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Religiosidade

Por que o domingo de Páscoa muda de data todos os anos?

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Não precisa nem ser cristão pra reparar que a data do domingo de Páscoa muda a cada ano. Por exemplo, em 2024, a Páscoa foi celebrada no dia 31 de março, enquanto em 2025 ocorrerá em 20 de abril. Em 2026, a data será 5 de abril. E o motivo por trás de tanta mudança acontece devido ao uso de um calendário diferente do que seguimos normalmente.

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Congresso Nacional

Projeto de lei que proíbe alterar a Bíblia une religiosos e especialistas contra o Congresso

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Um projeto de lei (PL) de autoria do deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), que busca proibir qualquer alteração, adaptação ou atualização nos textos da Bíblia, gerou intensa controvérsia e uniu lideranças católicas, evangélicas e especialistas em críticas. A proposta, aprovada na Câmara e relatada no Senado por Magno Malta (PL-ES), é considerada inaplicável, inconstitucional e uma invasão do campo da fé, ameaçando o princípio do Estado laico.

O Paradoxo da Proposta e as Críticas do Setor Religioso 📜

O texto do PL visa “preservar o conteúdo bíblico” e impedir manipulações ideológicas. No entanto, o projeto esbarra no fato de não existir uma única Bíblia no Brasil, havendo pelo menos 17 versões em circulação, além de edições específicas para estudo, adaptações literárias e traduções para línguas indígenas.

  • Inaplicabilidade: O diretor-executivo da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), Erní Walter Seibert, apontou que elementos aceitos hoje, como capítulos e versículos, foram acréscimos tardios ao texto original. Impedir qualquer adição ou alteração poderia até mesmo questionar a numeração.

  • Liberdade de Fé: Em audiência pública no Senado, lideranças religiosas de diversas denominações concordaram que a medida invade o campo da fé e ameaça a liberdade religiosa, pois congelaria a Bíblia em uma versão arbitrária e limitaria a diversidade cultural.

  • Trabalho Acadêmico e Missionário: Teólogos destacaram que revisões periódicas são essenciais devido a mudanças linguísticas e novas descobertas arqueológicas. A lei poderia inviabilizar o trabalho missionário e as traduções que exigem adaptação contextual para grupos específicos, como os povos indígenas.

Impasse Político e Próximos Passos no Senado 🏛️

O projeto, que agora segue para análise na Comissão de Educação sob relatoria da senadora Dra. Eudócia (PL-AL), enfrenta resistência até mesmo de parlamentares cristãos. O senador Luiz Gastão (PSD-CE), presidente da Frente Parlamentar Católica, reconheceu as falhas do texto e defendeu o respeito à autenticidade das diferentes traduções.

Uma alternativa sugerida é redirecionar o PL para garantir a liberdade de pregação, em vez de buscar o congelamento das versões bíblicas. Com a crescente pressão de entidades religiosas e acadêmicas, o consenso é que a Bíblia não precisa de tutela do Congresso. A tendência é que o Senado proponha alterações profundas no texto ou o rejeite, no que é um debate complexo sobre os limites da ação estatal em questões de fé.


Com informações: Revista Fórum

 

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Comportamento

Glossolalia: o significado do “falar em línguas” na experiência pentecostal e suas diferenças para a xenolalia

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A glossolalia, popularmente conhecida como “falar em línguas” no cristianismo carismático e pentecostal, consiste na emissão de sons e sílabas sem correspondência com idiomas conhecidos, representando uma conexão direta com o divino. O fenômeno difere da xenolalia (o dom de falar uma língua estrangeira real desconhecida) e é estudado pela antropologia, que o vê como uma linguagem imaginária de forte valor sonoro e emocional que reforça a identidade e o êxtase comunitário dos fiéis

O termo glossolalia refere-se ao fenômeno que se manifesta na experiência religiosa, especialmente em cultos pentecostais e comunidades cristãs carismáticas, onde o fiel emite sons, sílabas e frases de forma irreconhecível como idioma humano. O evento ganhou visibilidade no cenário político, como o caso da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ao comemorar uma aprovação no Senado, o que foi interpretado por líderes religiosos como um momento de comunicação direta com Deus.

Glossolalia versus Xenolalia

Embora o relato bíblico mais lembrado seja o Pentecostes (Atos 2), a interpretação teológica diverge sobre o que de fato ocorreu:

  • Glossolalia: É a emissão de sons, sílabas e frases sem correspondência com idiomas conhecidos. Para a fé, é uma conexão direta com o divino; para a academia, é um tipo de discurso automático que surge em estados emocionais intensos ou alterados.

  • Xenolalia: Refere-se à suposta capacidade de falar uma língua estrangeira verdadeira sem nunca tê-la estudado. Teólogos como Ben Witherington III argumentam que o evento de Atos 2 foi xenolalia, pois a multidão presente “os ouvia falar em sua própria língua” (At 2:6). A xenolalia é considerada rara e controversa.

Na prática, a glossolalia funciona como um elemento ritual que marca o êxtase coletivo e reforça a identidade comunitária dos fiéis.

O Olhar Acadêmico e Psicológico

A pesquisa antropológica e linguística busca entender o papel social e afetivo do fenômeno:

  • Antropologia e Linguística: A dissertação “Glossolália: O Sentido da Desordem” (1989), de Selma Baptista (Unicamp), define o fenômeno como uma linguagem imaginária cujo valor não está em transmitir informações (função comunicacional), mas sim na força sonora e na produção de uma experiência espiritual e emocional partilhada. Segundo a autora, a glossolalia rompe com a lógica da linguagem cotidiana e funciona como uma manifestação audível da presença do Espírito Santo.

  • Psicologia: A prática é interpretada como um fenômeno vinculado à emoção e a estados alterados de consciência, onde o ambiente ritual favorece a desinibição vocal. Pesquisas, como as do psiquiatra John Kildahl, indicam que os praticantes relatam alívio psicológico, sensação de presença divina e fortalecimento emocional após o ato.

O fenômeno, portanto, é menos um mistério linguístico e mais uma prática cultural que articula fé, emoção e pertencimento.


Com informações: Revista Fórum, Biblical Archaeology Society, Unicamp e estudos de Selma Baptista

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Brasil

PM em escola por reclamação de pai sobre atividade de orixás gera controvérsia em São Paulo

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Quatro policiais militares, incluindo um agente com metralhadora, estiveram na Emei Antônio Bento, no Caxingui (zona oeste de São Paulo), após o pai de uma aluna de 4 anos acionar o 190 para reclamar de uma atividade escolar sobre orixás. O material didático, baseado no livro Ciranda em Aruanda, faz parte da proposta pedagógica que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira no currículo municipal

Uma atividade escolar sobre orixás em uma escola municipal de educação infantil (Emei Antônio Bento), no Caxingui, zona oeste de São Paulo, gerou uma polêmica que culminou com a presença de policiais militares no local.

O incidente ocorreu no domingo (16) após o pai de uma aluna acionar o telefone 190 da Polícia Militar, reclamando do conteúdo da atividade. Segundo relatos de mães, quatro PMs, incluindo um agente armado com metralhadora, foram enviados à escola, apesar de não integrarem a ronda escolar.

🏫 Reunião Escolar e Abuso de Poder

A presença da corporação ocorreu no horário em que a escola realizaria uma reunião do Conselho, para a qual o pai havia sido convidado, mas não compareceu. Uma mãe relatou que os PMs demonstraram “abuso de poder, assustando crianças e funcionários”.

O descontentamento do homem já havia sido demonstrado na véspera, quando ele teria rasgado um mural com trabalhos infantis expostos na unidade.

📚 Atividade e Currículo

A atividade controversa fazia referência ao livro infantil Ciranda em Aruanda, de Liu Olivina, uma obra premiada e adotada pela rede municipal. A publicação apresenta personagens do universo das religiões de matriz africana.

A Prefeitura de São Paulo defendeu a unidade escolar, afirmando que a atividade integra as propostas pedagógicas obrigatórias do Currículo da Cidade de São Paulo, que determinam o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena.

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A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que os envolvidos foram orientados a registrar boletim de ocorrência e que a Corregedoria da PM está à disposição para apurar eventuais denúncias sobre a conduta policial.


Com informações: Portal Metrópoles / Revista Fórum

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