Cultura
Dezenove Som e Imagem divulga teaser de “Dolores”
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Longa de Marcelo Gomes e Maria Clara Escobar estreia no sábado, 20 de setembro, no Festival de San Sebastian, com presença dos diretores, das produtoras Sara Silveira e Maria Ionesco, da atriz Carla Ribas e do ator Bruno Kott. Após San Sebastian, DOLORES será apresentado na seleção da Première Brasil, do Festival do Rio; roteiro do filme foi iniciado pelo cineasta Chico Teixeira, falecido em 2019
DOLORES, dirigido por Marcelo Gomes e Maria Clara Escobar, fará sua estreia mundial no próximo sábado, 20 de setembro, na 73a edição do San Sebastian Festival, que acontece na cidade espanhola entre os dias 19 e 27. Após, o filme participa do Festival do Rio, onde foi selecionado para a Première Brasil. A produção é assinada por Sara Silveira, Eliane Bandeira, Maria Ionescu. O longa é uma produção da Dezenove Som e Imagens, com produção associada da Misti Filmes e coprodução da GT Produções, e será distribuído pela California Filmes.
DOLORES parte de um roteiro deixado pelo cineasta Chico Teixeira, falecido em 2019, que tinha no longa a conclusão de sua Trilogia dos Afetos, também, composta por A Casa de Alice (2007) e Ausência (2014). O filme teve o apoio da Spcine e do programa de internacionalização Brasil no Mundo, do projeto Paradiso.
Dolores, interpretada por Carla Ribas (protagonista de A Casa de Alice), é uma mulher que acaba de completar 65 anos e teve um sonho premonitório: abrir um cassino. O problema é que ela já foi viciada em jogos e tem uma relação tensa com a única filha, Deborah (Naruna Costa), mas é próxima da neta, Duda (Ariane Aparecida), que trabalha numa loja de armas, e sonha em se mudar para os EUA.
Marcelo e Maria Clara, dois cineastas experientes, uniram forças para materializar essa obra e realizar o sonho de Chico. “Ao longo dos anos construímos uma amizade e uma parceria que nasceu antes de mais nada da vontade de fazer cinema. De falar de pessoas, imaginar sentimentos, inventar outras saídas. Me parece que quando as duas pessoas que estão ali querem muito fazer um filme, o trabalho vira um espaço de criação, de alimento – mesmo nas diferenças -, de aprendizado. Acho que antes de mais nada nós temos muito respeito um pelo outro, pelo nosso trabalho, pelo trabalho do Chico, pelo cinema”, aponta Maria Clara.
Os diretores, que assinam o roteiro final, contam que Chico, para o filme, partiu de uma profunda pesquisa da realidade para a construção das personagens. “Dolores é uma mulher que transborda encantos e contradições, que enfrenta os desafios da velhice e aposta no tudo ou nada. Apesar da dura rotina na periferia de São Paulo, Dolores se recusa a deixar de sonhar com uma vida melhor. Esse é seu ato de rebeldia”, explica Marcelo.
A direção de fotografia é assinada por Joana Luz, cujo trabalho dá o tom do longa no qual a narrativa transita entre o real e o onírico. “São dois mundos sem barreiras no inconsciente de Dolores. A periferia vira palco de vitórias magnânimas e transformações de realidades. As três gerações, no entanto, terão que ajustar seus sonhos para transformarem juntas o mundo. Não há transformação solitária. Para a gente isso era muito importante – a questão da dialética, no filme,” dizem os diretores.
O elenco também é uma homenagem a Chico, trazendo além de Carla, também Gilda Nomacce (como melhor amiga de Dolores) e Matheus Fagundes (como namorado de Duda), ambos protagonistas de Ausência. Maria Clara e Marcelo comentam que o Chico ainda não tinha pensado no elenco. “Ainda estávamos no processo de construção do projeto. Tanto em termos do roteiro quanto em termos de perfil das personagens. As atenções estavam voltadas para isso. Quando o roteiro ficou pronto decidimos pela homenagem. E foi uma decisão muito feliz.”
Uma das questões mais interessantes em DOLORES, é como o filme está diretamente ligado ao nosso presente, tratando de questões como o vício em apostas, a venda de armas de fogo e sonho da imigração para os EUA.
“Queríamos muito também pensar nessa diferença geracional, os imaginários distintos entre de uma mulher de 65, uma de 45 e outra de 20 e poucos. Assim, naturalmente fomos buscar os imaginários de cada época. E, desejando que nossas mulheres fossem singulares, trouxemos aquilo que achamos que daria emoção para elas. Os universos de cada uma, de acordo com o que a própria vida entrega como possibilidade de imaginação”, concluem os diretores.
Sinopse
Às vésperas de completar 65 anos, Dolores tem uma premonição: sua vida vai mudar. Ela será dona de um cassino de sucesso. Mas seu passado de vício em jogo pode jogar contra ela. Deborah, sua única filha, espera a saída do namorado da prisão para começar uma nova vida, enquanto Duda, neta de Dolores, se agarra a uma oportunidade de trabalhar nos Estados Unidos. As três mulheres tentam transformar seus sonhos de uma vida melhor em realidade, apostando tudo ou nada.
DOLORES
Brasil, 2025, 84 min
Direção: Maria Clara Escobar e Marcelo Gomes
Elenco: Carla Ribas, Naruna Costa, Ariane Aparecida, Gilda Nomacce, Zezé Motta
Roteiro Original: Chico Teixeira, Sabina Anzuategui
Roteiro: Maria Clara Escobar, Marcelo Gomes
Produção: Sara Silveira, Eliane Bandeira, Maria Ionescu
Coprodução: GT Produções
Produção Associada: Misti Filmes
Financiamento: BRDE, FSA, Ancine
Apoio: Spcine
Apoio: Projeto Paradiso
Realização: Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal
Direção de Fotografia: Joana Luz
Direção de Arte: Juliana Lobo
Montagem: Isabela Monteiro de Castro Araujo
Música Original: Felipe Botelho
Distribuição no Brasil: California Filmes
Sobre o diretor | MARCELO GOMES
O primeiro longa-metragem de Marcelo Gomes, Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), estreou na seção Un Certain Regard do Festival de Cannes, onde foi premiado com o Prêmio do Ministério da Educação da França. Desde então, seu trabalho tem sido exibido em importantes festivais internacionais, incluindo Veneza, Toronto, San Sebastián e Berlim. Reconhecido por sua narrativa intimista e estilo visual distinto, Gomes explora as paisagens sociais e culturais do Brasil com profundidade e originalidade. Seu último filme, Retrato de um certo Oriente (2024), teve sua estreia mundial na Competição Big Screen do Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR).
Sobre a diretora | MARIA CLARA ESCOBAR
Maria Clara Escobar é diretora, roteirista e poeta. Realizou e escreveu o filme Desterro (2020), que teve sua estreia na Tiger Competition do Festival Internacional de Rotterdam em 2020. Quando entrou na Netflix, o longa foi indicado pelo NY Times como um dos seis filmes a serem vistos. Maria Clara também realizou e escreveu o documentário Os Dias Com Ele (2014), premiado como melhor filme no Doc.Lisboa entre outros; e o híbrido Explode São Paulo, Gil (2025), vencedor do prémio de melhor direção e melhor atuação no Olhar de Cinema, Brasil.
Além dos longas, realizou os curtas: Onde Habito, do Sesc ConVida, Passeio de Família, prêmio Porta Curtas, e Domingo, selecionado para o ciclo de escolas do Festival de San Sebastián; e é roteirista de filmes como Serra das Almas, de Lírio Ferreira (2024), Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu (2020) e Histórias que Só Existem Quando Lembradas (2005), de Julia Murat, entre outros.
Sobre a atriz | CARLA RIBAS
Nascida no Rio de Janeiro, é formada em Desenho Industrial e começou sua carreira de atriz aos 35 anos de idade. Dedicou-se aos estudos da arte dramática fazendo oficinas de ator com Fátima Toledo, Walter Rippel, Eduardo Milewicz, Eduardo Wotzik, Camila Amado, Marcio Libar, Christiane Jatahy, André Paes Leme, Domingos Oliveira, Yoshi Oida, Gerald Thomas, Josie Antello, Moacir Chaves, Juliana Carneiro da Cunha, Cláudia Câmara, Luis Mello, Daniel Herz e Suzana Kruguer, Antunes Filho, Denise Courtouké, Moacyr Góes, Leon Góes, David Herman, José Possi Neto, Paulo Betti, Luis de Lima e Elias Andreato.
A respeito de seu trabalho em A Casa de Alice, Luiz Carlos Merten, crítico de cinema do jornal O Estado de S. Paulo, escreveu: “Em sua estreia no cinema, a atriz de teatro Carla Ribas sobe imediatamente ao pódio das maiores interpretações femininas da história do cinema no País.
Sobre a atriz | NARUNA COSTA
Sua atuação se caracteriza pela valorização poética das periferias paulistanas e da presença negra no cenário cultural. Ao longo de duas décadas, Naruna se firma no mundo artístico brasileiro graças ao impacto político e estético de seus trabalhos em teatro, televisão, cinema e música. Seus trabalhos ilustram a resistência à opressão social e os abismos econômicos do país.
Formada na EAD – Escola de Arte Dramática ECA/USP/2009, Naruna é Co-fundadora do Espaço Clariô Taboão da Serra e do premiado Grupo Clariô de Teatro, referência da militância negra de cultura periférica de SP. Também lidera o grupo de pesquisa de música urbana de raiz popular, Clarianas, e tem três discos gravados. No audiovisual, Naruna esteve em Beleza Fatal (HBO MAX) e na série Irmandade (NETFLIX). Ela foi indicada ao Prêmio Shell de Melhor direção teatral, pelo espetáculo Parto Pavilhão e recebeu o Prêmio Shell pela direção musical do espetáculo Boi Mansinho E a Santa Cruz do Deserto, do Grupo Clariô, em 2025. Se destacou com o Prêmio APCA/2018, na categoria Melhor Direção, pela montagem do espetáculo BURAQUINHOS – ou – O Vento é inimigo do Picuma, de Jonny Sallaberg, se tornando a primeira diretora negra a receber o prêmio, desde sua criação em 1956. Naruna também foi premiada na categoria Melhor Atriz, em 2020 por sua atuação no filme Toro, de Eduardo Felistoque, no VI FBCI Festival Brasileiro de Cinema Itinerante.
Sobre a atriz | ARIANE APARECIDA
Ariane Aparecida é atriz, dançarina e aerelista, formada pela cena teatral paulistana e graduanda em Arte-Teatro pela UNESP. Iniciou no teatro aos 12 anos, na Fábrica de Cultura da Brasilândia, e integrou companhias como a Cia. Satyros e a ColetivA Ocupação, com a qual se apresentou em festivais no Brasil, Portugal, França e Reino Unido. No audiovisual, protagonizou o clipe Baila Conmigo, de Selena Gomez, e integrou elencos de filmes como Baby (Marcelo Caetano), e Aqueles Dias (Hélio Goldsztejn), exibidos em festivais como a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e o Festival do Rio, além de Dolores (Marcelo Gomes e Maria Clara Escobar).
Sobre a atriz | GILDA NOMACCE
Gilda Nomacce está no teatro, cinema, streaming, moda, artes plásticas e ópera.
Considera sua maior formação os oito anos de pesquisa no CPT, trabalhando com o diretor Antunes Filho.
Destaca também a residência artística em Watermill Center, instituto do diretor Bob Wilson. No seu IMDB são 108 títulos. Está em filmes, como Trabalhar Cansa, Ausência, Quando Eu Era Vivo, Casa de Antiguidades, Três Tigres Tristes, Humores Artificiais, entre outros que foram exibidos e premiados nos festivais de Cannes, Berlim, Brasília, Tiradentes, São Paulo, Rio de Janeiro, entre outros. Em outubro, estará novamente nas telas dos cinemas com a estreia do longa Enterre seus Mortos, do diretor Marco Dutra. No streaming, está em obras como Cidade Invisível, da Netflix, em Desejos S.A. e Tarã da Disney, além de muitas outras.
Narradora na Ópera O olhar de Judith (double bill) dirigida pelo Belga Wolter Van Looy, no Theatro Municipal, que ganhou prêmio APCA este ano. Foi seu segundo trabalho em Ópera após ter atuado em Os sete pecados capitais, dirigida por Alexande Dal Farra, no Theatro São Pedro.
Sobre a produtora | DEZENOVE SOM E IMAGENS
A Dezenove Som e Imagens foi fundada pelo cineasta Carlos Reichenbach e a produtora Sara Silveira em 1991. Em parceria com a produtora Maria Ionescu, tem o objetivo de produzir curtas e longas-metragens independentes para o mercado nacional e internacional. Desde então, a empresa tem produzido alguns dos mais memoráveis filmes brasileiros. Tanto como produtora ou coprodutora, com parceiros brasileiros ou estrangeiros, a Dezenove tem constantemente apresentado seus filmes ao redor do mundo, em festivais de cinema internacionais por mais de trinta anos.
Sobre a distribuidora | CALIFORNIA FILMES
A California Filmes é uma empresa independente de distribuição de filmes que atua nos mercados de cinema, vídeo on demand e televisão. No mercado desde 1991, a Califórnia Filmes tem como principal objetivo distribuir filmes com qualidade e força comercial. O diversificado catálogo da California Filmes é o reflexo de uma busca incessante por novidades nacionais e estrangeiras. Sempre presente em festivais internacionais, como Cannes e Berlim, a distribuidora reafirma sua proposta de trazer às telas brasileiras títulos de caráter reflexivo, produções de vanguarda e sucessos premiados, que têm garantido uma excelente receptividade do público e o reconhecimento da crítica, posicionando-se hoje como uma das empresas mais importantes do mercado.
Fonte: TROMBONE COMUNICA
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Cultura
Vozes Decoloniais: Parceria franco-brasileira inverte o fluxo de conhecimento e aposta em novas narrativas do Sul Global
Publicado
16 horas atrásem
06/12/2025
Em celebração aos 200 anos das relações diplomáticas, a iniciativa Vozes Decoloniais une as escolas francesas Kourtrajmé e o Projeto Paradiso em um laboratório inédito de desenvolvimento de séries. O projeto, que acontece em Salvador (BA) e reúne cineastas do Brasil, França, Caribe e Senegal, busca formar uma cinematografia do futuro forjada por vozes diversas e sub-representadas. O intercâmbio demonstra que o Brasil é hoje uma fonte de inspiração, exportando perspectivas únicas sobre representatividade e estética do cinema negro
A celebração dos 200 anos das relações diplomáticas entre Brasil e França marca a consolidação de uma parceria inovadora no audiovisual: a iniciativa Vozes Decoloniais, um laboratório de desenvolvimento de narrativas seriadas criado pelas Escolas Kourtrajmé (fundadas pelo cineasta Ladj Ly) e pelo Projeto Paradiso.
Inversão do Fluxo e Diálogo Transatlântico 🔄
O encontro entre as instituições, iniciado em 2022, reafirmou a convicção de que o cinema do futuro será moldado por vozes de origens diversas.
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Brasil como Inspirador: O diálogo demonstrou que o fluxo de conhecimento não se limita mais ao eixo Norte-Sul Global. Hoje, o Brasil está em posição de destaque, exportando perspectivas únicas sobre representatividade, estética e narrativa audiovisual.
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Masterclasses: A primeira fase da oficina contou com masterclasses de profissionais brasileiros como Adirley Queirós, Lílis Soares e Luciana Bezerra, abordando temas cruciais como a estética do cinema negro, a fotografia da pele negra e estratégias de criação coletiva.
Laboratório Criativo na Bahia 🎬
A segunda e mais prática etapa da iniciativa ocorre em Salvador, Bahia, a partir de 5 de dezembro. O estado foi escolhido por seu forte simbolismo como polo cultural negro e por sintetizar o diálogo transatlântico que o projeto busca.
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Protótipo de Série: Oito profissionais — quatro brasileiros e quatro ex-alunos Kourtrajmé (vindos da França, Caribe e Senegal) — desenvolverão, de forma colaborativa, o protótipo de uma série original (proof of concept) a ser apresentada ao mercado internacional.
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Cinematografia Polissêmica: A criação visa refletir as realidades sociais e ambientais diversas de seus autores, mobilizando histórias capazes de dialogar com audiências igualmente plurais.
Compromisso com a Diversidade e Formação 🎓
Tanto o Projeto Paradiso quanto as Escolas Kourtrajmé são exemplos de compromisso com a diversidade e a formação de talentos fora dos grandes centros:
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Rede Paradiso: O núcleo brasileiro é composto por profissionais de todas as regiões e tem 40% de profissionais não-brancos, priorizando dimensões regionais, raciais e de gênero.
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Escolas Kourtrajmé: Criadas na periferia de Paris, as escolas são gratuitas, profissionalizantes e enraizadas no território, visando transformar a sub-representação no audiovisual em equipes artísticas e técnicas.
O encontro entre os talentos sub-representados do Sul Global e da França aponta para uma cinematografia do futuro moldada por policentrismos, onde as estéticas emergem do cruzamento de sensibilidades culturais diversas.
Com informações: Diplomatique
Brasil
Bumba Meu Boi: Espetáculo Auto do Guriatã Homenageia Mestre Humberto de Maracanã
Publicado
2 dias atrásem
05/12/2025
🎭 Musical contemporâneo celebra a obra do maranhense Humberto de Maracanã em São Paulo. O Auto do Guriatã apresenta a narrativa do Bumba Meu Boi com acessibilidade e oficinas gratuitas, promovendo um diálogo entre a rica tradição do Maranhão e a cena cultural paulistana.
Cultura Popular Maranhense Ganha Palco em São Paulo
Entre os dias 3 e 6 de dezembro, a cidade de São Paulo sediou o Auto do Guriatã, um espetáculo musical contemporâneo que revisita e enaltece a tradição do Bumba Meu Boi. A montagem, realizada pelo Núcleo Maracá, é uma ópera popular que tem como fio condutor o repertório e a genialidade de Humberto de Maracanã, um dos nomes mais emblemáticos da cultura popular brasileira. A circulação do projeto na capital paulista incluiu apresentações abertas ao público e uma série de oficinas gratuitas.
As atividades foram projetadas para democratizar o acesso, incluindo recursos de acessibilidade como Língua Brasileira de Sinais (Libras) e audiodescrição nas apresentações. Além da capital, o projeto estendeu sua programação ao interior paulista, com uma sessão especial no Festival Curau, na cidade de Piracicaba.
A Narrativa Simbólica e o Repertório do Mestre
O espetáculo Auto do Guriatã se estrutura em torno da narrativa central do Bumba Meu Boi: o ciclo que envolve o roubo, a morte e a ressurreição do animal. A história é protagonizada por Pai Francisco, que tenta satisfazer o desejo de sua esposa grávida, Catirina, culminando na perda e posterior cura do Boi.
Essa trama ancestral ganha uma roupagem operística e contemporânea através das toadas compostas por Mestre Humberto de Maracanã. O repertório, que retrata simbolicamente o ciclo da vida e da arte, faz parte do álbum homônimo, Auto do Guriatã, produzido por André Magalhães e com lançamento programado nas plataformas digitais.
Diálogo entre Tradição e Modernidade no Palco
A montagem do Núcleo Maracá é marcada pela reunião de figuras respeitadas da cultura popular e artistas da cena contemporânea. O elenco e a equipe contam com nomes como Tião Carvalho, Graça Reis, Ana Maria Carvalho e Sapopemba, que interagem com músicos modernos como Renata Amaral, que também assina a idealização e direção geral do projeto, e outros colaboradores como Lincoln Antonio, Ariel Coelho e Aline Fernandes.
Renata Amaral, diretora da obra, destacou que as toadas do mestre maranhense possuem uma estrutura que se assemelha a uma opereta, justificando a escolha por uma montagem teatral para “honrar sua memória e genialidade”.
Um dos pontos de ruptura na tradição propostos pelo espetáculo é a escalação da Mestra Graça Reis para o papel do Amo, personagem central do Bumba Meu Boi que, historicamente, é interpretado por homens. Segundo Renata Amaral, essa decisão busca evidenciar “um lugar de potência” para as mulheres dentro do folclore e “atualizar o discurso sobre relações de poder dentro da nossa tradição popular”.
O Legado de Humberto de Maracanã
A escolha do repertório se deve ao impacto duradouro da obra de Mestre Humberto de Maracanã. Suas toadas foram gravadas e interpretadas por artistas de reconhecimento nacional, como Maria Bethânia, Alcione e Zeca Baleiro. A comunidade do Boi de Maracanã, que reúne mais de mil integrantes, contribuiu ativamente para o projeto, participando das oficinas e oferecendo um contato direto com os cantos, toques e danças que compõem essa manifestação cultural centenária.
Nascido em São Luís, no Maranhão, em 1939, Humberto foi consolidado como mestre do Boi de Maracanã aos 34 anos, tornando-se uma das maiores referências do gênero. Sua composição “Maranhão, Meu Tesouro, Meu Torrão” é amplamente reconhecida como um hino do São João maranhense. Seu trabalho e sua contribuição foram celebrados com prêmios de relevância nacional, incluindo o Prêmio Culturas Populares do Ministério da Cultura (MinC) e o 23º Prêmio da Música Brasileira.
As diversas oficinas de Bumba Meu Boi realizadas em espaços culturais como o Instituto de Artes da Unesp, a Casa Mestre Ananias, a EMEF Desembargador Amorim Lima e a Vila Itororó, tiveram como objetivo aproximar o público paulistano da riqueza e da complexidade do Bumba Meu Boi maranhense, promovendo o intercâmbio cultural e a preservação dessa manifestação tradicional.
Cim informações da: Revista Fórum
Cultura
Apresentador “Ordinario.com” volta com tudo em megaevento com Amado Batista
Publicado
2 dias atrásem
04/12/2025
Ao lado de Senna Produções, do DJ Dudu e de grandes nomes da música nacional, o carismático locutor comanda evento histórico na Fábrica 040 no dia 06 de dezembro, em Santa Maria-DF
Santa Maria e entorno se preparam para uma noite inesquecível. No próximo sábado, 06 de dezembro de 2025, a Fábrica 040 – Polo JK, em Santa Maria, será palco de um dos maiores eventos sertanejos do ano. E à frente de tudo isso está um nome que ecoa com força nas rádios, nos stories e, principalmente, nos corações dos moradores da região: Ordinario.com.
Filho legítimo de Santa Maria, bairro que respira cultura, Ordinario.com não é apenas um locutor ou apresentador, ele é voz, memória e representação viva da alma local. Conhece cada esquina, cada história e, sobretudo, entende como poucos o que o povo de Santa Maria e entorno quer: festa com raiz, com respeito e com brilho.
E é justamente essa conexão profunda com a cultura local que faz do seu retorno ao grande palco um marco. Ele está de volta em grande estilo, unindo forças com a Senna Produções, reconhecida como uma das maiores promotoras de eventos da Região, e com o DJ Dudu, aclamado como um dos maiores DJ desta geração.
O evento contará com um line-up estelar, pensado para agradar todos os gostos do universo sertanejo e beyond. Além do próprio Ordinario.com comandando a festa com seu carisma e energia contagiante, o público poderá curtir os shows de Fred & Rodrigo, Pedro Paulo & Matheus e o lendário Amado Batista, o “cantor das multidões”, cuja voz carrega décadas de história da música popular brasileira.
A pista também será dominada por grandes nomes, além de DJ Dudu, estarão presentes DJ René Ricohet e Locutor Marcão Alencar, com sua voz marcante. Para fechar com chave de ouro, o palco receberá ainda Lukas & Gustavo, Paulo Lima e Jean Almeida.
Mas mais do que um simples festa, este é um evento que a cidade e a região merecem, e ninguém melhor do que Ordinario.com para conduzir essa celebração. Ele não apenas apresenta; ele traduz, conecta e emociona.
“A gente tá fazendo isso com o coração. Santa Maria merece brilhar. E no dia 06, a Fábrica 040 vai virar o centro do Brasil”, afirmou Ordinario.com em entrevista exclusiva.
Com uma estrutura impecável, segurança reforçada, praça de alimentação variada e cenografia imersiva, o evento promete ser o ponto alto da temporada de festas de fim de ano na capital federal.
Ordinario.com está de volta. E dessa vez, ele não veio sozinho — trouxe a festa inteira com ele.
Serviço:
Evento: 50 Anos de Carreira do Mais Amado do Brasil
Data: 06 de dezembro de 2025 (sábado)
Local: Fábrica 040 – Polo JK, Santa Maria, Brasília/DF
Atrações: Ordinario.com, DJ Dudu, Fred & Rodrigo, Pedro Paulo & Matheus, Amado Batista, DJ René Ricohet, Lukas & Gustavo, Paulo Lima, Jean Almeida, Locutor Marcão Alencar
Realização: Senna Produções
Biblioteca Cyro dos Anjos do TCDF terá horário especial durante o recesso
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