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A arquitetura brasileira de Oscar Niemeyer inspirou o visual do animê e mangá ‘Terra das Gemas’

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O edifício onde vivem os humanoides imortais na série japonesa Houseki no Kuni teve como principal material de referência o trabalho do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, por sugestão da própria autora, Haruko Ichikawa, durante o desenvolvimento conceitual da adaptação para animê em 2017. É possível traçar paralelos com prédios icônicos de Brasília, como a Catedral Metropolitana e o Superior Tribunal Federal (STF)

A autora de mangás Haruko Ichikawa começou a escrever Terra das Gemas, ou Houseki no Kuni, em outubro de 2012. A trama, ambientada em um futuro distante onde seres imortais chamados “Gemas” (personificações de pedras preciosas) lutam contra os Lunares, ganhou uma adaptação em animê de 12 episódios em 2017 pelo estúdio Orange, especializado em animação em computação gráfica que emula o estilo 2D.

ilustração mostrando as gemas da série e o Monge

As “gemas” de ‘Terra das Gemas’ e seu monge. | Imagem: Reprodução

Foi por meio do artista Yoichi Nishikawa, responsável pelo conceito visual da adaptação animada, que se descobriu a grande inspiração brasileira da série.

A Sugestão de Niemeyer

Segundo Nishikawa relatou no livro houseki no kuni concept arts, durante o processo de adaptação, ele teve dificuldade em conceber o design do prédio principal onde as Gemas vivem, embora tivesse familiaridade com os cenários de natureza.

imagem: cena de Phos nas águas durante abertura de Houseki no Kuni

Imagem: Reprodução/Orange/Sentai Filmworks

O impasse foi resolvido quando a própria autora, Haruko Ichikawa, comentou sobre seu apreço pelo trabalho de Oscar Niemeyer. O arquiteto brasileiro passou, então, a ser a principal referência arquitetônica utilizada para a criação do único edifício visto na série animada.

Paralelos Visuais com Brasília

Observando tanto o animê quanto o mangá, é possível identificar fortes paralelos visuais com obras famosas de Niemeyer, especialmente as criadas para a capital Brasília:

  • Interior de Edifícios: Elementos do interior do prédio remetem ao Superior Tribunal Federal (STF).

  • Curvas e Vitrais: Uma parte do design do edifício lembra os icônicos vitrais da Catedral Metropolitana de Brasília.

  • Arcos: A arquitetura do prédio principal incorpora arcos semelhantes aos do Ministério das Relações Exteriores (Palácio Itamaraty).

imagem: foto do livro de houseki no kuni

Imagem: Reprodução/Riza Creator (YouTube)

Aqui podemos ver algo próximo ao interior do prédio do Superior Tribunal Federal:

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imagem: comparação de foto do STF e ilustração de Houseki no Kuni

Imagem: Reprodução

Nesse outro, temos um pedaço que remete aos vitrais da Catedral Metropolitana de Brasília:

imagem: comparação de foto da Catedral e ilustração de Houseki no Kuni

Imagem: Reprodução

E nesse aqui temos os arcos do Ministério das Relações Exteriores:

imagem: comparação de foto do Itamaraty e ilustração de Houseki no Kuni

Imagem: Reprodução

 

imagem: capa do volume 1 de Terra das Gemas

 

Imagem: Divulgação/NewPOP

O mangá Terra das Gemas é publicado no Brasil pela editora NewPOP, que recentemente colocou o volume 1 em pré-venda novamente, oferecendo uma nova oportunidade para os leitores iniciarem a coleção.


Com informações: Houseki no Kuni Concept Arts (reprodução via YouTube) (via YouTube) e JBOX

 

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MPDFT lança campanha com atletas para engajar homens no Dia do Laço Branco pelo fim da violência contra a mulher

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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) lançou o vídeo institucional “Homens pelo fim da violência contra a mulher”, em alusão ao Dia do Laço Branco (6 de dezembro), data que marca a mobilização internacional para o engajamento masculino na prevenção da violência de gênero. O vídeo conta com a participação dos lutadores Ismael e Gabriel Bonfim e visa conscientizar homens e jovens de que a verdadeira força está no respeito e na igualdade de gênero

A ação integra os “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, que anualmente se estende do Dia da Consciência Negra (20 de novembro) até o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro).

O Papel dos Homens no Combate à Violência 🛡️

A coordenadora do Núcleo de Gênero (NG) do MPDFT, promotora de justiça Adalgiza Aguiar, ressaltou que a mobilização é crucial e não deve ser vista como um tema exclusivo das mulheres.

  • Responsabilidade Compartilhada: É fundamental que os homens se responsabilizem, sejam parceiros e se engajem ativamente na construção de uma sociedade livre de violência.

  • Foco na Juventude: O vídeo institucional utiliza a imagem dos lutadores Ismael e Gabriel Bonfim, admirados pelo público jovem, para transmitir a mensagem de que a verdadeira força de um homem reside no respeito às mulheres.

Campanha do Laço Branco 🎗️

A Campanha do Laço Branco é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a maior iniciativa mundial para envolver homens na temática da violência contra a mulher, estando presente em mais de 55 países.

O Núcleo de Gênero do MPDFT fará uma mobilização interna no dia 9 de dezembro, com a distribuição de laços brancos nas unidades do órgão, reforçando o compromisso institucional com a pauta.

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Com informações: MPDFT

 

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Mulheres Negras no centro da Luta: Dossiê resgata a atuação de ativistas na construção e redemocratização de Brasília

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O dossiê “O lugar das mulheres pretas na construção de Brasília nas décadas de 70, 80 e 90” revela a história de ativistas que se mobilizaram pela conquista de direitos políticos, combate ao racismo e reconhecimento social em um Distrito Federal marcado pela segregação espacial. Lideranças como a jornalista Jacira da Silva, co-fundadora do Movimento Negro Unificado (MNU-DF) e a assistente social Cristina Guimarães relatam a luta por espaço no Plano Piloto, a participação clandestina durante a Ditadura Militar e o papel crucial do Encontro Nacional de Mulheres Negras de 1988 para o surgimento de organizações feministas negras

O dossiê, coordenado pela consultora chilena Paloma Elizabeth Morales Arteaga e realizado pelo Núcleo de Arte do Centro-Oeste (Naco), é composto por entrevistas com sete mulheres negras que vieram para Brasília na época de sua fundação e atuaram ativamente na construção da capital e no processo de redemocratização.

Segregação Espacial e Luta Clandestina 🏢

Os relatos evidenciam o contraste entre o ideal modernista vendido pelo Plano Piloto e a realidade seletiva e segregada para os trabalhadores e a população negra.

  • Segregação: A jornalista Jacira da Silva, que chegou em 1960, descreve Brasília como uma capital seletiva onde a geografia atuou como instrumento de separação, afastando a população negra e trabalhadora para regiões como Ceilândia e Taguatinga (citando Milton Santos).

  • Ativismo Clandestino: Jacira relata sua participação em reuniões clandestinas, durante a Ditadura Militar, na 414 Sul, utilizando a estratégia de “um quilombo” para a articulação política.

  • Redemocratização e Constituinte: Jacira participou ativamente do desenvolvimento da Constituição Federal de 1988, atuando na época no Movimento Negro Unificado do Distrito Federal (MNU-DF), no qual ingressou em 1981 após atuar no Centro de Estudos Afro-Brasileiros (CEAB).

O Feminismo Negro e a Crise da Abolição ✊🏾

Os depoimentos também destacam a necessidade de um espaço de luta que reconhecesse a experiência específica da mulher negra:

  • Inquietação Feminista: A assistente social Cristina Guimarães relata que o feminismo hegemônico da época não contemplava a experiência da mulher negra, gerando a pergunta: “Mas de que mulher esse movimento está falando? É a mulher negra, indígena, trabalhadora doméstica?”.

  • Marco de 1988: Dessa inquietação, nasceu o Encontro Nacional de Mulheres Negras, em 1988, que foi fundamental para o surgimento do Coletivo de Mulheres Negras do DF, coordenado por Cristina por quatro anos.

  • “Falsa Abolição”: O ano de 1988, que coincidiu com a Constituinte e o centenário da abolição, foi marcado pela reação do Movimento Negro, que questionou a “falsa abolição” e promoveu uma grande marcha no Rio de Janeiro. Segundo Cristina, esse período foi decisivo para o surgimento de organizações como Criola (RJ), Geledés (SP) e o grupo Mãe Andresa (MA).

Maria Luiza Júnior, uma das fundadoras do MNU-DF, relatou a criação do movimento como uma resposta ao Instituto Nacional Afro-Brasileiro (INABRA), que se inspirava no modelo do “negro bem-sucedido” e excluía muitas pessoas.

O dossiê buscou evidenciar a atuação dessas lideranças femininas em documentos do Arquivo Público do Distrito Federal e tem como objetivo o reconhecimento dessa maioria que, apesar de popular, ainda luta por espaço nos locais de poder.


Com informações: Metrópoles

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Conselheiro do TCDF critica baixa aplicação de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública pelos estados

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O presidente do Comitê de Segurança Pública e conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), Renato Rainha, participou do encontro “Segurança Pública em Foco” durante o IV Congresso Internacional dos Tribunais de Contas (CITC) e defendeu a necessidade de apoio nacional aos estados na área. Rainha destacou que, nos últimos cinco anos, quase R$ 8 bilhões foram transferidos pelo Fundo Nacional de Segurança Pública, mas cerca de R$ 3,5 bilhões desse montante ainda não foram utilizados, e os resultados obtidos com os R$ 4 bilhões aplicados ficaram “aquém do esperado”.

O conselheiro Renato Rainha, que também preside o Comitê de Segurança Pública do Instituto Rui Barbosa (IRB), enfatizou a importância de ajudar os estados a entenderem por que esses recursos não foram aplicados nas áreas de maior necessidade.

Auditoria e Futuras Fiscalizações 🔍

Para investigar as falhas na aplicação dos recursos e propor melhorias para o setor, o conselheiro anunciou a realização de uma auditoria ampla para o próximo ano.

O Comitê de Segurança Pública do IRB é responsável por desenvolver estudos aprofundados sobre os desafios da segurança pública no país e fornecer diretrizes para as fiscalizações dos tribunais de contas.


Com informações: TCDF

 

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