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Cultura

Dia Mundial do Livro: As 10 melhores obras do século 21

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Uma lista organizada pelo The New York Times com o voto de 503 participantes — entre eles, escritores de ficção, poetas, críticos literários e leitores — seleciona as 10 melhores obras do século; veja

No dia 23 de abril, data definida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), comemora-se o Dia Mundial do Livro.

Nesta data, desde 1995, ano que também marca o aniversário de morte de William Shakespeare, cada uma das capitais mundiais do livro — definidas pelo braço da ONU — promove eventos para a valorização das obras e da leitura.

Em julho de 2024, uma lista organizada pelo The New York Times selecionou as 100 melhores obras do século 21, reunindo autores diversos de ficção e não-ficção de diversas partes do mundo.

A seleção foi realizada com base nos votos de 503 participantes — entre eles, escritores de ficção, poetas, críticos literários e leitores —, incluindo nomes como Stephen King, Sarah Jessica Parker e Scott Turow.

Agora, em homenagem à data, aqui estão as 10 melhores obras selecionadas:

10. Gilead, de Marilynne Robinson

Em décimo lugar, Gilead, ambientado na Iowa de 1956, é um romance descrito como profundo e filosófico, vencedor do Pulitzer de Ficção em 2005.

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Escrito em formato de carta, em tom de despedida, por um pastor idoso a seu filho pequeno, trata de histórias familiares e é um retrato da cultura protestante norte-americana.

O nome da cidade ficcional da obra, Gilead, é “emprestado” da narrativa bíblica do Livro de Jeremias, em que designa um lugar onde “a cura pode ou não ser encontrada” — como na frase: “Não há bálsamo em Gileade?

De acordo com A. O. Scott, que escreveu a descrição da obra para o Times, o livro é “uma celebração da decência tranquila da vida em uma cidade pequena e do protestantismo tradicional na década de 1950”, mas também “uma crítica implacável de como o fervor moral e a visão religiosa do movimento abolicionista se transformaram, um século depois, em complacência”.

9. Não Me Abandone Jamais, de Kazuo Ishiguro

Não me abandone jamais é um romance distópico que se passa numa Inglaterra alternativa. A narrativa, conduzida pela personagem Kathy, acompanha sua vivência em um internato onde crianças são criadas para se tornarem doadoras de órgãos.
O livro inspirou o filme homônimo (Never Let Me Go, de 2010), dirigido por Mark Romanek e estrelado por Keira Knightley, Andrew Garfield e Carey Mulligan.

8. Austerlitz, de W.G. Sebald

O livro narra, em tom poético, as lembranças e vivências pessoais de Jacques Austerlitz, um arquiteto judeu levado como refugiado durante a Segunda Guerra Mundial.

Combina elementos de fotografia, ensaio e romance, compondo um retrato melancólico sobre o tempo, a memória e a identidade coletiva.

7. Os Caminhos para a Liberdade (The Underground Railroad), de Colson Whitehead

A obra de Whitehead é uma releitura ficcional e alegórica da rede clandestina que ajudava escravizados a escapar no século 21 — aqui, representada por uma ferrovia subterrânea literal, com trens secretos.

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A narrativa acompanha Cora, uma jovem escravizada na busca por sua liberdade, em uma América alternativa e surreal. O livro venceu o Prêmio Pulitzer em 2017.

6. 2666, de Roberto Bolaño

Obra póstuma e inacabada, 2666 é dividida em cinco partes. Nela, Bolaño narra a obsessão de um grupo de acadêmicos por uma cidade onde ocorrem assassinatos em série de mulheres, em um local fictício do México — inspirado em Ciudad Juárez.
O livro é descrito como “vertiginoso, profundo e fervilhante”.

5. As Correções, de Jonathan Franzen

Franzen constrói, em As correções, uma saga familiar: na obra, centrada nos Lambert, uma família de classe média do Meio-Oeste americano, os familiares enfrentam juntos o envelhecimento e a dissolução de seus vínculos afetivos, enquanto lidam com dilemas existenciais.

A narrativa tem um humor ácido e é interpretada como crítica às contradições do sonho americano sob o capitalismo contemporâneo.

4. O Mundo Conhecido, de Edward P. Jones

Ambientado nos tempos que antecedem a Guerra Civil americana, o romance conta a história de Henry Townsend, um homem negro e livre que se torna proprietário de escravos.

Ganhador do Pulitzer de Ficção em 2004, o livro transita entre diferentes personagens e pontos de vista, conduzindo o leitor por camadas de tensão moral e histórica.

3. Wolf Hall, de Hilary Mantel

O romance histórico de Mantel acompanha a ascensão de Thomas Cromwell, conselheiro do rei Henrique VIII, na Inglaterra do século 16.

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Com estilo literário denso e de caráter psicológico, é considerado uma “reinterpretação sofisticada das intrigas políticas da corte Tudor”.

2. O Calor de Outros Sóis (The Warmth of Other Suns), de Isabel Wilkerson

A jornalista Isabel Wilkerson foi a primeira mulher negra a vencer o Pulitzer de jornalismo, em 1994, por sua cobertura das inundações no Meio-Oeste americano.

Sua obra mais celebrada, O calor de outros sóis, segundo lugar na lista do Times, narra a Grande Migração norte-americana — movimento em que cerca de seis milhões de afro-americanos deixaram o sul dos EUA rumo ao norte e oeste do país, entre 1915 e 1970.

A partir de três histórias reais, Wilkerson documenta a luta por dignidade racial com sensibilidade histórica e rigor jornalístico.

1. A Amiga Genial, de Elena Ferrante

Finalmente, o romance eleito como a melhor obra de literatura do século 21 pertence à aclamada escritora italiana Elena Ferrante, cuja identidade permanece desconhecida.

No primeiro volume da Tetralogia Napolitana, Ferrante retrata a amizade entre Lila e Lenù, duas meninas que crescem em um bairro pobre de Nápoles nos anos 1950.

A narrativa atravessa décadas, explorando temas como educação, violência, desigualdade de gênero e classe.

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“Minha Amiga Genial está consolidado como um dos principais exemplos da chamada autoficção, uma categoria que dominou a literatura do século 21”, escreve o Times. “Ler este romance intransigente e inesquecível é como andar de bicicleta sobre cascalho: áspero, escorregadio e estressante — tudo ao mesmo tempo.”

A Tetralogia de Ferrante inspirou, em 2024, a criação de uma série de televisão que leva o nome do primeiro livro, My Brilliant Friend, exibida pela HBO Max.


Fonte: Revista Fórum

Cultura

Vozes Decoloniais: Parceria franco-brasileira inverte o fluxo de conhecimento e aposta em novas narrativas do Sul Global

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Em celebração aos 200 anos das relações diplomáticas, a iniciativa Vozes Decoloniais une as escolas francesas Kourtrajmé e o Projeto Paradiso em um laboratório inédito de desenvolvimento de séries. O projeto, que acontece em Salvador (BA) e reúne cineastas do Brasil, França, Caribe e Senegal, busca formar uma cinematografia do futuro forjada por vozes diversas e sub-representadas. O intercâmbio demonstra que o Brasil é hoje uma fonte de inspiração, exportando perspectivas únicas sobre representatividade e estética do cinema negro

A celebração dos 200 anos das relações diplomáticas entre Brasil e França marca a consolidação de uma parceria inovadora no audiovisual: a iniciativa Vozes Decoloniais, um laboratório de desenvolvimento de narrativas seriadas criado pelas Escolas Kourtrajmé (fundadas pelo cineasta Ladj Ly) e pelo Projeto Paradiso.

Inversão do Fluxo e Diálogo Transatlântico 🔄

O encontro entre as instituições, iniciado em 2022, reafirmou a convicção de que o cinema do futuro será moldado por vozes de origens diversas.

  • Brasil como Inspirador: O diálogo demonstrou que o fluxo de conhecimento não se limita mais ao eixo Norte-Sul Global. Hoje, o Brasil está em posição de destaque, exportando perspectivas únicas sobre representatividade, estética e narrativa audiovisual.

  • Masterclasses: A primeira fase da oficina contou com masterclasses de profissionais brasileiros como Adirley Queirós, Lílis Soares e Luciana Bezerra, abordando temas cruciais como a estética do cinema negro, a fotografia da pele negra e estratégias de criação coletiva.

Laboratório Criativo na Bahia 🎬

A segunda e mais prática etapa da iniciativa ocorre em Salvador, Bahia, a partir de 5 de dezembro. O estado foi escolhido por seu forte simbolismo como polo cultural negro e por sintetizar o diálogo transatlântico que o projeto busca.

  • Protótipo de Série: Oito profissionais — quatro brasileiros e quatro ex-alunos Kourtrajmé (vindos da França, Caribe e Senegal) — desenvolverão, de forma colaborativa, o protótipo de uma série original (proof of concept) a ser apresentada ao mercado internacional.

  • Cinematografia Polissêmica: A criação visa refletir as realidades sociais e ambientais diversas de seus autores, mobilizando histórias capazes de dialogar com audiências igualmente plurais.

Compromisso com a Diversidade e Formação 🎓

Tanto o Projeto Paradiso quanto as Escolas Kourtrajmé são exemplos de compromisso com a diversidade e a formação de talentos fora dos grandes centros:

  • Rede Paradiso: O núcleo brasileiro é composto por profissionais de todas as regiões e tem 40% de profissionais não-brancos, priorizando dimensões regionais, raciais e de gênero.

  • Escolas Kourtrajmé: Criadas na periferia de Paris, as escolas são gratuitas, profissionalizantes e enraizadas no território, visando transformar a sub-representação no audiovisual em equipes artísticas e técnicas.

O encontro entre os talentos sub-representados do Sul Global e da França aponta para uma cinematografia do futuro moldada por policentrismos, onde as estéticas emergem do cruzamento de sensibilidades culturais diversas.


Com informações: Diplomatique

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Brasil

Bumba Meu Boi: Espetáculo Auto do Guriatã Homenageia Mestre Humberto de Maracanã

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🎭 Musical contemporâneo celebra a obra do maranhense Humberto de Maracanã em São Paulo. O Auto do Guriatã apresenta a narrativa do Bumba Meu Boi com acessibilidade e oficinas gratuitas, promovendo um diálogo entre a rica tradição do Maranhão e a cena cultural paulistana.


Cultura Popular Maranhense Ganha Palco em São Paulo

Entre os dias 3 e 6 de dezembro, a cidade de São Paulo sediou o Auto do Guriatã, um espetáculo musical contemporâneo que revisita e enaltece a tradição do Bumba Meu Boi. A montagem, realizada pelo Núcleo Maracá, é uma ópera popular que tem como fio condutor o repertório e a genialidade de Humberto de Maracanã, um dos nomes mais emblemáticos da cultura popular brasileira. A circulação do projeto na capital paulista incluiu apresentações abertas ao público e uma série de oficinas gratuitas.

As atividades foram projetadas para democratizar o acesso, incluindo recursos de acessibilidade como Língua Brasileira de Sinais (Libras) e audiodescrição nas apresentações. Além da capital, o projeto estendeu sua programação ao interior paulista, com uma sessão especial no Festival Curau, na cidade de Piracicaba.

A Narrativa Simbólica e o Repertório do Mestre

O espetáculo Auto do Guriatã se estrutura em torno da narrativa central do Bumba Meu Boi: o ciclo que envolve o roubo, a morte e a ressurreição do animal. A história é protagonizada por Pai Francisco, que tenta satisfazer o desejo de sua esposa grávida, Catirina, culminando na perda e posterior cura do Boi.

Essa trama ancestral ganha uma roupagem operística e contemporânea através das toadas compostas por Mestre Humberto de Maracanã. O repertório, que retrata simbolicamente o ciclo da vida e da arte, faz parte do álbum homônimo, Auto do Guriatã, produzido por André Magalhães e com lançamento programado nas plataformas digitais.

Diálogo entre Tradição e Modernidade no Palco

A montagem do Núcleo Maracá é marcada pela reunião de figuras respeitadas da cultura popular e artistas da cena contemporânea. O elenco e a equipe contam com nomes como Tião Carvalho, Graça Reis, Ana Maria Carvalho e Sapopemba, que interagem com músicos modernos como Renata Amaral, que também assina a idealização e direção geral do projeto, e outros colaboradores como Lincoln Antonio, Ariel Coelho e Aline Fernandes.

Renata Amaral, diretora da obra, destacou que as toadas do mestre maranhense possuem uma estrutura que se assemelha a uma opereta, justificando a escolha por uma montagem teatral para “honrar sua memória e genialidade”.

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Um dos pontos de ruptura na tradição propostos pelo espetáculo é a escalação da Mestra Graça Reis para o papel do Amo, personagem central do Bumba Meu Boi que, historicamente, é interpretado por homens. Segundo Renata Amaral, essa decisão busca evidenciar “um lugar de potência” para as mulheres dentro do folclore e “atualizar o discurso sobre relações de poder dentro da nossa tradição popular”.

O Legado de Humberto de Maracanã

A escolha do repertório se deve ao impacto duradouro da obra de Mestre Humberto de Maracanã. Suas toadas foram gravadas e interpretadas por artistas de reconhecimento nacional, como Maria Bethânia, Alcione e Zeca Baleiro. A comunidade do Boi de Maracanã, que reúne mais de mil integrantes, contribuiu ativamente para o projeto, participando das oficinas e oferecendo um contato direto com os cantos, toques e danças que compõem essa manifestação cultural centenária.

Nascido em São Luís, no Maranhão, em 1939, Humberto foi consolidado como mestre do Boi de Maracanã aos 34 anos, tornando-se uma das maiores referências do gênero. Sua composição “Maranhão, Meu Tesouro, Meu Torrão” é amplamente reconhecida como um hino do São João maranhense. Seu trabalho e sua contribuição foram celebrados com prêmios de relevância nacional, incluindo o Prêmio Culturas Populares do Ministério da Cultura (MinC) e o 23º Prêmio da Música Brasileira.

As diversas oficinas de Bumba Meu Boi realizadas em espaços culturais como o Instituto de Artes da Unesp, a Casa Mestre Ananias, a EMEF Desembargador Amorim Lima e a Vila Itororó, tiveram como objetivo aproximar o público paulistano da riqueza e da complexidade do Bumba Meu Boi maranhense, promovendo o intercâmbio cultural e a preservação dessa manifestação tradicional.


Cim informações da: Revista Fórum

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Cultura

Apresentador “Ordinario.com” volta com tudo em megaevento com Amado Batista

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Ao lado de Senna Produções, do DJ Dudu e de grandes nomes da música nacional, o carismático locutor comanda evento histórico na Fábrica 040 no dia 06 de dezembro, em Santa Maria-DF

Santa Maria e entorno se preparam para uma noite inesquecível. No próximo sábado, 06 de dezembro de 2025, a Fábrica 040 – Polo JK, em Santa Maria, será palco de um dos maiores eventos sertanejos do ano. E à frente de tudo isso está um nome que ecoa com força nas rádios, nos stories e, principalmente, nos corações dos moradores da região: Ordinario.com.

Filho legítimo de Santa Maria, bairro que respira cultura, Ordinario.com não é apenas um locutor ou apresentador, ele é voz, memória e representação viva da alma local. Conhece cada esquina, cada história e, sobretudo, entende como poucos o que o povo de Santa Maria e entorno quer: festa com raiz, com respeito e com brilho.

E é justamente essa conexão profunda com a cultura local que faz do seu retorno ao grande palco um marco. Ele está de volta em grande estilo, unindo forças com a Senna Produções, reconhecida como uma das maiores promotoras de eventos da Região, e com o DJ Dudu, aclamado como um dos maiores DJ desta geração.

O evento contará com um line-up estelar, pensado para agradar todos os gostos do universo sertanejo e beyond. Além do próprio Ordinario.com comandando a festa com seu carisma e energia contagiante, o público poderá curtir os shows de Fred & Rodrigo, Pedro Paulo & Matheus e o lendário Amado Batista, o “cantor das multidões”, cuja voz carrega décadas de história da música popular brasileira.

A pista também será dominada por grandes nomes, além de DJ Dudu, estarão presentes DJ René Ricohet e Locutor Marcão Alencar, com sua voz marcante. Para fechar com chave de ouro, o palco receberá ainda Lukas & Gustavo, Paulo Lima e Jean Almeida.

Mas mais do que um simples festa, este é um evento que a cidade e a região merecem, e ninguém melhor do que Ordinario.com para conduzir essa celebração. Ele não apenas apresenta; ele traduz, conecta e emociona.

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“A gente tá fazendo isso com o coração. Santa Maria merece brilhar. E no dia 06, a Fábrica 040 vai virar o centro do Brasil”, afirmou Ordinario.com em entrevista exclusiva.

Com uma estrutura impecável, segurança reforçada, praça de alimentação variada e cenografia imersiva, o evento promete ser o ponto alto da temporada de festas de fim de ano na capital federal.

Ordinario.com está de volta. E dessa vez, ele não veio sozinho — trouxe a festa inteira com ele.


Serviço:
Evento: 50 Anos de Carreira do Mais Amado do Brasil
Data: 06 de dezembro de 2025 (sábado)
Local: Fábrica 040 – Polo JK, Santa Maria, Brasília/DF
Atrações: Ordinario.com, DJ Dudu, Fred & Rodrigo, Pedro Paulo & Matheus, Amado Batista, DJ René Ricohet, Lukas & Gustavo, Paulo Lima, Jean Almeida, Locutor Marcão Alencar
Realização: Senna Produções

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