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Governo Lula apresenta dados sobre o tema do cuidado no Brasil

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Tema está diretamente relacionado à sobrecarga que recai sobre as mulheres. 40,2 milhões de brasileiras são chefes de famílias e estão em posições de vulnerabilidade, revela o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher 2025

O Governo Lula apresentou na última semana (25)  três ferramentas que podem auxiliar na estrutura e consolidação da Política Nacional de Cuidados. O evento “Cuidado em Debate” – realizado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, em parceria com o Ministério das Mulheres, – marcou o lançamento do Observatório Participativo dos Cuidados; do DataCuidados, primeiro painel interativo de indicadores sobre cuidados no país, e do Prêmio Nacional de Trabalhos Acadêmicos Tecendo os Cuidados.

Conforme explica o MMulheres, as três ações foram desenvolvidas por meio de parcerias com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Segundo o MDS, as ferramentas reforçam o compromisso do governo Lula com a construção de uma rede de cuidados mais justa, democrática e baseada na corresponsabilização entre famílias, Estado, setor privado e sociedade.

A Política Nacional de Cuidados foi sancionada em dezembro de 2024, e busca enfrentar desigualdades históricas, reconhecendo o cuidado como um direito de todas as pessoas e um trabalho fundamental para a sustentabilidade da vida. A lei 15.069/24 representa um marco histórico para o Brasil, confirmando o compromisso do atual governo em reconhecer o valor do cuidado e das pessoas que cuidam.

Qualificação de dados e informações sobre o trabalho de cuidado no Brasil 

A coordenadora-geral do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero (OBIG) do Ministério das Mulheres, Camila Firmino, apresentou dados do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam) 2025 .

“O cuidado é um tema que perpassa todos os indicadores do OBIG, porque está diretamente relacionado com a sobrecarga que recai sobre as mulheres e a exploração histórica delas. Temos 328 indicadores contemplados no Raseam de 2025 e em todas as áreas há sobrecarga de trabalho. As mulheres são as principais responsáveis pelos domicílios. São 40,2 milhões chefiando suas famílias e mesmo assim estão em posições de maior vulnerabilidade e com renda menor se comparadas aos homens”, pontuou a coordenadora-geral do OBIG. Segundo ela, 12,5% das brasileiras são chefes de família, sendo 69,2% pretas ou pardas e 60,3% delas com rendimento mensal per capita de até meio salário mínimo.

A coordenadora-geral de Gestão da Informação da Secretaria Nacional da Política de Cuidados e Família, do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (SNCF/MDS), Jordana de Jesus (MDS), ressaltou as informações qualificadas são a base indispensável para políticas democráticas. “Ao lançar o DataCuidados, damos um passo crucial para políticas públicas com dados robustos, desagregados e validados pela sociedade. As mulheres precisam se reconhecer nos indicadores sobre tempo de trabalho e acesso a creches. Em 1960, o Censo apontava que 63,7% das mulheres negras diziam não trabalhar por causa dos afazeres domésticos, enquanto nenhum homem aparecia nessa categoria. Isso revela uma desigualdade histórica de gênero e raça na organização dos cuidados. Famílias com mais renda compram cuidado; as mais pobres, em especial mulheres negras, oferecem. Precisamos mudar esse modelo feminizado, informal e excludente, reconhecendo o cuidado como um direito humano e estruturando um sistema público, misto e universal.”

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A coordenadora-geral de Gestão da Informação da Secretaria Nacional da Política de Cuidados e Família, do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (SNCF/MDS), Jordana de Jesus (MDS), ressaltou que as informações qualificadas são a base indispensável para políticas democráticas.


Fonte: PT

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1 comentário

1 comentário

  1. f5a3q

    06/07/2025 em 19:31

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Pesquisa Nacional de Mobilidade Urbana revela que ônibus rodaram 8,1 bilhões de quilômetros em um ano nas grandes cidades

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A Pesquisa Nacional de Mobilidade Urbana (Pemob) 2025 revelou que os ônibus urbanos das grandes cidades brasileiras percorreram mais de 8,1 bilhões de quilômetros em um ano, o equivalente a duzentas mil voltas ao redor da Terra. O levantamento, realizado pelo Ministério das Cidades, aponta que uma frota operacional de cerca de 22 mil ônibus transportou 4 bilhões de passageiros em 2024 nos 82 municípios e 13 governos estaduais que responderam ao questionário.

A Pemob 2025 reuniu informações de municípios com população superior a 250 mil habitantes (Censo 2022 do IBGE) e de regiões metropolitanas, fornecendo dados cruciais para o planejamento e a avaliação de políticas públicas de mobilidade.

O secretário de Mobilidade Urbana, Denis Andia, afirmou que a pesquisa é o ponto de partida para aprimorar as ações e garantir um transporte público de qualidade no Brasil.

Infraestrutura e Números do Transporte 🚌

Os dados coletados pela Pemob mostram a dimensão da infraestrutura de transporte público nas cidades que responderam ao levantamento:

  • Frota e Passageiros: A frota operacional de 22 mil ônibus corresponde a aproximadamente um quinto da frota nacional (estimada em 107 mil veículos). Em 2024, 4 bilhões de passageiros foram transportados por ônibus, e 4 milhões por barcos.

  • Pontos de Parada e Vias Exclusivas: Existem 143.572 pontos de embarque e desembarque, 409,8 km de vias exclusivas para BRT e mais de 229,6 mil vagas de estacionamento regulamentadas nos municípios respondentes.

A Pemob integra o desenvolvimento do Sistema Nacional de Informações em Mobilidade Urbana (SIMU), criado para ampliar o acesso a dados e visualizações rápidas sobre o setor, disponibilizando séries históricas, gráficos e informações completas para gestores.


Com informações: Ministério das Cidades, Revista Fórum

 

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Operação Codajás completa 30 anos garantindo abastecimento de gás e petróleo na Amazônia durante a seca

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A Operação Codajás, responsável por garantir o abastecimento de combustíveis na Amazônia, especialmente o gás liquefeito de petróleo (GLP) e o escoamento de petróleo e gás natural da produção de Urucu/Coari, completou 30 anos em dezembro. A iniciativa, realizada pela Petrobras em parceria com a subsidiária Transpetro, assegura que o gás de cozinha chegue à população da Região Norte e contribui para a segurança energética, uma vez que o gás natural de Urucu abastece as termelétricas de Manaus

Somente no período de setembro e outubro de 2025, a operação escoou mais de 60 mil toneladas de GLP e 129 mil metros cúbicos de petróleo a partir do terminal de Solimões, no Amazonas.

Tecnologia e Monitoramento no Período de Vazante 🚢

A Codajás é crucial para superar os desafios impostos pela vazante dos rios da Amazônia, quando a profundidade dos canais diminui drasticamente.

  • Comitê Técnico: A operação conta com um comitê técnico que inclui representantes da Petrobras, Transpetro e da Marinha do Brasil, monitorando diariamente os níveis dos rios em pontos críticos como Iquitos, Manaus e Coari.

  • Frota Dedicada: Em 2025, quatro navios foram selecionados com dedicação exclusiva à operação, incluindo os navios Jorge Amado e Gilberto Freyre, operados pela Transpetro.

  • Calado Reduzido: Embarcações de calado reduzido são mobilizadas para atravessar pontos de menor profundidade, garantindo a continuidade da produção e o atendimento pleno aos compromissos de mercado.

Graças à manutenção das condições de navegabilidade em pontos críticos, todas as operações de 2025 ocorreram em Manaus, sem a necessidade de transbordo em Codajás ou Itacoatiara.

Segurança Energética para o Amazonas ⚡

O diretor de Transporte Marítimo da Transpetro, Jones Soares, destacou que a operação tem se adaptado às variações climáticas e geográficas, garantindo o suprimento do gás de cozinha sem interrupções.

  • Importância do Gás Natural: A inclusão do petróleo e gás natural nas ações da Codajás é vital para a segurança energética regional, visto que o gás produzido em Urucu é responsável pela geração de energia para mais de 50% do estado do Amazonas, abastecendo as termelétricas de Manaus.

Em 2024, durante a maior seca da Amazônia em 74 anos, a operação transportou mais de 16 mil toneladas de GLP em 21 operações com cinco navios gaseiros.


Com informações: Agência Brasil

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Nísia Floresta: a pioneira que desafiou o patriarcado e fundou o feminismo no Brasil Imperial

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Nísia Floresta Brasileira Augusta (1810-1885) é reconhecida como a primeira escritora brasileira a se dedicar à defesa dos direitos das mulheres e da educação feminina no século XIX, um período escravista e patriarcal. Sua trajetória foi marcada pela autonomia: recusou um casamento arranjado aos 14 anos e, em 1832, publicou a obra seminal “Direitos das Mulheres e Injustiças dos Homens”. Além de atuar na imprensa de circulação nacional, fundou o Colégio Augusto no Rio de Janeiro, em 1838, onde ofereceu um currículo amplo que confrontava a política educacional restrita do Império.

Ruptura Social e Acesso à Imprensa 📰

Nascida em 1810, no Rio Grande do Norte, Nísia Floresta (Dionísia Gonçalves Pinto) teve acesso à instrução e à leitura, o que lhe permitiu desenvolver cedo a capacidade de questionar a realidade.

  • Rejeição ao Casamento: Aos 14 anos, Nísia recusou um casamento arranjado, rompendo com a norma social e iniciando um movimento de autonomia.

  • Voz Pública: Ela se estabeleceu no campo da escrita, um território controlado por homens. Em 1831, começou a colaborar com o jornal “O Espelho das Brasileiras” em Recife, onde discutia a falta de acesso à educação e a desigualdade nas relações sociais para as mulheres brasileiras.

A Obra-Prima “Direitos das Mulheres e Injustiças dos Homens” 📖

Em 1832, Nísia publicou sua obra mais importante para o feminismo brasileiro:

  • Pioneirismo: Foi o primeiro livro escrito por uma mulher brasileira sobre direitos das mulheres e educação feminina.

  • Tese Central: Defendia o acesso à educação como condição essencial para a participação feminina na vida social e política.

  • Impacto: Embora baseada em uma versão francesa de um panfleto europeu, a obra ganhou força no Brasil por descrever e criticar práticas comuns no cotidiano das mulheres oitocentistas.

O Colégio Augusto: Confronto Institucional pela Educação 🎓

Em 1838, ao se mudar para o Rio de Janeiro, Nísia fundou o Colégio Augusto.

  • Currículo Inovador: O colégio oferecia às alunas disciplinas como matemática, geografia, latim, história, ciências e literatura, confrontando diretamente a legislação do Império, que limitava o ensino feminino apenas a conteúdos domésticos e à instrução moral.

  • Reação: O projeto pedagógico enfrentou críticas na imprensa, que acusava a diretora de ensinar conteúdos inadequados para meninas. O colégio, no entanto, manteve suas atividades por quase vinte anos.

Apagamento e Resgate Histórico 🇧🇷

Nísia Floresta morreu em 1885, na França, e sua obra foi omitida dos estudos literários nas décadas seguintes.

  • Relevância Atual: Seu resgate, iniciado nos anos 1980 por pesquisadoras como Zahidé Muzart e Constância Lima Duarte, devolveu a Nísia seu lugar de pioneirismo.

  • Temas Transversais: Sua vasta produção literária, que incluiu ficção, ensaios e relatos de viagem (Itinéraire d’un Voyage en Allemagne, Opúsculo Humanitário), abordava temas centrais como a condição das mulheres, a escravidão e a violência sofrida pelos povos indígenas, associando a educação à cidadania.

A trajetória de Nísia Floresta confirma que a luta pela igualdade de gênero e o direito à vida pública no Brasil têm raízes profundas, servindo de referência para o debate sobre desigualdades estruturais.


Com informações: Revista Fórum

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