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Brasil tem 59,2% de crianças alfabetizadas entre 7 e 8 anos, segundo dados do MEC

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Ilustração de uma criança lendo em sala de aula, simbolizando avanços na alfabetização no Brasil.

Percentual representa avanço de 3,3 pontos percentuais em relação a 2023; 11 estados atingiram a meta nacional

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, em 11 de julho de 2025, os dados do Indicador Criança Alfabetizada (ICA) , que apontam que 59,2% das crianças brasileiras entre 7 e 8 anos estavam alfabetizadas ao final de 2024 . O número representa um aumento de 3,3 pontos percentuais em relação ao ano anterior (56% em 2023), mantendo a tendência de crescimento pelo segundo ano consecutivo.

Meta nacional ainda não foi alcançada

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) estabeleceu uma meta de 59,9% de alfabetização até 2024 , como parte do Compromisso Nacional pela Alfabetização na Idade Certa . Embora o país tenha alcançado 59,2% , o índice ainda está 0,7 ponto percentual abaixo do alvo .

No entanto, o avanço de 57 mil crianças a mais com habilidades de leitura e escrita em 2024 em comparação a 2023 mostra que as políticas públicas em andamento estão gerando impacto positivo.

11 estados atingem a meta nacional

De acordo com o ICA 2024, 11 unidades federativas alcançaram ou superaram a meta de 59,9% de alfabetização no 2º ano do Ensino Fundamental :

  • Ceará
  • Goiás
  • Minas Gerais
  • Espírito Santo
  • Mato Grosso
  • Piauí
  • São Paulo
  • Paraíba
  • Mato Grosso do Sul
  • Tocantins
  • Sergipe

O Ceará lidera o ranking nacional com 84,5% de crianças alfabetizadas nessa faixa etária.

18 estados avançaram em relação a 2023

Além dos estados que atingiram a meta, 18 unidades federativas registraram melhora em relação ao ano anterior , entre elas:

  • Minas Gerais
  • Mato Grosso do Sul
  • Sergipe
  • Tocantins
  • São Paulo
  • Goiás
  • Rio de Janeiro
  • Pernambuco
  • Santa Catarina
  • Ceará
  • Espírito Santo
  • Maranhão
  • Alagoas
  • Amapá
  • Rio Grande do Norte
  • Paraná
  • Rondônia
  • Pernambuco
  • Santa Cataria

O Amapá teve destaque ao subir 5 pontos percentuais , enquanto Sergipe registrou um aumento de 7 pontos percentuais , apesar de não ter atingido a meta nacional.

Desafios em estados com baixo desempenho

Apesar do avanço geral, alguns estados ainda enfrentam desafios significativos no processo de alfabetização:

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  • Bahia
  • Sergipe
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul
  • Amapá

O Rio Grande do Sul teve desempenho afetado por impactos da crise climática em 2024 , que prejudicou a regularidade do ensino em diversas regiões.

Relação entre PIB e desempenho na alfabetização

Entre os 10 estados com melhores resultados no ICA , seis estão entre os 10 com maior PIB per capita do país (Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rondônia). No entanto, três deles — Ceará, Pernambuco e Piauí — estão entre os 10 com menor PIB per capita , o que demonstra que desenvolvimento econômico não é o único fator determinante para o sucesso na alfabetização.

Importância da alfabetização na idade certa

O ICA mede o percentual de crianças alfabetizadas ao final do 2º ano do Ensino Fundamental , com base nos critérios da pesquisa Alfabetiza Brasil , do Inep. Para serem consideradas alfabetizadas, as crianças devem demonstrar domínio em:

  • Leitura de palavras, frases e textos curtos
  • Localização de informações explícitas em textos de até seis linhas
  • Interpretação de textos com linguagem verbal e não verbal

A superintendente do Instituto Natura Brasil , Maria Slemenson , destacou a relevância do indicador:

“Isso nos mostra que é possível alcançar excelentes resultados mesmo em condições de maior vulnerabilidade. O ICA nos permite identificar os desafios com precisão e é uma ferramenta estratégica para guiar políticas públicas e investimentos educacionais.”

Educação como direito fundamental

A alfabetização na idade certa é um direito das crianças previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) . Segundo Daniela Caldeirinha , vice-presidente de educação da Fundação Lemann :

“Priorizar a alfabetização é incentivar o desenvolvimento do aluno ao longo de toda a sua jornada escolar. Afinal, todo estudante precisa aprender a ler para, depois, ler para aprender.”

O não domínio dessa habilidade na idade apropriada pode levar a:

  • Aumento da repetência escolar
  • Maior risco de evasão
  • Piora nos resultados de aprendizagem
  • Impactos negativos no desenvolvimento social e econômico do país
Políticas estruturantes e cooperação estadual-municipal são fundamentais

Para alcançar a meta nacional de alfabetizar todas as crianças até 2030 , estados e municípios têm adotado políticas públicas estruturantes e sistêmicas, com base em:

  • Sistemas pedagógicos integrados
  • Formação de professores
  • Capacitação de gestores escolares
  • Materiais didáticos adequados
  • Avaliações regulares e monitoramento contínuo

O diretor-executivo da Associação Bem Comum, Veveu Arruda , reforçou a importância do esforço coletivo:

“A atuação é guiada por sistemas pedagógicos sólidos, fatores de reconhecimento e engajamento político. A cooperação entre estados e municípios é o caminho mais eficaz para garantir o direito de aprender a todas as crianças.”


Com informações: ICA

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Vitrine da Restauração lança nova versão para integrar dados e alavancar a cadeia ecológica no país

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A plataforma Vitrine da Restauração lançou uma nova versão com o objetivo de ser o ponto de encontro entre todos os atores da cadeia de restauração ecológica no Brasil, como fornecedores de insumos, viveiros, coletores de sementes, pesquisadores e políticas públicas. A ferramenta, acessível online e de forma gratuita, disponibiliza um banco de dados georreferenciado e é considerada estratégica para que o Brasil atinja a meta de restaurar 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030 e para a efetiva implementação do Código Florestal.


A nova versão da Vitrine da Restauração, inicialmente criada em 2020, foi lançada com o apoio técnico e financeiro do projeto PlanaFlor (coordenado pela BVRio e FBDS) e em parceria com a Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica (Sobre). O lançamento ocorreu durante o 1º Encontro Estadual do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Programa de Regularização Ambiental (PRA).

Eficiência e Planejamento para a Meta Nacional 🌳

A plataforma visa trazer mais eficiência e escala para as iniciativas de recuperação da vegetação, conectando quem precisa investir a quem entrega resultados em campo.

  • Benefícios para Gestores e Financiadores: A diretora de Florestas e Políticas Públicas da BVRio, Roberta del Giudice, destacou que a ferramenta permite que os governos “consigam planejar melhor”, que os financiadores “identifiquem projetos sólidos” e que as empresas da cadeia produtiva “ganhem mais oportunidades de atuação”.

A restauração ecológica envolve toda uma cadeia produtiva que vai além do plantio, e a Vitrine da Restauração busca integrar todos esses elos, desde a coleta de sementes até a aplicação de políticas públicas.


Com informações: ECO

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Misoginia digital: o ódio das redes como motor da violência real contra mulheres

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Em artigo, Gleide Andrade, secretária nacional de Finanças e Planejamento do Partido dos Trabalhadores (PT), afirma que a violência contra as mulheres no Brasil não consiste em casos isolados, mas é o desdobramento de um ecossistema de ódio que se origina nas redes sociais, transforma-se em método político e se materializa em violência física, como nos casos do “Calvo da Campari”, das servidoras do CEFET-RJ e da mulher arrastada na Marginal Tietê. A autora destaca que a misoginia digital é um mercado lucrativo que movimenta interesses financeiros e eleitorais, exigindo uma reação urgente do Estado e da sociedade.


A secretária aponta que a extrema direita transformou ataques e ridicularização de mulheres em uma estratégia de poder e monetização, onde influenciadores e políticos lucram ao naturalizar agressões e silenciar lideranças femininas. Esse mercado do ódio online serve como validação para a violência no mundo real, criando pertencimento e legitimando impulsos agressivos em homens.

O Estado e a Criminalização da Misoginia 🛡️

Gleide Andrade reconhece o Pacto Nacional pelo Enfrentamento ao Feminicídio como um avanço estrutural, pois trata a violência contra mulheres como uma questão que abrange segurança, justiça, saúde, educação e assistência social. No entanto, ela argumenta que nenhuma política será eficaz se o país continuar a alimentar o mercado digital que lucra com o ódio.

É defendida a urgente aprovação do Projeto de Lei nº 896/2023, que tipifica a misoginia como crime. O texto visa fortalecer o arcabouço jurídico contra a discriminação e o discurso de ódio contra mulheres, combatendo a disseminação de ataques na internet que se valem de interpretações distorcidas da liberdade de expressão. A autora cita o caso da senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA), autora do projeto, que recebeu ameaças de morte após a aprovação do texto na CCJ, como prova da necessidade de criminalizar a misoginia.

A conclusão do artigo é que a violência e o feminicídio não são acidentes, mas parte de um sistema que usa a dor como moeda e a misoginia como plataforma, exigindo que o Brasil desmonte essa estrutura de mercado e política.


Com informações: PT

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Maioria dos brasileiros considera justa a prisão de Jair Bolsonaro, aponta Datafolha

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Pesquisa do Datafolha revela que 54% dos eleitores brasileiros consideram justa a prisão de Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de cadeia pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na trama golpista de 2022. Apenas 40% pensam o contrário. A condenação, que se tornou definitiva em 25 de novembro, marcou um momento histórico para o país.

Percepção da Prisão e Cumprimento da Pena ⚖️

A prisão de Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que atua como juiz de execução da pena. A decisão foi influenciada pela tentativa de o ex-presidente romper sua tornozeleira eletrônica com um ferro de solda, enquanto cumpria prisão domiciliar desde agosto.

  • Opinião sobre a Justiça da Prisão:

    • Justa: 54%

    • Injusta: 40%

    • Não souberam avaliar: 6%

  • Local de Cumprimento da Pena: Os entrevistados se dividiram sobre onde Bolsonaro deveria cumprir sua pena:

    • Prisão domiciliar: 34%

    • Presídio comum: 26%

    • Unidade militar: 20%

    • Sede da Polícia Federal: 13%

Bolsonaro está atualmente preso na sede da PF, decisão que, segundo Moraes, permite que ele tenha acompanhamento médico diuturno, desconsiderando os apelos da defesa por prisão domiciliar devido a problemas de saúde.

Condenação de Oficiais e a Imagem das Forças Armadas 🛡️

A condenação de oficiais-generais envolvidos na trama, como os ex-ministros Augusto Heleno (GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, é vista pela maioria como correta:

  • Justiça da Condenação de Generais:

    • Justa: 57%

    • Injusta: 30%

    • Não souberam responder: 13%

Apesar do evento, a imagem do Exército não sofreu um grande arranhão na percepção da maioria dos eleitores: 57% disseram não ter mudado sua opinião sobre a Força. Apenas 26% disseram ter tido uma visão pior.

Vieses Políticos na Avaliação 🗳️

Conforme o esperado, a percepção sobre a prisão é fortemente influenciada pela preferência política dos entrevistados:

  • Apoio à Injustiça da Prisão: Mais forte entre apoiadores do PL (95%), eleitores de Bolsonaro no segundo turno de 2022 (81%) e evangélicos (55%).

  • Apoio à Justiça da Prisão: Mais forte entre apoiadores do PT (92%), eleitores de Lula na eleição passada (87%) e moradores do Nordeste (65%).

Especialistas estimam que, devido à nova condenação, Bolsonaro terá direito à progressão de pena para o regime semiaberto apenas em 2033, estendendo sua inelegibilidade para além de 2030, até o ano de 2060.

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Com informações: ICL Notícias

 

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