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MPDFT celebra 35 anos do ECA com reforço ao compromisso de proteção integral a crianças e adolescentes

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Logotipo do ECA com a inscrição '35 anos' e símbolos de proteção à criança

Promotoria destaca avanços, desafios e necessidade de atualização do estatuto diante dos novos tempos

Brasília – Neste domingo (13/07), o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 35 anos como marco legal na defesa dos direitos de meninas, meninos e jovens no Brasil. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) celebra a data reafirmando seu papel central na aplicação das diretrizes previstas na lei e na promoção de políticas públicas que garantam a efetiva proteção integral de crianças e adolescentes.

Criado em 1990, o ECA reconhece as crianças e os adolescentes como sujeitos de direitos , priorizando sua voz e participação na vida pública. Além disso, instituiu uma série de medidas protetivas e educativas para enfrentar violações e promover desenvolvimento seguro e digno para todos os jovens brasileiros.

Atuação estratégica do MPDFT

O Ministério Público atua por meio de duas frentes principais:

  • Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude (PJIJ) – responsável por fiscalizar o cumprimento do ECA e incentivar políticas públicas voltadas à primeira infância, educação, saúde e convivência familiar.
  • Núcleo de Enfrentamento à Violência e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes (Nevesca) – dedicado a fortalecer a rede de combate a abusos, exploração sexual e outras formas de violência infantil.

Para a promotora Luisa de Marillac , da PJIJ, é essencial refletir sobre o alcance do estatuto e seus desafios:

“Houve avanços significativos nos últimos 35 anos, mas ainda há muitos desafios para que esse reconhecimento da condição de sujeito aconteça na prática. É preciso priorizar orçamentos para políticas públicas e garantir que crianças e adolescentes participem da avaliação dessas mesmas políticas.”

A promotora Camila Britto , coordenadora do Nevesca, destacou o impacto transformador do ECA:

“O estatuto conferiu às crianças e aos adolescentes a dignidade de sujeitos de direitos e a prerrogativa da prioridade absoluta. Mesmo com os desafios, ele continua inspirando o Ministério Público e toda a sociedade a seguir firme na luta por uma infância livre, segura e com oportunidades reais de desenvolvimento.”

Diretrizes para a justiça juvenil

Na esfera da responsabilidade socioeducativa, o ECA também trouxe mudanças estruturais. Segundo o promotor Renato Varalda , da Promotoria de Execução de Medidas Socioeducativas:

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“O ECA estabeleceu diretrizes claras para a responsabilização de adolescentes autores de atos infracionais, sempre com foco na proteção integral e reintegração social. No entanto, sua efetividade depende de uma rede de apoio estruturada e mecanismos jurídicos que garantam o cumprimento das determinações judiciais.”

Ele defende a atualização do ECA , para que possa responder melhor aos desafios contemporâneos, como o uso de tecnologia, o aumento da violência urbana e a complexidade do sistema educacional e assistencial.

Já o promotor Nino Franco , da Promotoria de Justiça Infracional, destacou o papel do ECA no sistema infracional:

“O ECA trouxe transparência e ritos específicos para casos envolvendo adolescentes, excluindo punições desproporcionais. Hoje, temos um sistema mais justo e humanizado, capaz de lidar com os jovens infratores de forma equilibrada, respeitando suas garantias constitucionais e promovendo sua reinserção social.”

Avanços conquistados

O ECA foi fundamental para consolidar o Artigo 227 da Constituição Federal de 1988 , regulamentando direitos fundamentais como:

  • Direito à vida e à saúde
  • Liberdade e respeito à dignidade
  • Educação e convivência familiar e comunitária
  • Proteção contra negligência, violência, exploração e crueldade

Ao longo de três décadas e meia, o estatuto também impulsionou avanços concretos, entre eles:

  • Universalização da educação pública
  • Redução da mortalidade infantil
  • Criação dos Conselhos Tutelares e das Varas da Infância e Juventude
  • Fortalecimento de políticas de combate ao trabalho infantil e à exploração sexual

Além disso, inspirou leis importantes como:

  • Disque 100 – canal nacional de denúncias de violações de direitos
  • Lei da Palmada – proibição de castigos físicos ou tratamento cruel na educação
  • Marco Legal da Primeira Infância – diretrizes para políticas até os seis anos de idade
  • Lei da Perda do Poder Familiar – previsão de afastamento de responsáveis em casos graves
  • Lei Henry Borel – reforço nas medidas de proteção contra violência doméstica
Evento de celebração

Com o objetivo de celebrar a importância do ECA e engajar a sociedade civil, o MPDFT realizará um evento especial no dia 8 de agosto , no prédio da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude . A programação incluirá atividades culturais e artísticas dirigidas a:

  • Crianças e adolescentes em acolhimento
  • Jovens em cumprimento de medidas socioeducativas
  • Participantes de projetos de inclusão ligados ao sistema infracional

A iniciativa busca não apenas homenagear o passado, mas também reafirmar o compromisso com a evolução contínua do Estatuto, adaptando-o às realidades do século XXI.


Fonte: MPDFT

Distrito Federal

Atraso em repasses do GDF compromete assistência social e salários de 2,6 mil trabalhadores

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Crise nos repasses do GDF afeta 61 entidades parceiras da Sedes-DF: Trabalhadores da assistência social estão sem salários desde novembro e sem 13º, alertando para o risco de colapso de serviços essenciais no Distrito Federal.


Atrasos em Repasses do GDF Ameaçam Serviços Essenciais de Assistência Social

A assistência social no Distrito Federal enfrenta um cenário de crise provocado pelo atraso generalizado nos repasses de verbas do Governo do Distrito Federal (GDF) para Organizações da Sociedade Civil (OSCs) parceiras que executam serviços da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF). Segundo o Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas do Distrito Federal, a situação atinge 61 entidades e cerca de 2,6 mil trabalhadores diretamente.

O problema de falta de recursos não é novo, mas tem se agravado, resultando em profissionais sem o salário de novembro e sem a primeira parcela do 13º. O pagamento referente a outubro, que deveria ter sido quitado no início de novembro, só foi liberado no dia 3 de dezembro, após a aprovação emergencial de R$ 12 milhões pela Câmara Legislativa do DF (CLDF). No entanto, este valor cobre menos da metade da dívida total com as instituições, conforme informações sindicais, e não regulariza a situação de todas as OSCs.

Impacto Humanizado: Trabalhadores e Usuários Prejudicados

O atraso nos repasses tem um impacto direto e severo tanto na prestação de serviços quanto na vida dos profissionais. O dirigente sindical Clemilson Correia descreveu a situação como crítica, onde o usuário é o principal prejudicado, pois as instituições não conseguem manter 100% das atividades de assistência, incluindo abrigos, centros de convivência e unidades de reabilitação.

Para os trabalhadores, as consequências são dramáticas. O sindicato relata que muitos enfrentam dificuldades extremas, como a impossibilidade de comprar alimentos, comprometimento no pagamento de contas básicas, e o risco de ações de cobrança judicial, incluindo atrasos em pensão alimentícia. “Quem está sendo prejudicado lá na ponta é o usuário e também os trabalhadores, que não têm sequer como comprar comida”, afirmou o diretor vice-presidente do Sindicato.

Os salários de agosto e setembro também foram quitados com atraso, gerando reclamações sobre a falta do repasse das multas e juros previstos na legislação trabalhista. Indiretamente, o problema afeta um total estimado de 6 mil profissionais em todos os termos de colaboração ativos.

Risco de Colapso e Busca por Solução Política

A situação levou diversas instituições, incluindo o Instituto de Inclusão de Desenvolvimento e Promoção Social e a Casa Azul, a demonstrar risco de colapso. Algumas OSCs recorreram a empréstimos bancários para tentar manter o pagamento de funcionários e fornecedores, mas essa prática não foi acessível a todas e, para aquelas que o fizeram, cerca de 90% não conseguiram quitar as dívidas.

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O Sindicato afirma ter se reunido em diversas ocasiões com a Sedes e a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), além de buscar articulação com o Conselho de Entidades de Promoção e Assistência Social do Distrito Federal (Cepas-DF), mas sem avanço. O dirigente sindical argumenta que, embora o recurso para o ano de 2025 estivesse orçado, ele teria sido retirado do fundo e aplicado em outras despesas pelo GDF.

Para a quitação integral da dívida ainda em 2025, o sindicato indica que seriam necessárias novas aprovações de Projetos de Lei que tratam de créditos suplementares. O entrave, segundo o sindicato, estaria na Secec, e a decisão final dependeria exclusivamente do governador Ibaneis Rocha. Caso as aprovações não ocorram no prazo, a dívida será empurrada para 2026 como restos a pagar.

O sindicato manifestou um apelo direto ao GDF para que os repasses sejam feitos “em até 24 horas após a aprovação dos PLs”, como forma de mitigar os danos.

Posicionamento Oficial do Governo do DF

Procurada para esclarecimentos, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) reconheceu a importância do trabalho das entidades parceiras, destacando que o investimento na assistência social foi triplicado nos últimos anos, resultando na maior expansão histórica em vagas de acolhimento.

A Sedes confirmou que “alguns repasses de outubro já foram realizados” e que a pasta está atuando junto à CLDF “pela aprovação de crédito suplementar, a fim de regularizar o pagamento o mais breve possível”.

Apesar da busca por soluções imediatas, o sindicato alerta que o orçamento previsto para a assistência em 2026 já se mostra insuficiente, cobrindo a execução apenas até agosto, sinalizando que a situação de crise pode se repetir no próximo ano.


Com Informações de: Jornal de Brasília

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Biblioteca Cyro dos Anjos do TCDF terá horário especial durante o recesso

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A Biblioteca Cyro dos Anjos, do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), funcionará em horário especial durante o recesso regimental, que ocorre de 16 de dezembro de 2025 a 14 de janeiro de 2026. O horário de atendimento será das 12h às 18h.

A Coordenadoria de Gestão do Conhecimento Institucional do TCDF informou que, durante o período de recesso, o atendimento da biblioteca será mantido normalmente, sem prejuízo aos usuários, mas com alteração no horário.

Detalhes do Horário Especial 📅

  • Período de Recesso: 16 de dezembro de 2025 a 14 de janeiro de 2026.

  • Novo Horário de Funcionamento: 12h às 18h.


Com informações: TCDF

 

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Articuladores analisam ações do Criança Alfabetizada no DF, reforçando a urgência da política de alfabetização na idade certa

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O Distrito Federal sediou, entre 1º e 3 de dezembro, o 4º Ciclo Formativo da Rede Nacional de Articulação (Renalfa), um evento crucial para a implementação do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA). O encontro reuniu gestores e técnicos de todo o país para alinhar o planejamento de 2026, visando garantir que todas as crianças brasileiras sejam alfabetizadas até o final do 2º ano do Ensino Fundamental. A subsecretária Iêdes Braga (SEEDF) destacou que alfabetizar na idade certa é fundamental para evitar problemas futuros na trajetória escolar

O Distrito Federal (DF) foi o palco do 4º Ciclo Formativo da Rede Nacional de Articulação, Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa), uma iniciativa que integra a estratégia do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), instituído pelo Decreto nº 11.556/2023. O objetivo central é unificar os esforços da União, estados, DF e municípios para assegurar a alfabetização infantil.

Importância da Alfabetização na Idade Certa 📚

O evento, que contou com a presença da secretária Nacional de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Kátia Helena Schweickardt, e de autoridades locais, reforçou a urgência da política pública.

  • Missão DF: A subsecretária de Educação Básica da SEEDF e representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Iêdes Braga, destacou o programa local, Alfaletrando, cuja missão é alfabetizar todas as crianças do DF até o final do 2º ano do Ensino Fundamental.

  • Prevenção: “Quando alfabetizamos na idade certa, evitamos muitos outros problemas,” afirmou Iêdes Braga, ressaltando o papel do CNCA como uma das principais políticas do país.

Articulação Nacional e Planejamento para 2026 🗺️

A secretária Nacional do MEC, Kátia Helena Schweickardt, celebrou a experiência com a Renalfa, que tem promovido formação e articulação entre gestores de todo o Brasil, descrevendo-a como um “verdadeiro piloto do Sistema Nacional de Educação”.

  • Objetivo Coordenado: O coordenador-geral de Alfabetização do MEC, João Paulo Mendes de Lima, enfatizou que o encontro serve como sinalização para que estados e municípios trabalhem de forma coordenada, desenvolvendo ações sistêmicas para garantir o direito de alfabetização de todas as crianças.

  • Próximos Passos: O ciclo formativo sediado em Brasília marcou o início do planejamento para as ações do programa em 2026.


Com informações: Secretaria de Educação do DF

 

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