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Comissão de Educação debate ensino superior no DF e manifesta apoio a movimento grevista

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A Câmara Legislativa iniciou a semana com debate sobre as perspectivas e os desafios do ensino superior no Distrito Federal

A discussão ocorreu em reunião extraordinária da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), na manhã desta segunda-feira (27), com a presença de representantes das universidades de Brasília (UnB) e do DF (UnDF); do Instituto Federal de Brasília (IFB), e de estudantes.

O presidente da comissão, deputado Gabriel Magno (PT), ressaltou que o assunto, apesar de ser de âmbito nacional, deve ser alvo de reflexão pelo Legislativo local: “O DF não pode ficar alheio a essa discussão; as instituições de educação superior têm papel importante no próprio desenvolvimento local”. O parlamentar – oriundo da carreira de magistério – destacou, ainda, ser importante pensar como relacionar o ensino superior com todo o sistema educacional do DF.

Entre os principais desafios apontados no debate estão: a desvalorização das universidades públicas e de seus trabalhadores (professores e técnicos), e a falta de assistência estudantil para evitar a evasão.

Esses e outros pontos coincidem com os motivos que levaram à greve nas universidades e institutos federais. Em apoio a esse movimento paredista, o presidente da CESC se comprometeu a encaminhar uma nota oficial do colegiado ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), defendendo a pauta dos trabalhadores da educação superior e pedindo a continuidade do diálogo e das negociações.

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À frente da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (AdUnB), Eliene Novaes destacou a importância das universidades para a produção de conhecimentos para toda a sociedade e defendeu a luta contra o “desmonte desse projeto de universidade pública”. Ela reforçou que a greve em andamento não é apenas por melhores condições salariais: “Queremos continuar fazendo a defesa de um projeto de universidade pública a serviço da população brasileira”.

O estudante de História André Doz, integrante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UnB, manifestou apoio ao movimento: “Temos presenciado cortes na educação e vemos com bons olhos as lutas do presente, de respeito à necessidade histórica que as universidades têm de recomposição orçamentária e valorização das carreiras”.

Para o tesoureiro do Sindicato Nacional dos Servidores Federais na Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe Brasília), Henrique Zanata, a defasagem salarial e as condições de trabalho têm levado a uma “fuga de cérebros” das instituições públicas de ensino superior. O sindicalista aproveitou para defender mais investimento em bolsas de pesquisa e a instalação de “bandejões” (restaurantes universitários) nos campi do Instituto Federal de Brasília (IFB). “Estamos pedindo o justo e sabemos que há espaço orçamentário”, disse.

A reitora do IFB, Veruska Machado, explicou que a instituição lida com todos os níveis e modalidades de ensino da educação profissional e tecnológica, registrando 35 cursos superiores – a maior parte de licenciatura e formação de professores. A acadêmica demonstrou grande preocupação com a diminuição da procura dos estudantes pela educação superior e observou que esse processo é mais intensificado nas licenciaturas.

“Temos de fazer diversas chamadas para compor turmas de licenciatura, em especial de química, física e matemática”, apontou. A reitora alertou, então, para a possibilidade de um “apagão” de profissionais para atuarem nessas áreas na educação básica “num curto espaço de tempo”.

Outro desafio apontado por Veruska Machado é o de fazer com que os estudantes permaneçam nos cursos. Conforme informou, muitos alunos do IFB vivem em situação de vulnerabilidade e conciliam os estudos com trabalho. Nesse sentido, a acadêmica reforçou a importância de mais recursos para bolsa permanência; melhores condições de transporte para os campi; a instalação de residências pedagógicas para as licenciaturas e de residências profissionais para os tecnólogos, entre outras ações visando a minimizar a evasão estudantil.

Universidade distrital

A situação da recém-criada UnDF não difere muito das instituições federais de ensino superior. Pelo contrário: segundo o presidente do Sindicato da UnDF, Bruno Couto, a universidade distrital já nasceu com a marca da precarização. “O salário de um docente 40h, com doutorado, gira em torno de R$ 6 mil líquido. Isso para uma carreira criada em 2021. Já nasceu com salário defasado”, lamentou.

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O docente reclamou, também, da progressão da carreira. “Leva 25 anos, e não tem absolutamente nada a ver com as carreiras federais”, afirmou. “Uma carreira desvalorizada gera êxodo de profissionais e não estimula o aluno a querer ser professor”, emendou.

Além disso, Bruno Couto criticou o fato de a UnDF não contar com o cargo de técnico administrativo. Hoje, o serviço é feito por 78 servidores cedidos da Secretaria de Educação.

A dificuldade de acesso ao campus, localizado no Lago Norte, e a ausência de uma cantina ou restaurante universitário também foram criticados e considerados uma “decisão política” condizente com a “ideologia de precarização da educação”.

Mais desafios

O presidente do Fórum Distrital de Educação, Júlio Barros, avaliou que o “projeto de extinção da educação pública” se manifesta de várias formas. Como exemplo, ele citou que 70% dos professores da educação básica do DF são de contrato temporário.

“O DF é a única unidade da Federação que não tem lei do sistema de educação. A educação é regida por portarias, circulares e resoluções, que não têm a força política da lei; aí, as politicas educacionais não têm continuidade”, explicou.

Barros sugeriu a criação de uma lei de responsabilidade educacional, semelhante à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “O Poder Executivo desrespeita as leis e fica por isso mesmo. O governo Ibaneis não cumpre o mínimo educacional, não cumpre as metas do plano decenal. Em analogia à LRF, teria de pagar, seja com inelegibilidade, com cassação e até com prisão”, disse.

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Audiências públicas

O deputado Gabriel Magno aproveitou a discussão para convidar os presentes para as audiências sobre o novo Plano Distrital de Educação (PDE), ainda sem data definida. Ele informou também que, no próximo dia 10 de junho, a partir das 9h30, a CESC vai realizar uma audiência sobre o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025, ocasião em que serão discutidas as prioridades para educação, saúde e cultura.

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Fábio Felix alerta para “desmonte” da Caesb

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A situação da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) tem sido motivo de preocupação do deputado Fábio Felix (Psol)

Na sessão desta quarta-feira (4), o distrital expressou temer “o desmonte continuado” da companhia pública “para depois ser vendida”.


“Praticamente não temos empregados na área operacional e de manutenção; os escritórios de atendimento ao público foram desmontados, e a maior parte dos serviços foram terceirizados”, afirmou. Ele lamentou a abertura de um concurso público com apenas 80 vagas, sem cadastro de reserva e sem alguns cargos essenciais, como bombeiro hidráulico: “É muito restrito para uma empresa pública extremamente deficitária em relação a seus funcionários”.


Além disso, Felix alertou para o “sucateamento” do maquinário em operação: “Isso coloca em risco nosso direito a água potável”.

O parlamentar destacou, por outro lado, o aumento do salário da diretoria da Caesb, que passou de R$ 37 mil para R$ 56 mil por mês – segundo informou.

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“Me parece que esse aumento está acima de adequado e desproporcional”, avaliou.

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Debate sobre Eixão do Lazer mobiliza deputados governistas e oposicionistas

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Desenvolvimento com preservação assume centralidade em debate sobre PPCUB

O debate sobre as atividades realizadas no Eixão do Lazer, bem como a respeito da ação do governo no último domingo (1°), voltou ao plenário da Câmara Legislativa nesta quarta-feira (4)

Desta vez, deputados da base aliada e da oposição discorreram sobre a questão.

O deputado Max Maciel (Psol) apresentou dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) em 2023 mostrando que o Eixão do Lazer conta com a aprovação de 94% dos moradores das Asas Sul e Norte.

“O direito à cidade não é só ir e vir, é o direito que a comunidade tem de transformar os espaços de acordo com suas necessidades”, afirmou, defendendo a continuidade das atividades culturais no Eixão.

O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) disse “corroborar” com o colega. Mas enfatizou: “Sou a favor de normatizar e de realizar o cadastramento dos ambulantes”. O distrital pediu “sensibilidade” ao governo, para ouvir as demandas de todos os interessados e envolvidos.

“Há dois direitos em aparente contradição: um é o direito dos que vão vender e fazer shows, e outro é o direito dos moradores. Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio”, avaliou o deputado Thiago Manzoni (PL).

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Chico Vigilante (PT) lembrou que o Eixão do Lazer foi instituído há 33 anos, em 1991. “Não conheço ninguém que queira acabar com isso. Mas sou a favor de discutir o disciplinamento. Precisa de cadastramento e, também, de fiscalização”, disse, pregando “bom senso”.


Os deputados Fábio Felix (Psol) e Gabriel Magno (PT) também saíram em defesa das múltiplas atividades naquela via. Felix ressaltou que os próprios moradores das Asas Sul e Norte frequentam os eventos, a exemplo do “Choro no Eixo”.

Por sua vez, Magno informou ter apresentado um projeto de decreto legislativo (PDL) alterando o decreto do governador publicado nessa terça-feira (3), no que diz respeito à definição de o que é lazer e o que pode ser feito no Eixão. De acordo com o distrital, o decreto exclui a realização de comemorações de aniversário, piqueniques, apresentações musicais e outras manifestações culturais. “Isso é ilegal”, criticou.

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CLDF autoriza melhorias para carreiras do Executivo na LDO

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Técnicos de enfermagem, servidores da Adasa e de categorias da cultura foram contemplados. Projeto de lei ainda prevê concurso e nomeações da Terracap.

Com as galerias do plenário tomadas por servidores e aprovados de diversas categorias do DF, a Câmara Legislativa votou, nesta terça-feira (3), um Projeto de Lei que abre caminho para melhorias em carreiras públicas distritais. O PL nº 1.266/2024 altera a Lei nº 7.313/2023, que prevê as Diretrizes Orçamentárias para 2024. A medida foi aprovada por unanimidade pelos 14 deputados presentes, em dois turnos e redação final.

Com a alteração na LDO, o Executivo tem autorização para incluir as medidas no orçamento. Portanto, ainda precisa encaminhar à Câmara Legislativa os projetos específicos, visto que a aprovação de hoje acatou apenas a inclusão no orçamento.

Dando o tom da sessão, técnicos de enfermagem do DF compareceram em peso e cobraram a análise do PL. Para garantir o quórum da votação, os deputados distritais Rogério Morro da Cruz (PRD) e Chico Vigilante (PT) marcaram presença, apesar de estarem se recuperando de problemas de saúde recentes.

A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof) da CLDF deu parecer favorável ao projeto. Um dos grandes destaques é a reestruturação da carreira técnica em enfermagem, da Secretaria de Estado de Saúde. Com a inclusão na LDO, permite-se reduzir a atual tabela da carreira de 25 para 18 padrões, o que aceleraria e evolução funcional. Além disso, prevê um reajuste salarial de 15% aos técnicos, em três parcelas iguais e sucessivas, a contar de outubro deste ano.

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Técnico de enfermagem, o distrital Jorge Vianna (PSD) comemorou a conquista no que definiu como “um dia de festa”.  Ele aproveitou para agradecer ao sindicato e aos servidores “que mostraram a força da categoria: a maior da saúde no DF”.


A deputados Dayse Amarilio (PSB) também ressaltou a importância da conquista e aproveitou para reivindicar avanços em outra carreira da saúde. “Se a enfermagem fosse remunerada pelo que entrega, seriam os profissionais mais bem pagos do Brasil” justificou, enquanto clamou por mudanças para os enfermeiros, que atualmente estão paralisados.

Outras categorias

A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) também foi contemplada no projeto nº 1.266. Neste caso, trata-se de permissão para realizar concurso público e nomear aprovados, com 89 cargos de nível superior e 31 de médio.

Parlamentares também acataram a criação da gratificação por habilitação em regulação de serviços públicos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa).


Por fim, o PL beneficiou servidores da Cultura, com a previsão de reestruturações para músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro do DF e para a carreira de atividades culturais. “Agora nossa luta é para que o governo abra concurso para essas áreas”, declarou o distrital Fábio Felix (Psol).

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Por sua vez, Gabriel Magno (PT) apontou que “os musicistas continuam sem casa, porque o Teatro Nacional segue fechado” e defendeu a reabertura do equipamento cultural. “É importante reparar o servidor da Cultura, a defasagem dos salários é enorme”, contatou Pepa (PP), encerrando as falas sobre o tema.

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