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Defesa de Bolsonaro recorre contra prisão domiciliar determinada por Moraes

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Advogados alegam que ex-presidente não descumpriu medida cautelar ao ser citado em redes sociais por terceiros. Recurso será analisado por Alexandre de Moraes ou pela Primeira Turma do STF.

Recurso contra prisão domiciliar é apresentado no STF
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou recurso nesta quarta-feira (6) contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou sua prisão domiciliar. A medida foi imposta após o ministro entender que Bolsonaro teria descumprido restrições cautelares ao se manifestar indiretamente por meio de redes sociais.

As cautelares, estabelecidas no mês anterior, proíbem Bolsonaro de usar redes sociais — inclusive por meio de perfis de terceiros — e o obrigam ao uso de tornozeleira eletrônica.

Defesa alega falta de controle sobre terceiros
No recurso, os advogados argumentam que o ex-presidente não violou diretamente a ordem judicial. Segundo a defesa, Bolsonaro apenas agradeceu apoiadores em conversas particulares, e essas manifestações foram posteriormente divulgadas pelos filhos dele, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em suas redes sociais.

“O ex-presidente não foi proibido de dar entrevistas ou de se manifestar, e como já alertado, não detém controle sobre terceiros que possam repercutir o conteúdo decorrente sem a sua participação direta ou indireta. Trata-se de verdadeiro desdobramento incontrolável, alheio à sua vontade ou ingerência”, afirmou a defesa.

Os advogados sustentam que não houve uso ativo ou autorização do ex-presidente para a publicação dos conteúdos, e que puni-lo por menções feitas por outras pessoas configura uma interpretação excessiva da medida cautelar.

Recurso pode ir à Primeira Turma do STF
O recurso será analisado inicialmente pelo próprio ministro Alexandre de Moraes. Contudo, a defesa pede que o caso seja submetido à Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e o próprio Moraes.

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“A decisão não é automática e exige validação colegiada, conforme previsto no Regimento Interno do STF (RISTF)”, destacaram os advogados, reforçando que a prisão decorrente de suposto descumprimento cautelar demanda análise coletiva.

Contexto das medidas cautelares
As restrições foram impostas no âmbito de um inquérito que investiga o deputado federal Eduardo Bolsonaro por atuação junto ao governo dos Estados Unidos para promover retaliações contra o governo brasileiro e ministros do STF.

Eduardo pediu licença do mandato em março de 2025 e reside nos EUA sob a alegação de perseguição política. Jair Bolsonaro é investigado por suposto envio de recursos via Pix para custear a estadia do filho no exterior.

Além disso, o ex-presidente responde como réu na ação penal da trama golpista, cujo julgamento está previsto para setembro de 2025. A prisão domiciliar não afeta diretamente esse processo, mas ocorre em paralelo às investigações.


Com informações: Brasil de Fato

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MPF é acionado para investigar Rioprevidência por exposição de R$ 2,6 Bi ao Banco Master

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O deputado Flávio Serafini (Psol) acionou o Ministério Público Federal (MPF) para investigar o Rioprevidência, que tinha R$ 2,618 bilhões aplicados no Banco Master, liquidado pelo Banco Central. A representação aponta que o fundo ignorou alertas, excedeu limites de concentração e investiu em fundos de baixo desempenho

O deputado estadual Flávio Serafini (Psol) acionou o Ministério Público Federal (MPF) para solicitar uma investigação sobre a elevada exposição do Rioprevidência (fundo de previdência dos servidores do Rio de Janeiro) ao Banco Master, que teve sua liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central nesta terça-feira (18).

Segundo dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) citados na representação, o Rioprevidência possuía R$ 2,618 bilhões investidos no conglomerado até julho, representando mais de um quarto de seus investimentos totais. Com a liquidação do banco, a recuperação de parte significativa desses recursos enfrenta dificuldades.

Alegações de Gestão Temerária e Falhas de Concentração

O deputado Serafini afirma que a direção do fundo de previdência “ignorou alertas públicos e oficiais” sobre riscos de crédito e concentração, mantendo ou até ampliando as aplicações no Banco Master mesmo quando outras grandes instituições financeiras já haviam reduzido suas exposições.

As principais falhas apontadas pelo deputado e por auditorias do TCE incluem:

  • Excesso de Concentração: O fundo excedeu o limite permitido para aplicação em um único emissor ao direcionar uma parcela elevada de seus recursos para o Banco Master e veículos ligados ao grupo.

  • Investimentos de Baixo Desempenho: Aplicação em fundos de investimento caros e com rendimento inferior ao CDI e até mesmo à poupança, e em fundos sem histórico de desempenho.

  • Uso Inadequado do Fundo Administrativo: Uso proibido do Fundo Administrativo (destinado a despesas operacionais) em investimentos de longo prazo.

  • Falhas de Transparência: Atraso ou ausência de informações e autorizações de aplicação com dados incompletos.

Pedidos de Investigação e Bloqueio de Bens

Serafini solicitou que o MPF investigue a possível gestão temerária do diretor-presidente do Rioprevidência, Deivis Marcon Antunes, e do ex-diretor de Investimentos Euchério Lerner Rodrigues. Além disso, pede a apuração de eventual favorecimento ao grupo do empresário Daniel Vorcaro, dono do Banco Master (preso na terça-feira).

Entre os 26 pedidos listados no documento, destacam-se:

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  • Abertura de procedimento criminal e inquérito pela Polícia Federal, Bacen e Receita Federal.

  • Quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático dos envolvidos.

  • Bloqueio de bens e afastamento cautelar de gestores.

  • Auditoria financeira e atuarial independente.

  • Rastreamento de fluxos financeiros ligados ao Master e a fundos específicos.

O documento ainda lembra que o TCE já havia proibido novas aplicações do Rioprevidência no conglomerado e sugerido que o governo avaliasse a intervenção na gestão do fundo devido à “fragilidade das decisões”.


Com informações: ICL Notícias, TCE-RJ, Deputado Flávio Serafini (Psol)

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STF celebra 37 anos da Constituição Federal com série de conteúdos especiais 🇧🇷

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Em comemoração ao 37º aniversário da Constituição Federal de 1988, o Supremo Tribunal Federal (STF) lançou uma série de matérias especiais detalhando decisões emblemáticas de seus ministros, reforçando o papel da Corte como guardiã da democracia e ampliadora de direitos sociais

O Supremo Tribunal Federal (STF) está celebrando os 37 anos da Constituição Federal de 1988, a chamada “Constituição Cidadã”, com uma série de matérias especiais que destacam o papel da Corte na garantia dos direitos fundamentais e na consolidação da democracia. A iniciativa busca ressaltar como o STF atuou para resolver problemas estruturais e omissões constitucionais ao longo das décadas.

Destaques da Programação Especial

O conteúdo comemorativo inclui:

  • Série de Matérias sobre Ministros: Detalhamento de decisões emblemáticas de relatoria de cada ministro da Corte.

  • Entrevista com o Presidente do STF: Um balanço sobre os avanços e desafios da Carta de 1988, veiculado no podcast Supremo na Semana.

  • Documentário “37 anos da Constituição Cidadã”: Obra que utiliza casos reais para demonstrar como a Constituição transformou o acesso à justiça, ampliou garantias e fortaleceu o sistema democrático.

  • Semana da Constituição: Lançamento de uma iniciativa do STF e do CNJ para consolidar uma agenda anual de comemoração da Constituição.

Decisões Emblemáticas por Ministro

A série especial mostra como os julgamentos do STF impactaram o cotidiano dos cidadãos, garantindo direitos a quem estava à margem da sociedade (mulheres, povos indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e famílias homoafetivas).

Ministro Temas de Destaque
Dias Toffoli Defesa da honra, direito ao esquecimento e federalização de crimes.
Cármen Lúcia Liberdade de expressão, direitos das mulheres e proteção da dignidade humana.
Luís Roberto Barroso Aplicação concreta de direitos fundamentais e Constituição Cidadã.
Luiz Fux Moralidade no processo eleitoral e pluralidade de relações familiares.
Kassio Nunes Marques Benefícios previdenciários e investigações criminais.
Alexandre de Moraes Proteção a gestantes e lactantes, e à população de rua.
André Mendonça Preservação do Pantanal e celeridade em partilha de bens na Justiça de Família.
Gilmar Mendes Garantia de direitos fundamentais e segurança jurídica.
Cristiano Zanin Defesa de garantias individuais, sociais e diálogo institucional.
Flávio Dino Transparência no uso de recursos públicos e combate a problemas ambientais globais.

A celebração enfatiza o papel da independência judicial como um traço distintivo das democracias consolidadas e a missão do STF de ser o guardião da ordem constitucional e dos direitos na sociedade brasileira.


Com informações: STF

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Governo Federal cria 12 assentamentos de reforma agrária após a COP30

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O Incra finalizará a criação de 12 novos assentamentos da reforma agrária, incluindo terras utilizadas pela Vale no Pará, logo após o fim da COP30. A medida visa atender as 140 mil famílias que esperam por terras, sendo considerada crucial para a justiça ambiental e a mitigação da crise climática

O Governo Federal deve finalizar o processo de criação de 12 novos assentamentos da reforma agrária logo após a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que termina nesta sexta-feira (21). A previsão é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visite Parauapebas (PA) ainda este ano para realizar o anúncio oficial.

A criação de assentamentos visa regularizar a situação de famílias sem-terra, incluindo áreas disputadas nos municípios de Canaã dos Carajás e Parauapebas, no sul do Pará.

Regularização de terras da Vale no Pará

César Aldrighi, presidente do Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (Incra), confirmou a medida durante um debate na COP30. Ele informou que há um acordo com a companhia Vale para destinar entre 30 mil e 40 mil hectares de terras públicas.

“São em torno de 30 a 40 mil hectares de terras públicas, que a Vale utilizou no processo de mineração e hoje não são mais utilizadas. Essas áreas vão ser destinadas à regularização das famílias”, garantiu Aldrighi.

O Pará é o estado com o maior número de pessoas aguardando a regularização fundiária no país, com cerca de 30 mil famílias acampadas segundo o Incra. No Brasil, mais de 140 mil famílias esperam por um pedaço de terra para praticar a agricultura familiar.

Reforma agrária como mitigação climática

Durante o debate “A Reforma Agrária e as soluções populares frente à crise climática”, Aldrighi destacou o modelo da agricultura familiar como um instrumento de contenção da crise climática.

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No Brasil, a emissão de gases do efeito estufa (GEE) é predominantemente causada pelo processo vinculado ao agronegócio, que começa com o desmatamento e é seguido pela exploração do solo para pastos e monoculturas. O presidente do Incra defendeu que o uso da terra deve estar no centro das propostas de mitigação.

Renata Menezes, do Coletivo de Juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que também participou do debate, ressaltou que a reforma agrária é parte da solução para a justiça ambiental. “Não existe possibilidade de justiça ambiental sem reforma agrária popular neste país”, afirmou.


Com informações: Brasil de Fato, Incra

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