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Pesquisa mostra que 47% dos brasileiros rejeitam redução de penas para Jair Bolsonaro

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Levantamento Genial/Quaest indica que a maioria da população vê o projeto de lei da dosimetria como uma medida para beneficiar o ex-presidente e envolvidos nos atos de 8 de janeiro

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (17) pela Genial/Quaest revela que 47% dos brasileiros são contrários à redução de penas prevista no projeto de lei da dosimetria. O texto, que altera as regras de punição para crimes contra o Estado Democrático de Direito, é visto por 58% dos entrevistados como uma manobra elaborada especificamente para diminuir as condenações de Jair Bolsonaro.

Os dados mostram um cenário de divisão: enquanto quase metade rejeita o alívio nas sentenças, 43% manifestaram apoio à redução das punições. Desse grupo favorável, 24% concordam com os termos do projeto aprovado, enquanto 19% defendem cortes ainda mais profundos nas penas aplicadas. O projeto foi aprovado pelo Senado com 48 votos favoráveis e segue agora para a análise do presidente Lula, que decidirá pela sanção ou veto.

Resistência à anistia e polarização política

O levantamento também abordou a possibilidade de uma anistia total. De acordo com a pesquisa, 44% da população é contra qualquer tipo de perdão aos envolvidos nos atos golpistas. Em contrapartida, 36% dos brasileiros apoiam uma anistia ampla. O apoio à medida varia drasticamente conforme a inclinação política: entre lulistas, a rejeição à redução de penas chega a 77%, enquanto entre bolsonaristas, 53% desejam cortes de pena superiores aos previstos no novo texto legal.

O projeto de lei da dosimetria estabelece novas diretrizes para a progressão de regime e permite reduções que podem alcançar até dois terços do tempo de reclusão, dependendo da análise de cada caso. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre os dias 11 e 14 de dezembro e possui uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.


Com informações: DCM.

 

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Aposentadoria é um direito constitucional e não um favor do Estado, alerta Sindnapi

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Entidade destaca a importância de acompanhar extratos e conhecer as regras previdenciárias para garantir dignidade e evitar prejuízos financeiros

O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) emitiu um alerta sobre a necessidade de enxergar a aposentadoria como um direito garantido pela Constituição de 1988 e não como uma ajuda do governo. Segundo a entidade, essa percepção equivocada prejudica a defesa dos trabalhadores e abre espaço para perdas financeiras e abusos.

A aposentadoria representa o retorno de décadas de contribuição para a Previdência Social. Por isso, conhecer as regras atuais é essencial, especialmente com as atualizações anuais decorrentes da Reforma da Previdência de 2019. Para o ano de 2026, por exemplo, a idade mínima e a pontuação exigida em algumas regras de transição sofrerão novos aumentos, exigindo atenção redobrada de quem planeja parar de trabalhar.

Erros de cálculo, falta de reconhecimento de tempo trabalhado e descontos indevidos são problemas comuns que muitos beneficiários só descobrem ao analisar o extrato. Além do pagamento mensal, os aposentados possuem garantias como o décimo terceiro salário, reajustes anuais e prioridade em processos judiciais. Casos de doenças graves, como neoplasia maligna e cardiopatias, também podem garantir isenção de imposto de renda sobre o benefício.

A secretária-geral da entidade, Andrea Angerami Gato, afirma que a informação é a melhor ferramenta contra fraudes e empréstimos abusivos. O acompanhamento especializado ajuda a assegurar que o valor recebido esteja correto e que todos os direitos acessórios sejam respeitados, garantindo segurança a quem contribuiu durante toda a vida produtiva.


Com informações: Revista Fórum

 

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Homem é preso por perseguir Isis Valverde há mais de 20 anos no Rio de Janeiro

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A Polícia Civil, por meio da Delegacia Antissequestro (DAS), prendeu Cristiano Rodrigues Kellermann, de 43 anos, em flagrante no bairro do Joá. O suspeito confessou que mantinha uma obsessão pela atriz Isis Valverde há duas décadas, tendo contratado até um detetive particular para monitorar a rotina e o endereço da vítima.


Prisão em Flagrante e Histórico de Perseguição

Nesta terça-feira (16/12), a Delegacia Antissequestro (DAS) do Rio de Janeiro efetuou a prisão de Cristiano Rodrigues Kellermann no condomínio onde reside a atriz Isis Valverde, na Zona Oeste da capital. A ação foi resultado de um monitoramento rigoroso após a atriz registrar queixa devido ao comportamento cada vez mais invasivo do suspeito.

As investigações revelaram que Kellermann, natural do Rio Grande do Sul, viajava frequentemente ao Rio de Janeiro com o objetivo exclusivo de seguir a atriz. Ele utilizava hotéis e carros de aplicativo para monitorar os horários e locais frequentados por ela.


Estratégias de Invasão e Confissão

O caso tornou-se mais grave a partir de janeiro de 2025, quando as abordagens do suspeito tornaram-se mais agressivas. De acordo com a Polícia Civil:

  • Contratação de Detetive: O homem contratou um profissional para obter dados privados da atriz, como telefones pessoais e o endereço residencial exato.

  • Tentativas de Aproximação: Em depoimento, o suspeito admitiu a perseguição de 20 anos e relatou diversas tentativas de contato em locais de lazer e no ambiente de trabalho da atriz.

  • Reincidência no Condomínio: Ele já havia tentado acessar o condomínio de Isis Valverde ao menos três vezes. Em uma ocasião anterior, a polícia foi acionada, mas o homem conseguiu fugir antes da chegada dos agentes.

Cristiano afirmou aos policiais que agia motivado por um sentimento de “paixão”. Ele foi autuado em flagrante pelo crime de perseguição (stalking).


Pronunciamento da Atriz

Isis Valverde manifestou-se por meio de uma nota oficial, destacando o alívio com a intervenção das autoridades e o foco na segurança de seus familiares.

“Agradeço o trabalho das autoridades, especialmente da Delegacia Antissequestro (DAS), pela rápida intervenção. Minha prioridade é a segurança da minha família e de todos ao meu redor”, afirmou a atriz.

O cerco policial montado no local foi estratégico para garantir que o suspeito fosse detido sem oferecer riscos à integridade física da vítima ou de vizinhos.

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O Crime de Perseguição (Stalking)

Vale lembrar que o crime de perseguição (Art. 147-A do Código Penal) foi tipificado no Brasil em 2021. Ele define como crime o ato de perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade.


Com informações: Revista Fórum

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Mulheres no Cinema Brasileiro: Trajetórias de Resistência e Autoria

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A desigualdade de gênero é uma marca profunda na indústria cinematográfica brasileira e mundial. No Brasil, dados da Ancine de 2017 revelam que apenas 16% dos filmes lançados tiveram direção exclusivamente feminina. Apesar de enfrentarem barreiras estruturais, diretoras brasileiras têm conquistado espaços fundamentais, utilizando o cinema como ferramenta de crítica social e política.


Desigualdade Estrutural e Disparidade Narrativa

A história do cinema brasileiro foi consolidada majoritariamente sob uma perspectiva masculina, o que resultou na invisibilização de contribuições femininas e na reprodução de estereótipos. Personagens femininas frequentemente ocupam menos espaços de autoridade e são mais sexualizadas.

Mesmo no cenário internacional, o reconhecimento é tardio: o Oscar levou décadas para premiar mulheres na direção, e festivais como Cannes mantêm uma disparidade histórica. No entanto, a trajetória de diretoras brasileiras mostra uma ocupação persistente em posições de decisão, autoria e direção.


5 Nomes Fundamentais do Cinema Nacional

Abaixo, destacamos cineastas que transformaram o olhar sobre o Brasil e alcançaram reconhecimento crítico dentro e fora do país:

1. Anna Muylaert

Formada pela ECA-USP, Muylaert é uma das vozes mais incisivas do cinema contemporâneo. Suas obras exploram as desigualdades de classe e as dinâmicas domésticas brasileiras.

  • Obra de destaque: Que Horas Ela Volta? (2015), premiado em Sundance e Berlim, tornou-se um marco na discussão sobre as hierarquias sociais no Brasil.

2. Petra Costa

Especialista no formato documental, Petra une memória pessoal e história política. Sua obra ganhou projeção global por documentar momentos críticos da política brasileira.

  • Obra de destaque: Democracia em Vertigem (2019) e, mais recentemente, Apocalipse nos Trópicos, indicado ao Oscar 2026 na categoria de Melhor Documentário.

3. Beatriz Seigner

Diretora e roteirista paulista, Seigner é reconhecida pela capacidade de transitar entre coproduções internacionais e narrativas sensíveis sobre refúgio e fronteiras.

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  • Obra de destaque: Los Silencios (2018), exibido em Cannes. Recentemente, coescreveu o roteiro de La contadora de películas, de Walter Salles.

4. Adélia Sampaio

Uma figura histórica essencial: em 1984, Adélia tornou-se a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem no Brasil. Sua carreira é marcada pela superação de obstáculos raciais e de gênero na década de 1970 e 1980.

  • Obra de destaque: Amor Maldito (1984).

5. Suzana Amaral

Com uma carreira consolidada na TV Cultura e na docência, Suzana Amaral destacou-se pela maestria em adaptar grandes obras da literatura brasileira para as telas.

  • Obra de destaque: A Hora da Estrela (1985), adaptação da obra de Clarice Lispector, que conquistou prêmios importantes em Brasília e Berlim.


Cenário Atual e Perspectivas

O resgate dessas trajetórias é fundamental para combater a lógica excludente da indústria. A presença dessas mulheres em festivais internacionais e a indicação de documentários brasileiros ao Oscar 2026 demonstram que, embora a desigualdade persista, a autoria feminina brasileira é vibrante, política e esteticamente inovadora.


Com informações:  Revista Fórum

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