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Exposição fotográfica na CLDF relembra 60 anos do golpe militar

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Com imagens de Orlando Brito, um dos maiores fotojornalistas do país, mostra “Tempos de Chumbo” tem visitação gratuita

Recordar para não repetir. Esse é o propósito que orienta a exposição “Tempos de Chumbo”, com 41 imagens do fotógrafo Orlando Brito registradas ao longo da última ditadura militar brasileira. Por iniciativa do deputado Gabriel Magno (PT), a mostra foi inaugurada nesta quinta-feira (02) na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Todos podem acessar a Galeria do Espelho D’Água para apreciar as obras até o dia 15 de maio, de forma gratuita.

Manifestações populares contra o golpe, estudantes reprimidos na Universidade de Brasília (UNB), soldados treinando táticas de tortura, um corpo abandonado às margens do rio Araguaia são algumas das cenas que percorrem a história da ditadura. Os registros também enquadram a reabertura política em cenas que expõem, por exemplo, o ex-presidente João Figueiredo engravatado em uma plateia formada por militares fardados, o movimento das Diretas Já, o túmulo de Tancredo Neves.

“Até hoje a gente não sabe quantos foram e quem foram aqueles assassinados pela ditadura militar brasileira, que não foi uma ‘ditabranda’ ou uma ditadura tranquila. Ela perseguiu, torturou e matou milhares de brasileiros e brasileiras. Se tivesse matado um já seria muito grave, mas foram milhares que até hoje estão escondidos”, denunciou o presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (Cesc), Gabriel Magno.

Em sua fala, o distrital tratou da centralidade do debate sobre o direito à memória e à verdade para se preservar a história. Instaurado no dia 1° de abril de 1964, o regime militar perdurou por mais de 20 anos, até 15 de março de 1985.

“Eu acredito que os tempos de chumbo são tempos passados, mas que ficam à espreita da gente”, alerta Carolina Brito, curadora da mostra e filha do artista. Ela destacou a importância da exposição para as novas gerações, que não viveram aquele período histórico. “É fundamental que todos saibam, lembrem e relembrem para que não aconteça mais”, declarou.

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“Um trabalho como esse é inquestionável”, analisou a presidente do Conselho Curador de Cultura da CLDF, Jane Marrocos. “Boa parte desses registros eu tenho na minha memória de estudante e de cidadã”, complementou. Ao refletir sobre as atividades culturais da CLDF, Jane analisou que a curadoria retrata o que a casa é, por isso tem caráter plural.

Algumas das imagens apresentadas talvez sejam conhecidas dos visitantes que pode tê-las descoberto em livros de história ou nas páginas dos jornais. Feita em 1964, a primeira foto do presidente Castello Branco é uma das que inicia a exposição. Outro registro marcante é a sequência, de 1979, que eternizou o acidente que matou dois soldados durante uma demonstração militar, em Osório (RS).

A trajetória de Orlando

“Um personagem que se confunde com a própria história da resistência e da democracia”, sintetiza o deputado Gabriel Magno.

Ícone do fotojornalismo brasileiro, Orlando Brito mudou-se para Brasília ainda menino e no DF construiu a sua carreira. Ele transitou entre os principais veículos de imprensa do país e acumulou uma série de prêmios, inclusive o “World Press Photo Prize”, do Museu Van Gogh de Amsterdã, um dos mais prestigiados prêmios de fotojornalismo do mundo.

As lentes de Orlando capturaram cenas cotidianas da população, assim como traduziram alguns dos principais acontecimentos da vida política nacional. Com vasta experiência na cobertura política, ele registrou todos os presidentes do país desde Castelo Branco até Jair Bolsonaro. Orlando faleceu em 2022.


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Fato Novo com informações: Agência CLDF

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Fábio Felix alerta para “desmonte” da Caesb

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A situação da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) tem sido motivo de preocupação do deputado Fábio Felix (Psol)

Na sessão desta quarta-feira (4), o distrital expressou temer “o desmonte continuado” da companhia pública “para depois ser vendida”.


“Praticamente não temos empregados na área operacional e de manutenção; os escritórios de atendimento ao público foram desmontados, e a maior parte dos serviços foram terceirizados”, afirmou. Ele lamentou a abertura de um concurso público com apenas 80 vagas, sem cadastro de reserva e sem alguns cargos essenciais, como bombeiro hidráulico: “É muito restrito para uma empresa pública extremamente deficitária em relação a seus funcionários”.


Além disso, Felix alertou para o “sucateamento” do maquinário em operação: “Isso coloca em risco nosso direito a água potável”.

O parlamentar destacou, por outro lado, o aumento do salário da diretoria da Caesb, que passou de R$ 37 mil para R$ 56 mil por mês – segundo informou.

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“Me parece que esse aumento está acima de adequado e desproporcional”, avaliou.

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Fato Novo com informações e imagens: Agência CLDF

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Debate sobre Eixão do Lazer mobiliza deputados governistas e oposicionistas

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Desenvolvimento com preservação assume centralidade em debate sobre PPCUB

O debate sobre as atividades realizadas no Eixão do Lazer, bem como a respeito da ação do governo no último domingo (1°), voltou ao plenário da Câmara Legislativa nesta quarta-feira (4)

Desta vez, deputados da base aliada e da oposição discorreram sobre a questão.

O deputado Max Maciel (Psol) apresentou dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) em 2023 mostrando que o Eixão do Lazer conta com a aprovação de 94% dos moradores das Asas Sul e Norte.

“O direito à cidade não é só ir e vir, é o direito que a comunidade tem de transformar os espaços de acordo com suas necessidades”, afirmou, defendendo a continuidade das atividades culturais no Eixão.

O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) disse “corroborar” com o colega. Mas enfatizou: “Sou a favor de normatizar e de realizar o cadastramento dos ambulantes”. O distrital pediu “sensibilidade” ao governo, para ouvir as demandas de todos os interessados e envolvidos.

“Há dois direitos em aparente contradição: um é o direito dos que vão vender e fazer shows, e outro é o direito dos moradores. Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio”, avaliou o deputado Thiago Manzoni (PL).

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Chico Vigilante (PT) lembrou que o Eixão do Lazer foi instituído há 33 anos, em 1991. “Não conheço ninguém que queira acabar com isso. Mas sou a favor de discutir o disciplinamento. Precisa de cadastramento e, também, de fiscalização”, disse, pregando “bom senso”.


Os deputados Fábio Felix (Psol) e Gabriel Magno (PT) também saíram em defesa das múltiplas atividades naquela via. Felix ressaltou que os próprios moradores das Asas Sul e Norte frequentam os eventos, a exemplo do “Choro no Eixo”.

Por sua vez, Magno informou ter apresentado um projeto de decreto legislativo (PDL) alterando o decreto do governador publicado nessa terça-feira (3), no que diz respeito à definição de o que é lazer e o que pode ser feito no Eixão. De acordo com o distrital, o decreto exclui a realização de comemorações de aniversário, piqueniques, apresentações musicais e outras manifestações culturais. “Isso é ilegal”, criticou.

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Fato Novo com informações e imagens: Agência CLDF

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CLDF autoriza melhorias para carreiras do Executivo na LDO

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Técnicos de enfermagem, servidores da Adasa e de categorias da cultura foram contemplados. Projeto de lei ainda prevê concurso e nomeações da Terracap.

Com as galerias do plenário tomadas por servidores e aprovados de diversas categorias do DF, a Câmara Legislativa votou, nesta terça-feira (3), um Projeto de Lei que abre caminho para melhorias em carreiras públicas distritais. O PL nº 1.266/2024 altera a Lei nº 7.313/2023, que prevê as Diretrizes Orçamentárias para 2024. A medida foi aprovada por unanimidade pelos 14 deputados presentes, em dois turnos e redação final.

Com a alteração na LDO, o Executivo tem autorização para incluir as medidas no orçamento. Portanto, ainda precisa encaminhar à Câmara Legislativa os projetos específicos, visto que a aprovação de hoje acatou apenas a inclusão no orçamento.

Dando o tom da sessão, técnicos de enfermagem do DF compareceram em peso e cobraram a análise do PL. Para garantir o quórum da votação, os deputados distritais Rogério Morro da Cruz (PRD) e Chico Vigilante (PT) marcaram presença, apesar de estarem se recuperando de problemas de saúde recentes.

A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof) da CLDF deu parecer favorável ao projeto. Um dos grandes destaques é a reestruturação da carreira técnica em enfermagem, da Secretaria de Estado de Saúde. Com a inclusão na LDO, permite-se reduzir a atual tabela da carreira de 25 para 18 padrões, o que aceleraria e evolução funcional. Além disso, prevê um reajuste salarial de 15% aos técnicos, em três parcelas iguais e sucessivas, a contar de outubro deste ano.

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Técnico de enfermagem, o distrital Jorge Vianna (PSD) comemorou a conquista no que definiu como “um dia de festa”.  Ele aproveitou para agradecer ao sindicato e aos servidores “que mostraram a força da categoria: a maior da saúde no DF”.


A deputados Dayse Amarilio (PSB) também ressaltou a importância da conquista e aproveitou para reivindicar avanços em outra carreira da saúde. “Se a enfermagem fosse remunerada pelo que entrega, seriam os profissionais mais bem pagos do Brasil” justificou, enquanto clamou por mudanças para os enfermeiros, que atualmente estão paralisados.

Outras categorias

A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) também foi contemplada no projeto nº 1.266. Neste caso, trata-se de permissão para realizar concurso público e nomear aprovados, com 89 cargos de nível superior e 31 de médio.

Parlamentares também acataram a criação da gratificação por habilitação em regulação de serviços públicos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa).


Por fim, o PL beneficiou servidores da Cultura, com a previsão de reestruturações para músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro do DF e para a carreira de atividades culturais. “Agora nossa luta é para que o governo abra concurso para essas áreas”, declarou o distrital Fábio Felix (Psol).

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Por sua vez, Gabriel Magno (PT) apontou que “os musicistas continuam sem casa, porque o Teatro Nacional segue fechado” e defendeu a reabertura do equipamento cultural. “É importante reparar o servidor da Cultura, a defasagem dos salários é enorme”, contatou Pepa (PP), encerrando as falas sobre o tema.

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