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Meio Ambiente

Brasil lidera iniciativa global contra desinformação climática com apoio da COP30

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Chamado à ação busca identificar e ampliar soluções para proteger a integridade da informação sobre mudanças climáticas; prazo para inscrições vai até 31 de agosto

Brasília – O Brasil, em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), UNESCO, UNFCCC e outros sete países, lançou o Mutirão Global pela Integridade da Informação sobre a Mudança do Clima , uma iniciativa inédita que visa combater a desinformação e fortalecer o acesso a dados confiáveis sobre um dos maiores desafios do século XXI. A ação faz parte da agenda da COP30 , presidida pelo Brasil, e tem como objetivo reunir esforços globais para acelerar respostas concretas à crise climática.

A campanha surgiu diante do crescente impacto de narrativas distorcidas, negacionismo e estratégias como greenwashing , que minam a credibilidade do debate científico e político sobre o clima. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a desinformação contribui para a distorção do consenso científico , gerando incertezas, negligência quanto aos riscos e resistência à urgência da ação global.

O chamado à ação está aberto a governos, empresas, sociedade civil, instituições acadêmicas e organizações internacionais que desenvolvam iniciativas em áreas como:

  • Pesquisa sobre desinformação climática
  • Ferramentas de verificação e promoção da informação confiável
  • Campanhas de comunicação e educação ambiental
  • Jornalismo climático e apoio a profissionais da área
  • Proteção de dados científicos e transparência na publicidade
  • Leitura crítica da mídia e letramento digital voltado ao clima

As propostas selecionadas serão apresentadas durante a COP30 , marcada para novembro de 2025, e poderão integrar a Agenda de Ação Climática Global , plataforma oficial que reúne compromissos multilaterais para enfrentar as mudanças climáticas.

O prazo para envio de contribuições termina em 31 de agosto de 2025 e pode ser feito por meio do formulário disponível [Neste link].

Apoio internacional e ético

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, durante a Cúpula do G20 em 2024, que a luta contra a desinformação climática é essencial para garantir que os cidadãos possam tomar decisões conscientes:

“A ação climática também é profundamente afetada pelo negacionismo e pela desinformação. Os países não podem resolver esse problema sozinhos.”

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres , também se manifestou no lançamento da iniciativa, alertando para o papel das campanhas coordenadas de desinformação , que vão desde a negação explícita do aquecimento global até ataques a cientistas e instituições.

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A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay , enfatizou o apoio a jornalistas e pesquisadores que atuam em contextos de risco, muitas vezes sob pressão ou ameaça, enquanto buscam informar o público com rigor científico.

Desafio global, resposta colaborativa

Frederico Assis, enviado especial da COP30 para a integridade da informação, reforçou a necessidade de uma resposta conjunta:

“Informações falsas ou distorcidas podem minar a credibilidade de todo o processo da COP, desestimular o engajamento da população e alimentar narrativas que legitimam o imobilismo. Garantir a integridade da informação sobre a mudança do clima não é mera formalidade técnica, mas um dever ético e político em defesa do nosso futuro comum.”

Parcerias e engajamento

A iniciativa conta com o apoio de instituições como o IPCC, a Organização Mundial da Meteorologia (WMO), a Organização Internacional para as Migrações (IOM), o Fórum sobre Informação e Democracia e a Rede de Conhecimento Global.

Além disso, foi criado o Fundo Global para a Integridade da Informação sobre o Clima , gerido pela UNESCO, que receberá doações de governos, empresas e indivíduos interessados em apoiar a causa.


Com informações: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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3 Comentários

1 comentário

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Meio Ambiente

Biodigestor em Seattle transforma lixo orgânico em fertilizante e biogás, unindo comunidade contra o desperdício

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Um projeto inovador no bairro de South Park, em Seattle, nos EUA, está usando biodigestores de pequeno porte para converter resíduos alimentares em um fertilizante líquido para plantas e biogás, uma fonte de energia renovável. Lançado em 2021 pela Associação de Sustentabilidade do Vale Duwamish (DVSA), em parceria com organizações locais, o programa já conta com a participação de mais de 30 moradores e 5 restaurantes, promovendo uma economia circular e reduzindo as emissões de metano associadas a aterros sanitários

O Biodigestor e a Economia Circular 🌱

Menores que um contêiner de transporte, os biodigestores funcionam de forma semelhante ao estômago de uma vaca, utilizando bactérias e micróbios para processar o lixo orgânico.

  • Capacidade: A cada ano, o sistema pode transformar 25 toneladas de resíduos alimentares em 5.400 galões de fertilizante líquido. Também gera biogás, que pode ser usado para eletricidade.

  • Motivação Comunitária: A ideia surgiu após reuniões com moradores e empresas de South Park (uma vizinhança predominantemente latina) que desejavam resolver o problema do lixo nas ruas, gerando empregos verdes e infraestrutura sustentável.

  • Parceria: O projeto, que recebeu subsídios da EPA e apoio da cidade de Seattle, conta com a empresa Chomp (que constrói os biodigestores) e parceiros como Food Lifeline e Black Star Farmers.

Maria Perez, que começou como jovem voluntária e depois se tornou gerente do programa, destacou a importância de ver “como tudo entrou em uma economia circular”. O projeto também oferece treinamentos em espanhol, inglês e khmer para os moradores.

Enfrentando o Desperdício e a Poluição 🚛

Mais de um terço do fornecimento de alimentos nos EUA é desperdiçado, e o descarte em aterros sanitários é um problema agravado pela liberação de metano, um potente gás de efeito estufa.

  • Alternativa Local: Enquanto Seattle envia o lixo para um aterro sanitário no Oregon (o que gera emissões pelo transporte), os biodigestores da DVSA mantêm os resíduos locais, eliminando a necessidade de caminhões a diesel para o transporte de lixo.

  • Biomimética: Jan Allen, CEO da Chomp, afirma que a empresa se baseia na biomimética (inspiração na natureza) e que seus biodigestores são projetados para máxima simplicidade, utilizando os micróbios para compactar o gás, minimizando o uso de máquinas.

O principal desafio atual do projeto é garantir uma área livre para a instalação de mais biodigestores, a fim de aumentar a produção de biogás e a distribuição do corretivo líquido do solo para a comunidade.


Com informações: Grist

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Meio Ambiente

Nova frente se articula no Brasil para combater o tráfico de espécies

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Um primeiro Plano de Ação Nacional (PAN) de Combate ao Tráfico de Vida Silvestre está sendo debatido em um encontro na Praia do Forte (BA), que se estende de quarta (10) até sexta-feira. A iniciativa, coordenada pela WCS Brasil e pela consultoria Conservare Wild, visa integrar, fortalecer e orientar as políticas públicas brasileiras contra o tráfico de fauna, considerado uma das maiores ameaças globais à biodiversidade

Integração contra Redes Criminosas 🤝

O plano busca superar a baixa efetividade das ações isoladas contra as redes criminosas organizadas que operam no tráfico de espécies. No encontro na Bahia, estão sendo definidos objetivos e ações estratégicas, com base em propostas consolidadas anteriormente no Fórum Vozes pela Fauna.

  • Objetivo: Transformar décadas de ações fragmentadas em uma política pública robusta e madura, alinhada a compromissos nacionais e globais de conservação da diversidade biológica.

  • Foco: Alinhar e fortalecer itens como fiscalização, financiamento e tecnologia para o enfrentamento do crime.

  • Colaboração Inédita: Carolina Lorieri, diretora-executiva da Conservare, destacou que o PAN está consolidando uma rede de colaboração inédita entre governo, sociedade civil, pesquisadores, setor privado e instituições internacionais.

Antônio Carvalho, especialista em tráfico de vida silvestre da WCS Brasil, reforçou que “uma estratégia coesa, elaborada de forma colaborativa, aumenta a capacidade de enfrentar o problema”. Espécies como a onça-pintada são um dos principais alvos desse crime ambiental nas Américas.


Com informações: ECO

 

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Brasil

Ciclone extratropical em São Paulo causa cancelamentos e atrasos em aeroportos

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Ciclone extratropical que atingiu São Paulo nesta quarta-feira (10/12) provocou cancelamentos e atrasos de voos em terminais paulistas e no Aeroporto Internacional de Brasília, impactando a malha aérea nacional devido às condições meteorológicas adversas.


Condições climáticas em São Paulo afetam operações aéreas no país

O ciclone extratropical que atingiu o estado de São Paulo nesta quarta-feira (10/12) gerou significativas interrupções na malha aérea nacional, com uma série de cancelamentos e atrasos de voos registrados nos principais aeroportos do estado e também impactando as operações no Distrito Federal. As condições meteorológicas adversas motivaram medidas de segurança que afetaram voos com origem ou destino nas capitais.

Aeroporto de Brasília registra cancelamentos e retornos

O Aeroporto Internacional de Brasília (Aeroporto JK), sob concessão da Inframerica, registrou impacto em suas operações ao longo do dia. Até as 19h, o balanço indicava:

  • 15 voos cancelados.

  • 8 voos com atraso superior a 15 minutos.

Além dos cancelamentos e atrasos diretos, a segurança operacional exigiu que aeronaves alterassem seus planos de voo. Uma aeronave da Latam, que havia decolado de Brasília com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, precisou retornar à capital federal devido às condições do tempo na capital paulista.

Adicionalmente, outros dois aviões, que partiram de diferentes estados com destino a São Paulo, foram obrigados a alternar o pouso para Brasília antes de terem condições de seguir viagem rumo ao destino final.

Cenário crítico no Aeroporto de Congonhas

O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, gerenciado pela concessionária Aena, foi o terminal mais diretamente afetado pela instabilidade climática. Passageiros enfrentaram longas filas e um volume alto de cancelamentos.

Os dados mais recentes da concessionária apontaram que pelo menos 121 voos foram cancelados em decorrência do ciclone que atingiu a região. Essa soma estava dividida entre:

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  • 50 voos de chegada (pouso cancelado).

  • 71 voos de partida (decolagem cancelada).

A ocorrência sublinha como fenômenos meteorológicos intensos podem gerar um efeito cascata em todo o sistema de aviação, resultando em perturbações significativas para os passageiros e para a logística das companhias aéreas.


Com informações:  Jornal de Brasília

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