Ministra do Planejamento afirma que governo dos EUA está sendo “induzido ao erro” por informações da família Bolsonaro sobre o Brasil. Entenda o contexto das sanções comerciais.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (29) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está sendo influenciado por informações incorretas da família Bolsonaro para justificar possíveis sanções comerciais contra o Brasil.
Durante entrevista à GloboNews, Tebet destacou que o governo brasileiro considera as alegações contidas nas cartas de sanção como “fake news” e que não condizem com a realidade institucional do país.
Reação do governo brasileiro
Segundo a ministra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou perplexo ao tomar conhecimento das acusações. “O presidente Lula olhou para aquilo e falou: ‘é fake news?’, porque a diplomacia brasileira nunca tinha convivido com uma situação dessas em relação aos EUA”, declarou Tebet.
O governo brasileiro ressalta que o país possui instituições democráticas sólidas, com Poder Judiciário independente e sistema de governança que respeita decisões judiciais, incluindo do Supremo Tribunal Federal.
Críticas às investigações comerciais
Simone Tebet criticou o processo de investigação iniciado pelo governo Trump, afirmando que ele se baseia mais em questões políticas do que em fundamentos econômicos. “No processo do governo Trump, tem tudo, menos questões econômicas”, avaliou.
A ministra também revelou que o Brasil não conseguiu sequer iniciar negociações formais, pois não houve convite para diálogo por parte dos EUA. “O governo do presidente Lula não saiu da mesa de negociação porque não conseguiu sequer sentar à mesa. Nós não temos com quem dialogar”, explicou.
Posicionamento diplomático
Tebet destacou que a diplomacia brasileira está preparada para responder caso as sanções sejam efetivadas. O governo aguarda decisão até 1º de agosto, quando medidas comerciais poderão ser anunciadas pelos Estados Unidos.
A ministra reforçou que todas as respostas estão sendo preparadas e que o Brasil continuará defendendo sua posição com base em fatos e dados concretos.
Com informações: Fonte: Revista Fórum/GloboNews

