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Saúde

AVC: Saiba reconhecer os sinais e por que cada minuto conta

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Neurologista do Hospital Orizonti detalha o mnemônico SAMU para identificação rápida de um Acidente Vascular Cerebral e alerta: “Tempo é cérebro”

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das doenças cardiovasculares mais devastadoras, sendo a segunda maior causa de morte no Brasil e uma das principais causas de incapacidade no mundo. Segundo a neurologista Paolla Magalhães, do Hospital Orizonti, no Brasil um novo caso de AVC ocorre a cada seis minutos.

Diante da urgência, a rapidez no atendimento é fundamental para mudar o desfecho do paciente. A médica ressalta que “Tempo é cérebro”: quanto mais rápido o tratamento for iniciado, maior é a chance de recuperação funcional.

Reconhecendo os Sinais: O Mnemônico SAMU

Para facilitar o reconhecimento dos sintomas, a especialista recomenda o mnemônico SAMU:

Letra Sinal Ação
S Sorria Peça para a pessoa sorrir. Observe se um lado do rosto está torto ou sem movimento.
A Abrace Peça para a pessoa levantar os dois braços. Verifique se um dos braços cai ou se a pessoa não consegue levantá-lo.
M Música Peça para a pessoa cantar um trecho ou falar uma frase simples. Observe se a fala está embolada ou confusa.
U Urgência Ao identificar um ou mais sinais, ligue imediatamente para o SAMU (192) ou leve a pessoa ao pronto atendimento.

A neurologista faz um alerta crucial: nunca se deve dar medicação em casa. Medicamentos que afinam o sangue (como ácido acetilsalicílico) podem ser fatais em casos de AVC hemorrágico (causado por sangramento), que não pode ser diferenciado do AVC isquêmico (causado por entupimento de vasos) apenas pelos sintomas.

Prevenção é a Chave

A médica Paolla Magalhães enfatiza que $90\%$ dos AVCs poderiam ser evitados com a adoção de um estilo de vida saudável. As principais formas de prevenção incluem:

  • Controle Rigoroso: Manter a pressão arterial e a glicose controladas.

  • Atividade Física: Praticar no mínimo $150\text{ minutos}$ de atividade física por semana.

  • Alimentação: Adotar uma alimentação balanceada.

  • Sono: Garantir uma boa qualidade do sono, entre $7\text{ e }9\text{ horas}$ por noite.

  • Tabagismo: Evitar o uso do tabaco.

Embora o principal grupo de risco sejam idosos com comorbidades (hipertensão, diabetes e colesterol alto), a especialista alerta para o aumento de casos também na população mais jovem.

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Com informações: Hospital Orizonti

Comportamento

Psicóloga explica como o ideal social de um dezembro perfeito intensifica ansiedade, luto e frustrações

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A psicóloga e psicanalista Camila Grasseli aborda o fenômeno da “dezembrite” e o papel das redes sociais em transformar o balanço de fim de ano em um gatilho para a tristeza e a sensação de inadequação

O mês de dezembro, com seu ritmo acelerado de festas, confraternizações e a pressão por metas cumpridas e promessas de renovação, pode se converter em um período de grande tormento emocional para muitas pessoas. Esse fenômeno, já apelidado de “dezembrite” no brasil, descreve os efeitos da “depressão de fim de ano” intensificados pela exigência social de felicidade e bem-estar.

A psicóloga e psicanalista Camila Grasseli, professora do centro Universitário UniBH, explica que a necessidade de se encaixar nesse padrão de festividades ensolaradas gera sofrimento.

  • Balanço e Ausências: A especialista destaca que os últimos dias de dezembro provocam um balanço de todo o ano. Nesse momento, “as ausências, projetos não concluídos, perda de entes queridos e frustrações ficam mais evidentes”, atuando como gatilhos para tristeza e solidão.

  • Redes Sociais e Contraste: As redes sociais intensificam a sensação de inadequação, ao exibirem um “Natal perfeito” com mesas fartas e famílias sorridentes, o que não condiz com a realidade de quem vive lutos, separações ou a simples distância física de familiares.

  • Luto e Frustração: Para quem está enlutado ou fragilizado, passar por essas datas é como abrir uma ferida não cicatrizada, o que pode agravar a dor. As pressões culturais e as expectativas por vivências perfeitas criam um terreno fértil para a ansiedade e a depressão.

Sinais de Alerta e Recomendações

A persistência do desânimo após as festas (uma tristeza contínua em janeiro), a sensação de incapacidade, a falta de interesse por atividades cotidianas e o agravamento de sintomas como sono perturbado ou angústia intensa são sinais de que o sofrimento pode não ser apenas passageiro.

A psicóloga oferece duas recomendações principais para proteger a saúde mental:

  1. Não-Obrigatoriedade: “Não se obrigue a participar de festas ou encontros natalinos ou de réveillon, caso não esteja com vontade. A não-obrigatoriedade que a gente se impõe pode ser extremamente saudável.”

  2. Busque Alternativas: Para quem estará sozinho, a sugestão é buscar uma reunião com amigos ou colegas que compartilham o mesmo espírito, priorizando o que se deseja fazer, sem forçar sorrisos ou seguir convenções sociais.

Camila Grasseli lembra que, embora a “dezembrite” não seja um diagnóstico clínico, o desconforto emocional que se repete anualmente merece atenção profissional para que o indivíduo possa “entender o que está por trás desses sentimentos” e legitimar sua dor.


Com informações: Centro Universitário UniBH

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Saúde

Insônia e ansiedade estão associadas a um sistema imunológico mais fraco, um novo estudo começa a desvendar o porquê

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Pesquisa sugere que a diminuição das células natural killer (NK) pode ser o mecanismo que liga o estresse e a privação do sono ao aumento da suscetibilidade a infecções e cânceres

Um novo estudo, publicado em 10 de dezembro na revista Frontiers in Immunology, investigou o mecanismo pelo qual o estresse, a ansiedade e a insônia podem enfraquecer as defesas do organismo, tornando as pessoas mais suscetíveis a infecções, cânceres e doenças autoimunes. Os pesquisadores se concentraram em um tipo de célula imunológica essencial: a célula natural killer (NK).

A pesquisa, liderada pelo imunologista Renad Alhamawi, da universidade de Taibah na Arábia Saudita, foi motivada por um estudo de triagem nacional de 2022 que mostrou um aumento no transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), particularmente em mulheres.

O Efeito sobre as Células NK

Alhamawi e seus colegas recrutaram 60 estudantes do sexo feminino, com idades entre 17 e 23 anos, e coletaram amostras de sangue após a aplicação de questionários sobre saúde mental. Os resultados mostraram uma alta prevalência de sintomas consistentes com TAG e problemas de sono:

  • Ansiedade: $75\%$ das estudantes relataram sintomas semelhantes aos de TAG (como nervosismo e preocupação incontrolável), sendo $13\%$ com sintomas graves.

  • Insônia: Aproximadamente $53\%$ do grupo ($\text{32}$ alunas) relatou não dormir o suficiente.

Ao analisar os níveis de células imunológicas nas amostras de sangue, o estudo revelou uma conexão direta: as participantes que apresentaram sintomas semelhantes aos da ansiedade tinham $38\%$ menos células NK do que aquelas sem sintomas.

As células NK são um componente crucial do sistema imunológico inato, responsáveis por eliminar células infectadas por vírus e células cancerosas. A diminuição significativa destas células sugere um possível mecanismo biológico que liga a saúde mental e a qualidade do sono ao declínio da imunidade.


Com informações: Kamal Nahas

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Brasil

 Casos de sífilis continuam em ritmo acelerado no Brasil, com foco em gestantes, jovens e idosos

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Dados do Ministério da Saúde mostram que, de 2005 a 2025, foram registrados mais de 810 mil casos em gestantes. A médica Helaine Maria Besteti Pires Mayer Milanez alerta para a inadequada interpretação de exames de pré-natal e o subdiagnóstico da infecção.


O Brasil acompanha a tendência mundial de crescimento acelerado dos casos de sífilis, sendo a situação mais grave entre as gestantes. Dados do Ministério da Saúde indicam que, entre 2005 e junho de 2025, o país registrou 810.246 casos de sífilis em gestantes. A região Sudeste concentra a maioria dos diagnósticos ($45,7\%$).

A taxa nacional de detecção de sífilis congênita (transmissão da mãe para o bebê) atingiu 35,4 casos por mil nascidos vivos em 2024, evidenciando o avanço da transmissão vertical.

A ginecologista Helaine Maria Besteti Pires Mayer Milanez (Febrasgo) alertou que, diferentemente do HIV, o controle da sífilis ainda é um desafio no Brasil, apesar de ser uma doença de diagnóstico mais fácil e tratamento mais barato.

“Temos um problema sério no Brasil, tanto com relação à população adulta jovem e, consequentemente, na população em idade reprodutiva, e daí o aumento na transmissão vertical”, afirmou a médica.

Subdiagnóstico e Falha no Pré-natal 🩺

Helaine apontou que um dos principais problemas é o subdiagnóstico e a interpretação inadequada da sorologia no pré-natal:

  1. Interpretação Incorreta: Profissionais de saúde, ao verem o teste treponêmico positivo e o VDRL (teste não treponêmico) negativo, podem assumir que se trata de uma cicatriz e não tratar. A médica alerta que essa conduta é um grande erro, pois a maioria das grávidas com a doença estará com título baixo ou o não treponêmico positivo, mantendo o ciclo de infecção.

  2. Não Tratamento do Parceiro: O parceiro sexual muitas vezes não é tratado de forma adequada ou é ignorado, resultando na reinfecção da gestante e no risco de infecção fetal.

Mais de $80\%$ das mulheres grávidas e muitos homens têm a forma assintomática da doença (forma latente), o que faz com que, sem a interpretação correta dos exames, a doença evolua para a sífilis congênita na criança.

Grupos de Risco e Prevenção 🦠

Atualmente, as populações com maior prevalência de infecção por sífilis e HIV são:

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  • Jovens (15 a 25 anos): Abandonaram os métodos de barreira devido à redução do medo em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como o HIV, que se tornou uma doença crônica tratável.

  • Terceira Idade: O aumento da vida sexual ativa, a falta de receio de gravidez e o abandono dos métodos de barreira contribuem para a disseminação.

A médica alertou ainda para o risco constante de contágio durante o Carnaval devido à menor utilização de métodos de barreira. Ela mencionou a existência da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), um medicamento antirretroviral tomado antes da exposição para prevenir o HIV (não sífilis), que está disponível gratuitamente no SUS.

A Febrasgo e o Ministério da Saúde promovem protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas para a transmissão vertical, ressaltando que a ocorrência de sífilis congênita é um dos melhores marcadores da qualidade da atenção pré-natal.


Com informações:  ICL Notícias

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