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Tecnologia

EUA preparam diretrizes para uma IA neutra e alinhada a valores sociais

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Representação visual de uma IA com valores éticos e neutros, simbolizando equilíbrio entre tecnologia e princípios sociais.

Governo Trump trabalha em ordem executiva que busca equilibrar a imparcialidade da inteligência artificial com diversidade, equidade e inclusão

O governo dos Estados Unidos está preparando uma ordem executiva com diretrizes para a inteligência artificial (IA) que exige neutro moral e politicamente , mas que também respeite os princípios de diversidade, equidade e inclusão (DEI) . A iniciativa tem como objetivo evitar que modelos de IA sejam vistos como excessivamente enviesados ou ideológicos, em meio a críticas sobre o caráter liberal de algumas tecnologias atuais.

Segundo informações do The Wall Street Journal , funcionários da Casa Branca estão finalizando a ordem, que deve ser publicada na próxima semana. A medida faz parte de um esforço mais amplo do governo Donald Trump para fortalecer a indústria de IA nacional e reduzir a influência chinesa no setor.

O que é Woke AI?

O termo Woke AI (ou IA “acordada”) é usado para descrever sistemas de inteligência artificial treinados com filtros que buscam evitar vieses discriminatórios , promovendo inclusão e representatividade . Críticos, no entanto, consideram que esses modelos podem induzir uma visão ideológica específica , especialmente no que diz respeito à linguagem e representação.

A nova ordem busca, segundo fontes próximas ao processo, estabelecer um equilíbrio entre a imparcialidade e os valores sociais , exigindo que empresas que fornecem IA ao governo federal garantam neutro político e respeito à diversidade sem excessos ideológicos .

IA e contratos federais: exigência de imparcialidade

A ordem executiva deve incluir uma cláusula que exija neutro político de empresas de IA que desejem participar de contratos com o governo federal . A ideia é que os modelos utilizados por órgãos estatais sejam imparciais , sem promover ou reforçar agendas políticas específicas.

Essa exigência surge após críticas de figuras conservadoras de que certas IAs estariam sendo treinadas com vieses ideológicos , gerando respostas consideradas excessivamente liberais ou distantes da realidade histórica e cultural .

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Um exemplo notório foi o caso do Google Gemini , cujo modelo gerou imagens de figuras históricas como George Washington e figuras nazistas com diferentes etnias , o que provocou reações negativas tanto no setor político quanto entre usuários.

Objetivo: vencer a China na corrida pela IA

A ordem executiva também faz parte de uma estratégia mais ampla para consolidar a liderança dos EUA na corrida global pela IA . O governo Trump busca priorizar tecnologias desenvolvidas nos EUA para exportação a países aliados, reduzindo a dependência de soluções chinesas .

Dois principais assessores do presidente no setor de tecnologia, David Sacks e Sriram Krishnan , estão à frente do esforço para acelerar exportações de chips de IA da Nvidia para aliados como os Emirados Árabes Unidos .

Além disso, o governo deve anunciar medidas para agilizar a construção de data centers que treinam modelos de IA, bem como incentivar a geração de energia para suportar esse tipo de infraestrutura, que exige alto consumo energético.

Controvérsias e divisões no setor tecnológico

A nova política de IA promete gerar controvérsias no setor. Empresas como a xAI , de Elon Musk , que defende uma IA politicamente neutra e “anti-woke” , já têm se posicionado contra modelos que adotam filtros de conteúdo baseados em ideologias progressistas .

No entanto, a própria xAI enfrentou críticas por supostas respostas problemáticas de seu modelo Grok , incluindo comentários antissemitas e elogios a figuras históricas controversas .

Outra empresa envolvida no debate é a Anthropic , que desenvolveu a IA Claude , considerada por alguns como mais alinhada com visões liberais . Executivos da empresa já criticaram publicamente propostas de regulamentação mais rígida da IA, o que gerou atritos com assessores próximos a Trump.

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Desafios técnicos e éticos

Um dos maiores desafios será definir o que constitui “imparcialidade” em IA , especialmente porque os modelos são treinados com base em dados coletados da internet , que podem conter vieses culturais, históricos ou ideológicos .

A ordem também deve abordar:

  • Exportação de chips de IA de alta performance
  • Regulação de modelos que geram respostas imprecisas ou enviesadas
  • Aceleração de investimentos em infraestrutura de IA
Posicionamento do governo Trump

A Casa Branca não se pronunciou oficialmente sobre os detalhes da ordem. No entanto, o presidente Donald Trump tem demonstrado interesse crescente no setor, visitando centros de tecnologia e destacando a importância de manter a supremacia dos EUA na corrida pela inteligência artificial .

A expectativa é que a nova ordem seja divulgada junto com outras ações relacionadas à IA , reforçando o compromisso do governo em posicionar os EUA como líderes tecnológicos globais na área.


Com informações: The Wall Street Journal / Agência Brasil / Olhar Digital

Brasil

Relatório da Abin alerta que interferência externa é elemento estrutural na geopolítica e risco ampliado para o Brasil em 2026

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O relatório “Desafios de Inteligência – 2026”, da Abin, descreve um cenário onde a interferência externa deixou de ser excepcional e passou a ser um elemento estrutural da disputa geopolítica, operando de forma contínua em múltiplos eixos: ambiente digital, eleições de 2026, cadeias econômicas e disputa por recursos estratégicos na Amazônia. A agência alerta que a dependência brasileira de big techs e infraestruturas digitais estrangeiras compromete a soberania informacional e cria vulnerabilidades capazes de afetar as decisões internas do país.

O relatório “Desafios de Inteligência – 2026” da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sustenta que atores transnacionais, empresas de tecnologia e Estados estão moldando processos políticos e econômicos brasileiros sem a necessidade de ações clássicas de ingerência, usando algoritmos, pressão econômica e disputa narrativa.


Risco Ampliado nas Eleições de 2026 e Soberania Digital 🗳️

A Abin alerta que a possibilidade de interferência externa no processo eleitoral brasileiro é um fator de risco que não pode ser subestimado.

  • Vulnerabilidade Digital: A centralização de dados sensíveis em infraestrutura privada estrangeira sujeita o Brasil a legislações de outros países, criando um risco estratégico. A agência afirma que a assimetria entre Estados e plataformas digitais condiciona decisões públicas a critérios comerciais alheios ao interesse nacional.

  • Guerra Cognitiva e IA: O documento alerta para a guerra cognitiva (uso de desinformação e algoritmos para dividir sociedades) e para o uso de Inteligência Artificial (IA), que reduz as barreiras para a criação de conteúdos falsificados com alto grau de verossimilhança.

  • Risco Eleitoral: A combinação de ambientes digitais não regulados, plataformas transnacionais e IA cria condições inéditas para manipulação de percepção pública em larga escala, potencializando os riscos de instabilidade nas eleições de 2026.

Amazônia e Pressões Geopolíticas 🏞️

O relatório dedica atenção à Amazônia como alvo estratégico de influências externas, onde o discurso ambiental é frequentemente instrumentalizado.

  • Contestação e Governança: A crescente internacionalização do discurso ambiental abre brechas para a contestação de políticas domésticas e para tentativas de impor padrões externos de governança sobre o território brasileiro.

  • Influência Disfarçada: A presença de organizações transnacionais em áreas sensíveis e a baixa capacidade estatal criam oportunidades para operações de influência que se apresentam como cooperação ambiental, mas carregam objetivos geopolíticos mais amplos, explorando pressões ambientais para justificar interferências indiretas.

Vulnerabilidade Econômica e Dependência Tecnológica 💲

A Abin reforça que a disputa econômica global é um instrumento relevante de interferência, onde sanções, tarifas e restrições comerciais assumem o papel de pressão política.

  • Exposição Brasileira: O Brasil, por ser altamente dependente de importações tecnológicas e exportações de commodities, torna-se vulnerável a retaliações que visam influenciar decisões políticas internas.

  • Risco nas Cadeias: A capacidade de uma potência estrangeira de interromper cadeias críticas (como semicondutores e fertilizantes) pode produzir efeitos socioeconômicos imediatos, impactando a estabilidade política interna.

A Abin conclui que a interferência externa não é mais episódica e o Brasil deve reforçar mecanismos de defesa cibernética, proteger o processo eleitoral e reduzir as dependências tecnológicas e econômicas para proteger sua soberania.


Com informações: ICL Notícias

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Mundo

Inteligência Artificial: Mistral Lança Novos Modelos e Acelera Competição Global na Europa

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🚀 Startup francesa de IA revela modelos multimodais de código aberto e compactos, o Mistral 3. A empresa, avaliada em quase 12 bilhões de euros, busca acompanhar gigantes globais, impulsionar o mercado europeu e oferecer soluções de inteligência distribuída e baixo custo.

Mistral Reforça Presença Europeia com Lançamento de Modelos de IA

A startup francesa Mistral, especializada em inteligência artificial (IA), anunciou o lançamento de um novo conjunto de modelos de IA, fortalecendo sua posição no mercado europeu e intensificando a competição com empresas globais como Google, OpenAI e DeepSeek. O objetivo da empresa é expandir suas aplicações comerciais e tecnológicas, consolidando-se como uma das startups mais promissoras da Europa, com uma avaliação que se aproxima de 12 bilhões de euros (cerca de R$ 69,5 bilhões, conforme conversão citada).

O anúncio ocorre após a Mistral fechar um acordo estratégico com o banco HSBC, demonstrando a aplicação prática de suas tecnologias no setor financeiro.

Modelos de IA: Robustez e Compactação para Diversas Aplicações

A Mistral apresentou duas categorias principais de modelos, visando atender a um amplo espectro de necessidades tecnológicas:

Modelo Grande Multimodal

A startup revelou o que descreveu como o “melhor modelo multimodal e multilíngue de código aberto do mundo”. Este modelo robusto é indicado para demandas de alto desempenho e complexidade, incluindo:

  • Assistentes de IA avançados.

  • Sistemas de recuperação aumentada.

  • Pesquisas científicas e complexas.

  • Fluxos de trabalho corporativos de grande escala.

Modelo Compacto – O Mistral 3

Em contraponto aos modelos de grande escala, a Mistral lançou o Mistral 3, um modelo pequeno projetado para ser executado diretamente em dispositivos de borda (edge devices). Essa característica permite a implantação da IA em uma vasta gama de equipamentos, como:

  • Drones e veículos autônomos (carros).

  • Robôs.

  • Laptops e smartphones.

A empresa destaca que os modelos pequenos oferecem vantagens significativas para a maioria das aplicações do mundo real, defendendo que a próxima geração de IA será mais inteligente, rápida e aberta.

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  • Vantagens Operacionais: Os modelos compactos proporcionam menor custo de inferência e latência reduzida.

  • Desempenho Segmentado: Permitem desempenho específico e otimizado para tarefas e fluxos de trabalho definidos.

  • Implantação Acessível: Podem ser implantados em uma única GPU, agilizando as operações e ampliando a disponibilidade da IA para cenários desconectados ou locais.

Capital Bilionário e Expansão Estratégica

Fundada em 2023, a Mistral consolidou seu crescimento por meio de aportes financeiros significativos. A startup arrecadou 1,7 bilhão de euros (aproximadamente R$ 9,8 bilhões) em sua rodada de financiamento mais recente, que contou com a participação de investidores importantes como a fabricante de chips holandesa ASML e a Nvidia. Esse investimento impulsionou a avaliação da empresa para 11,7 bilhões de euros.

O CEO da Mistral afirmou que o investimento reforça a capacidade da empresa de agregar valor à indústria de semicondutores e consolidar suas operações comerciais. A startup já firmou contratos de centenas de milhões de dólares, incluindo o acordo com o HSBC, que utilizará os modelos da Mistral em tarefas como análises financeiras e traduções.

A estratégia da Mistral envolve, ainda, a avaliação de potenciais fusões e aquisições (M&A) como forma de acelerar seu crescimento e fortalecer sua posição na Europa, em um momento em que concorrentes dos Estados Unidos, como OpenAI e Anthropic, também expandem suas operações no continente. A Mistral aposta em uma era de inteligência distribuída, combinando modelos robustos e compactos para garantir competitividade global e provar a força da inovação europeia em IA.


Com Informações de: Olhar Digital

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Brasil

Evento Conecta PretaLab promove inclusão de mulheres negras no debate e uso prático da inteligência artificial

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O evento Conecta PretaLab, do Olabi, com abertura nesta terça-feira (2) no Sesc Pompeia, em São Paulo, oferecerá oficinas práticas e rodas de conversa para ensinar mulheres negras a usar a inteligência artificial (IA) no cotidiano, trabalho e estudos. O objetivo é promover o acesso, a autonomia e a participação dessas mulheres nas decisões sobre o futuro da IA, combatendo a desigualdade no acesso à tecnologia, que, segundo a codiretora do Olabi, Silvana Bahia, tende a excluir grupos historicamente marginalizados. A abertura contará com a mesa “Inteligência artificial e justiça social“, com a participação de Jurema Werneck (Anistia Internacional Brasil) e Mayara Ferrão.

O evento Conecta PretaLab, uma iniciativa do Olabi, será realizado no Sesc Pompeia, em São Paulo, com o objetivo de democratizar o acesso e o conhecimento sobre Inteligência Artificial (IA) para mulheres negras.


Inclusão e Autonomia na IA 💡

O projeto parte da premissa de que mulheres negras precisam estar no centro da conversa sobre inteligência artificial, não apenas como usuárias, mas como criadoras e participantes das decisões sobre o futuro da tecnologia.

  • Desigualdade de Acesso: A codiretora do Olabi, Silvana Bahia, destacou que o acesso real à IA é desigual, concentrando-se em pessoas com familiaridade digital, boa conexão e condições materiais, deixando mulheres negras, pessoas periféricas e grupos historicamente excluídos para trás.

  • Reprodução de Desigualdades: Silvana ressaltou que a IA, sendo construída a partir de dados e prioridades definidas por grupos restritos, tende a reproduzir as mesmas desigualdades que já marcam o país, e a ausência dessas mulheres na construção das tecnologias resulta em impactos negativos ainda mais intensos sobre elas.

Programação e Oficinas Práticas 💻

O evento oferece oficinas práticas, rodas de conversa e debates para facilitar o primeiro contato com essas ferramentas.

  • Abertura: A abertura do Conecta, na terça-feira (2), às 19h, terá a mesa “Inteligência artificial e justiça social“, com a participação de Jurema Werneck (diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil), Mayara Ferrão (artista visual) e Silvana Bahia (Olabi).

  • Temas das Oficinas: Nos dias 6 e 7 de dezembro, as facilitadoras, muitas delas formadas pelo próprio PretaLab, apresentarão ferramentas de IA que auxiliam a montar currículos, organizar planilhas, revisar textos, criar artes para pequenos negócios, estudar para provas e planejar finanças, de forma simples e acessível.


Com informações: Agência Brasil

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