Germán Cano não demorou para mostrar seu impacto com a camisa do Vasco após sua chegada sem custos para a temporada 2020. Os seis gols no Carioca, além de quatro divididos igualmente em Copa do Brasil e Sul-Americana, não impressionaram tanto quanto os 14 anotados naquele Brasileirão. Atacante clássico, daqueles que empilha gols dentro da área, o argentino já vinha chamando a atenção. E obviamente caiu nas graças da torcida vascaína.
“Mal-acostumado, Cano me deixou mal-acostumado: toda hora gol”, cantavam os cruz-maltinos, em versão adaptada de um sucesso da banda Araketu. Germán Cano, contudo, era uma ilha de competência naquele Vasco. Os seus gols, que em determinado momento lhe fizeram até brigar pela artilharia daquele Brasileirão (disputado em estádios vazios durante o auge da pandemia de Covid-19), não foram o bastante para evitar o rebaixamento. No futebol não basta ter apenas um herói.
Primeiro encontro com Diniz, “pipoqueiro” e despedida
Cano seguiu em São Januário e era a grande esperança de um retorno tranquilo à elite. Mas a Série B de 2021 foi dura com o Vasco, sua torcida… e com o próprio Germán Cano. Com os péssimos resultados em campo, o clube passou por três trocas de treinador.
O atacante argentino seguia isolado no gramado, e a pilha de gols que muitos imaginavam que o camisa 14 teria em seu nome não veio. Foram 11 tentos, número que lhe garantiu o posto de artilheiro do time na competição… mas ainda assim abaixo das expectativas. E o pior: o Vasco não conseguiu o acesso.
O pior momento de Cano no Vasco teve, curiosamente, Fernando Diniz como seu treinador. Os cruz-maltinos precisavam vencer o Guarani para voltarem a se aproximar do G4. Partida dura, onde o empate sem gols prosseguiu até os últimos minutos. Até o Vasco ter a chance da vitória em um pênalti, que acabou sendo desperdiçado pelo argentino. Logo no lance seguinte, o Guarani fez o seu gol e ficou com aqueles importantíssimos três pontos.