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Governo Federal

Lula veta 63 trechos do PL do Licenciamento e mantém proteção ambiental

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Presidente vetou pontos do PL que enfraqueciam licenciamento ambiental. Governo mantém proteção a povos indígenas, Mata Atlântica e unidades de conservação, e propõe nova tramitação com MP e PL alternativo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, na sexta-feira (8/8/2025), 63 vetos parciais ao Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental (PL), aprovado pelo Congresso em julho. A decisão foi tomada após análise técnica e jurídica conduzida pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), Casa Civil e outros órgãos. O texto, criticado por organizações ambientais como o “PL da Devastação”, previa ampla flexibilização das regras de licenciamento, com risco de enfraquecimento da proteção ambiental no país.

Com os vetos, o governo preservou pontos essenciais da legislação ambiental e, ao mesmo tempo, propôs inovações para agilizar processos, dentro de um equilíbrio entre desenvolvimento sustentável e proteção ecológica.

Critérios para os vetos

Segundo o governo, as decisões foram baseadas em quatro pilares:

  1. Integridade do processo de licenciamento ambiental
  2. Proteção aos direitos de povos indígenas e comunidades quilombolas
  3. Segurança jurídica para empreendedores
  4. Inovação com responsabilidade, para agilizar trâmites sem comprometer a fiscalização

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que as metas do Brasil em desmatamento zero e redução de emissões de CO₂ entre 59% e 67% até 2030 permanecem intactas: “Nossas metas estão perfeitamente mantidas”.

Os 9 principais pontos vetados e ajustados

1. Licença por Adesão e Compromisso (LAC)

Como estava: o PL ampliava o uso da LAC — licença por autodeclaração — para empreendimentos de médio potencial poluidor, incluindo barragens como a de Brumadinho (MG).
O que foi feito: veto à ampliação. A LAC será restrita a atividades de baixo potencial de impacto, com limites claros para evitar riscos.

2. Poderes de estados e municípios

Como estava: estados e municípios poderiam definir livremente quais atividades estariam sujeitas ou não ao licenciamento.
O que foi feito: veto a dispositivos que permitiam despadronização total. O governo evita uma “competição antiambiental” entre entes federativos para atrair investimentos com regras mais brandas.

3. Proteção da Mata Atlântica

Como estava: um “jabuti” no texto revogava artigos da Lei da Mata Atlântica, permitindo supressão de vegetação primária e secundária sem análise prévia.
O que foi feito: veto integral ao trecho. A proteção ao bioma foi mantida conforme a legislação vigente.

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4. Direitos de povos indígenas e quilombolas

Como estava: a consulta a terras indígenas e quilombolas só seria obrigatória se já houvesse decreto presidencial de demarcação.
O que foi feito: veto ao dispositivo. O novo texto assegura a consulta prévia mesmo em terras em processo de reconhecimento pela Funai e Fundação Palmares, em conformidade com a Constituição.

5. Cadastro Ambiental Rural (CAR)

Como estava: produtores com CAR pendente de análise poderiam ser dispensados do licenciamento.
O que foi feito: veto. A dispensa só será válida para quem já tiver o CAR analisado e aprovado, garantindo controle ambiental prévio.

6. Impactos indiretos e condicionantes

Como estava: medidas de mitigação e compensação seriam exigidas apenas para impactos diretos.
O que foi feito: veto ao limite. O governo propõe que, sempre que houver nexo de causalidade, mesmo para impactos indiretos, deverão ser exigidas medidas de controle.

7. Unidades de Conservação (UCs)

Como estava: a manifestação do órgão gestor de uma UC não seria vinculante.
O que foi feito: veto ao artigo. A decisão técnica do órgão gestor passa a ter força obrigatória, reforçando a proteção de áreas sensíveis.

8. Licenciamento Ambiental Especial (LAE)

Como estava: criava o LAE com fase única (monofásico), liberando todas as licenças de uma vez, mesmo sem viabilidade ambiental comprovada.
O que foi feito: veto ao modelo monofásico. Em seu lugar, o governo editou uma Medida Provisória (MP) criando o LAE com fases distintas, garantindo análise técnica prévia. Empreendimentos prioritários serão definidos por um Conselho de Governo com todos os ministérios.

9. Responsabilidade de instituições financeiras

Como estava: o PL reduzia a responsabilidade de bancos que financiam projetos com danos ambientais.
O que foi feito: veto ao trecho. O governo manteve que instituições financeiras devem exigir licenciamento ambiental antes de liberar crédito.

Nova estratégia: MP e PL alternativo

Para evitar um vácuo regulatório e manter o debate em curso, o governo:

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  • Publicou uma Medida Provisória com o novo modelo de LAE (sem fase única)
  • Enviou um novo Projeto de Lei ao Congresso, com as redações alternativas aos trechos vetados

O texto será apreciado em regime de urgência constitucional. A articulação com parlamentares já está em andamento para garantir a aprovação.

Posicionamento do governo

Marcos Rogério, secretário especial da Casa Civil, resumiu: “A ideia é aperfeiçoar o texto do Congresso, acelerar processos, mas sem abrir mão da Constituição, da legislação ambiental e da proteção ao meio ambiente”.

Questionada sobre a aplicação do LAE em projetos polêmicos, como a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, a ministra Marina Silva foi clara: “Os processos de licenciamento serão respeitados. O órgão ambiental pode negar, se entender que há risco”.


Com informações: MMA / Governo Federal / ECO

Brasil

Governo federal simplifica renovação da CNH e elimina exames para motoristas sem infrações

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O governo federal oficializou uma Medida Provisória que altera as regras de renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil, beneficiando motoristas sem histórico de infrações. A principal mudança é a renovação automática da habilitação, eliminando a exigência de exames médicos a cada ciclo para condutores que não acumularam pontos. Os exames só serão obrigatórios quando houver mudança de faixa etária

Redução de Custos e Benefícios ao “Bom Condutor” 💰

As alterações fazem parte de um pacote do Ministério dos Transportes que visa reduzir a burocracia e os custos para os motoristas.

  • Redução de Custos: A estimativa do Ministério é que o custo para tirar a primeira CNH caia de mais de R$ 3 mil para cerca de R$ 700,00.

  • Exames Médicos: O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou uma redução de 40% no valor dos exames médicos e psicológicos realizados pelos Detrans.

Novas Regras de Renovação por Faixa Etária 🚦

As novas regras preveem que a avaliação médica periódica só será exigida em etapas específicas da vida do condutor, desde que ele não tenha multas:

  • Um motorista que tirou a CNH aos 20 anos e se mantiver sem multas só precisará de nova avaliação médica ao completar 50 anos.

  • Após os 50, a avaliação volta a ser obrigatória aos 60 anos e, em seguida, em avaliações anuais a partir dos 70 anos.

Outras Mudanças de Burocracia

  • Prazo de Processo: O prazo rígido de um ano para concluir o processo de primeira habilitação foi extinto; quem exceder o tempo não precisará mais pagar novas taxas.

  • CNH Digital: O motorista poderá optar por possuir apenas a CNH digital. Quem desejar a versão física pagará valores adicionais.


Com informações: Revista Fórum

 

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Brasil

Ministério da Justiça lança Projeto Captura com lista dos foragidos mais perigosos do país

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com a presença do ministro Ricardo Lewandowski, lançou nesta segunda-feira (8) o Projeto Captura, uma plataforma nacional que reúne a lista dos criminosos mais perigosos e procurados do Brasil. A relação inicial conta com 199 nomes foragidos da Justiça, que podem chegar a 216, e inclui indivíduos com mandados de prisão em aberto, envolvidos em crimes hediondos e, em muitos casos, com facções criminosas

Principais Destaques da Lista de Foragidos 👤

Três nomes se destacam na lista de criminosos mais procurados:

Criminoso Histórico Criminal Status
André do Rap Traficante condenado a 25 anos por intermediar o envio de toneladas de cocaína para Europa e África. Usava fachada de empresário do entretenimento. Foragido desde 2020 após habeas corpus revogado pelo STF.
Doca (Edgard Alves de Andrade) Apontado como líder da cúpula do Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro. Investigado por mais de cem homicídios, incluindo execuções e o assassinato de três médicos em 2023. Foragido com mais de 20 mandados de prisão.
Bernardo Bello Bicheiro investigado por assassinatos de rivais, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Acusado de ser o mentor do assassinato do contraventor Bid em 2020. Foragido desde 2022 após descumprir medidas cautelares impostas pelo STJ.

Dos nomes incluídos, 196 são homens e apenas três são mulheres: Marítssa Ingridy da Silva Rodrigues (Mato Grosso), Deuzirene Cardoso Silva (Roraima) e Yasmin Loranne Oliveira Santos (Tocantins).

Ações Estratégicas do MJSP 🛡️

O Projeto Captura visa aumentar a eficiência na localização e prisão desses criminosos.

  • Célula Operacional no Rio de Janeiro: Uma célula operacional focada será instalada no Rio de Janeiro, visto que áreas dominadas por organizações criminosas no estado concentram procurados de diferentes partes do país, incluindo membros do Comando Vermelho.

  • Sistema Nacional de Inteligência: O ministro Lewandowski também assinou a portaria que cria o Sistema Nacional de Inteligência para Enfrentamento ao Crime Organizado, que permitirá o compartilhamento de dados de inteligência entre forças federais e estaduais.


Com informações: Uol e DCM

 

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Brasil

Pesquisa Nacional de Mobilidade Urbana revela que ônibus rodaram 8,1 bilhões de quilômetros em um ano nas grandes cidades

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A Pesquisa Nacional de Mobilidade Urbana (Pemob) 2025 revelou que os ônibus urbanos das grandes cidades brasileiras percorreram mais de 8,1 bilhões de quilômetros em um ano, o equivalente a duzentas mil voltas ao redor da Terra. O levantamento, realizado pelo Ministério das Cidades, aponta que uma frota operacional de cerca de 22 mil ônibus transportou 4 bilhões de passageiros em 2024 nos 82 municípios e 13 governos estaduais que responderam ao questionário.

A Pemob 2025 reuniu informações de municípios com população superior a 250 mil habitantes (Censo 2022 do IBGE) e de regiões metropolitanas, fornecendo dados cruciais para o planejamento e a avaliação de políticas públicas de mobilidade.

O secretário de Mobilidade Urbana, Denis Andia, afirmou que a pesquisa é o ponto de partida para aprimorar as ações e garantir um transporte público de qualidade no Brasil.

Infraestrutura e Números do Transporte 🚌

Os dados coletados pela Pemob mostram a dimensão da infraestrutura de transporte público nas cidades que responderam ao levantamento:

  • Frota e Passageiros: A frota operacional de 22 mil ônibus corresponde a aproximadamente um quinto da frota nacional (estimada em 107 mil veículos). Em 2024, 4 bilhões de passageiros foram transportados por ônibus, e 4 milhões por barcos.

  • Pontos de Parada e Vias Exclusivas: Existem 143.572 pontos de embarque e desembarque, 409,8 km de vias exclusivas para BRT e mais de 229,6 mil vagas de estacionamento regulamentadas nos municípios respondentes.

A Pemob integra o desenvolvimento do Sistema Nacional de Informações em Mobilidade Urbana (SIMU), criado para ampliar o acesso a dados e visualizações rápidas sobre o setor, disponibilizando séries históricas, gráficos e informações completas para gestores.


Com informações: Ministério das Cidades, Revista Fórum

 

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