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Câmara dos Deputados: Comissão Rejeita Tramitação de Tratado Internacional que Proíbe Armas Nucleares

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A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados rejeitou, na última quarta-feira (10), a tramitação do Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPAN), assinado pelo Brasil em 2017. A decisão, baseada em argumentos sobre autonomia de defesa e eficácia do acordo, interrompe o avanço do documento no Congresso Nacional.


Rejeição na CREDN e Rota Processual do TPAN

O Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPAN), firmado pelo Brasil em 2017 e em vigor internacionalmente desde 2021, teve sua tramitação rejeitada na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados. A decisão ocorreu por meio de uma votação simbólica, sem debate entre os parlamentares presentes.

O parecer contrário à ratificação do tratado foi apresentado pelo deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP). O parlamentar argumentou que:

  • O Brasil não deveria abrir mão de sua autonomia em matéria de defesa.

  • A efetividade do tratado é questionável, sendo remota a possibilidade de o acordo alcançar a eliminação global das armas nucleares.

Com a aprovação do parecer contrário, a comissão decidiu pela rejeição da mensagem presidencial que comunicava a assinatura do tratado.

Contexto do Tratado e Papel do Brasil

O Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPAN) é um acordo internacional que visa a eliminação total das armas nucleares. O Brasil teve um papel ativo em sua elaboração e foi o primeiro país a assinar o documento em Nova York, sob o então presidente Michel Temer.

Atualmente, o tratado conta com 95 países signatários, todos eles não detentores de armamento nuclear. Entre os países que já ratificaram o texto estão nações da América Latina (como México, Chile, Bolívia e Uruguai) e da Europa (como Irlanda e Áustria).

O TPAN se diferencia do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), de 1968. Enquanto o TNP reconhece a posse de armas nucleares apenas às cinco potências que já as detinham à época (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido), o TPAN propõe a proibição integral desse tipo de armamento a todas as nações.

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Próximos Passos no Congresso

Apesar da rejeição na CREDN, a decisão na comissão não representa o arquivamento definitivo do acordo no Congresso Nacional. O Tratado ainda deve ser submetido a novas análises em outras comissões, incluindo a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, deverá ser votado no plenário da Câmara, onde poderá ter sua tramitação retomada ou ser definitivamente arquivado.


Com Informações de: Fonte: Revista Fórum

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Brasil

Governo Mantém ID Jovem para Transporte Interestadual Gratuito, Mas Uso Ainda é Baixo

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A Identidade Jovem (ID Jovem) é um benefício federal que garante a milhões de jovens de baixa renda acesso a passagens gratuitas ou com 50% de desconto no transporte interestadual. O programa, destinado a inscritos no Cadastro Único com renda de até dois salários mínimos, conta com mais de 1,5 milhão de carteiras ativas, mas seu uso efetivo em viagens permanece subutilizado.


O Programa ID Jovem e Seus Benefícios

O governo federal administra o programa Identidade Jovem (ID Jovem), um instrumento criado pelo Decreto nº 8.537/2015 para garantir o acesso de jovens de baixa renda a direitos previstos no Estatuto da Juventude (Lei nº 12.852/2013), principalmente nas áreas de cultura, educação e mobilidade.

O programa é voltado para pessoas entre 15 e 29 anos que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), com renda familiar mensal de até dois salários mínimos. Não é um requisito obrigatório que o jovem esteja matriculado em alguma instituição de ensino para a utilização do ID Jovem.

O documento digital confere dois tipos principais de benefícios:

  1. Transporte Interestadual: Acesso a duas passagens gratuitas por veículo e, após o esgotamento destas, a duas passagens com 50% de desconto em ônibus, trens ou embarcações interestaduais.

  2. Cultura e Esporte: Garante meia-entrada em cinemas, teatros, shows, eventos culturais e esportivos.

  3. Educação: Oferece isenção da taxa de emissão da Carteira de Identificação Estudantil.

Como Funciona a Utilização no Transporte

Para usufruir do benefício no transporte interestadual, o jovem deve apresentar a ID Jovem válida (sempre na sua versão atualizada, gerada automaticamente pelo sistema) e um documento oficial com foto no momento da compra da passagem.

As empresas de transporte são legalmente obrigadas a reservar um total de quatro vagas em cada veículo:

  • Duas vagas destinadas à gratuidade total.

  • Duas vagas destinadas ao desconto de 50%.

Caso as vagas gratuitas já estejam preenchidas, o usuário ainda tem direito à tarifa reduzida (50% de desconto) nas vagas subsequentes.

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Emissão e Atualização do Documento

Segundo dados oficiais do programa, há mais de 1,5 milhão de carteiras ID Jovem ativas em todo o país, mas o nível de utilização do benefício de mobilidade ainda é considerado baixo.

Para emitir o documento, o jovem deve:

  • Possuir CPF próprio.

  • Estar com o Cadastro Único atualizado nos últimos dois anos.

As informações e a emissão podem ser feitas por meio do aplicativo oficial ID Jovem (disponível para Android e iOS) ou diretamente no site do programa, que é administrado pela Secretaria Nacional da Juventude.

Caso o Cadastro Único precise de atualização, o procedimento deve ser realizado de forma presencial em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município de residência do jovem.


Com Informações de: Fonte: Revista Fórum

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Brasil

Governo federal simplifica renovação da CNH e elimina exames para motoristas sem infrações

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O governo federal oficializou uma Medida Provisória que altera as regras de renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil, beneficiando motoristas sem histórico de infrações. A principal mudança é a renovação automática da habilitação, eliminando a exigência de exames médicos a cada ciclo para condutores que não acumularam pontos. Os exames só serão obrigatórios quando houver mudança de faixa etária

Redução de Custos e Benefícios ao “Bom Condutor” 💰

As alterações fazem parte de um pacote do Ministério dos Transportes que visa reduzir a burocracia e os custos para os motoristas.

  • Redução de Custos: A estimativa do Ministério é que o custo para tirar a primeira CNH caia de mais de R$ 3 mil para cerca de R$ 700,00.

  • Exames Médicos: O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou uma redução de 40% no valor dos exames médicos e psicológicos realizados pelos Detrans.

Novas Regras de Renovação por Faixa Etária 🚦

As novas regras preveem que a avaliação médica periódica só será exigida em etapas específicas da vida do condutor, desde que ele não tenha multas:

  • Um motorista que tirou a CNH aos 20 anos e se mantiver sem multas só precisará de nova avaliação médica ao completar 50 anos.

  • Após os 50, a avaliação volta a ser obrigatória aos 60 anos e, em seguida, em avaliações anuais a partir dos 70 anos.

Outras Mudanças de Burocracia

  • Prazo de Processo: O prazo rígido de um ano para concluir o processo de primeira habilitação foi extinto; quem exceder o tempo não precisará mais pagar novas taxas.

  • CNH Digital: O motorista poderá optar por possuir apenas a CNH digital. Quem desejar a versão física pagará valores adicionais.


Com informações: Revista Fórum

 

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EUA retiram Alexandre de Moraes e familiares da lista da Lei Magnitsky após pressão diplomática

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Washington / Brasília — O governo dos Estados Unidos decidiu retirar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, bem como membros de sua família, da lista de sanções da Lei Global Magnitsky, encerrando um episódio que provocou forte repercussão política, jurídica e diplomática entre Brasil e Estados Unidos.

A decisão, formalizada pelo Office of Foreign Assets Control (OFAC), do Departamento do Tesouro norte-americano, representa a revogação de restrições que incluíam congelamento de ativos, limitações financeiras e possíveis restrições de visto, aplicadas anteriormente sob alegações de violações de direitos humanos.

 Análise jurídica internacional

Ouvida pelo Fato Novo, a advogada Bell Ivanesciuc, especialista em Direito Internacional, Governança, Compliance e Sanções Econômicas, explicou que a retirada do nome de Moraes da lista Magnitsky possui forte significado jurídico e diplomático.

“A Lei Magnitsky é um instrumento extremamente sensível do direito internacional contemporâneo. Quando um nome é incluído, há um juízo político-jurídico de violação grave de direitos humanos. Quando esse nome é retirado, o recado é igualmente claro: houve reavaliação dos fundamentos, do contexto ou da conveniência diplomática”, afirmou Ivanesciuc.

Segundo a jurista, a revogação não significa, necessariamente, um julgamento de mérito favorável ou desfavorável ao ministro brasileiro, mas reflete uma mudança de postura estratégica do governo americano, especialmente em cenários de rearranjo geopolítico.

“Sanções internacionais não são apenas jurídicas, são instrumentos de política externa. A retirada indica que os Estados Unidos optaram por reduzir tensões institucionais com o Brasil e preservar canais de cooperação”, acrescentou.

Contexto das sanções

Alexandre de Moraes havia sido incluído na lista da Lei Magnitsky sob acusações relacionadas a supostos abusos de poder e restrições a direitos fundamentais no âmbito de investigações judiciais de grande repercussão política no Brasil. Posteriormente, familiares e entidades vinculadas ao seu entorno também passaram a figurar entre os sancionados.

A medida gerou reação imediata do governo brasileiro, que classificou a sanção como ingerência externa na soberania nacional e na independência do Poder Judiciário.

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Recuo estratégico e impacto bilateral

Para Bell Ivanesciuc, a decisão americana deve ser interpretada dentro de um contexto mais amplo de recomposição diplomática.

“O uso da Magnitsky contra autoridades judiciais de países democráticos é sempre controverso. Ao recuar, os EUA sinalizam preocupação com os efeitos colaterais institucionais e com a estabilidade das relações bilaterais”, analisou.

A advogada também destaca que o episódio serve de alerta para autoridades públicas e privadas:

“Casos como esse mostram que decisões internas podem ter repercussões internacionais diretas. O compliance institucional, a governança e o respeito a tratados internacionais nunca foram tão relevantes”, concluiu.

O que é a Lei Magnitsky, explica Dra Bell Ivanesciuc

A Lei Global Magnitsky autoriza os Estados Unidos a impor sanções a indivíduos estrangeiros acusados de corrupção grave ou violações sistemáticas de direitos humanos. As penalidades incluem bloqueio de bens, restrições financeiras e proibição de entrada em território americano.


Por Bell Ivanesciuc

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