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Tarifaço: produtos brasileiros terão tarifa de 50% nos EUA com apoio de Eduardo Bolsonaro

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Com apoio de Eduardo Bolsonaro, EUA impõem tarifa de 50% sobre produtos brasileiros como café, carne bovina, aço e nióbio. Estudo da Universidade de Yale aponta risco de inflação nos EUA.

Tarifaço: produtos brasileiros terão tarifa de 50% nos EUA com apoio de Eduardo Bolsonaro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quarta-feira (30/7/2025) uma ordem executiva que impõe tarifa de 50% sobre uma série de produtos importados do Brasil, com entrada em vigor prevista para 6 de agosto de 2025. A medida afeta cerca de 3.800 itens, o equivalente a 43,4% das exportações brasileiras para os EUA em 2024, segundo dados oficiais.

Apesar da inclusão de uma lista de isenções com cerca de 700 produtos — entre eles etanol, celulose e partes de aviões —, a tarifa impacta diretamente setores estratégicos da economia brasileira. Entre os principais produtos atingidos estão:

  • Café torrado e em grão
  • Carne bovina
  • Manga e goiaba in natura ou processada
  • Açúcar orgânico
  • Chocolate e manteiga de cacau
  • Aço laminado e produtos siderúrgicos
  • Nióbio e ligas metálicas (matéria-prima essencial para indústrias aeroespacial e de alta resistência)

O apoio do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) à medida foi destacado como influente nas articulações diplomáticas e políticas que antecederam a decisão. O parlamentar tem mantido relações próximas com setores do governo Trump e com grupos conservadores norte-americanos.


Impacto nos EUA: inflação e custo para famílias

Segundo análise do The Budget Lab, centro de estudos da Universidade de Yale, a imposição das tarifas pode gerar um aumento de até 1,8 ponto percentual na inflação dos EUA no curto prazo. O estudo estima que o impacto médio chegará a US$ 2.400 por domicílio americano em 2025, especialmente em setores que dependem de insumos brasileiros de difícil substituição.

O nióbio, por exemplo, é um mineral do qual o Brasil é responsável por mais de 90% da produção global, sendo essencial na fabricação de ligas metálicas para aviões, turbinas e equipamentos de defesa. Já o café brasileiro representa cerca de 70% do mercado mundial, e sua substituição por outros fornecedores é limitada em qualidade e volume.


Reação do Brasil e articulação do BRICS

A medida tem gerado forte reação do governo brasileiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem articulado uma resposta conjunta com os demais países do BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul) para enfrentar o que classificou como “protecionismo agressivo”. A ideia é fortalecer o comércio interno entre os membros e reduzir a dependência de mercados ocidentais.

Além disso, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços estão avaliando medidas de retaliação, que podem incluir a revisão de acordos comerciais e a imposição de barreiras a produtos norte-americanos em setores como tecnologia, aviões e automóveis.

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Com informações: Revista Fórum

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STF celebra 37 anos da Constituição Federal com série de conteúdos especiais 🇧🇷

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Em comemoração ao 37º aniversário da Constituição Federal de 1988, o Supremo Tribunal Federal (STF) lançou uma série de matérias especiais detalhando decisões emblemáticas de seus ministros, reforçando o papel da Corte como guardiã da democracia e ampliadora de direitos sociais

O Supremo Tribunal Federal (STF) está celebrando os 37 anos da Constituição Federal de 1988, a chamada “Constituição Cidadã”, com uma série de matérias especiais que destacam o papel da Corte na garantia dos direitos fundamentais e na consolidação da democracia. A iniciativa busca ressaltar como o STF atuou para resolver problemas estruturais e omissões constitucionais ao longo das décadas.

Destaques da Programação Especial

O conteúdo comemorativo inclui:

  • Série de Matérias sobre Ministros: Detalhamento de decisões emblemáticas de relatoria de cada ministro da Corte.

  • Entrevista com o Presidente do STF: Um balanço sobre os avanços e desafios da Carta de 1988, veiculado no podcast Supremo na Semana.

  • Documentário “37 anos da Constituição Cidadã”: Obra que utiliza casos reais para demonstrar como a Constituição transformou o acesso à justiça, ampliou garantias e fortaleceu o sistema democrático.

  • Semana da Constituição: Lançamento de uma iniciativa do STF e do CNJ para consolidar uma agenda anual de comemoração da Constituição.

Decisões Emblemáticas por Ministro

A série especial mostra como os julgamentos do STF impactaram o cotidiano dos cidadãos, garantindo direitos a quem estava à margem da sociedade (mulheres, povos indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e famílias homoafetivas).

Ministro Temas de Destaque
Dias Toffoli Defesa da honra, direito ao esquecimento e federalização de crimes.
Cármen Lúcia Liberdade de expressão, direitos das mulheres e proteção da dignidade humana.
Luís Roberto Barroso Aplicação concreta de direitos fundamentais e Constituição Cidadã.
Luiz Fux Moralidade no processo eleitoral e pluralidade de relações familiares.
Kassio Nunes Marques Benefícios previdenciários e investigações criminais.
Alexandre de Moraes Proteção a gestantes e lactantes, e à população de rua.
André Mendonça Preservação do Pantanal e celeridade em partilha de bens na Justiça de Família.
Gilmar Mendes Garantia de direitos fundamentais e segurança jurídica.
Cristiano Zanin Defesa de garantias individuais, sociais e diálogo institucional.
Flávio Dino Transparência no uso de recursos públicos e combate a problemas ambientais globais.

A celebração enfatiza o papel da independência judicial como um traço distintivo das democracias consolidadas e a missão do STF de ser o guardião da ordem constitucional e dos direitos na sociedade brasileira.


Com informações: STF

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Governo Federal cria 12 assentamentos de reforma agrária após a COP30

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O Incra finalizará a criação de 12 novos assentamentos da reforma agrária, incluindo terras utilizadas pela Vale no Pará, logo após o fim da COP30. A medida visa atender as 140 mil famílias que esperam por terras, sendo considerada crucial para a justiça ambiental e a mitigação da crise climática

O Governo Federal deve finalizar o processo de criação de 12 novos assentamentos da reforma agrária logo após a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que termina nesta sexta-feira (21). A previsão é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visite Parauapebas (PA) ainda este ano para realizar o anúncio oficial.

A criação de assentamentos visa regularizar a situação de famílias sem-terra, incluindo áreas disputadas nos municípios de Canaã dos Carajás e Parauapebas, no sul do Pará.

Regularização de terras da Vale no Pará

César Aldrighi, presidente do Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (Incra), confirmou a medida durante um debate na COP30. Ele informou que há um acordo com a companhia Vale para destinar entre 30 mil e 40 mil hectares de terras públicas.

“São em torno de 30 a 40 mil hectares de terras públicas, que a Vale utilizou no processo de mineração e hoje não são mais utilizadas. Essas áreas vão ser destinadas à regularização das famílias”, garantiu Aldrighi.

O Pará é o estado com o maior número de pessoas aguardando a regularização fundiária no país, com cerca de 30 mil famílias acampadas segundo o Incra. No Brasil, mais de 140 mil famílias esperam por um pedaço de terra para praticar a agricultura familiar.

Reforma agrária como mitigação climática

Durante o debate “A Reforma Agrária e as soluções populares frente à crise climática”, Aldrighi destacou o modelo da agricultura familiar como um instrumento de contenção da crise climática.

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No Brasil, a emissão de gases do efeito estufa (GEE) é predominantemente causada pelo processo vinculado ao agronegócio, que começa com o desmatamento e é seguido pela exploração do solo para pastos e monoculturas. O presidente do Incra defendeu que o uso da terra deve estar no centro das propostas de mitigação.

Renata Menezes, do Coletivo de Juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que também participou do debate, ressaltou que a reforma agrária é parte da solução para a justiça ambiental. “Não existe possibilidade de justiça ambiental sem reforma agrária popular neste país”, afirmou.


Com informações: Brasil de Fato, Incra

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Risco climático: 29% dos estabelecimentos de saúde no Brasil estão em áreas vulneráveis

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Pesquisa do Ieps aponta que cerca de 29% das unidades de saúde brasileiras e 35,58% das unidades do SUS estão localizadas perto de zonas de desastre (deslizamentos, inundações), o que compromete a capacidade de resposta e afeta desproporcionalmente populações vulneráveis

Cerca de 29% dos estabelecimentos de saúde e 26% dos leitos brasileiros estão situados a até 500 metros de áreas de risco de desastre climático, conforme pesquisa divulgada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps).

O levantamento analisou 78.404 unidades em 1.800 municípios mapeados pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), que identificou áreas suscetíveis a perdas decorrentes de eventos de origem geológica, como deslizamento de solo, inundações, alagamentos e erosão.

Do total analisado, 22.577 unidades estão próximas ao risco, sendo que 2.039 estabelecimentos (2,6%) estão localizados dentro das áreas de risco, o que compromete a capacidade de resposta imediata em momentos de emergência.

Vulnerabilidade do SUS e desigualdade

A proporção de unidades localizadas próximo a setores de risco é ainda maior para o Sistema Único de Saúde (SUS): 35,58% dos pronto-atendimentos de urgência, hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão em zonas vulneráveis.

Segundo os pesquisadores, essa maior exposição da rede pública é um achado crucial, pois o SUS atende frequentemente populações em situação de maior vulnerabilidade social.

A análise do Censo de 2022 confirmou que os setores censitários com risco de desastre apresentavam características de pior acesso a saneamento básico e maior concentração de crianças e adolescentes (0 a 14 anos). Essa situação reforça que os desastres geológicos tendem a afetar de forma desproporcional os grupos que mais dependem dos serviços públicos.

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Medidas de adaptação recomendadas

Para garantir a continuidade do atendimento durante e após eventos extremos, os pesquisadores recomendam a modernização e adaptação das unidades de saúde.

As medidas incluem:

  • Infraestrutura: Elevação de instalações acima de planícies de inundação e construção de barreiras de proteção.

  • Operacional: Instalação de sistemas de energia reserva.

  • Logística: Armazenamento seguro de insumos e medicamentos essenciais.

Recentemente, o Ministério da Saúde (MS) lançou o Guia de Mudanças Climáticas e Saúde durante a COP30, reunindo orientações para prevenção e vigilância em situações relacionadas a eventos climáticos extremos.


Com informações: Ieps (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde), SGB, Agência Brasil, ICL Notícias

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