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Gratuidade de transporte para pais de bebês em UTI neonatal pode virar lei ainda em 2024

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A gratuidade no Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal para mães, pais ou responsáveis legais visitarem seus bebês prematuros internados em unidade neonatal da rede pública de saúde do DF é tema do projeto de lei nº 899/2024

O texto foi discutido em comissão geral da Câmara Legislativa nesta quinta-feira (6), quando foram apresentadas sugestões para aprimorar a proposta e operacionalizar a medida.

A autora do projeto, deputada Paula Belmonte (Cidadania), esteve à frente, também, da discussão. “Estamos aqui para construir o melhor projeto”, afirmou. A expectativa da parlamentar é que o PL seja aprovado até agosto, instituído “Mês da Primeira Infância”.

A distrital reforçou que o contato dos pais com seus filhos recém-nascidos é importante para ambos e lamentou que muitos sejam privados disso por não poderem arcar, financeiramente, com as idas às unidades de saúde. “Muitos pais não conseguem visitar seus filhos por conta das passagens. Mas esse é um valor pequeno para um impacto imenso para a saúde e o restabelecimento das crianças”, argumentou.

Segundo Belmonte, uma minuta do projeto já foi enviada ao secretário de Economia do DF, Ney Ferraz. “Ele disse que o impacto orçamentário dessa gratuidade é mínimo frente ao de se manter uma criança na neonatalogia”, contou.

Uma das entusiastas da proposta, a médica Marta Rocha, do Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal, avaliou que a matéria não é apenas “meritória”, mas “um ato de humanidade”, “para que nenhum recém-nascido no DF deixe de receber visita”.

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A pediatra explicou que são prematuros os bebês nascidos com menos de 37 semanas e defendeu que a gratuidade no transporte público seja concedida às mães e pais de todos os recém-nascidos criticamente enfermos – prematuros ou não – que estejam internados em unidades neonatal. Entre eles, Marta Rocha citou o caso dos bebês com síndromes congênitas, cardiopatias, entre outras situações.

Integrante do Conselho Consultivo do Sindicato dos Médicos, a pediatra Julister Maia de Morais reforçou a fala da colega, acrescentando que o contato entre os pais e os recém-nascidos implica em recuperação mais rápida e, por consequência, em giro de leitos. “É um benefício para todos”, resumiu. Ela informou que políticas semelhantes já foram adotadas em cidades como Osasco, Uberaba, Uberlândia e Pelotas. “Estamos um pouco atrás”, disse.

A enfermeira Úrsula Nepomuceno trabalhou durante muitos anos no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) e abordou, como profissional e como mãe, as dificuldades enfrentadas para “maternar”. De acordo com ela, 12,6% dos partos realizados no DF, em 2023, foram de bebês prematuros. Ela elogiou a proposta em tramitação na CLDF: “O projeto parece simples, mas é de uma grandiosidade absurda; estamos falando de cuidado centrado na família, de amamentação, de contato pele a pele”.

Elogios foram feitos, também, pelo assessor especial da Secretaria de Saúde Thiago Martins, que assegurou apoio à medida: “A Secretaria está à disposição para ajudar a evoluir e azeitar a operacionalidade desse projeto de lei”.

Na sequência, o secretário-executivo da Secretaria de Mobilidade do DF, Alex Carreiro, disse ver “com bons olhos” a proposta. “O bem que ela traz não pode ser medido”, afirmou. Ele defendeu, apenas, que sejam discutidas maneiras de combate à fraude no acesso ao benefício e possibilidades de integração com a Secretaria de Saúde.

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Público-alvo

Laina Crisla Vieira Martins é mãe de uma criança prematura que está internada há 12 dias no HMIB. Ela participou da comissão geral como representante das mães de bebês internados naquela unidade.

“Todo dia venho de Águas Lindas, no Entorno, de ônibus; gasto R$ 27,20 de passagem por dia”, contou. “Muitas outras mães visitam apenas uma ou duas vezes por semana, porque não têm condições de pagar a passagem”, completou. Em tom emocionado, Laina pediu a aprovação do projeto: “Vocês não têm noção do quanto vai ajudar a gente”.

Representando a ONG Prematuridade.com no DF, Suellen Martins relatou ter vivido duas vezes o drama da internação, em UTI Neonatal, de suas filhas nascidas prematuramente. “Deixar seus filhos na UTI e ir para casa é devastador”, disse. A militante aproveitou para sugerir a extensão da gratuidade no transporte público aos pais de recém-nascidos internados também na rede privada – e não apenas nas unidades públicas de saúde.

Tramitação

A deputada Paula Belmonte se comprometeu a avaliar a viabilidade de incluir as sugestões apresentadas nesta tarde, na forma de substitutivo ao texto original. O PL já recebeu parecer favorável na Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Casa e agora deve passar pela análise da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU).

O presidente do colegiado, deputado Max Maciel (PSOL), sinalizou para a aprovação do mérito do projeto: “Tem nosso apoio. Lutamos permanentemente por um transporte tarifa zero”. E completou: “A passagem [do transporte público] compromete 30% da renda de uma família no Brasil. Não podemos ter uma barreira para as visitas [dos pais aos bebês]”.

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Fato Novo com informações e imagens: Agência CLDF

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Nova lei garante apoio a mães que desejam entregar filhos para adoção

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A nova lei garante o sigilo e a proteção dos direitos das genitoras que optarem pela entrega voluntária

Nesta terça-feira (9/12), foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal a Lei 7.598/24, de autoria dos deputados Wellington Luiz (MDB) e Paula Belmonte (Cidadania), que determina que gestantes ou parturientes que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, antes ou logo após o nascimento, sejam encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude e recebam apoio social e psicológico durante o processo.

Segundo o documento, a nova legislação garante o sigilo e a proteção dos direitos das genitoras que optarem pela entrega voluntária, assegurando que não haja constrangimentos para as partes envolvidas. A lei também determina a realização de campanhas publicitárias informativas e educativas para a população do DF, com frequência mínima semestral.

Outra diretriz do texto inclui a capacitação de profissionais das áreas de assistência social, saúde, educação e conselheiros tutelares para orientação da entrega voluntária de crianças para adoção sempre que forem identificadas potenciais gestantes e mães que demonstrem interesse ou traços de que não desejam criar seus filhos.

Segundo Wellington Luiz e Paula Belmonte, a medida busca prestar melhor assistência às genitoras que entregarem seus bebês de forma espontânea, incentivar a elaboração de planos terapêuticos individualizados pelas equipes de saúde que atendam às singularidades de cada caso e inibir a política do aborto.

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“A entrega voluntária de bebês à Justiça da Infância e Juventude proporciona uma alternativa segura para crianças que, por diversos motivos, estão em situações de risco ou negligência por parte de seus cuidadores. É fundamental assegurar que essas crianças tenham acesso a um ambiente seguro e afetuoso, onde seus direitos fundamentais sejam respeitados”, afirmam os parlamentares em documento de justificativa.


*Agência CLDF

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CLDF aprova projeto que fortalece direitos trabalhistas de terceirizados no GDF

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Projeto assegura dignidade e proteção aos trabalhadores terceirizados no serviço público do DF

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou o Projeto de Lei 1.298/2024, de autoria do deputado distrital Ricardo Vale (PT), que estabelece medidas para garantir os direitos trabalhistas dos terceirizados contratados pelo Governo do Distrito Federal (GDF). A proposta resguarda os trabalhadores contratados pela administração pública local, reforçando a responsabilidade das empresas contratadas.

O PL introduz dispositivos que asseguram o cumprimento de obrigações trabalhistas, como o pagamento regular de salários, benefícios e rescisões, além de prever jornadas mais flexíveis, previsibilidade de férias e a adequação às normas de segurança do trabalho. Outra inovação é a exigência de comprovação do pagamento de encargos sociais pelas empresas terceirizadas antes de receberem valores do GDF, uma medida que visa evitar irregularidades que penalizem os trabalhadores.


“Os terceirizados são essenciais para o funcionamento de serviços públicos no Distrito Federal. Este projeto busca protegê-los de práticas abusivas, como atrasos salariais e descumprimento das leis trabalhistas, garantindo que sejam tratados com dignidade e respeito”, destacou Ricardo Vale.


O texto também adota regras semelhantes a um decreto federal, obrigando a contratação de serviços contínuos com dedicação exclusiva de mão de obra e a apresentação de planilha de custos e formação de preços. Essa exigência coíbe propostas de preços abaixo do valor real das licitações, que geralmente resultam em salários e benefícios reduzidos para os trabalhadores.

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“Queremos trazer para o DF um padrão de contratação que priorize o trabalhador, garantindo que a administração pública seja coerente e proteja os terceirizados da exploração. Esta é uma medida que reforça a justiça e a responsabilidade nas relações de trabalho”, afirmou o deputado.


Com a sanção da lei, os órgãos e entidades do GDF deverão adaptar seus processos de contratação, incluindo os contratos vigentes, assegurando que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados. “A aprovação deste projeto é um passo importante para assegurar segurança e dignidade a milhares de trabalhadores terceirizados no Distrito Federal”, concluiu Ricardo Vale. A proposta agora segue para sanção do governador.


Comunicação Ricardo Vale (PT)

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Distritais aprovam venda de spray e armas de eletrochoque para mulheres no DF

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A proposta aprovada pela Câmara Legislativa (CLDF) estabelece que a venda do spray será restrita a mulheres maiores de 16 anos, desde que autorizadas por responsáveis. Já as armas de eletrochoque serão destinadas a maiores de 18 anos

A Câmara Legislativa (CLDF) aprovou um projeto de lei que autoriza a venda de spray de extrato vegetal e armas de eletrochoque para mulheres no Distrito Federal.

De autoria do deputado Hermeto (MDB), a proposta estabelece que a venda do spray de extratos vegetais será restrita a mulheres maiores de 16 anos, “desde que autorizadas por quem detém o poder familiar”. A comercialização será limitada a duas unidades por pessoa por mês e ocorrerá exclusivamente em farmácias.

No caso das armas de eletrochoque, a autorização, caso sancionada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), será destinada a maiores de 18 anos. Os dispositivos, classificados como armas não letais, terão potência máxima de 10 joules e serão vendidos apenas em lojas especializadas, com limite de uma unidade por pessoa. Além disso, será exigido comprovante de residência e certidão negativa de antecedentes criminais para a compra.

Os dois equipamentos fazem parte de um programa voltado para a orientação de defesa pessoal e autoproteção, destinado a mulheres em situação de vulnerabilidade, conforme apresentado pelo parlamentar. O projeto passou por todas as comissões antes de ser aprovado em plenário e agora aguarda a sanção ou veto do governador.

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*Correio Braziliense

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