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Distrito Federal

Projeto capacita entregadoras de aplicativo em pilotagem e direção segura de moto

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Motogirls participaram da turma piloto da parceria entre o DER-DF, a Associação dos Trabalhadores por Aplicativo e Motociclistas do Distrito Federal e Entorno (Atam DF/GO) e a plataforma iFood

Cerca de 70% dos acidentes de moto no Distrito Federal envolvem profissionais de entrega. É o que estima a Associação dos Trabalhadores por Aplicativo e Motociclistas do Distrito Federal e Entorno (Atam DF/GO). Com o objetivo de reduzir o número de casos, surgiu o curso Juntos pela Vida – Treinamento e Formação em Pilotagem para Profissionais de Entregas com Motocicletas. A iniciativa é uma parceria do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), com a Atam e o aplicativo iFood.

“Esse curso é voltado para esse público que sofre tanto no trânsito que são os entregadores. O objetivo é dar um pouco mais de experiência na pilotagem. Aqui eles aprendem a fazer uma curva e fazer a frenagem, que é o item mais importante, porque é o que vai salvar a vida do motociclista”, explicou o chefe do Núcleo de Motopatrulhamento Operacional do DER-DF, Christian Alves.

As mulheres motociclistas foram escolhidas para iniciar o curso. Ao todo, 20 motogirls participaram no último dia 12 da estreia. As demais turmas serão no dia 26 de novembro, 10 de dezembro, 17 de dezembro e 23 de dezembro, essa última com entregadores de bicicleta.

Durante o dia de capacitação, as mulheres assistiram palestras sobre saúde e, no período da tarde, fizeram o treinamento teórico e prático de direção segura, no Parque Rodoviário do DER, em Sobradinho. Durante 4h/aula, as participantes foram orientadas sobre posicionamento na moto, postura para curva e frenagem.

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Motofretista e entregadora de aplicativo, Carolina Souza, 43 anos, estava muito empolgada com a possibilidade de mais uma capacitação. Desde que começou a atuar na profissão há cinco anos, ela sempre se envolve em projetos e treinamentos voltados à categoria.

“Muitos não dão importância, acham que é bobagem, mas para gente que está sobre a moto, principalmente num momento de decisão, são os pequenos esclarecimentos que a gente absorve que acabam fazendo toda a diferença. Uma frenagem, um alerta de perigo, como se comportar no trânsito…”, comentou.

Mesmo com mais de 20 anos de habilitação, ela admite que há sempre mais para aprender. Durante a aula, Carolina foi uma das alunas que se surpreenderam com as técnicas de posicionamento na moto. “Já fiz vários cursos e é totalmente diferente a questão da autodefesa no trânsito. Tenho muitos anos de pilotagem, mas estou sempre com a cabeça aberta para aprender”, disse.

Esse é o quarto curso sobre direção para motociclistas que a entregadora Geisiele Ferreira, 40, faz. “Tanto a parte prática quanto a teórica são de suma importância para todos os entregadores. Quando você vai para a autoescola, você é aprovado naquele circuito; esses cursos dão discernimento para o dia a dia no trânsito. É um conjunto de informações muito importante e úteis para quem está na rua em cima de uma foto”, afirmou.

Para ela, a capacitação é uma forma de reforçar os conhecimentos sobre frenagem e direção defensiva. “Todo curso acaba nos auxiliando muito nesses sentidos, porque a gente tem que cuidar da gente e dos demais, pois estamos correndo riscos todos os dias. Não é à toa que é a profissão perigo”, complementou.

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Iniciativa

A turma feminina foi a primeira do curso, que terá outras quatro etapas com a expectativa de capacitar cerca de 100 profissionais do iFood, entre motociclistas e ciclistas. Cada grupo de 20 profissionais terá um dia inteiro de programação, com abordagem teórica e prática. As aulas serão em endereços do DER-DF e do Departamento de Trânsito (Detran-DF) – esse último voltado para os entregadores que utilizam bicicletas.

“Essa é a primeira edição de um curso realmente aprofundado na pilotagem. Nosso objetivo é a redução do número de acidentes e mortes. Começamos a perceber desde 2021, no pós-pandemia, que aumentou muito o número de trabalhadores na praça e isso acarretou recorde de vendas de motos e também de acidentes. Nossa ideia é trazer uma direção defensiva para tentar prevenir os acidentes”, esclareceu o secretário administrativo da Atam DF/GO, Abel Santos.

Segundo o gerente de Segurança Viária do iFood, Rafael Tartaroti, o curso faz parte de uma série de ações e iniciativas da empresa para a prevenção de mortes e lesões graves no trânsito envolvendo motociclistas entregadores: “A gente vem mapeando associações de entregadores, parceiros, empresas e governos para fazermos ações de treinamento para os motociclistas para que eles tenham cada vez mais uma direção segura. Queremos reduzir os riscos de sinistros de trânsito e contribuir para a sociedade, com entregadores mais seguros e mais atentos no trânsito de maneira global”.


*Agência Brasília

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Agências do trabalhador têm mais de mil vagas abertas nesta quinta-feira (21)

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São 1.233 oportunidades para quem procura um emprego; salários chegam a R$ 2,5 mil

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta quinta-feira (21), 1.233 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência. Algumas oportunidades são exclusivas para pessoas com deficiência.

Os salários chegam a R$ 2,5 mil. Três cargos oferecem essa remuneração. O primeiro é o de operador de caixa, no Guará II — para o qual é preciso ter iniciado o ensino médio. O segundo é o de padeiro, na Ceilândia Norte, que exige ensino fundamental completo. Já o terceiro é o de vendedor interno, no Lago Sul, que cobra ensino médio completo. Nos três casos, não é necessário ter experiência prévia.

Já o cargo que oferece mais vagas é o de auxiliar de linha de produção, na Asa Norte. São 45 oportunidades para candidatos com ensino fundamental completo, sem necessidade de experiência. O salário é de R$ 1.515.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

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Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail gcv@setrab.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).


*Agência Brasília

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Desfile Beleza Negra exalta herança afro dentro e fora das passarelas

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Com o tema Afrofuturismo, desfile deste ano projeta um futuro de cores e reconhecimento da herança africana no país

Como parte das celebrações do Dia Nacional da Consciência Negra foi realizado o Desfile Beleza Negra, na Torre de TV de Brasília, nesta quarta-feira (20/11). O evento, que contou com o apoio do Correio Braziliense e da Secretaria de Cultura, teve a participação de 58 modelos, usando coleções assinadas por marcas de destaque, como Dona Olga, Balaio Acervo, Loud, Purple Acervo e Estilo África.

Para a idealizadora do projeto, a produtora de moda Dai Schmidt, o Desfile Beleza Negra é fundamental para celebrar, valorizar e promover as identidades e culturas negras. “Ele não apenas cria um espaço de representatividade em um universo muitas vezes excludente, como também estimula a autoestima, a inclusão e o protagonismo de pessoas negras. Além disso, ao unir moda, arte e debates sociais, o evento promove a conscientização sobre questões históricas e contemporâneas relacionadas ao racismo, igualdade de oportunidades e valorização cultural”, conta.

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Projeto antirracista auxilia na formação de identidade de jovens negros da rede pública

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Cerca de 45% dos estudantes da rede de ensino do DF se declararam pretos ou pardos; GDF está elaborando protocolo de consolidação de educação antirracista nas escolas da capital

A estudante Júlia Brandão, de 17 anos, reconheceu a beleza da sua negritude em meio a uma das rodas de conversas do projeto Afrocientistas, criado pela Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN). No Distrito Federal, o projeto é coordenado pela Universidade de Brasília (UnB) e acompanhado pela Secretaria de Educação (SEEDF).

“Eu me enxerguei como uma mulher preta. Em uma das rodas nós começamos a falar sobre os nossos traços físicos – ‘seu cabelo é lindo; sua cor é linda’. Isso foi reforçando uma alegria dentro de mim”, relata.

Com uma abordagem interdisciplinar, o Afrocientistas oferece informações e metodologias inovadoras que inspiram estudantes afro-brasileiros do ensino médio. Presente em diversos estados do Brasil, o projeto já lançou várias produções como podcasts, crônicas, poemas, vídeos, jornais e livros – todos abordando questões étnico-raciais e mostrando como o projeto é uma fonte de reflexão e debate importante.

Por meio da iniciativa, Júlia e outros 10 alunos do Centro Educacional (CED) 01 do Riacho Fundo II estão chamando a atenção da sociedade sobre as contribuições afro-brasileiras à cultura e à identidade do Brasil. A escola é uma das instituições de ensino da rede pública do DF que tem buscado desenvolver projetos antirracistas. Para os participantes do Afrocientistas não é exagero dizer que a iniciativa ajudou na formação e reconhecimento de identidade como pessoas negras.

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“Eu sempre fui um jovem periférico. Chegar à escola e ter acesso a projetos como esse faz com que nos sintamos abraçados não apenas como alunos, mas como pessoas negras. Me sinto muito representado com o projeto”, diz William Rosa, de 18 anos.

Segundo dados do EducaCenso, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), o DF tem mais de 427 mil estudantes matriculados na rede de ensino; desses, mais de 192 mil se declararam pretos ou pardos – o que equivale a 45% dos alunos da capital. A partir desse percentual, o Governo do Distrito Federal (GDF), por intermédio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral, tem promovido diversas ações visando a promoção e valorização da educação para as relações étnico-raciais.

De acordo com a diretora de Serviços de Apoio à Aprendizagem, Direitos Humanos e Diversidade, como relata Patrícia Melo, a pasta está elaborando um protocolo de consolidação de educação antirracista na rede de ensino do DF.

“A diretoria produz cadernos pedagógicos com legislação, orientações e sugestões sobre a educação antirracista, assim como promove formações para as escolas e regionais de ensino, e fóruns de partilhas de práticas inspiradoras. O objetivo é que a rede pública consolide a compreensão de que não basta não ser racista, é preciso educar nossas crianças e jovens para serem antirracistas”, afirma.

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William Rosa, 18 anos: “Eu sempre fui um jovem periférico. Chegar à escola e ter acesso a projetos como esse faz com que nos sintamos abraçados não apenas como alunos, mas como pessoas negras. Me sinto muito representado com o projeto”

Segundo o diretor do CED 01 do Riacho Fundo II, Júlio César de Souza Moronari, mais de 63% dos estudantes da instituição se autodeclaram negros. “A partir daí, percebemos que era preciso abraçar um projeto mais contundente, voltado a uma reflexão do dia a dia. Então veio o Afrocientistas. O maior feedback que nós temos é a satisfação e a valorização deles serem negros, sem se sentirem invisibilizados”, diz.

Coordenador da oficina de dança na escola, o estudante Marcos Vinícios Gomes, 18,  conta que é possível falar sobre antirracismo por meio da arte. “Por meio da dança, que é uma arte muito energética, nós conseguimos levar esse tipo de cultura. Muitas vezes as pessoas não têm muita paciência para ouvir palestras, mas quando você coloca uma dança, quando você coloca uma música que as pessoas gostam, elas prestam mais atenção. É uma das várias formas de manifestar esse conhecimento”, observa.

Durante seu processo de identificação e graças ao Afrocientistas, Matheus Miranda, também de 18 anos, percebeu que a luta contra o racismo é conjunta e, por isso, não precisa caminhar sozinho.

“Nas rodas de conversa, por vezes, relatamos as experiências em comum que nós passamos por sermos negros. Eu admito que foi bem reconfortante poder compartilhar isso e ver que tem gente que passou pela mesma coisa ou algo parecido. Mostra que não estamos sozinhos nessa luta”, confessa.


*Agência Brasília

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