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Cultura

Morre Ozzy Osbourne, pioneiro do heavy metal, aos 76 anos

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Vocalista do Black Sabbath e ícone do rock faleceu cercado pela família. Último show foi em 5 de julho, em sua cidade natal. Diagnosticado com Parkinson, lutava contra a doença desde 2020

Falecimento de uma lenda do rock
Morreu nesta terça-feira (22/07) o músico britânico Ozzy Osbourne , ícone do heavy metal e fundador do Black Sabbath , aos 76 anos. A informação foi confirmada por um comunicado da família, que informou que o cantor faleceu em sua residência, em Staffordshire, na Inglaterra, cercado pela família e “cercado de amor” .

“É com mais tristeza do que meras palavras podem expressar que temos que informar que nosso amado Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Ele estava com a família e cercado de amor. Pedimos a todos que respeitem a privacidade da nossa família neste momento”, dizia o comunicado assinado por Sharon, Jack, Kelly, Aimee e Louis Osbourne .

Trajetória no Black Sabbath e nascimento do heavy metal
Nascido John Michael Osbourne em 3 de dezembro de 1948, em Birmingham, Inglaterra, Ozzy ganhou notoriedade como vocalista do Black Sabbath , banda formada em 1969 ao lado de Tony Iommi , Bill Ward e Geezer Butler . O nome da banda foi inspirado em um filme de terror homônimo, refletindo a estética sombria que marcaria o gênero.

O álbum de estreia, Black Sabbath (1970), é amplamente considerado um marco fundador do heavy metal. Durante sua primeira passagem pela banda, até 1978, participou de clássicos como Paranoid , War Pigs , Changes e Sabbath Bloody Sabbath . Foi demitido do grupo em 1979, mas retornou em várias ocasiões, incluindo turnês de reunião nas décadas seguintes.

Carreira solo e construção da imagem “Príncipe das Trevas”
Após deixar o Black Sabbath, Ozzy lançou-se em carreira solo com o Blizzard of Ozz , responsável por hits como Crazy Train e Mr. Crowley . Foi nesse período que consolidou sua imagem icônica, marcada por performances teatrais e polêmicas.

Uma delas ocorreu em 1982, quando um fã jogou um morcego vivo no palco durante um show nos EUA. Ozzy, pensando ser de borracha, mordeu a cabeça do animal — gesto que alimentou boatos de satanismo, embora ele tenha sempre negado qualquer ligação com o ocultismo. “Minha imagem não tem nada a ver com violência. É coisa teatral, como o carnaval”, disse em entrevista ao GLOBO em 1985, durante sua primeira apresentação no Rock in Rio .

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Desafios de saúde e diagnóstico de Parkinson
Em 2020, Ozzy anunciou que havia sido diagnosticado com Parkinson juvenil , doença que afetou sua capacidade de se apresentar com frequência. Apesar disso, seguiu participando de gravações e shows esporádicos. Em 2018, já com dificuldades motoras, esclareceu que não estava se aposentando, mas sim encerrando turnês mundiais: “Não estou me aposentando. Apenas vou parar com as turnês mundiais, dar uma relaxada.”

Seu último show ocorreu em 5 de julho de 2025 , em Birmingham, lotando o estádio e sendo transmitido ao vivo para milhares de fãs pelo mundo. O evento foi tratado como uma despedida emocionada da turnê No More Tours 2 , nome já usado em 1992, em outra “despedida” que não se concretizou.

Legado além da música
Além da carreira musical, Ozzy ganhou projeção global com o reality show The Osbournes , exibido entre 2002 e 2005, que retratava sua vida em família ao lado da esposa Sharon e dos filhos Kelly e Jack . O programa humanizou sua imagem e o tornou uma figura pop, além de ícone do rock.

Em 1996, ele e Sharon criaram o Ozzfest , festival de heavy metal que se tornou referência mundial e promoveu bandas emergentes do gênero.

Processos e controvérsias
Nos anos 1980, Ozzy enfrentou processos por suposta incitação ao suicídio em músicas como Suicide Solution , todos arquivados. Em 1990, lançou o álbum No More Tears , considerado um dos mais maduros de sua carreira, com faixas como Road to Nowhere e Mr. Tinkertrain . O disco rendeu ao cantor o Grammy de Melhor Performance de Metal em 1993 por I Don’t Want to Change the World .

Influência duradoura
Ozzy Osbourne deixa um legado como uma das figuras mais influentes da história do rock. Sua voz característica, sua postura desafiadora e sua capacidade de transformar o medo e o teatral em entretenimento moldaram gerações de músicos e fãs. Sua trajetória, marcada por excessos, superação e resiliência, tornou-se símbolo de resistência no mundo da música.


Com informações: O GLOBO

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Cultura

Apresentador “Ordinario.com” volta com tudo em megaevento com Amado Batista

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Ao lado de Senna Produções, do DJ Dudu e de grandes nomes da música nacional, o carismático locutor comanda evento histórico na Fábrica 040 no dia 06 de dezembro, em Santa Maria-DF

Santa Maria e entorno se preparam para uma noite inesquecível. No próximo sábado, 06 de dezembro de 2025, a Fábrica 040 – Polo JK, em Santa Maria, será palco de um dos maiores eventos sertanejos do ano. E à frente de tudo isso está um nome que ecoa com força nas rádios, nos stories e, principalmente, nos corações dos moradores da região: Ordinario.com.

Filho legítimo de Santa Maria, bairro que respira cultura, Ordinario.com não é apenas um locutor ou apresentador, ele é voz, memória e representação viva da alma local. Conhece cada esquina, cada história e, sobretudo, entende como poucos o que o povo de Santa Maria e entorno quer: festa com raiz, com respeito e com brilho.

E é justamente essa conexão profunda com a cultura local que faz do seu retorno ao grande palco um marco. Ele está de volta em grande estilo, unindo forças com a Senna Produções, reconhecida como uma das maiores promotoras de eventos da Região, e com o DJ Dudu, aclamado como um dos maiores DJ desta geração.

O evento contará com um line-up estelar, pensado para agradar todos os gostos do universo sertanejo e beyond. Além do próprio Ordinario.com comandando a festa com seu carisma e energia contagiante, o público poderá curtir os shows de Fred & Rodrigo, Pedro Paulo & Matheus e o lendário Amado Batista, o “cantor das multidões”, cuja voz carrega décadas de história da música popular brasileira.

A pista também será dominada por grandes nomes, além de DJ Dudu, estarão presentes DJ René Ricohet e Locutor Marcão Alencar, com sua voz marcante. Para fechar com chave de ouro, o palco receberá ainda Lukas & Gustavo, Paulo Lima e Jean Almeida.

Mas mais do que um simples festa, este é um evento que a cidade e a região merecem, e ninguém melhor do que Ordinario.com para conduzir essa celebração. Ele não apenas apresenta; ele traduz, conecta e emociona.

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“A gente tá fazendo isso com o coração. Santa Maria merece brilhar. E no dia 06, a Fábrica 040 vai virar o centro do Brasil”, afirmou Ordinario.com em entrevista exclusiva.

Com uma estrutura impecável, segurança reforçada, praça de alimentação variada e cenografia imersiva, o evento promete ser o ponto alto da temporada de festas de fim de ano na capital federal.

Ordinario.com está de volta. E dessa vez, ele não veio sozinho — trouxe a festa inteira com ele.


Serviço:
Evento: 50 Anos de Carreira do Mais Amado do Brasil
Data: 06 de dezembro de 2025 (sábado)
Local: Fábrica 040 – Polo JK, Santa Maria, Brasília/DF
Atrações: Ordinario.com, DJ Dudu, Fred & Rodrigo, Pedro Paulo & Matheus, Amado Batista, DJ René Ricohet, Lukas & Gustavo, Paulo Lima, Jean Almeida, Locutor Marcão Alencar
Realização: Senna Produções

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Cultura

Dia Nobre lança “Boca do Mundo” e destaca a força coletiva de mulheres na luta contra a violência

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O primeiro romance de Dia Nobre, “Boca do Mundo“, é a obra escolhida pela Amora Livros para novembro e aborda a intersecção entre violência de gênero, memória e cura. Historiadora de formação, a autora, que tem raízes no Cariri e no sertão de Pernambuco, foca nas vozes das mulheres que reelaboram a brutalidade cotidiana em um povoado ficcional chamado Urânia. O livro utiliza o simbolismo da encruzilhada e do imaginário ancestral, como a serpente, como metáforas para a resistência, o recomeço e o poder da união feminina

A historiadora e escritora Dia Nobre lançou seu primeiro romance, Boca do Mundo, obra que aborda a violência de gênero, a memória e as estratégias de sobrevivência feminina. O livro foi selecionado pelo clube de assinatura Amora Livros, dedicado à literatura contemporânea escrita por mulheres.

Crédito: Divulgação

Violência, Cura e o Feminino Complexo 💬

Dia Nobre construiu uma narrativa que recusa a estetização da violência. Seu foco é no modo como as mulheres criam estratégias de sobrevivência em meio à brutalidade, retomando o controle de seus corpos e histórias.

  • Fuga da Vitimização: A autora se propôs a deslocar o foco da violência em si para a voz das mulheres, como a personagem Tereza, que foge de uma situação de agressões domésticas.

  • Complexidade Feminina: Dia Nobre critica a representação frequentemente estereotipada de mulheres na literatura escrita por homens, onde lhes faltam “camadas”, sendo reduzidas ao papel de objeto sexual, megera ou, simplesmente, vítima.

  • Força Coletiva: A história ganha movimento quando as quatro personagens principais — Abigail, Hermínia, Urânia (o espaço que narra) e Tereza — se encontram na encruzilhada, símbolo central do livro. Para a autora, a união entre mulheres é uma força coletiva capaz de resistir à violência patriarcal.

Raízes no Sertão e Misticismo 🌵

A obra, ambientada em um sertão ficcional no estado de Pernambuco, é profundamente influenciada pelas vivências de Dia Nobre no Cariri (onde se formou em História pela URCA) e no sertão pernambucano.

  • Religiosidade: O universo da escrita é permeado pela religiosidade e pelas cosmogonias afro-indígenas e do catolicismo popular da região, como as romarias ao Padre Cícero.

  • Urânia, a Terra que Fala: O povoado ficcional de Urânia funciona como um personagem ativo que narra e interfere nos acontecimentos, metamorfoseando-se em seres encantados.

  • A Metáfora da Serpente: A figura da serpente e o fenômeno da ecdise (troca de pele) são eixos centrais, simbolizando a resistência, a adaptação e o renascimento das mulheres que deixam para trás um passado de violência.

  • Hermínia, a “Santa das Espancadas”: Inspirada em um culto popular que surgiu após o feminicídio de Maria Isabel da Conceição em 1929, a personagem representa a força protetora e a fé como um recurso de enfrentamento, denunciando, ao mesmo tempo, a insuficiência das políticas públicas.


Com informações: Diplomatique

 

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Cultura

Edileuza de Souza e Camila de Moraes: cineastas negras criam caminhos para reparar o apagamento do audiovisual

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As cineastas e pesquisadoras Edileuza Penha de Souza e Camila de Moraes consolidaram suas trajetórias como pilares na luta contra o apagamento histórico da mulher negra no cinema brasileiro. Edileuza, ao fundar a Mostra Competitiva de Cinema Negro Adelia Sampaio (a primeira a premiar cineastas negras), e Camila, ao criar a distribuidora Borboletas Filmes para garantir a circulação de filmes independentes, defendem a necessidade urgente de reparação e a ampliação de políticas públicas para o setor

Por décadas, o cinema brasileiro falhou em dar visibilidade às vozes e trajetórias de cineastas negras. Diante desse cenário de desigualdade estrutural, a professora, pesquisadora e realizadora Edileuza Penha de Souza e a jornalista, diretora e produtora Camila de Moraes construíram caminhos paralelos e redes de apoio que se tornaram decisivas para a transformação do audiovisual negro.

Edileuza Penha de Souza: a reparação do esquecimento

A trajetória de Edileuza Penha de Souza é marcada pela articulação entre pesquisa, formação e realização. Seu incômodo acadêmico ao pesquisar o amor romântico e não encontrar protagonistas ou diretoras negras a levou à redescoberta de Adelia Sampaio — a primeira cineasta negra do Brasil, cujo nome era praticamente ausente da academia.

  • Mostra Adelia Sampaio: Em 2014, Edileuza idealizou a primeira Mostra Competitiva de Cinema Negro Adelia Sampaio dentro da UnB. O objetivo era reparar o apagamento da cineasta, que dirigiu um longa em 1984 e produziu 72 filmes no período do Cinema Novo, mas não era reconhecida.

  • Luta por Direitos: Para Edileuza, a luta no audiovisual é inseparável da luta por direitos básicos: “Antes de falar de cinema, eu quero falar de saúde, de saneamento, de educação. O audiovisual faz parte dessa estrutura que sempre negou direitos à população negra.” Ela reforça a urgência da reparação, citando que até 2016 a Ancine não havia financiado nenhum longa dirigido por uma mulher negra.

Camila de Moraes: reinventando a distribuição

A jornalista e cineasta Camila de Moraes construiu uma trajetória emblemática, abordando violências do Estado e maternidades negras. Sua experiência mais marcante foi com o documentário O Caso do Homem Errado (2017), sobre o assassinato de Júlio César por policiais, que levou oito anos para ser produzido sem apoio de editais.

  • Criação da Borboletas Filmes: Após ter portas fechadas em festivais por ter exibido o filme em um ato político, Camila não desistiu, mas sim reinventou o modelo. Sem distribuidora, ela criou a Borboletas Filmes, uma distribuidora negra e independente que se tornou essencial para a circulação de obras de realizadores negros no país.

  • Impacto e Barreiras: Mesmo com a distribuidora e a criação do Circuito Filmes que Voam (projeto que leva sessões semanais de filmes nacionais a espaços culturais), Camila enfrenta barreiras: “Nossos filmes têm público, têm impacto, mas não são reconhecidos como mercado. Por quê?” A cineasta defende a revisão urgente dos critérios de distribuição no Brasil.

Ambas as cineastas compreendem o cinema como direito e política pública. Como afirma Camila: “Se o caminho convencional não nos acolhe, criamos outro caminho. Mas precisamos de estrutura pública para manter esse caminho aberto.”


Com informações: Edileuza Penha de Souza, Camila de Moraes e Agência Brasil

 

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