uma missa solene no interior da catedral. Durante os oito dias seguintes, haverá uma abertura especial que permitirá que fiéis e visitantes de Paris acessem o local até as 22h. A partir de 16 de dezembro, a catedral retoma seu funcionamento normal.

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2. Entrada gratuita e reservas

A partir de 16 de dezembro, os visitantes poderão passear novamente sob as impressionantes abóbadas de Notre-Dame e admirar sua magnífica arquitetura. As reservas, que continuarão gratuitas, estarão disponíveis no início de dezembro e deverão ser feitas pelo site ou aplicativo oficial da Catedral para limitar a quantidade de visitantes.

3. Um grande atrativo turístico

Com a reabertura, espera-se que Notre-Dame receba cerca de 15 milhões de turistas por ano. Por isso, fazer uma reserva com antecedência será essencial para evitar filas longas. As visitas em grupo, sejam culturais ou de peregrinação, serão retomadas a partir de junho de 2025.

Para os que chegarem sem reserva, será organizada uma fila espontânea, mas com tempo de espera prolongado. Em breve, com a Civitatis, os viajantes poderão realizar um Tour pela Catedral de Notre-Dame que inclui entrada à Cripta, onde eles poderão aprender mais sobre a restauração e as curiosidades fascinantes dessa joia gótica.

4. O custo da restauração

A reconstrução de Notre-Dame foi um projeto monumental que exigiu um investimento de 700 milhões de euros (aproximadamente 4,4 bilhões de reais). Esse esforço, viabilizado por 846 milhões de euros em doações provenientes de 150 países, contou com o envolvimento de 250 empresas e centenas de artesãos altamente qualificados. Após cinco anos de trabalho minuncioso, a catedral renasce como símbolo de resiliência e patrimônio cultural.

5. Uma transformação ecológica sem precedentes

A partir de 2025, o entorno de Notre-Dame será renovado com foco na sustentabilidade. Serão criados 1.800 metros quadrados de áreas verdes e serão plantadas cerca de 160 árvores, integrando a catedral à natureza e ao rio Sena. Além disso, um antigo estacionamento foi transformado em uma entrada acessível para turistas, unindo funcionalidade a um design ambientalmente e socialmente responsável.

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Notre-Dame: uma joia do patrimônio mundial

Construída entre 1163 e 1345, na Île de la Cité, Notre-Dame é uma das catedrais góticas mais antigas e renomadas do mundo. Em frente à sua imponente fachada encontra-se o quilômetro zero da França, marcado pelo medalhão do Point Zéro, ponto de partida de todas as estradas nacionais do país.

Declarada Patrimônio Mundial pela Unesco em 1991, Notre-Dame é um símbolo eterno da história, cultura e espiritualidade da França. Como parte de sua renovação, a catedral contará com uma nova decoração que incluirá três tapeçarias do renomado pintor espanhol Miquel Barceló, a serem instaladas na capela da nave lateral norte, segundo anunciou um representante da arquidiocese durante a apresentação oficial das celebrações de reabertura.


Sobre a Civitatis
A Civitatis é a principal plataforma online de visitas guiadas, excursões e atividades em português nos principais destinos do mundo, com mais de 90.000 atividades em 4.000 destinos de 160 países.


* Ananda Saori – Especialista de Comunicação

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Cultura

AfroReggae encerra novembro negro com atividades culturais e educativas

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Riqueza de atividades une o clássico, a percussão e o digital em celebração à cultura afro-brasileira

Ao longo do mês de novembro, o AfroReggae promoveu uma série de ações culturais e educativas em comemoração ao Mês da Consciência Negra, reforçando a valorização da cultura afro-brasileira. A programação, realizada nas unidades de Vigário Geral e da Maré, integrou diferentes linguagens e áreas, como ballet, percussão e tecnologia, destacando a diversidade e a riqueza das influências afro-brasileiras na formação cultural do país.

Encerrando o mês, a organização realizou oficinas e apresentações temáticas que conectaram tradição e inovação. No AfroGames, o destaque foi o “Mapa Zumbi dos Palmares”, um jogo que combina educação, tecnologia e representatividade para narrar o legado de resistência negra de forma inovadora.

Nas áreas culturais, as aulas de percussão exploraram ritmos afro-brasileiros, como maculelê e influências do Congo, conectando tradição e contemporaneidade. Já no ballet, as apresentações homenagearam figuras icônicas da história negra, reforçando a representatividade por meio da arte. A programação também incluiu uma aula especial sobre o Funk Carioca, conduzida pelo professor Luccas Moraes, que ressaltou as raízes afro-brasileiras desse gênero e sua relevância cultural.


“O Novembro Negro é um momento para resgatarmos tradições, refletirmos sobre nossa história e inspirarmos as novas gerações. Com ações como essas, conseguimos mostrar como a cultura afro-brasileira transforma realidades e fortalece identidades,” afirmou a Diretora Social Karla Soares.

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As atividades do Novembro Negro reafirmaram o compromisso do AfroReggae com a educação transformadora e a valorização da herança afro-brasileira, conectando passado, presente e futuro por meio da arte e da inovação.


Com informações: Assessoria de imprensa: Bia Saldanha e Rozangela Silva

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