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Natureza

Nova espécie de tarântula impressiona pelo tamanho e quantidade de pelos

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Trichopelma grande é o nome de uma nova aranha, recém descoberta pela ciência. E ela foi batizada desse jeito para não deixar dúvidas: trata-se da maior espécie conhecida de tarântulas do gênero Trichopelma, nativas da América do Sul e Caribe.

A “gigante” foi encontrada em Cuba, na região de Viñales, e não chama a atenção apenas pelo tamanho. O animal também apresenta uma surpreendente quantidade de pelos nas patas, segundo os pesquisadores David Ortiz e Elier Fonseca, responsáveis pela descoberta.

Em entrevista ao portal de notícias científicas IFLScience, David Ortiz diz que nem todas as tarântulas têm pelos abundantes. Segundo ele, essa é uma característica das espécies que vivem em árvores. A Trichopelma grande, no entanto, é um animal que fica no chão, abrigado em tocas. Ele também explica que foram encontrados apenas três indivíduos da espécie (todos machos) e que a carapaça deles mede entre 8,4 e 11,1 milímetros.

A novidade foi anunciada através do Journal of Natural History. No texto, os cientistas explicam que as ilhas conhecidas como Grandes Antilhas – Cuba, Hispaniola (Haiti e a República Dominicana), Jamaica e Porto Rico – são um verdadeiro tesouro biológico.

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Além do clima tropical e da complexidade topográfica, o fato de ser formada por ilhas faz com que essa região seja o berço de espécies que evoluíram separadas de seus “parentes” – os indivíduos que ficaram no continente após a divisão dos territórios. Por essa razão, é comum encontrar animais que só existem em ilhas específicas e isso explica o motivo pelo qual a Trichopelma grande se destaca entre as espécies do mesmo gênero.


*Revista Galileu

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Natureza

Após 50 anos, orcas retornam a local marcado pela caça desses animais

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Após 50 anos, as orcas estão finalmente retornando a Penn Cove, região da costa do estado de Washington, nos Estados Unidos. O local ficou tragicamente conhecido na década de 1970, pela grande incidência de caça desses animais.

A notícia foi dada pela ONG Orca Conservancy, através do X. O post mostra também a bela imagem de uma das orcas avistadas em Penn Cove. Ela pula para fora do mar e parece flutuar sobre as águas.

O comunicado da ONG explica que a façanha foi realizada pelo chamado Grupo L, um bando de orcas do noroeste do Oceano Pacífico. Os especialistas nesse tipo de animal conseguem identificar os grupos e até mesmo seus indivíduos. De acordo com a Orca Conservacy, há três grupos no noroeste do Pacífico: J, K, e L.

“Orcas são animais culturais e passam informações ao longo das gerações. Os indivíduos que vivenciaram as caçadas dos anos 1970 sempre evitaram a área e ensinaram seus descendentes a evitar também”, explica o comunicado.

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Distrito Federal

Animais se recuperam após enfrentarem pior incêndio em 10 anos na Flona

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Os incêndios florestais deixaram um rastro de devastação na mata e provocaram ferimentos em vários animais, que foram resgatados. Dois deles morreram e um não poderá retornar à natureza, mas os outros, aos poucos, vão se recuperando

Assustados e com queimaduras. Assim chegaram ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e ao Zoológico de Brasília um casal de tamanduás-bandeira, uma dupla de lobos-guará, um urubu-de-cabeça-preta, um gavião, uma cobra jararaca, filhotes de papagaio-galego e um filhote de cambacica. Em setembro deste ano, eles foram vítimas dos incêndios florestais que ocorreram na Floresta Nacional de Brasília (Flona) e em outras áreas durante o período de estiagem. Passados quase dois meses, os tamanduás, lobos-guará e o urubu continuam em tratamento, enquanto os outros animais já voltaram à natureza.

Entre os animais, estavam uma anta macho e um rato-selvagem, que morreram. A causa da morte da anta ainda não foi revelada, porém ela chegou ao zoológico com as patas queimadas e desidratada, tendo inalado fumaça durante as queimadas. Já o rato foi encontrado na área das queimadas muito ferido. Por outro lado, os sobreviventes estão lutando para se recuperar e passam por tratamento.

Os tamanduás foram encontrados com queimaduras nas patas e passam por tratamento no Zoológico de Brasília. O urubu macho, que estava mancando e com uma parte da asa queimada, teve um tratamento inicial feito no Zoo e depois foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB) para se recuperar totalmente. Os dois lobos-guará se perderam de suas famílias por causa do fogo na vegetação próxima a Brazlândia e Santa Maria. Um foi atropelado e o outro foi encontrado embaixo de um carro.

Para a bióloga Bruna Cavalcante, as queimadas têm um impacto significativo na fauna local. “Causa efeitos devastadores, pois deixa os animais mais expostos e ameaçados devido à rápida proliferação do fogo. A perda de habitat é uma das maiores consequências. Isso força muitas espécies a se deslocarem para longe de suas zonas habituais. E muitos desses animais ficam expostos a predadores, pois dependem da vegetação para se esconder”, afirmou.

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Tratamento dos animais

Inicialmente, a anta e o casal de tamanduás, apelidados de Flora e Jatobá, foram tratados no hospital veterinário do Zoológico com analgésicos para dor. Para ajudar na cicatrização, eles passaram pelo processo de aplicação de pele tilápia nas patas, técnica usada para a regeneração de tecidos queimados. Além disso, os animais passaram por exames de imagem, mas nenhum precisou de cirurgia.

Flora e Jatobá ficam em uma área isolada da visitação do Zoológico. Sob a supervisão de quatro veterinários, a rotina deles se baseia na alimentação de folhas de embaúba, legumes e verduras, na prática do banho de sol e na troca de curativos, quando necessário. Quanto à previsão de alta, o Zoo afirmou que “quando trata-se de animais silvestres, não podemos dar previsões. Cada animal tem seu tempo de recuperação”.

No Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da UnB, o urubu, apelidado de Naldinho, faz fisioterapia. Com a asa recuperada, a ave ainda apresentava ausência de sensibilidade e mobilidade dos pés. As sessões de cinesioterapia, que tratam o corpo por meio de movimentos e exercícios físicos, ocorrem três vezes por semana. Naldinho ainda tomou soro injetável e analgésicos para aliviar a dor. A equipe de 14 profissionais fornece um recinto específico, onde ele toma sol diariamente, é alimentado com carne e frango, além da água potável para se manter bem hidratado. Atualmente,
o paciente consegue ficar em pé e deixa as médicas veterinárias do local, Evelyn Pimenta e Juliana Dias, otimistas por uma rápida recuperação.

A dupla de lobos, um filhote e um adulto, foi encontrada na zona urbana, fugindo das queimadas. O adulto, encontrado na rodovia de Santa Maria, foi encaminhado ao Hospital de Fauna Silvestre do Ibram, onde recebeu um placa óssea na perna, devido à fratura grave que sofreu. Os veterinários tentam reabilitá-lo para que o animal possa voltar à natureza futuramente.

Já o lobo filhote, encontrado na estrada de Brazlândia, estava debaixo de um carro, perdido de sua família e inseguro em meio a tantos veículos na rodovia. No Hospital e Centro de Reabillitação da Fauna Silvestre, a equipe constou uma deficiência de locomoção irreversível no animal. Por isso, ele não poderá ser solto no meio ambiente.

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Solidariedade

Diante da devastação na Flona pelo fogo, as equipes de resgate do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (Icmbio), Instituto de Brasília Ambiental (Ibram), Jardim Zoológico e do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) forneceram alimentação suplementar e monitoraram alguns animais, que não precisaram sair do local para serem atendidos.

Foram distribuídos alimentos em pontos estratégicos da área de preservação, para evitar que os animais migrassem para rodovias ou sofressem com a escassez de alimentos, devido à perda de quase 50% da vegetação. Os que não sofreram lesões graves, foram monitorados no local e alimentados com frutas silvestres do Cerrado.

Filhote de Lobo-Guará que foi atropelado e não retornará a natureza

Filhote de Lobo-Guará que foi atropelado e não retornará a naturezaMaterial Cedido ao Correio

Lobo-Guará adlto que foi atropelado e tem chances de voltar a natureza

Lobo-Guará adlto que foi atropelado e tem chances de voltar a naturezaMaterial Cedido ao Correio

Na foto, a anta que faleceu no dia 18 de setembro.

Na foto, a anta que faleceu no dia 18 de setembro.Fotos: Divulgação/Zoológico de Brasília

Urubu-de-cabeça-preta na área de fisioterapia, do Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da Universidade de Brasília

Urubu-de-cabeça-preta na área de fisioterapia, do Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da Universidade de BrasíliaJuliana Dias, médica, veterinária e técnica do Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da Universidade de Brasília

Urubu-de-cabeça-preta na área de fisioterapia, do Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da Universidade de Brasília

Urubu-de-cabeça-preta na área de fisioterapia, do Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da Universidade de BrasíliaReprodução/Redes Sociais

Momento em que os médicos veterinários do Zoolóógico  aplicaram o processo de tilápia nas patas queimadas da anta -protocolo utilizado para regeneração de pele nos animais-.

Momento em que os médicos veterinários do Zoolóógico aplicaram o processo de tilápia nas patas queimadas da anta -protocolo utilizado para regeneração de pele nos animais-.Divulgação/Zoológico de Brasília


Com informações: Correio Braziliense

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Distrito Federal

Lagarto da espécie teiú-do-cerrado é reabilitado no Hospital da Fauna Silvestre

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Réptil chegou ao hospital apático e desidratado e está apto para receber alta após tratamento

Um lagarto da espécie teiú-do-cerrado foi resgatado e encaminhado para o Hospital e Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre (Hfaus), onde recebeu atendimento e será liberado saudável. No dia 31 de outubro, o animal foi encontrado em condições debilitadas, apático e desidratado.

Foram realizados exames de imagem e laboratoriais de triagem para avaliar a saúde do réptil, além de um exame cardíaco. Os resultados não indicaram nenhuma alteração significativa e foi constatado que o teiú não apresentava complicações graves. Após um processo rigoroso de cuidados e monitoramento, que incluiu hidratação, alimentação adequada e acompanhamento constante, a saúde do animal foi progressivamente estabilizada. Com o quadro clínico normalizado, a equipe médica do Hfaus considerou o animal apto a receber alta.

O resgate e a recuperação desse teiú ressaltam a importância do Hfaus para a conservação do cerrado. O réptil está pronto para ser reintroduzido ao seu habitat, onde poderá retomar seu papel vital no ecossistema do Cerrado.

A espécie Tupinambis quadrilineatus, característica do Cerrado, desempenha um papel importante no equilíbrio do ecossistema ao controlar populações de insetos. Como animal de hábitos onívoros e oportunistas, o teiú age como um “limpador” natural, promovendo a manutenção da qualidade do Cerrado.

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*Com informações do Instituto Brasília Ambiental

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