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Ano letivo começa com menos alimentos ultraprocessados na merenda escolar

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Professora de Nutrição do CEUB analisa impactos da nova medida do governo federal e destaca os benefícios para a saúde dos estudantes

O governo federal anunciou a redução do limite de alimentos processados e ultraprocessados na merenda escolar de 20% para 15%, com a previsão de diminuir para 10% em 2026. A mudança deve beneficiar 40 milhões de estudantes em 150 mil escolas públicas, ajudando a promover hábitos alimentares mais saudáveis e a combater a obesidade infantil. Paloma Popov, professora de Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB), explica os benefícios desta mudança na saúde dos estudantes a longo prazo e no ambiente escolar.

Benefícios da redução de ultraprocessados na alimentação escolar:

  • Prevenção de doenças: redução do consumo de sódio, açúcares e aditivos alimentares, que são fatores de risco para diabetes, hipertensão e obesidade infantil, cada vez mais comuns entre crianças e adolescentes. “Esses alimentos são ricos em ingredientes artificiais e têm valor nutricional reduzido, podendo levar ao aumento das doenças crônicas não transmissíveis, que antes eram consideradas típicas de adultos”, afirma a nutricionista.
  • Desempenho acadêmico: A substituição dos ultraprocessados por alimentos in natura, como frutas e verduras, traz benefícios significativos para o desempenho escolar dos alunos. “Ao consumir alimentos naturais, os estudantes têm mais energia, melhoram a qualidade do sono e a disposição para as atividades acadêmicas”, explica. Alimentos ricos em macronutrientes e micronutrientes essenciais, como proteínas, ferro, zinco e cálcio, contribuem para a concentração, o desenvolvimento cognitivo e físico dos estudantes.
  • Crescimento e desenvolvimento: Além dos benefícios para a mente, a alimentação saudável impacta o desenvolvimento do corpo das crianças e adolescentes, fortalecendo ossos, pele e cabelos.

Apesar de o Distrito Federal apresentar um cardápio escolar bem elaborado, os desafios enfrentados pelos profissionais da área envolvem principalmente a questão dos fornecedores e da escassez de alimentos frescos. “Às vezes, a fruta prevista no cardápio não está disponível. Assim, o risco é substituir por alimentos ultraprocessados, o que vai contra a proposta da medida”, explica.

Atividades lúdicas nas escolas, como feiras de frutas, gincanas e oficinas culinárias podem ajudar a superar esses desafios ao incentivar a consciência e educação nutricional. “Essas ações ajudam os alunos a entender a importância da alimentação saudável. A colaboração entre nutricionistas, educadores e famílias é essencial para o sucesso dessa estratégia, garantindo que os hábitos alimentares saudáveis adquiridos na escola também sejam adotados em casa”.

Sustentabilidade e impacto econômico

Além dos benefícios para a saúde, a redução de alimentos ultraprocessados também contribui para a sustentabilidade. Alimentos frescos exigem menos embalagens, o que diminui o impacto do lixo gerado pelas escolas. “Menos embalagem significa menos desperdício e, consequentemente, menos poluição. Isso se alinha com a ideia de que precisamos descascar mais e desembalar menos”, afirma Popov.

A agricultura familiar, que já desempenha papel importante no fornecimento de alimentos para as escolas, também se beneficia dessa política, reduzindo custos com transporte e promovendo a economia local. “A redução dos ultraprocessados na merenda escolar é uma medida benéfica como um todo. Com o tempo, o plantio das sementes de uma alimentação saudável dará frutos tanto na saúde, no bem-estar e no meio ambiente para as futuras gerações”, finaliza.


Fonte: ceub@maquinacw.com

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STF celebra 37 anos da Constituição Federal com série de conteúdos especiais 🇧🇷

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Em comemoração ao 37º aniversário da Constituição Federal de 1988, o Supremo Tribunal Federal (STF) lançou uma série de matérias especiais detalhando decisões emblemáticas de seus ministros, reforçando o papel da Corte como guardiã da democracia e ampliadora de direitos sociais

O Supremo Tribunal Federal (STF) está celebrando os 37 anos da Constituição Federal de 1988, a chamada “Constituição Cidadã”, com uma série de matérias especiais que destacam o papel da Corte na garantia dos direitos fundamentais e na consolidação da democracia. A iniciativa busca ressaltar como o STF atuou para resolver problemas estruturais e omissões constitucionais ao longo das décadas.

Destaques da Programação Especial

O conteúdo comemorativo inclui:

  • Série de Matérias sobre Ministros: Detalhamento de decisões emblemáticas de relatoria de cada ministro da Corte.

  • Entrevista com o Presidente do STF: Um balanço sobre os avanços e desafios da Carta de 1988, veiculado no podcast Supremo na Semana.

  • Documentário “37 anos da Constituição Cidadã”: Obra que utiliza casos reais para demonstrar como a Constituição transformou o acesso à justiça, ampliou garantias e fortaleceu o sistema democrático.

  • Semana da Constituição: Lançamento de uma iniciativa do STF e do CNJ para consolidar uma agenda anual de comemoração da Constituição.

Decisões Emblemáticas por Ministro

A série especial mostra como os julgamentos do STF impactaram o cotidiano dos cidadãos, garantindo direitos a quem estava à margem da sociedade (mulheres, povos indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e famílias homoafetivas).

Ministro Temas de Destaque
Dias Toffoli Defesa da honra, direito ao esquecimento e federalização de crimes.
Cármen Lúcia Liberdade de expressão, direitos das mulheres e proteção da dignidade humana.
Luís Roberto Barroso Aplicação concreta de direitos fundamentais e Constituição Cidadã.
Luiz Fux Moralidade no processo eleitoral e pluralidade de relações familiares.
Kassio Nunes Marques Benefícios previdenciários e investigações criminais.
Alexandre de Moraes Proteção a gestantes e lactantes, e à população de rua.
André Mendonça Preservação do Pantanal e celeridade em partilha de bens na Justiça de Família.
Gilmar Mendes Garantia de direitos fundamentais e segurança jurídica.
Cristiano Zanin Defesa de garantias individuais, sociais e diálogo institucional.
Flávio Dino Transparência no uso de recursos públicos e combate a problemas ambientais globais.

A celebração enfatiza o papel da independência judicial como um traço distintivo das democracias consolidadas e a missão do STF de ser o guardião da ordem constitucional e dos direitos na sociedade brasileira.


Com informações: STF

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Governo Federal cria 12 assentamentos de reforma agrária após a COP30

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O Incra finalizará a criação de 12 novos assentamentos da reforma agrária, incluindo terras utilizadas pela Vale no Pará, logo após o fim da COP30. A medida visa atender as 140 mil famílias que esperam por terras, sendo considerada crucial para a justiça ambiental e a mitigação da crise climática

O Governo Federal deve finalizar o processo de criação de 12 novos assentamentos da reforma agrária logo após a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que termina nesta sexta-feira (21). A previsão é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visite Parauapebas (PA) ainda este ano para realizar o anúncio oficial.

A criação de assentamentos visa regularizar a situação de famílias sem-terra, incluindo áreas disputadas nos municípios de Canaã dos Carajás e Parauapebas, no sul do Pará.

Regularização de terras da Vale no Pará

César Aldrighi, presidente do Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (Incra), confirmou a medida durante um debate na COP30. Ele informou que há um acordo com a companhia Vale para destinar entre 30 mil e 40 mil hectares de terras públicas.

“São em torno de 30 a 40 mil hectares de terras públicas, que a Vale utilizou no processo de mineração e hoje não são mais utilizadas. Essas áreas vão ser destinadas à regularização das famílias”, garantiu Aldrighi.

O Pará é o estado com o maior número de pessoas aguardando a regularização fundiária no país, com cerca de 30 mil famílias acampadas segundo o Incra. No Brasil, mais de 140 mil famílias esperam por um pedaço de terra para praticar a agricultura familiar.

Reforma agrária como mitigação climática

Durante o debate “A Reforma Agrária e as soluções populares frente à crise climática”, Aldrighi destacou o modelo da agricultura familiar como um instrumento de contenção da crise climática.

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No Brasil, a emissão de gases do efeito estufa (GEE) é predominantemente causada pelo processo vinculado ao agronegócio, que começa com o desmatamento e é seguido pela exploração do solo para pastos e monoculturas. O presidente do Incra defendeu que o uso da terra deve estar no centro das propostas de mitigação.

Renata Menezes, do Coletivo de Juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que também participou do debate, ressaltou que a reforma agrária é parte da solução para a justiça ambiental. “Não existe possibilidade de justiça ambiental sem reforma agrária popular neste país”, afirmou.


Com informações: Brasil de Fato, Incra

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Risco climático: 29% dos estabelecimentos de saúde no Brasil estão em áreas vulneráveis

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Pesquisa do Ieps aponta que cerca de 29% das unidades de saúde brasileiras e 35,58% das unidades do SUS estão localizadas perto de zonas de desastre (deslizamentos, inundações), o que compromete a capacidade de resposta e afeta desproporcionalmente populações vulneráveis

Cerca de 29% dos estabelecimentos de saúde e 26% dos leitos brasileiros estão situados a até 500 metros de áreas de risco de desastre climático, conforme pesquisa divulgada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps).

O levantamento analisou 78.404 unidades em 1.800 municípios mapeados pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), que identificou áreas suscetíveis a perdas decorrentes de eventos de origem geológica, como deslizamento de solo, inundações, alagamentos e erosão.

Do total analisado, 22.577 unidades estão próximas ao risco, sendo que 2.039 estabelecimentos (2,6%) estão localizados dentro das áreas de risco, o que compromete a capacidade de resposta imediata em momentos de emergência.

Vulnerabilidade do SUS e desigualdade

A proporção de unidades localizadas próximo a setores de risco é ainda maior para o Sistema Único de Saúde (SUS): 35,58% dos pronto-atendimentos de urgência, hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão em zonas vulneráveis.

Segundo os pesquisadores, essa maior exposição da rede pública é um achado crucial, pois o SUS atende frequentemente populações em situação de maior vulnerabilidade social.

A análise do Censo de 2022 confirmou que os setores censitários com risco de desastre apresentavam características de pior acesso a saneamento básico e maior concentração de crianças e adolescentes (0 a 14 anos). Essa situação reforça que os desastres geológicos tendem a afetar de forma desproporcional os grupos que mais dependem dos serviços públicos.

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Medidas de adaptação recomendadas

Para garantir a continuidade do atendimento durante e após eventos extremos, os pesquisadores recomendam a modernização e adaptação das unidades de saúde.

As medidas incluem:

  • Infraestrutura: Elevação de instalações acima de planícies de inundação e construção de barreiras de proteção.

  • Operacional: Instalação de sistemas de energia reserva.

  • Logística: Armazenamento seguro de insumos e medicamentos essenciais.

Recentemente, o Ministério da Saúde (MS) lançou o Guia de Mudanças Climáticas e Saúde durante a COP30, reunindo orientações para prevenção e vigilância em situações relacionadas a eventos climáticos extremos.


Com informações: Ieps (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde), SGB, Agência Brasil, ICL Notícias

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