Com a reforma eleitoral de 2021, o Brasil passou a contar com um novo modelo de aliança política: as federações partidárias. Diferentemente das tradicionais coligações, que existem apenas durante o período eleitoral, as federações representam um compromisso político de longo prazo, com duração mínima de quatro anos — o equivalente a um ciclo eleitoral completo.
A mudança alterou profundamente a dinâmica das alianças, exigindo coerência programática e atuação conjunta dos partidos envolvidos, tanto na campanha quanto no Congresso e nas assembleias estaduais e câmaras municipais.
Como funcionam as federações?
Na prática, os partidos que formam uma federação atuam como uma única legenda, mas mantêm suas identidades preservadas:
- Cada sigla conserva nome, número eleitoral e filiados;
- Dividem tempo de propaganda eleitoral em rádio e TV;
- Compartilham acesso ao Fundo Partidário e prestação de contas;
- Somam seus votos para fins de cláusula de barreira, facilitando a obtenção de recursos e representação parlamentar.
Além disso, as federações podem disputar eleições proporcionais (deputados federais, estaduais e vereadores), algo que as coligações só podem fazer em eleições majoritárias (presidente, governador, prefeito e senador).
Como se formam?
Para ser válida, uma federação precisa ser:
- Registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
- Aprovada até seis meses antes da eleição;
- Formada por pelo menos dois partidos com atuação nacional.
O modelo foi estreado nas eleições gerais de 2022 e voltou a ser usado nas eleições municipais de 2024.
Federações ativas para 2026
Atualmente, três federações estão em funcionamento:
- Brasil da Esperança (FE Brasil): PT, PCdoB e PV;
- PSDB Cidadania: PSDB e Cidadania;
- PSOL Rede: PSOL e Rede Sustentabilidade.
Essas alianças já atuam de forma integrada em diversas frentes, como na indicação de candidaturas, na formação de blocos parlamentares e na elaboração de programas de governo.
Diferença crucial: coligações são temporárias, federações são duradouras
Consequências do rompimento
O partido que sair de uma federação antes do prazo de quatro anos enfrenta punições severas:
- Fica proibido de participar de outra federação ou coligação nas duas próximas eleições;
- Perde o direito ao acesso ao Fundo Partidário pelo tempo restante do período original.
A federação, no entanto, pode continuar existindo se permanecerem pelo menos dois partidos.
Um novo tempo para a política brasileira
As federações partidárias representam uma tentativa de fortalecer a governabilidade, reduzir a fragmentação partidária e incentivar alianças ideologicamente coesas. Para as eleições de 2026, esse modelo deve ser ainda mais estratégico, especialmente em um cenário de disputa acirrada entre blocos de centro, esquerda e direita.
“A federação não é só uma aliança eleitoral. É um compromisso com um projeto político comum”, afirma um cientista político.
Com informações: TSE / Revista Fórum


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