Conecte-se conosco

Comportamento

Zettelkasten de Niklas Luhmann orienta a organização de ideias

Publicado

em

O método Zettelkasten, criado por Niklas Luhmann, é uma técnica de organização de ideias que transforma notas soltas em uma rede coerente. Saiba como esta disciplina do pensamento impulsiona a criatividade

Diante do excesso de informações da era moderna, o método Zettelkasten (literalmente, “caixa de fichas”) emerge como uma solução para transformar anotações dispersas em conhecimento útil. Desenvolvido pelo sociólogo alemão Niklas Luhmann no século XX, o sistema vai além do simples armazenamento, propondo a organização de ideias através de conexões. Luhmann utilizava fichas numeradas e interligadas por referências cruzadas, criando um “cérebro externo” que o auxiliou a produzir mais de 70 livros e centenas de artigos.

O segredo do Zettelkasten reside em transformar a anotação em um ato de pensar, e não apenas de lembrar. O método é sustentado por três princípios básicos: Notas atômicas, onde cada ideia deve ser registrada de forma independente e concisa; Conexões explícitas, que exige o relacionamento de cada nova nota com as ideias já existentes; e a formação de uma Rede orgânica, onde a expansão das conexões gera insights inesperados e fortalece a cumplicidade entre os temas.

O método de organização de ideias pode ser implementado tanto em fichas de papel quanto em ferramentas digitais (como Obsidian, Notion ou Roam Research). Sua relevância reside em sua filosofia: o conhecimento não é gerado por ideias isoladas, mas pela qualidade das relações estabelecidas entre elas. É uma disciplina do pensamento que exige constância e paciência, visando transformar a dispersão de dados em clareza e criatividade prática.


Com informações:Revista Fórum

Continue lendo
Anúncio

Clique para comentar

Deixa uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comportamento

Distanciamento emocional é o principal fator de divórcio, segundo especialista em direito de família

Publicado

em

Por

O advogado norte-americano James Sexton, com 25 anos de experiência em casos de divórcio, afirma que o principal motivo para a separação dos casais não é a traição ou o dinheiro, mas sim o distanciamento emocional. O desgaste se instala de forma gradual, quando os pequenos gestos de intimidade e valorização desaparecem, e a relação cede à frustração de expectativas não ditas no matrimônio (o dia a dia), apesar do planejamento dedicado ao casamento (a cerimônia)

O advogado norte-americano James Sexton, especialista em direito de família e divórcios há 25 anos, identificou padrões recorrentes que levam ao rompimento dos casamentos. Em entrevista ao podcast On Purpose, ele destacou que a principal causa de separação é o distanciamento emocional, e não eventos súbitos como a traição.

O Desgaste Silencioso do Distanciamento 💔

Sexton explica que a ruptura é resultado de um desgaste gradual, no qual um dos parceiros deixa de se sentir visto e valorizado.

  • Pequenos Gestos: Ele argumenta que a sobrevivência do relacionamento depende mais de pequenos gestos diários (como uma mensagem carinhosa ou lembrar da comida preferida) do que de grandes declarações ou datas comemorativas. O desaparecimento desses detalhes é um sintoma do afastamento.

  • Casamento vs. Matrimônio: O advogado chama a atenção para o desequilíbrio entre o planejamento dedicado ao casamento (a festa) e a falta de seriedade dada ao matrimônio (o dia a dia compartilhado). Expectativas, limites e rotina raramente são discutidos com seriedade, criando um terreno fértil para frustrações.

Fases Críticas e Fatores Pessoais

Sexton também aponta outros fatores que moldam e pressionam o relacionamento:

  • Legado Familiar: Os padrões familiares trazidos da infância influenciam a maneira como os relacionamentos adultos são construídos, embora o indivíduo tenha o poder de lidar com essas questões pessoais.

  • Chegada dos Filhos: A fase após o nascimento dos filhos é uma das mais delicadas, pois a rotina e a atenção se voltam para as crianças, pressionando o vínculo conjugal. O especialista ressalta que o maior impacto nas crianças não é o divórcio em si, mas o ambiente de tensão entre os pais.

Para o advogado, relacionamentos fortes exigem honestidade, abertura emocional e um trabalho contínuo de atenção e cuidado mútuos.


Com informações: Infobae, Revista Fórum

 

Anúncio

Continue lendo

Comportamento

Glossolalia: o significado do “falar em línguas” na experiência pentecostal e suas diferenças para a xenolalia

Publicado

em

Por

A glossolalia, popularmente conhecida como “falar em línguas” no cristianismo carismático e pentecostal, consiste na emissão de sons e sílabas sem correspondência com idiomas conhecidos, representando uma conexão direta com o divino. O fenômeno difere da xenolalia (o dom de falar uma língua estrangeira real desconhecida) e é estudado pela antropologia, que o vê como uma linguagem imaginária de forte valor sonoro e emocional que reforça a identidade e o êxtase comunitário dos fiéis

O termo glossolalia refere-se ao fenômeno que se manifesta na experiência religiosa, especialmente em cultos pentecostais e comunidades cristãs carismáticas, onde o fiel emite sons, sílabas e frases de forma irreconhecível como idioma humano. O evento ganhou visibilidade no cenário político, como o caso da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ao comemorar uma aprovação no Senado, o que foi interpretado por líderes religiosos como um momento de comunicação direta com Deus.

Glossolalia versus Xenolalia

Embora o relato bíblico mais lembrado seja o Pentecostes (Atos 2), a interpretação teológica diverge sobre o que de fato ocorreu:

  • Glossolalia: É a emissão de sons, sílabas e frases sem correspondência com idiomas conhecidos. Para a fé, é uma conexão direta com o divino; para a academia, é um tipo de discurso automático que surge em estados emocionais intensos ou alterados.

  • Xenolalia: Refere-se à suposta capacidade de falar uma língua estrangeira verdadeira sem nunca tê-la estudado. Teólogos como Ben Witherington III argumentam que o evento de Atos 2 foi xenolalia, pois a multidão presente “os ouvia falar em sua própria língua” (At 2:6). A xenolalia é considerada rara e controversa.

Na prática, a glossolalia funciona como um elemento ritual que marca o êxtase coletivo e reforça a identidade comunitária dos fiéis.

O Olhar Acadêmico e Psicológico

A pesquisa antropológica e linguística busca entender o papel social e afetivo do fenômeno:

  • Antropologia e Linguística: A dissertação “Glossolália: O Sentido da Desordem” (1989), de Selma Baptista (Unicamp), define o fenômeno como uma linguagem imaginária cujo valor não está em transmitir informações (função comunicacional), mas sim na força sonora e na produção de uma experiência espiritual e emocional partilhada. Segundo a autora, a glossolalia rompe com a lógica da linguagem cotidiana e funciona como uma manifestação audível da presença do Espírito Santo.

  • Psicologia: A prática é interpretada como um fenômeno vinculado à emoção e a estados alterados de consciência, onde o ambiente ritual favorece a desinibição vocal. Pesquisas, como as do psiquiatra John Kildahl, indicam que os praticantes relatam alívio psicológico, sensação de presença divina e fortalecimento emocional após o ato.

O fenômeno, portanto, é menos um mistério linguístico e mais uma prática cultural que articula fé, emoção e pertencimento.


Com informações: Revista Fórum, Biblical Archaeology Society, Unicamp e estudos de Selma Baptista

Anúncio

 

Continue lendo

Comportamento

Bruxismo não é doença: novo consenso internacional da odontologia redefine o tema como comportamento motor

Publicado

em

Por

A atualização do Consenso Internacional sobre Bruxismo, publicada no Journal of Oral Rehabilitation, reforça que o bruxismo é um comportamento motor e não uma doença. O novo relatório orienta cirurgiões-dentistas a adotarem uma avaliação multidimensional e tratamento multiprofissional e individualizado, focando na minimização dos danos (como Disfunção Temporomandibular) e considerando o contexto biopsicossocial do paciente.

O bruxismo, definido há mais de uma década como um comportamento motor, recebeu uma nova e importante atualização no seu consenso internacional em 2025. O estudo, publicado no influente Journal of Oral Rehabilitation, é baseado no artigo de F. Lobbezoo e outros autores e visa aprofundar a compreensão, redefinir a nomenclatura e padronizar a avaliação da condição.

O Sistema Conselhos de Odontologia (CFO e CROs) destaca a relevância do consenso para a classe odontológica.

“O primeiro ponto a ser desmistificado é que o bruxismo não é uma doença; bruxismo é um comportamento motor, um hábito. Bruxismo não é só ranger ou apertar os dentes”, pontua Daniela Favalli Jaccomo, cirurgiã-dentista e presidente do CRO-RR.

Principais atualizações e definições

O bruxismo é classificado como qualquer atividade repetitiva dos músculos da mastigação, que envolva apertar e ranger os dentes ou mover a mandíbula sem contato dentário.

Elemento Nova Definição / Mudança
Definição Passa a ser chamado de comportamento motor.
Contexto Continua separado entre bruxismo do sono e de vigília. Pode ser um fator de risco, de proteção ou neutro (não causando danos).
Terminologia Termos como “em indivíduos saudáveis” foram removidos. Foram incluídas as terminologias “repetitivo” e “sustentado”.
Avaliação Adota-se uma avaliação multidimensional, que combina relato do paciente, exame clínico e uso de dispositivos.
Diagnóstico Baseado em questionários, entrevistas, exames para identificar desgaste dentário e uso de equipamentos como polissonografia e eletromiografia (EMG).

A especialista Daniela Favalli reforça que, embora não seja uma doença, o bruxismo é um fator de risco para Disfunção Temporomandibular (DTM), danos dentários e dores musculares.

Tratamento e a abordagem individualizada

A nova orientação para as ações paliativas foca na avaliação das consequências negativas do bruxismo, observando o contexto biopsicossocial do paciente. O objetivo não é necessariamente impedir o hábito, mas minimizar os danos.

O tratamento deve ser individualizado e multiprofissional. Ele pode incluir:

Anúncio

  • Uso de placa noturna.

  • Prática de atividade física.

  • Terapia cognitivo-comportamental para reduzir o hábito.

  • Ajuste do tratamento medicamentoso junto ao médico (alguns medicamentos podem agravar o quadro).

O Sistema Conselhos de Odontologia ressalta a importância das consultas regulares com o cirurgião-dentista, o profissional capacitado para diagnosticar e definir um plano de controle que devolva a qualidade de vida ao paciente.


Com informações: Conselho Federal de Odontologia (CFO) e CRO-RR

Continue lendo
Anúncio


Em alta

Copyright © 2021-2025 | Fato Novo - Seu portal de notícias e informações reais e imparciais.

Verified by MonsterInsights