O relatório engloba pessoas que viviam em abrigos de emergência ou que estavam sujeitas a programas temporários de moradia para pessoas em situação de rua.
Custos de moradia e fim de programas de renda
Segundo a Coalizão Nacional de Habitação para Baixa Renda, o aumento acontece em meio a uma pressão generalizada pelos custos de moradia no país. O aluguel médio nos EUA em janeiro de 2024 era 20% mais alto do que no mesmo período de 2021.
Além dos custos com moradia, o relatório do HUD destacou os “salários estagnados entre famílias de renda média e baixa, e os efeitos persistentes do racismo sistêmico” como outros fatores.
Desastres naturais que desalojaram famílias e o aumento da imigração também foram elencados como fatores determinantes para o problema. Outro ponto crítico identificado pela pesquisa foi o fim dos programas de proteção de renda e proibição de despejo que haviam entrado em vigor durante a pandemia de covid-19.
“Embora esses dados sejam quase de um ano atrás e não reflitam mais a situação que estamos vendo, é crucial que nos concentremos em esforços baseados em evidências para prevenir e acabar com a falta de moradia”, disse a chefe da agência HUD, Adrianne Todman, em nota.
Crianças registram maior aumento percentual
Quase 150.000 crianças e adolescentes de até 17 anos estavam em situação de rua no período analisado neste ano, um aumento de 33% em relação a 2023, informou o relatório.
Este foi o maior aumento proporcional entre as pessoas sem moradia na comparação com 2023, o que também pressionou a taxa de famílias com crianças em situação de rua. “[A migração] teve um impacto particularmente alto na falta de moradia familiar”, diz o documento.
O relatório também indica que pessoas negras continuam a ter participação desigual na fatia das pessoas sem moradia nos EUA.
Enquanto este grupo representa 12% da população dos Estados Unidos, elas constituem 32% das pessoas em situação de rua.