Programa do Corpo de Bombeiros é oferecido gratuitamente em 12 unidades, de diferentes regiões; crianças e adolescentes de 7 a 14 anos têm aulas três vezes por semana, no contraturno escolar
Desde que era (ainda) mais nova, a pequena Clarice Ferreira, 10 anos, sonha em ser bombeira: “Tem muitas aventuras e eu gosto de salvar as pessoas”. Há três anos e meio, ela começou a realizar esse desejo, ao entrar para o programa Bombeiro Mirim, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). “Faço [aulas de] flauta, taekwondo, a gente aprende sobre fogo, como cuidar de machucados… Aprendo várias coisas”, elenca.
Assim como ela, outras 1,5 mil crianças e adolescentes de 7 a 14 anos integram o projeto, oferecido em 12 unidades do CBMDF de diferentes regiões administrativas. Nesses locais, os jovens têm atividades educativas, esportivas, culturais e recreativas no contraturno escolar, três vezes por semana — com possibilidade de ações extras em outros dias. Entre essas atividades estão artes marciais, música e lições sobre prevenção e combate ao fogo.
“A gente busca, em primeiro lugar, mostrar para eles a importância da cidadania, formar um bom cidadão, e, depois, a gente tenta mostrar que eles conseguem fazer muitas coisas em casa, principalmente nos cuidados para evitar acidentes domésticos. Esse é o nosso foco principal, como acionar um socorro corretamente, se algum familiar passar mal quem eles devem chamar, qual o número que eles vão ligar e qual o atendimento inicial que eles podem dar, mesmo como criança”, conta o sargento Marcos Costa, coordenador do 8º Grupamento de Bombeiro Militar, em Ceilândia. “A missão do bombeiro é ‘vidas alheias e riquezas a salvar’, então, acho que iniciando desde pequeno essa missão de salvar vidas, o trabalho do bombeiro lá na ponta com certeza vai diminuir”, acrescenta.
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O projeto é totalmente gratuito. As inscrições abrem em fevereiro e devem ser feitas diretamente nas unidades que ofertam o programa (Ceilândia, Brazlândia, Estrutural, Gama, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião e Sobradinho). Para participar é necessário ser estudante da rede pública de ensino. Depois que entram, os brigadinos — como são chamados os participantes — podem seguir inscritos até completar 14 anos. “Eles entram soldados bombeiros mirins e, à medida que vão ficando, a cada ano, passam a ser cabo, terceiro sargento, segundo sargento, primeiro sargento… Eles vão aprendendo comandos e desenvolvendo as suas funções, aumentando a responsabilidade nessas atribuições”, explica o capitão Ivaldo Pessoa, que coordena o Bombeiro Mirim em Ceilândia.
A iniciativa foi criada em 1999, pela Lei 2.449. Desde então, o retorno, aponta o capitão Pessoa, tem sido bom. “Os relatos que a gente recebe, os feedbacks de pais, da comunidade de uma forma geral, são muito positivos. A gente percebe que os brigadinos — trabalhando aqui a parte de hierarquia, de disciplina — melhoram na questão escolar, melhoram com relação ao respeito aos mais velhos e aos pais. A aula afasta os brigadinos da questão da violência, do uso de drogas. Então a gente tem recebido um relato muito positivo nesse sentido durante todo esse tempo.”
Mas o melhor feedback vem mesmo das crianças. “É um programa que ajuda bastante, [na questão da] maturidade, obediência também, e me deu várias amizades legais”, destaca Isabele Almeida, 11. “A gente aprende a marchar, faz atividades sobre o fogo, aprende sobre [cuidados com] eletrodomésticos e várias outras coisas que um bombeiro precisa saber”, emenda Thor Muniz, 9. “Quando a gente crescer, já vai saber tudo”, arremata Bernardo Assunção, 8.
Interessados nas oportunidades devem se candidatar pelo aplicativo Sine Fácil ou em alguma das 14 unidades da agência do trabalhador, presencialmente
Nesta quinta-feira (14), as agências do trabalhador do Distrito Federal estão com 936 oportunidades de colocação profissional disponíveis, das quais 13 são exclusivas para pessoas com deficiência (PcD). Para este público, as vagas reservadas são de operador de telemarketing ativo e receptivo no Cruzeiro, monitor infantil em Taguatinga, auxiliar de limpeza e de cozinha na Asa Sul, e de artífice de manutenção na Zona Industrial. Os salários variam de R$ 1.446,35 a R$ 2.255,09.
Em ampla concorrência, as maiores remunerações são encontradas em uma vaga para supervisor de produção na fabricação de cerâmica em Vicente Pires, com oferta de R$ 3.500, e em duas para técnico de manutenção elétrica de máquina na Asa Norte, em que os selecionados receberão R$ 3.049,92. Há ainda dez chances para ajudante de carga e descarga de mercadoria (R$ 2.500) e uma para encarregado de obras (R$ 2.405,96) no Guará, e uma para eletrotécnico em São Sebastião (R$ 2.500).
Todas as chances contam com benefícios, além da remuneração. Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador , das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das vagas do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.
Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo do Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail gcv@setrab.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do Distrito Federal (Sedet-DF).
Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) já deu início às primeiras providências investigativas, e a perícia foi acionada ao local
Após um homem se explodir nas proximidades do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta quarta-feira (13/11), a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) deu início a uma varredura no local, por “risco de novas explosões”. As vias N2 e S2 da Esplanada foram interditadas, assim como a Praça dos Três Poderes e a própria Suprema Corte.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) já deu início às primeiras providências investigativas, e a perícia foi acionada ao local.
Relatos de pessoas que estavam no local dão conta de que foram ouvidas fortes explosões em diferentes pontos da Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios. A situação ocorreu por volta das 19h30.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal atua, neste momento, no atendimento a um carro carregado de fogos de artifício que explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados.
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Já em frente ao prédio do STF, policiais isolaram o local em que está um corpo. Ainda não há confirmações se há relação entre as duas ocorrências.
Em nota, a assessoria de imprensa do STF informou que, ao fim da sessão desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos, e os ministros, retirados do prédio em segurança.
“Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”, completa a nota.
Mostra organizada pelo CEF 15 de Taguatinga reúne 50 obras que exploram identidade e expressão autoral de jovens artistas
Uma explosão de cores, formas e interpretações pessoais toma conta do Alameda Shopping em Taguatinga. A exposição Corpo Imaginário, aberta ao público até 13 de dezembro, reúne cerca de 50 obras produzidas por 11 estudantes/artistas do programa de altas habilidades da rede pública do Distrito Federal.
“Sempre vemos o resultado e ficamos muito felizes, sentimos orgulho de nós mesmos”, diz a estudante Maria Clara Moreira Andrade | Fotos: Fábio Travassos de Araújo
A mostra, produzida por estudantes da Sala de Talentos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 15 de Taguatinga, representa muito mais que uma simples exibição de trabalhos artísticos. Priscila Eduardo de Oliveira Nogueira, professora itinerante e organizadora da exposição, explica: “Cada obra exposta representa a jornada de autodescobrimento desses jovens artistas, que são orientados a explorar profundamente as percepções e a desenvolver uma linguagem visual própria”.
Aberta ao público até 13 de dezembro, a exposição Corpo Imaginário reúne cerca de 50 obras produzidas por 11 estudantes s do programa de altas habilidades da rede pública
Fábio Travassos de Araújo, professor de artes visuais desde 2003 e um dos organizadores da mostra, destaca o caráter individualizado do projeto: “A exposição é um espaço onde cada estudante pode expressar não apenas habilidades técnicas, mas principalmente as percepções únicas sobre o mundo que os cerca. Muitas dessas crianças e desses adolescentes têm uma produção artística muito interna, no sentido de estar dentro de sua casa, muito individual, muito solitária. Nós trabalhamos com o interior do aluno, tentando trazer exatamente o que ele vê e como processa o mundo. A partir de todo um trabalho de conversa, contato e diálogo, conseguimos resgatar essa coisa que está na mente mais profunda dele, para que possa externalizar isso em seu material artístico”.
A voz dos jovens artistas
“Pude trabalhar com mais materiais e conviver com outras pessoas que tinham as mesmas questões que eu”, diz Nícolas Max
Os estudantes participantes compartilham suas experiências e transformações por meio do programa. “A sala de recursos me ajudou a me entender, a entender meu estilo, a desenvolver minhas habilidades artísticas. Me proporciona aprender com um professor que tem muito a ensinar e está envolvido com a arte, uma oportunidade que não encontramos em todo lugar”, reflete Amanda Meireles, 16 anos, aluna do 2º ano do ensino médio.
Nícolas Max, 18 anos, do 3º ano do ensino médio, ressalta as oportunidades criadas: “O atendimento me deu muitas oportunidades de visibilidade, de poder trabalhar e mostrar do que sou capaz. Pude trabalhar com mais materiais e conviver com outras pessoas que tinham as mesmas questões que eu”.
Aos 15 anos, Maria Clara Moreira Andrade, estudante do 1º ano do ensino médio, destaca o crescimento técnico: “Cheguei achando que já sabia desenhar, mas me ensinaram coisas que eu não sabia, técnicas novas. Tem momentos estressantes, mas no final sempre vemos o resultado e ficamos muito felizes, sentimos orgulho de nós mesmos”.
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A mostra é resultado do trabalho da Sala de Talentos, do programa de altas habilidades do CEF 15 de Taguatinga. “Embora os estudantes sejam de diferentes escolas, aqui eles encontram um ambiente propício para desenvolver seus talentos artísticos”, afirma a professora itinerante Marta Vieira Mendes, organizadora da exposição.