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Economia

Mercado reduz projeção de inflação pela 9ª semana seguida

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Boletim Focus mostra projeções ainda acima da meta, apesar da queda marginal em 2025 e 2026

Pela nona semana consecutiva, os economistas do mercado financeiro revisaram para baixo a expectativa de inflação para 2025. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central (BC), a projeção caiu de 5,10% para 5,09%. Apesar da melhora marginal, o índice segue bem acima do teto da meta estipulada pelo próprio BC, de 4,5%.

Projeções para os próximos anos

A queda na projeção também alcançou 2026, mas de forma ainda mais modesta: de 4,45% para 4,44%. Já para 2027 e 2028, as previsões permaneceram estáveis em 4,00% e 3,80%, respectivamente.

Desde janeiro, vigora o sistema de meta contínua de inflação, que determina o objetivo de 3% ao ano, com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%. Se a inflação ultrapassar esse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que a meta foi descumprida — como ocorreu até junho de 2025.

Dados do IPCA-15

Na sexta-feira passada (25), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a prévia da inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), avançou 0,33% em julho. O resultado representa uma aceleração frente aos 0,26% registrados em junho e fica levemente acima da taxa de 0,30% observada em julho de 2024.

No acumulado de 2025, o IPCA-15 soma alta de 3,40%. Em 12 meses, o índice alcançou 5,30%, superando os 5,27% do período imediatamente anterior.

Importância do controle da inflação

A inflação elevada reduz o poder de compra da população, especialmente das camadas de renda mais baixa, pois os preços dos produtos sobem mais do que os salários. A missão do Banco Central é calibrar os juros para manter a inflação dentro da meta, mas os efeitos da política monetária costumam levar entre seis e dezoito meses para se manifestar na economia real.

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Neste momento, o BC já está focado em conter a inflação projetada até meados de 2026. O cenário de juros ainda elevados, com Selic estimada em 15% até o fim de 2025, reflete essa preocupação com o controle dos preços, mesmo diante de um crescimento econômico moderado.

A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central começa nesta terça-feira (29) e, na quarta (30), a autoridade monetária anuncia a decisão sobre os juros. O mercado acredita que o Copom vai manter a taxa básica de juros, a Selic, no atual patamar (15% ao ano).

Outras projeções do Boletim Focus

Produto Interno Bruto (PIB)

  • 2025: manteve-se em 2,23%
  • 2026: subiu de 1,88% para 1,89%

Taxa básica de juros (Selic)

  • Final de 2025: permaneceu em 15,00% ao ano
  • Final de 2026: manteve-se em 12,50% ao ano

Dólar (taxa de câmbio)

  • Fim de 2025: recuou de R$ 5,65 para R$ 5,60
  • Fim de 2026: permaneceu em R$ 5,70

Balança comercial (superávit)

  • 2025: caiu de US$ 69,3 bilhões para US$ 66,7 bilhões
  • 2026: recuou de US$ 75,2 bilhões para US$ 70,0 bilhões

Investimento estrangeiro direto

  • 2025: permaneceu em US$ 70 bilhões
  • 2026: também permaneceu em US$ 70 bilhões

Com informações: ICL Notícias

Brasil

Pix: O Banco Central é o Criador, e não um político ou governo específico

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O Pix se tornou o meio de pagamento mais usado no Brasil, mas sua autoria é frequentemente alvo de desinformação. O sistema foi concebido, desenvolvido e implementado pelo Banco Central do Brasil (BCB), por meio do trabalho técnico de seus servidores, ao longo de várias gestões. Sua criação, motivada pela necessidade de reduzir custos, aumentar a competição no setor financeiro e modernizar o sistema, transformou o país em uma referência global para pagamentos instantâneos

O Pix, lançado oficialmente em novembro de 2020, consolidou-se em poucos anos como o principal meio de pagamento do Brasil, sendo rápido, gratuito e disponível 24 horas por dia. No entanto, a autoria do sistema é um tema recorrente de debate, com tentativas de atribuição a governantes específicos.

🏛️ O Banco Central é o Único Criador

A verdade, confirmada pelo próprio Banco Central do Brasil (BCB) e por especialistas, é que o Pix é uma obra técnica de seus servidores e não a invenção de um único presidente ou político.

  • Início das Discussões (2014–2016): As primeiras conversas sobre pagamentos instantâneos ocorreram no BCB, buscando alternativas a TED e DOC. Em 2016, um grupo técnico já detalhava o conceito, inspirado em avanços globais.

  • Estruturação e Desenvolvimento (2016–2020): O projeto ganhou forma em gestões distintas do BCB (Ilan Goldfajn e Roberto Campos Neto), com a participação de mais de 130 instituições financeiras. A marca “Pix” foi apresentada ao público em fevereiro de 2020.

  • Lançamento Oficial: O Pix entrou em operação plena em 16 de novembro de 2020, no governo Jair Bolsonaro, mas todo o planejamento e desenvolvimento já haviam sido concluídos muito antes pelo BCB.

🎯 Objetivos Estratégicos

O BCB criou o Pix com três objetivos principais:

  1. Redução de Custos: Eliminar barreiras e intermediários que encareciam e lentificavam transações tradicionais (TED/DOC).

  2. Aumento da Competição: Nivelar o campo de jogo entre grandes bancos, fintechs e pequenas instituições financeiras.

  3. Inclusão e Modernização: Ampliar o acesso ao sistema financeiro, permitindo transações instantâneas mesmo para quem não utilizava serviços bancários tradicionais.

🌐 Referência Internacional

O crescimento do Pix é um fenômeno global. Em menos de cinco anos, ele superou rapidamente boletos, TED, DOC e cartões de débito. O sistema se tornou referência mundial, com o Prêmio Nobel Paul Krugman chegando a afirmar que o Brasil “talvez tenha inventado o futuro do dinheiro”.

O sistema opera por meio de duas infraestruturas principais: o SPI (Sistema de Pagamentos Instantâneos), que liquida transações em segundos; e o DICT (Diretório de Identificadores), que armazena e cruza as Chaves Pix (CPF, e-mail, telefone).


Com informações: Revista Fórum / Agência Brasil / Revista Fórum

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Brasil

Pix: O Embate Político e a Linhagem da Inclusão Financeira 🇧🇷💸

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O sistema de pagamentos Pix, apesar de ter sido lançado no governo Bolsonaro (2020), tem suas raízes políticas, legais e institucionais traçadas aos governos do PT, consolidando-se como um bem público digital e política de Estado. A Revista Fórum argumenta que o ex-presidente Lula é o “pai político” do Pix, cuja criação foi possibilitada por uma lei de 2013 (governo Dilma) e pela agenda de inclusão financeira iniciada em 2003. O sucesso do sistema levou a uma disputa de narrativa e a uma investigação comercial aberta pelo governo Donald Trump, que o considera uma suposta “prática desleal” brasileira.


O Pix, que se tornou o principal meio de pagamento no Brasil, é alvo de uma intensa disputa política sobre sua origem, que o governo Lula (PT) e seus apoiadores atribuem a uma longa linha de políticas de inclusão financeira.

📜 A Linhagem Política e Legal do Pix

A análise da Revista Fórum aponta que a narrativa de Jair Bolsonaro, que se vende como “pai do Pix” por ter ocorrido o lançamento em seu governo (2020), omite a infraestrutura institucional e legal construída nas décadas anteriores.

A linhagem do Pix é traçada em quatro pilares fundamentais:

  1. Pilar Político (Governo Lula, 2003-2010): A inclusão financeira e a bancarização da população de baixa renda se tornaram, pela primeira vez, sistematicamente uma política de Estado. A reorientação de bancos públicos para o pagamento de programas sociais (como o Bolsa Família) forçou a abertura de milhões de contas e criou a base material para um futuro sistema de pagamentos em massa. Em 2010, o Banco Central formalizou essa visão, tratando o sistema de pagamentos como um pilar da cidadania.

  2. Pilar Legal (Governo Dilma, 2013): A Lei nº 12.865/2013 foi sancionada, sendo considerada a “mãe” do ecossistema de fintechs e pagamentos digitais. Ela deu poder explícito ao Banco Central para “disciplinar os arranjos de pagamento” e as “instituições de pagamento”, quebrando o monopólio dos grandes bancos e tornando o Pix legalmente viável.

  3. Pilar Institucional (Governo Dilma/Tombini, 2015): A Portaria de 2015 criou os “fóruns temáticos relacionados ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)”, em especial o Fórum AIP, que serviu como a “incubadora” onde técnicos do BC e a sociedade começaram a desenhar um sistema de pagamentos instantâneo, barato e público.

  4. GT de 2018 (Governo Temer): O Grupo de Trabalho que efetivamente desenhou o Pix foi criado em 2018, mas explicitamente como um fruto do Fórum AIP de 2015.

A análise conclui que, do ponto de vista político e histórico, é Lula quem encarna o papel de “pai político” do Pix, pois foi seu ciclo de governo que transformou a inclusão financeira em objetivo estratégico e política pública.

geopolítica: Trump vs. O Pix

O caráter de infraestrutura pública e gratuita para pessoas físicas do Pix, uma escolha mantida pelo Banco Central, levou a um embate internacional.

Em julho de 2025, o governo Donald Trump determinou a abertura de uma investigação comercial formal contra o Brasil, com base no Trade Act norte-americano. O documento do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) listou o Pix entre os exemplos de supostas “práticas desleais” brasileiras, ecoando as pressões de gigantes globais de cartões como Visa e Mastercard.

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O governo Lula defendeu o sistema como uma infraestrutura digital pública que aumenta a concorrência, rebatendo a ofensiva como um ataque direto à soberania tecnológica e financeira do país.


Fonte: Revista Fórum

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Economia

BC regulamenta empresas de criptoativos e exige autorização prévia a partir de 2026

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O Banco Central (BC) publicou o marco regulatório para prestadores de serviços de ativos virtuais, que passará a exigir autorização prévia de funcionamento a partir de 2 de fevereiro de 2026. A nova norma cria a categoria Sociedades Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (SPSAVs), impõe padrões rigorosos de governança e compliance, e exige a segregação patrimonial obrigatória entre os recursos da empresa e os dos clientes, alinhando o Brasil a padrões internacionais como o MiCA europeu


O Banco Central (BC) publicou nesta segunda-feira (10) o marco regulatório que estabelece as regras para as empresas que prestam serviços de ativos virtuais (criptoativos) no Brasil. O principal ponto é a exigência de autorização prévia de funcionamento do BC para qualquer instituição que ofereça serviços com criptoativos, a ser cumprida a partir de 2 de fevereiro de 2026.

🆕 Novas Regras de Governança e Segregação

A regulamentação traz mudanças significativas para o setor, que vinha operando sob incerteza desde a edição da Lei nº 14.478/2022:

  • Nova Categoria: Criação da Sociedades Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (SPSAVs), que se somam a bancos e corretoras já autorizados a intermediar e custodiar ativos digitais.
  • Segregação Patrimonial: Determinação da segregação patrimonial obrigatória entre os recursos das empresas e os valores dos clientes, exigindo contas individualizadas. Essa medida aumenta a transparência e a proteção dos usuários, seguindo o modelo europeu MiCA (Markets in Crypto-Assets Regulation).
  • Padrões Rigorosos: As empresas deverão cumprir padrões rigorosos de governança, compliance e prevenção à lavagem de dinheiro (PLD), equiparando-as, em termos de responsabilidade e controle, ao sistema financeiro tradicional.

Marcos Bruno, sócio do Opice Blum Advogados, afirma que o marco “consolida o ingresso definitivo das empresas de criptoativos no perímetro regulatório do Banco Central,” o que traz segurança jurídica e responsabilidade. O mercado vê a norma como positiva e necessária, encerrando um período de incerteza e estimulando a competitividade e a inovação.


Com informações: Banco Central do Brasil / Opice Blum Advogados

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