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Brasil

Lei de Cotas completa 34 anos, mas retenção de profissionais com deficiência ainda é desafio

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REIS alerta que avanços legais não são suficientes; empresas precisam desenvolver cultura inclusiva para reter talentos

A Lei de Cotas (nº 8.213/91) completa 34 anos em 2025, mas a retenção de profissionais com deficiência nas empresas ainda representa um grande desafio para o mercado brasileiro. A REIS (Rede Empresarial de Inclusão Social), que agrega mais de 63 empresas comprometidas com a empregabilidade de pessoas com deficiência, alerta que o cumprimento legal não basta para garantir inclusão efetiva.

Marco legal e desafios atuais

Criada em 1991, a Lei nº 8.213/91 determina que empresas com cem ou mais funcionários devem destinar de 2% a 5% de seus cargos a pessoas com deficiência ou reabilitadas pelo INSS. Apesar da importância histórica da legislação e do trabalho de fiscalização do Ministério Público do Trabalho (MPT) , o cumprimento efetivo ainda é problemático.

Problema da retenção

A retenção desses talentos é um dos pontos mais preocupantes. Muitas empresas ainda não oferecem:

  • Ambientes acessíveis
  • Programas de desenvolvimento profissional
  • Cultura organizacional inclusiva

A Lei de Cotas foi um divisor de águas, mas ela sozinha não basta. O verdadeiro desafio está em garantir ambientes preparados, acessíveis e acolhedores, que permitam que esses profissionais não só entrem, mas cresçam e permaneçam nas organizações “, afirma Djalma Scartezini , CEO da REIS.

Indicadores preocupantes

Dados revelam disparidades significativas no mercado de trabalho:

Salários:

  • Profissionais com deficiência ganham 12% menos, segundo a Organização Internacional do Trabalho

Participação na força de trabalho:

  • População sem deficiência : 66,4% inserida no mercado
  • Pessoas com deficiência : 29,2% inseridas no mercado

Nível superior completo:

  • Sem deficiência : 84,2% participam da força de trabalho
  • Com deficiência : 54,7% participam da força de trabalho
Necessidade de transformação cultural

Scartezini complementa: “As pesquisas escancaram ainda mais que a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho não pode se limitar à contratação. É preciso garantir acesso real a oportunidades de crescimento, valorização e liderança .”

Diretrizes para inclusão efetiva

Para uma inclusão verdadeiramente efetiva, as organizações devem:

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  • Avançar no letramento da liderança sobre inclusão
  • Fazer diagnóstico do impacto das medidas atuais
  • Implementar plano com metas e indicadores
  • Garantir condições plenas de desenvolvimento
  • Incorporar inclusão na cultura organizacional

Esse entendimento deve estar inscrito em todo o negócio, transparecendo na cultura, ou seja, no comportamento de todos os que fazem o negócio acontecer no dia a dia “, conclui o CEO da REIS.

Sobre a REIS

Fundada há 13 anos durante o 26º Fórum de Empregabilidade Serasa Experian, a REIS é composta por um grupo de mais de 100 empresas nacionais e multinacionais comprometidas com os princípios da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e das Nações Unidas (ONU) para promover a empregabilidade das pessoas com deficiência.


Com informações: Ecomunica

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16 Comentários

1 comentário

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Brasil

Governo Federal cria 12 assentamentos de reforma agrária após a COP30

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O Incra finalizará a criação de 12 novos assentamentos da reforma agrária, incluindo terras utilizadas pela Vale no Pará, logo após o fim da COP30. A medida visa atender as 140 mil famílias que esperam por terras, sendo considerada crucial para a justiça ambiental e a mitigação da crise climática

O Governo Federal deve finalizar o processo de criação de 12 novos assentamentos da reforma agrária logo após a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que termina nesta sexta-feira (21). A previsão é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visite Parauapebas (PA) ainda este ano para realizar o anúncio oficial.

A criação de assentamentos visa regularizar a situação de famílias sem-terra, incluindo áreas disputadas nos municípios de Canaã dos Carajás e Parauapebas, no sul do Pará.

Regularização de terras da Vale no Pará

César Aldrighi, presidente do Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (Incra), confirmou a medida durante um debate na COP30. Ele informou que há um acordo com a companhia Vale para destinar entre 30 mil e 40 mil hectares de terras públicas.

“São em torno de 30 a 40 mil hectares de terras públicas, que a Vale utilizou no processo de mineração e hoje não são mais utilizadas. Essas áreas vão ser destinadas à regularização das famílias”, garantiu Aldrighi.

O Pará é o estado com o maior número de pessoas aguardando a regularização fundiária no país, com cerca de 30 mil famílias acampadas segundo o Incra. No Brasil, mais de 140 mil famílias esperam por um pedaço de terra para praticar a agricultura familiar.

Reforma agrária como mitigação climática

Durante o debate “A Reforma Agrária e as soluções populares frente à crise climática”, Aldrighi destacou o modelo da agricultura familiar como um instrumento de contenção da crise climática.

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No Brasil, a emissão de gases do efeito estufa (GEE) é predominantemente causada pelo processo vinculado ao agronegócio, que começa com o desmatamento e é seguido pela exploração do solo para pastos e monoculturas. O presidente do Incra defendeu que o uso da terra deve estar no centro das propostas de mitigação.

Renata Menezes, do Coletivo de Juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que também participou do debate, ressaltou que a reforma agrária é parte da solução para a justiça ambiental. “Não existe possibilidade de justiça ambiental sem reforma agrária popular neste país”, afirmou.


Com informações: Brasil de Fato, Incra

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Brasil

Risco climático: 29% dos estabelecimentos de saúde no Brasil estão em áreas vulneráveis

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Pesquisa do Ieps aponta que cerca de 29% das unidades de saúde brasileiras e 35,58% das unidades do SUS estão localizadas perto de zonas de desastre (deslizamentos, inundações), o que compromete a capacidade de resposta e afeta desproporcionalmente populações vulneráveis

Cerca de 29% dos estabelecimentos de saúde e 26% dos leitos brasileiros estão situados a até 500 metros de áreas de risco de desastre climático, conforme pesquisa divulgada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps).

O levantamento analisou 78.404 unidades em 1.800 municípios mapeados pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), que identificou áreas suscetíveis a perdas decorrentes de eventos de origem geológica, como deslizamento de solo, inundações, alagamentos e erosão.

Do total analisado, 22.577 unidades estão próximas ao risco, sendo que 2.039 estabelecimentos (2,6%) estão localizados dentro das áreas de risco, o que compromete a capacidade de resposta imediata em momentos de emergência.

Vulnerabilidade do SUS e desigualdade

A proporção de unidades localizadas próximo a setores de risco é ainda maior para o Sistema Único de Saúde (SUS): 35,58% dos pronto-atendimentos de urgência, hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão em zonas vulneráveis.

Segundo os pesquisadores, essa maior exposição da rede pública é um achado crucial, pois o SUS atende frequentemente populações em situação de maior vulnerabilidade social.

A análise do Censo de 2022 confirmou que os setores censitários com risco de desastre apresentavam características de pior acesso a saneamento básico e maior concentração de crianças e adolescentes (0 a 14 anos). Essa situação reforça que os desastres geológicos tendem a afetar de forma desproporcional os grupos que mais dependem dos serviços públicos.

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Medidas de adaptação recomendadas

Para garantir a continuidade do atendimento durante e após eventos extremos, os pesquisadores recomendam a modernização e adaptação das unidades de saúde.

As medidas incluem:

  • Infraestrutura: Elevação de instalações acima de planícies de inundação e construção de barreiras de proteção.

  • Operacional: Instalação de sistemas de energia reserva.

  • Logística: Armazenamento seguro de insumos e medicamentos essenciais.

Recentemente, o Ministério da Saúde (MS) lançou o Guia de Mudanças Climáticas e Saúde durante a COP30, reunindo orientações para prevenção e vigilância em situações relacionadas a eventos climáticos extremos.


Com informações: Ieps (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde), SGB, Agência Brasil, ICL Notícias

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Brasil

Indígena Guarani Kaiowá é Morto em Ataque Armado à Retomada Pyelito Kue (MS)

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A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) confirmou o assassinato de Vicente Fernandes Vilhalva Kaiowá (36) durante um ataque de cerca de 20 homens armados à retomada Pyelito Kue, em Iguatemi, Mato Grosso do Sul, na madrugada deste domingo (16). Classificado como “inaceitável” pela autarquia, o crime deixou outros quatro indígenas feridos. A escalada de violência na região está relacionada à disputa por terras e à tentativa dos indígenas de frear a pulverização de agrotóxicos

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) manifestou “profundo pesar” e classificou como “inaceitável” o assassinato de um indígena Guarani Kaiowá ocorrido durante um ataque armado à retomada Pyelito Kue, no município de Iguatemi, no sul do Mato Grosso do Sul (MS).

A vítima foi identificada pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) como Vicente Fernandes Vilhalva Kaiowá, de 36 anos. Ele foi atingido por um tiro na cabeça por volta das 4h da manhã, quando cerca de 20 homens armados invadiram a área.

🩸 Detalhes do Ataque e Conflito

Além da morte de Vicente, outros quatro indígenas (incluindo adolescentes e uma mulher) ficaram feridos por arma de fogo ou balas de borracha. A comunidade relatou que os agressores tentaram levar o corpo de Vicente, mas foram impedidos pelos indígenas.

Relatos apontam que os pistoleiros cercaram a comunidade e destruíram uma ponte, bloqueando o acesso à área. Equipes da Funai e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) foram mobilizadas para acompanhar as investigações, articular ações com órgãos de segurança e prestar assistência.

🌳 Histórico e Defesa Climática

A violência recente na região está diretamente ligada à tentativa dos indígenas de frear a pulverização de agrotóxicos nas áreas de conflito, que tem afetado gravemente a saúde e a segurança alimentar das aldeias.

A retomada de Pyelito Kue está localizada na Terra Indígena Iguatemipeguá I, cujo processo de demarcação se arrasta há cerca de 40 anos, apesar do Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação (RCID) ter sido publicado pela Funai em 2013.

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Em nota, a Funai lamentou que a morte ocorra em um momento crucial, onde a importância dos povos indígenas para a mitigação climática é debatida na COP30, evidenciando a “perseguição aos corpos dos defensores do clima”.

Para tentar mediar os conflitos fundiários na região, um Grupo de Trabalho Técnico (GTT) foi instituído em 3 de novembro, por meio de uma força-tarefa que envolve o Ministério dos Povos Indígenas, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Ministério da Gestão.


Com informações: Funai / Cimi / Agência Brasil

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