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Meio Ambiente

Água quente de baixo custo com aquecedor solar à base de areia

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Sistema inovador armazena calor em areia fina, superando intermitência da energia solar e oferecendo solução sustentável e econômica para aquecimento de água

Uma equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Tecnologia (NIT) de Kurukshetra e do Instituto Nacional de Energia Solar (NISE) de Gurugram desenvolveu um protótipo revolucionário de aquecedor solar que utiliza areia comum para armazenar calor, reduzindo o custo da energia para impressionantes US$ 0,0233 (algo na faixa de R$ 0,126 em conversão direta).

Batizado de “Gêiser Solar de Areia Fina” (FSG, na sigla em inglês), o sistema promete resolver um dos maiores desafios da energia solar: a intermitência na geração.

O projeto combina um aquecedor solar à base de areia fina com um sistema fotovoltaico. Três painéis solares de 300 W alimentam uma haste de aquecimento de fio de nicromo, que converte eletricidade em calor. Esse calor é então armazenado em 120 kg de areia fina, material escolhido por sua alta capacidade térmica, distribuição uniforme de calor, baixo custo e abundância.

Quando a água quente é necessária, um trocador de calor circular com aletas de alumínio transfere o calor da areia para a água que circula por tubos embutidos.

Resultados impressionantes dos testes

Nos testes iniciais, a temperatura da areia atingiu 211,9 °C no segundo dia de operação, com o sistema armazenando 11,81 MJ de energia térmica e eficiência de 90,76%.

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O FSG forneceu 140 litros e 152 litros de água quente em dois dias, com um aumento médio de temperatura de 11,7 °C a 13,75 °C entre a entrada e a saída. A eficiência de descarga ficou em torno de 90%, comprovando sua alta performance.

Vantagens econômicas e sustentáveis

Além do baixo custo energético, o sistema tem um retorno do investimento em apenas 4,45 anos e vida útil estimada em 25 anos.

“O FSG oferece uma solução sustentável, ecologicamente correta e econômica para aquecimento de água, superando a intermitência da radiação solar”, afirmou Dinesh Kumar Saini, um dos pesquisadores, em entrevista à PV Magazine.

Com esses resultados, o protótipo se mostra uma alternativa viável para aquecimento residencial, mesmo em condições de baixa radiação solar ou durante a noite. A expectativa é que a tecnologia ganhe escala, ajudando a reduzir custos energéticos e a dependência de fontes poluentes.


Fonte: Olhar Digital

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2 Comentários

1 comentário

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Brasil

Macaco-Aranha-da-Cara-Branca: Pesquisa revela dieta e relação com o turismo na Amazônia

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Espécie em perigo: Estudo na RPPN do Cristalino, Mato Grosso, retoma monitoramento do macaco-aranha-da-cara-branca (Ateles marginatus), revelando adaptações na dieta e a aparente convivência harmoniosa com o fluxo turístico na área.


Monitoramento de Macaco-Aranha-da-Cara-Branca é Retomado na Amazônia

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Cristalino, localizada em Alta Floresta, no norte de Mato Grosso, tornou-se o epicentro de uma pesquisa essencial para a conservação de um primata exclusivo do Brasil: o macaco-aranha-da-cara-branca (Ateles marginatus). Após um hiato de aproximadamente dez anos, o monitoramento da espécie foi retomado, fornecendo novos dados sobre seu comportamento e ecologia.

Com um corpo majoritariamente preto e a face marcada por uma característica faixa branca na testa e acima da boca, este primata possui cerca de 60 centímetros de comprimento, complementados por uma cauda preênsil de aproximadamente 70 cm. A espécie está classificada como Em Perigo de extinção pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O habitat natural do macaco-aranha-da-cara-branca está restrito a porções específicas do norte de Mato Grosso e da região central do Pará. Infelizmente, esta área coincide com o chamado Arco do Desmatamento, uma região com as mais altas taxas de supressão florestal. A perda de habitat, somada à caça e aos impactos de grandes empreendimentos, como rodovias e hidrelétricas, coloca a sobrevivência da espécie em risco.

Pesquisa Detalha Dieta e Uso do Território

O refúgio para o Ateles marginatus está em áreas protegidas como a RPPN do Cristalino, que se integra ao Parque Estadual Cristalino, formando um contínuo florestal de cerca de 200 mil hectares.

O estudo recente, conduzido pela bióloga Fabrícia Dias Santana, mestranda da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), acompanhou um grupo de 20 macacos-aranha que circula nas proximidades do Cristalino Lodge, um ponto com maior fluxo de visitantes. Durante dez meses, a pesquisadora registrou a alimentação, o descanso, a locomoção, o padrão de uso do território e as interações sociais dos primatas.

Os macacos-aranhas são conhecidos por se alimentarem essencialmente de frutos, desempenhando um papel crucial como dispersores de sementes nas copas das árvores. O primatólogo Gustavo Canale, professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e orientador da pesquisa, destacou a importância ecológica da espécie.

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“Eles são jardineiros da floresta e contribuem para a captura de carbono, já que as maiores árvores são as de madeira mais densa e que acumulam maior quantidade de carbono”, explicou Canale.

A pesquisa revelou que o comportamento alimentar é mais adaptável do que se imaginava. Notou-se, em especial durante o período seco, quando a disponibilidade de frutos diminui, uma flexibilização da dieta com a inclusão de folhas, sementes, brotos, cascas de árvores e até pequenos invertebrados no cardápio dos macacos. Esta adaptabilidade é um fator relevante para a sobrevivência da espécie em ambientes com variações sazonais.

Macacos-Aranhas e o Turismo de Observação

Um dos focos do estudo foi investigar a relação do primata com a presença humana, particularmente nas trilhas turísticas do Cristalino Lodge. A bióloga Fabrícia Santana não identificou alterações negativas no comportamento do grupo monitorado em função da presença de visitantes. Pelo contrário, os macacos frequentemente utilizam áreas próximas ao lodge e às trilhas.

A hipótese levantada é que essa convivência tranquila seja resultado da habituação do grupo aos humanos, visto que a atividade turística é praticada na área há mais de três décadas. No entanto, a pesquisa enfatiza a necessidade de estudos de longo prazo e análises complementares para entender a real e completa influência do turismo na espécie.

O monitoramento faz parte do Programa de Pesquisa e Conservação do macaco-aranha-da-cara-branca, uma parceria que envolve a Fundação Ecológica Cristalino (FEC), Instituto Ecótono, Cristalino Lodge, UFMT e UNEMAT, alinhado ao Plano de Ação Nacional (PAN) para Conservação dos Primatas Amazônicos.

Cristalino Integra Rota de Conservação e Ecoturismo

A observação de primatas, assim como a de aves, representa uma alternativa estratégica para a geração de renda e emprego associada à conservação ambiental.

O estado de Mato Grosso abriga 28 espécies conhecidas de primatas, sendo que a RPPN do Cristalino sozinha possui sete delas, incluindo o cuxiú-de-nariz-branco (Chiropotes albinasus) e o zogue-zogue-de-barriga-vermelha (Plecturocebus moloch).

A reserva é um dos destaques da recém-elaborada Rota dos Primatas de Mato Grosso, um roteiro de ecoturismo que abrange sete locais nos três biomas do estado – Pantanal, Cerrado e Amazônia – e permite a observação de pelo menos 14 espécies. A iniciativa, em fase de implementação, tem o objetivo de fortalecer o turismo, a ciência-cidadã e a conservação, conectando a observação da fauna com o desenvolvimento sustentável local.

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Com Informações de: ECO

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Brasil

Após a COP30, defensores indígenas comemoram ganhos enquanto alertam sobre trabalho inacabado

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Ativismo e resultados na COP30: Maior presença indígena na história da conferência da ONU em Belém, Brasil, destaca a luta por direitos territoriais e a frustração com o plano de transição de combustíveis fósseis.


Presença Indígena na COP30 Atinge Recorde em Belém

A COP30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Belém, Brasil, marcou um momento histórico para a participação dos povos indígenas no cenário climático global. Devido à sua localização estratégica na proximidade da Amazônia, o evento foi informalmente denominado “COP Indígena”, refletindo o esforço do Brasil em ampliar essa representação.

De acordo com dados da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), a conferência registrou a presença de mais de 5.000 participantes indígenas, com cerca de 900 deles possuindo credenciais de acesso às zonas de negociação, um número inédito nos 30 anos de história da COP.

Apesar da maior visibilidade, a participação nas decisões formais da ONU permanece limitada. Nas negociações, apenas os Estados-membros têm direito a voto. Os povos indígenas que não alcançaram o estatuto de Estado reconhecido internacionalmente não podem votar em decisões cruciais, como o roteiro para a eliminação dos combustíveis fósseis. Essa disparidade motivou ações de ativismo dentro e fora do local da conferência.

Mobilização e Ativismo Indígena Pressionam por Direitos

A COP30 foi palco de diversas ações de ativistas indígenas, que buscaram garantir que suas vozes e demandas fossem ouvidas, reafirmando o princípio de “eles não podem decidir por nós sem nós”. Em um dos momentos mais notáveis, ativistas, trajados em vestimentas tradicionais, cruzaram a segurança para uma zona reservada a delegados oficiais, ressaltando a urgência de sua inclusão.

Observadores como Kaeden Watts, especialista em política climática das tribos Māori da Nova Zelândia, notaram um contraste significativo em relação às COPs anteriores, onde as perspectivas indígenas eram frequentemente ignoradas ou dependiam da amplificação por aliados. Na COP30, houve um esforço de organização que resultou em maior cobertura midiática, com repórteres entrevistando diretamente líderes e manifestantes indígenas sobre direitos à terra e danos climáticos.

Resultados Tangíveis: Demarcação de Terras no Brasil

A pressão e a visibilidade geradas durante a conferência culminaram em medidas concretas por parte do governo brasileiro. Antes do encerramento da COP30, o governo anunciou a demarcação de terras para 27 povos indígenas em diversas regiões do Brasil. Além disso, foi assumido o compromisso de reconhecer 59 milhões de hectares adicionais de terras indígenas nos próximos cinco anos.

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O reconhecimento e a proteção dos territórios são centrais na defesa da justiça climática, visto que estudos científicos confirmam que terras indígenas demarcadas apresentam as menores taxas de desmatamento, atuando como barreiras naturais contra o avanço da destruição ambiental.

Avanços na Proteção dos Direitos Indígenas, Mas Frustração Climática

Os defensores indígenas compareceram à COP com o objetivo de garantir um plano claro para a transição energética global e o fim do desmatamento. Embora não tenham conseguido incluir todas as suas propostas no Mutirão Global (Global Stocktake), o acordo internacional não vinculativo da COP30, houve um avanço significativo em outro fórum.

Os países concordaram em reconhecer formalmente a importância de proteger os direitos indígenas, incluindo os direitos à terra, no Programa de Trabalho de Transição Justa (Just Transition Work Programme). Este programa da ONU visa apoiar os países na transição dos combustíveis fósseos.

Emil Gualinga, do Povo Kichwa de Sarayaku e membro do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas, destacou o papel do Panamá em garantir que o Programa de Transição Justa incluísse uma referência ao direito dos povos indígenas ao consentimento livre, prévio e informado (CLPI) sobre o que ocorre em seus territórios. Este ponto é relevante, pois estudos indicam que depósitos de minerais críticos para a produção de energia livre de combustíveis fósseis são frequentemente encontrados em terras indígenas.

Apesar desse avanço, a maior decepção entre os ativistas foi o fracasso dos Estados-membros em se comprometerem com um plano específico e ambicioso para deixar a dependência dos combustíveis fósseis. A versão final do Mutirão Global foi considerada “diluída” e insuficiente para garantir que o aquecimento global se mantenha abaixo do limiar de 1,5 graus Celsius, limite considerado crucial pela ciência para evitar consequências catastróficas.

A Luta Continua em Outras Frentes

O desapontamento com o resultado do Mutirão Global não encerra a luta por justiça ambiental e climática. Gualinga enfatizou que a mobilização indígena se estende para além das conferências da ONU, citando o histórico de resistência de sua comunidade, Sarayaku, no Equador, que por décadas lutou contra a indústria petrolífera em suas terras. Em 2012, a Corte Interamericana de Direitos Humanos deu ganho de causa aos Sarayaku, concluindo que o Equador violou seus direitos ao permitir a entrada da empresa sem o CLPI.

A defesa internacional segue ativa. No início deste ano, nações insulares do Pacífico, com a liderança de estudantes e advogados indígenas, obtiveram uma decisão histórica no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ). O tribunal afirmou que os governos nacionais têm a obrigação legal de mitigar as alterações climáticas e compensar os prejudicados. Embora essa decisão não tenha sido reconhecida formalmente na COP30, o ativismo legal continua sendo uma ferramenta fundamental.

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Belyndar Rikimani, das Ilhas Salomão e membro do grupo “Estudantes das Ilhas do Pacífico que lutam contra as mudanças climáticas”, afirmou que, apesar da decepção, a pressão continuará “nos tribunais, nas salas de negociação e nas bases”. A visibilidade da resistência indígena na COP30 sugere que a mensagem dos povos tradicionais está ganhando ressonância no público global, indicando que a determinação pela autodeterminação e justiça climática não cessará.


Com informações de: Grist

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Brasil

COP30 em Belém eleva desinformação climática a problema de direitos humanos e governança global

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A COP30 em Belém reposicionou a Amazônia no centro da diplomacia climática, expondo a crise da integridade da informação como um obstáculo global à ação e à sobrevivência planetária. A especialista Maryellen Crisóstomo afirma que a desinformação climática é uma violação do direito humano à informação (Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos) e uma tática de captura corporativa. As declarações da Cúpula dos Povos e dos 20 países signatários na COP30 convergiram ao denunciar o papel das grandes corporações (mineração, agronegócio, Big Techs) na manutenção de narrativas que atrasam a descarbonização e criminalizam defensores ambientais, exigindo transparência algorítmica e reconhecimento dos saberes ancestrais no combate à crise

A realização da COP30 em Belém recolocou a Amazônia no centro da governança e diplomacia climática global, mas também expôs a urgência de combater a desinformação climática, vista como um problema que transcende o campo comunicacional e atinge a dimensão dos direitos humanos e da justiça climática.

O Direito à Informação como Pilar da Ação Climática ⚖️

A integridade da informação ambiental é considerada um direito humano estruturante e sua violação foi amplamente denunciada durante a COP30.

  • Direito Universal: À luz do Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o acesso à comunicação e à informação é essencial, especialmente em um ecossistema digital polarizado e vulnerável à manipulação.

  • Violação e Conflito: Sem informação e o reconhecimento efetivo do direito à propriedade coletiva dos territórios, povos e comunidades são expostos a conflitos com megaempreendimentos (monoculturas, mineração para transição energética, energia eólica e solar), o que configura uma violação da Convenção 169 da OIT (Artigo 6º), conforme denunciado na Cúpula dos Povos.

Declaração de Belém: O Reconhecimento da Desinformação 📜

No contexto da COP30, foi assinada a Declaração sobre a Integridade da Informação sobre Mudança do Clima por 20 países, reconhecendo que a desinformação se tornou um obstáculo global que corrói a confiança pública e atrasa medidas urgentes.

  • Obstáculos Denunciados: A Declaração aponta explicitamente para:

    • Ataques a jornalistas e cientistas.

    • Incentivo à má informação e circulação de conteúdos enganosos em plataformas digitais.

    • Falta de transparência algorítmica.

  • Captura Corporativa: A Cúpula dos Povos reforça que este cenário está inserido em um contexto mais amplo de captura corporativa, financeirização da natureza, e avanço do extremismo, onde grandes corporações (mineração, energia, agronegócio e Big Techs) utilizam estratégias como greenwashing e descredibilização da ciência para manter o status quo.

Caminhos para a Governança Sustentável 💡

Tanto a ONU (por meio do Pacto Digital Global de 2024) quanto a Declaração sobre Integridade da Informação conclamam Estados e empresas de tecnologia a assumir responsabilidade compartilhada:

  • Responsabilidade das Plataformas: Exige-se que as empresas avaliem os impactos de sua arquitetura, forneçam dados para pesquisas independentes e implementem políticas de responsabilidade informacional.

  • Saberes Ancestrais: A Cúpula dos Povos oferece uma contribuição estrutural ao afirmar que o combate à desinformação passa pelo reconhecimento dos saberes ancestrais (indígenas, quilombolas, ribeirinhos) como tecnologias sociais para o enfrentamento da crise climática.

A especialista conclui que o avanço em estratégias climáticas depende de o multilateralismo restabelecer a integridade informacional. Para que as ações sejam eficazes, o direito humano à informação deve ser garantido em todas as suas dimensões, sendo o combate à desinformação uma estratégia de justiça climática e sobrevivência planetária.


Com informações: Diplomatique

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