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Como Germán Cano deixou pecha de “pipoqueiro” no Vasco para ser abraçado por time, torcida e história do Fluminense

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Como Germán Cano deixou pecha de “pipoqueiro” no Vasco para ser abraçado por time, torcida e história do Fluminense

A perda de um é o ganho do outro. No futebol e também na vida. Quando Germán Cano deixou o Vasco da Gama no final de 2021, escrevendo carta de despedida que era praticamente uma declaração de amor, boa parte dos cruz-maltinos não ligou muito. Pouco depois, quando passou a vestir a camisa do Fluminense, a história mudou.

Um argentino saindo do Vasco e indo direto para o Fluminense? A lembrança de ambos os lados evocou memórias de Darío Conca. Mas as circunstâncias foram bem diferentes: se em 2008 o Tricolor fez uso do investimento de sua patrocinadora para tirar o meia-atacante de São Januário, com Germán Cano a contratação não foi além de oportunidade de mercado. O resultado final, contudo, foi tão especial quanto — ou ainda melhor — para o time das Laranjeiras.

“Mal-acostumado… toda hora gol”

Germán Cano não demorou para mostrar seu impacto com a camisa do Vasco após sua chegada sem custos para a temporada 2020. Os seis gols no Carioca, além de quatro divididos igualmente em Copa do Brasil e Sul-Americana, não impressionaram tanto quanto os 14 anotados naquele Brasileirão. Atacante clássico, daqueles que empilha gols dentro da área, o argentino já vinha chamando a atenção. E obviamente caiu nas graças da torcida vascaína.

“Mal-acostumado, Cano me deixou mal-acostumado: toda hora gol”, cantavam os cruz-maltinos, em versão adaptada de um sucesso da banda Araketu. Germán Cano, contudo, era uma ilha de competência naquele Vasco. Os seus gols, que em determinado momento lhe fizeram até brigar pela artilharia daquele Brasileirão (disputado em estádios vazios durante o auge da pandemia de Covid-19), não foram o bastante para evitar o rebaixamento. No futebol não basta ter apenas um herói.

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Primeiro encontro com Diniz, “pipoqueiro” e despedida

Cano seguiu em São Januário e era a grande esperança de um retorno tranquilo à elite. Mas a Série B de 2021 foi dura com o Vasco, sua torcida… e com o próprio Germán Cano. Com os péssimos resultados em campo, o clube passou por três trocas de treinador.

O atacante argentino seguia isolado no gramado, e a pilha de gols que muitos imaginavam que o camisa 14 teria em seu nome não veio. Foram 11 tentos, número que lhe garantiu o posto de artilheiro do time na competição… mas ainda assim abaixo das expectativas. E o pior: o Vasco não conseguiu o acesso.

O pior momento de Cano no Vasco teve, curiosamente, Fernando Diniz como seu treinador. Os cruz-maltinos precisavam vencer o Guarani para voltarem a se aproximar do G4. Partida dura, onde o empate sem gols prosseguiu até os últimos minutos. Até o Vasco ter a chance da vitória em um pênalti, que acabou sendo desperdiçado pelo argentino. Logo no lance seguinte, o Guarani fez o seu gol e ficou com aqueles importantíssimos três pontos.

Cano não voltaria a balançar as redes pelo Vasco. Os últimos jogos daquela campanha reservaram derrota por goleada no clássico contra o Botafogo, demissão de Fernando Diniz e, no final das contas, fracasso na missão de retornar à elite. O Vasco permaneceria na Série B. Em meio à revolta da torcida, Germán Cano acabou sendo alvo das insatisfações. Passou a ser chamado de “pipoqueiro” por muitos vascaínos.

Apesar da relação íntima que criou-se entre jogador e clube, a separação fez-se necessária por diversos fatores: o fracasso na missão de retorno à elite do Brasileirão trouxe como consequência menos dinheiro, e o Vasco já estava devendo para o argentino. Aconteceram negociações rápidas, mas sem sucesso. E aí é impossível não pensar que a bronca da torcida e as acusações de “pipoqueiro” não tenham contribuído, ainda que minoritariamente, para a separação.

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A carta de despedida de Germán Cano aos vascaínos demonstrava um grande carinho ao clube, e, ainda que sem querer, trouxe consigo uma previsão inversa: “Espero revê-los em breve!”. Nem o argentino (maior artilheiro estrangeiro do Gigante da Colina neste século) nem as torcidas de Vasco e Fluminense imaginariam o que estava por vir.

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Brasil vence Equador para respirar nas Eliminatórias

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Rodrygo garante triunfo de 1 a 0 no estádio Couto Pereira

A seleção brasileira derrotou o Equador por 1 a 0, no final da noite da última sexta-feira (6) no estádio Couto Pereira, em Curitiba, pela 7ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. O triunfo, na partida transmitida pela Rádio Nacional, foi garantido graças a gol de Rodrygo.

Aos 29 minutos da etapa inicial, o atacante do Real Madrid (Espanha) driblou vários adversários e finalizou de longe para definir o jogo. “Estamos em um momento de reconstrução da equipe. No dia de hoje, era importante que vencêssemos, não importava a forma que aconteceu. Em momento algum passamos por dificuldades na partida e não fomos atacados. Eles tiveram posse de bola, mas não criaram. Acho que tudo é questão de tempo”, declarou o técnico Dorival Júnior em entrevista coletiva.

Com o resultado o Brasil voltou a triunfar no torneio após um hiato de quase um ano. A última vitória verde e amarela nas Eliminatórias tinha sido no dia 12 de setembro de 2023, por 1 a 0 diante da seleção peruana em Lima. Somando mais três pontos, a seleção pulou para a quarta posição da classificação com 10 pontos. A ponta da tabela é ocupada pela Argentina, com 18 pontos.

O próximo compromisso do Brasil nas Eliminatórias para a Copa do Mundo será na próxima terça-feira (10), quando mede forças com o Paraguai no Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção.

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Fato Novo com informações e imagens: Agência Brasil

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Botafogo irá banir torcedor que cometeu racismo contra Palmeiras

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Já identificado, ele fez gestos racistas em partida no Nilton Santos

O Botafogo afirmou em nota no X (antigo Twitter) que irá banir o torcedor alvinegro que fez gestos racistas contra a torcida do Palmeiras, durante a vitória dos cariocas por 2 a 1 no primeiro jogo das oitavas de final da Copa Libertadores, na noite de quarta-feira (14), no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro.  O clube carioca disse que o autor dos atos racistas foi identificado na manhã desta quinta (15) e que ele será impedido de frequentar o Nilton Santos.

As imagens do torcedor alvinegro fazendo gestos racistas em direção à torcida do Palmeiras foram publicadas pelo jornalista Tossiro Neto no Instagram, na noite de quarta (14), durante o jogo. A identificação dele foi possível, segundo apuração da Agência Brasil, após o Botafogo analisar as imagens e também o sistema de biometria usado na entrada do público no Nilton Santos. Todas as informações colhidas pelo Botafogo foram encaminhadas à Polícia Civil do Rio de Janeiro para abertura de inquérito.

O diretor-executivo do Botafogo, Thairo Arruda, repostou a nota do Botafogo no X (antigo Twitter), mencionando a La Liga (entidade que organiza o Campeonato Espanhol).

– É assim que se acaba com o racismo, La Liga (entidade que organiza o Campeonato Espanhol). Aprendeu?

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Fato Novo com informações e imagens: Agência Brasil

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Após prata, Seleção Brasileira feminina é homenageada na CBF

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Com a representação da medalha olímpica e foto das 22 jogadores, a Seleção Brasileira recebeu a homenagem na fachada da entidade

A Seleção Brasileira feminina conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Paris. A derrota por 1 x 0 para os Estados Unidos frustrou mais uma vez o sonho do título olímpico pela terceira vez, mas a campanha foi reconhecida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A homenagem foi feita na fachada da sede da CBF. Na foto, pode ser observada a imagem das 22 jogadoras que estavam no elenco, em volta da medalha de prata, a terceira da história da seleção nas Olimpíadas.

Vale destacar que a final olímpica em Paris tirou a equipe da fila. A última decisão de olimpíadas do futebol feminino havia sido em 2008, quando o Brasil também foi derrotado pelas norte-americanas por 1 x 0 em Pequim.

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Mesmo com a queda na final, a campanha da Seleção Brasileira é vista com bons olhos, sendo elogiada por Marta, que se despediu das Olimpíadas. Para a camisa 10, a equipe resgatou o orgulho na modalidade.

“Agora é dar continuidade a esse trabalho, porque o mais importante, que é o que eu acredito hoje, que é o resgate que a gente fez, do orgulho, das pessoas falarem do futebol feminino. Das pessoas acreditarem mais no futebol feminino. Acredito que isso foi o mais importante. Ficar em segundo, ganhar a medalha de prata. O que a gente precisa destacar é isso, esse orgulho que a gente resgatou. A medalha é de prata, mas na vida a gente é ouro”, afirmou a jogadora do Brasil.


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