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CLDF aprova lei que regula loteamentos de acesso controlado

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Texto normatiza aspectos como cercamento e guaritas, comuns em condomínios residenciais.

Em sessão permeada por debates, a Câmara Legislativa aprovou nesta terça-feira (11) o Projeto de Lei Complementar nº 61/2024, que trata de loteamentos de acesso controlado no Distrito Federal. Elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), o texto foi encaminhado pelo Buriti. Além de membros do governo distrital, representantes de condomínios compareceram ao plenário da Casa .

O Projeto de Lei Complementar (PLC) prevê dois tipos de loteamento:

  • De acesso controlado: parcelamento com controle de acesso, no qual é possível exigir identificação e cadastro, mas é vedado o impedimento de acesso aos não residentes às áreas públicas ou lotes com uso diverso do residencial.
  • De loteamento fechado: subdivisão em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação e de logradouros públicos, cujo perímetro é cercado ou murado. Neste caso, o Poder Público outorga o uso das áreas públicas internas ao empreendimento. Neste caso, o uso dos lotes é exclusivamente residencial.

Grades, alambrados e muros não podem ultrapassar 2,7 metros, bem como precisam ter transparência visual mínima de 70% no caso de divisas voltadas para logradouros públicos. Também se admite a instalação de guarita e portaria em área pública, com área máxima de 30 m².

Conforme esclarece o GDF, o loteamento fechado permite que uma entidade de moradores assuma a responsabilidade pela manutenção das áreas públicas, com a concessão de uso dessas áreas por até 30 anos, mediante pagamento de taxa. A falta de cumprimento das obrigações pode levar à rescisão do contrato. A manutenção, conservação e limpeza das áreas públicas inseridas no loteamento incluem tratamento paisagístico; preservação e manutenção do meio ambiente, da urbanização local e da infraestrutura instalada; e gastos com a iluminação pública.

Para implantar os loteamentos a norma prevê aprovação do projeto urbanístico junto ao governo. Ressalta-se, ainda, que a lei não se aplica ao Conjunto Urbanístico de Brasília, que apresenta características próprias de área tombada.

Tramitação 

Apesar de ter sido acatado em consenso por todos os distritais presentes à sessão, o PLC causou discordâncias entre parlamentares, que se dividiram quanto ao momento para a votação e quanto ao que nomearam como “lacunas” do texto. Ricardo Vale (PT) sugeriu que a análise da matéria fosse adiada para a próxima semana, mas a maioria preferiu votar na sessão de hoje. Chico Vigilante (PT) e Paula Belmonte (Cidadania) também clamaram por mais tempo.

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Outro ponto de preocupação refere-se ao cálculo dos custos com os quais os condomínios precisam arcar. “A proposta não tem clareza da modalidade do cálculo. Isso vai ser feito administrativamente, depois, então pode ser algo muito bom para o condomínio ou muito ruim”, opinou Fábio Felix (Psol). Nesse sentido, Gabriel Magno (PT) reforçou que, em vez de solucionar problemas, é possível que mais adiante a medida gere insegurança jurídica.

Colega de partido de Magno, Ricardo Vale disparou: “os moradores estão entre a cruz e a espada: ou aceitam pagar pelo uso privativo das áreas comuns ou as guaritas serão derrubadas, ficou muito ruim”.

Já João Cardoso (Avante) expressou confiança de que o GDF não vá onerar a população e destacou que os condomínios hoje trazem lucro ao governo na medida em que custeiam iluminação, segurança e pavimentação nas áreas comuns. Presidente da Comissão de Assuntos Fundiários, Jaqueline Silva (Agir) argumentou que o projeto foi amplamente discutido com a população.“Como ex-porteiro entendo que precisa sim regularizar, organizar e dar segurança jurídica aos moradores”, defendeu o deputado Rogério Morro da Cruz (PRD), no encerramento das discussões.

As Comissões da Casa de Assuntos Fundiários, de Constituição e Justiça e de de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo deram sinal verde ao projeto na própria sessão ordinária, sem análise em reuniões separadas. O PLC foi aprovado em dois turnos e redação final e, agora, vai à sanção do governador.


*Agência CLDF

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2 Comentários

1 comentário

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Seminário “Conexões pela Vida das Mulheres” celebra 10 anos da Rede Elas e lança o Selo “Todas Elas”

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O seminário “Conexões pela Vida das Mulheres” celebrou uma década de atuação da Rede Elas no enfrentamento à violência de gênero nos territórios do Gama e Santa Maria (DF). O evento, realizado na última segunda-feira (24 de novembro), promoveu o lançamento do Selo “Todas Elas” do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) e formalizou uma Carta de Intenções para a repactuação dos fluxos de atendimento, visando aprimorar a inteligência coletiva e o suporte integral às mulheres em situação de violência

A Rede Elas celebrou seus 10 anos de atuação no enfrentamento à violência contra a mulher no Distrito Federal durante o seminário “Conexões pela Vida das Mulheres”, realizado no Auditório da Uniceplac, no Gama Leste. O evento reuniu profissionais do sistema de justiça, políticas públicas e sociedade civil para debater a importância da atuação em rede e do suporte integral às mulheres do Gama e de Santa Maria.

Lançamento do Selo e Homenagens ✨

Um dos pontos altos da programação foi o lançamento do Selo “Todas Elas”, uma iniciativa do Núcleo de Gênero (NG) do MPDFT que reconheceu o trabalho da Rede Elas.

  • Reconhecimento: A coordenadora do NG do MPDFT, promotora de justiça Adalgiza Aguiar, ressaltou que a Rede Elas se consolidou como uma das mais importantes iniciativas de enfrentamento à violência no DF, sendo um “movimento coletivo vivo”.

  • Homenagens: Quatro integrantes da Rede foram homenageadas com certificados de reconhecimento por sua atuação: Luana Marilis (Comunidade do Gama), Terezinha Rocha (Comunidade de Santa Maria), Denise Chaves (TJDFT) e Flavia Mendes (Cecon/Sedes-DF).

(Re)pactuação de Fluxo e Compromisso Futuro

Durante a manhã, foi firmado o compromisso com a “(Re)pactuação do Fluxo de Atendimento” para as mulheres do Gama e de Santa Maria.

  • Liderança: O esforço foi liderado pela coordenadora das Promotorias de Justiça do Gama, Vyvyany Viana Nascimento, e pelo juiz do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Gama, Felipe de Oliveira Kersten.

  • Formalização: A agenda de compromisso foi formalizada com a assinatura da Carta de Intenções pelos gestores das duas regiões, consolidando o cronograma de repactuação do fluxo da Rede Elas para o primeiro semestre de 2026.

A programação da tarde focou no aprimoramento técnico, com a palestra sobre “Atendimento às Mulheres em Situação de Violência de Gênero sob uma Perspectiva Interseccional”, destacando a necessidade de considerar marcadores sociais de raça, classe e orientação sexual no acompanhamento.


Com informações: Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)

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“Por que nos querem esquecidas?”: Vitória Gomes descoloniza a memória e expõe o apagamento das mulheres no patrimônio

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A professora e pesquisadora Vitória Gomes lança o livro Por que nos querem esquecidas?, resultado de sua tese de doutorado. A obra mergulha nas relações entre gênero, memória e colonialidade, denunciando o esquecimento sistemático de mulheres (especialmente negras, indígenas e LGBTQIA+) nos patrimônios. Gomes critica a etimologia androcêntrica do termo “patrimônio” (patrimonium) e estabelece uma conexão contundente entre feminicídio e memoricídio como políticas de dominação do patriarcado.


A professora e pesquisadora Vitória Gomes acaba de lançar o livro Por que nos querem esquecidas? Patrimônios, matrimônios e a descolonização da memória (Editora da UECE, 2025). A obra é resultado de sua tese de doutorado em Ciência da Informação (UFPB) e propõe uma reflexão urgente sobre como as estruturas de poder têm silenciado e apagado o protagonismo de mulheres em diferentes contextos.

A Crítica ao “Patrimonium” e a Busca pelos “Matrimônios” 🏛️

O interesse de Vitória Gomes pelo tema surgiu de uma inquietação com a origem do termo patrimônio. A palavra em latim, patrimonium, remete à sociedade romana, significando aquilo que pertencia ao pai (pater familias) e que era transmitido como herança masculina.

  • Inquietação Pessoal e Coletiva: A autora, criada em meio a mulheres de personalidade forte, como sua mãe e tia (com pouca escolarização e histórico de exploração como empregadas domésticas), questiona o uso de uma palavra que omite a atuação feminina para designar o que é culturalmente relevante.

  • Memoricídio como Política: Gomes argumenta que o esquecimento das mulheres não é acidental, mas sim uma política do patriarcado. Ela estabelece uma conexão direta entre feminicídio (o extermínio da vida) e memoricídio (o extermínio do lugar de sujeito na história), afirmando que a obliteração da memória das mulheres é fundamental para a esfera de dominação.

“No Capítulo ‘Esquecimento tem gênero e característica étnico-racial’ eu trago como a memória da Beata Maria de Araújo […] raras representações no espaço público, enquanto a de Padre Cícero está em todo lugar.”

Vivência, Arte e a Descolonização de Saberes 📝

Natural de Brasília, mas criada em Juazeiro do Norte (CE) – terra de fortes silenciamentos –, a trajetória pessoal da autora e sua vivência no Cariri cearense são fios condutores da obra. A autora utiliza sua própria história, como a primeira doutora da família, para questionar a deslegitimação dos saberes de suas ancestrais (parteira, rezadeira, artesã).

  • Diálogo entre Arte e Pesquisa: Além de pesquisadora, Vitória Gomes é poeta, dramaturga e brincante (integrante do grupo de Coco São Francisco). Ela afirma que a poesia, a dança (Coco e Reisado) e o teatro afetam sua forma de pensar e escrever, permitindo-lhe transitar de um rigor acadêmico para uma linguagem mais acessível na obra.

  • Pós-doutorado em Saberes Tradicionais: Atualmente, em seu pós-doutorado na UFMG, ela investiga os saberes tradicionais de mulheres em Minas Gerais, uma vivência que delineará o seu próximo livro, focado no conceito de matrimônios como contraponto ao patrimonium.

O livro integra a Coleção Territórios de Criação, fruto do edital da Secretaria da Cultura do Ceará via Lei Paulo Gustavo, reforçando seu propósito de descolonizar saberes e democratizar vozes.


Com informações: Diplomatique

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Caesb suspende atendimento presencial, mas mantém serviços essenciais e canais digitais ativos

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A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) informa que não haverá atendimento presencial na Sede e nos Escritórios nos dias 20/11 (feriado) e 21/11 (ponto facultativo). As equipes de Operação e Manutenção trabalharão normalmente, e os consumidores podem recorrer à Central 115 ou aos canais digitais para atendimento 24 horas

A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) comunicou que suspenderá o atendimento presencial em sua Sede e nos Escritórios de Atendimento nos dias 20 de novembro (feriado nacional do Dia da Consciência Negra) e 21 de novembro (ponto facultativo para o serviço público do DF).

Apesar da suspensão do atendimento presencial, as equipes de Operação e Manutenção da Caesb trabalharão normalmente para garantir a continuidade dos serviços essenciais.

Canais de Atendimento 24 Horas

Os consumidores que necessitarem de serviços ou informações da companhia podem utilizar os canais remotos, disponíveis 24 horas:

  • Central de Atendimento: Telefone 115.

  • WhatsApp: (61) 3029-8115.

  • Aplicativo da Caesb: Disponível para sistemas IOS e Android.

  • Site: Por meio do Portal de Serviços em www.caesb.df.gov.br.

Tanto o Portal de Serviços quanto a Central de Atendimento permitem o agendamento de atendimento para dias úteis posteriores.


Com informações: CAESB

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