Bastidores do veto
“Como afirmamos muitas vezes antes, simplesmente não podemos apoiar um cessar-fogo incondicional que não exija a libertação imediata dos reféns”, disse também o funcionário norte-americano para a CNN.
Para os norte-americanos, alguns dos 10 membros eleitos do conselho estavam “mais interessados em conseguir um veto dos EUA do que em chegar a uma resolução”, afirmou ainda o funcionário, acusando a Rússia e a China de encorajarem estes membros.
O governo Biden argumenta, também, que é o Hamas quem não quer um cessar-fogo. A ofensiva de 13 meses de Israel em Gaza matou quase 44 mil pessoas e deslocou quase toda a população do enclave pelo menos uma vez.
Os ataques foram lançados em resposta a um ataque de combatentes liderados pelo Hamas que matou 1.200 pessoas e capturou mais de 250 reféns em Israel em 7 de outubro de 2023.
O genocídio em Gaza atualmente
Com mais de 43 mil mortos, a situação em Gaza é considerada pela ONU como uma demonstração da incapacidade de o órgão internacional de dar uma resposta à crise.
Segundo a ONU, os palestinos estão “enfrentando condições cada vez menores de sobrevivência” em partes do norte de Gaza cercadas pelas forças israelenses porque praticamente nenhuma ajuda foi entregue em 40.
A ONU afirma que todas as suas tentativas de apoiar as cerca de 65.000 a 75.000 pessoas em Beit Hanoun, Beit Lahia e Jabalia neste mês foram negadas ou impedidas, forçando o fechamento de padarias e cozinhas.
No início deste mês, uma avaliação apoiada pela ONU disse que havia uma forte probabilidade de que a fome fosse iminente em áreas do norte de Gaza.