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Clima

Chegada da seca liga o alerta para consumo responsável de água

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População deve ficar atenta e redobrar os cuidados para evitar o desperdício de recursos hídricos, ainda que os reservatórios estejam com níveis satisfatórios

A seca está de volta e, com ela, os cuidados que já fazem parte da rotina do brasiliense. Nesta época do ano, de temperaturas mais elevadas e baixa umidade relativa do ar, a hidratação é um hábito essencial para passar pela estiagem sem complicações. No entanto, é preciso estar atento para que o consumo de água ocorra de maneira responsável no período, quando o uso tende a aumentar justamente quando as chuvas cessam.

O uso racional dos recursos hídricos é uma prática essencial e requer mudanças de comportamento. Algumas dicas simples ajudam a economizar e evitar o desperdício de água | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Dados da Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal (Caesb) apontam, durante os dias de estiagem, um incremento de 7% a 10% no consumo de água em algumas regiões administrativas. Essa elevação no gasto do recurso hídrico ameaça o nível dos reservatórios de abastecimento da capital.

Até o último dia 16 de maio, segundo a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa), o reservatório do Descoberto operava com capacidade máxima (103 milhões de metros cúbicos), enquanto o de Santa Maria apresentava 62,5% do volume útil. Hoje, os sistemas são responsáveis por cerca de 90% do abastecimento do DF; o restante depende de redes menores.

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“O consumo racional é uma regra que deve ser seguida, seja na seca ou no período chuvoso. Temos uma certa folga, mas não podemos ter um consumo muito acima dos valores indicados porque poderemos ter problemas”, afirma Gustavo Antonio Carneiro, superintendente de Recursos Hídricos

Atualmente, Brasília conta com 780 mil ligações abastecidas com água tratada e de excelente qualidade. Apesar dos números positivos, o superintendente de recursos hídricos da Adasa, Gustavo Antonio Carneiro, alerta para os riscos do consumo desenfreado de água. “O consumo racional é uma regra que deve ser seguida, seja na seca ou no período chuvoso”, enfatiza. “Temos uma certa folga, mas não podemos ter um consumo muito acima dos valores indicados porque poderemos ter problemas.”

Segundo o servidor, o DF apresenta uma baixa produção de água per capita. “Trata-se de uma população muito grande em comparação com o volume produzido pelo nosso ciclo natural hidrológico, que apresenta índices próximos do semiárido”, ressalta. “Por isso, temos de ter essa vigilância constante e racional da água.”

Investimento

A Caesb trata como prioridade a adoção de medidas para reduzir radicalmente a perda de água no DF. Apenas para 2024, a companhia planeja investir mais de R$ 250 milhões em obras de saneamento e distribuição de recursos hídricos – investimento que se soma aos mais de R$ 1 bilhão investidos desde 2019 em obras para garantir o fornecimento de água a 2,8 milhões de usuários

Outro enfoque da atuação da empresa é na segurança hídrica do DF. “Isso significa ter um volume de água maior disponível, mesmo em uma eventual crise hídrica ou em situação de estiagem mais rigorosa, para o DF, através da Caesb, garantir o atendimento a toda população com o menor sacrifício possível”, defende o presidente da companhia, Luís Antônio Almeida Reis.

Hoje, as regiões abastecidas pela empresa contam com um incremento de capacidade de produção instalada 30% superior às condições existentes em 2016. O ano foi marcado pelo período de crise hídrica aguda no DF, resultando na necessidade de racionamento do consumo de água.

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Desde 2019, houve reforço nos sistemas de captação do Bananal, Lago Norte, Gama e Corumbá, ampliando a oferta do recurso hídrico a moradores de diferentes regiões. “E estamos trabalhando para ampliar essa capacidade. Isso nos permite ter um potencial de gestão maior em relação àquela época, o que me permite tirar, por exemplo, água do Corumbá e levar para o Lago Sul, trazendo um alívio para a capacidade de reserva do reservatório de Santa Maria”, prossegue o presidente da Caesb.

Hábitos sustentáveis

O uso racional dos recursos hídricos é uma prática essencial e requer mudanças de comportamento. Algumas dicas simples ajudam a economizar e evitar o desperdício de água, tais como verificar regularmente possíveis vazamentos nas tubulações dos imóveis, que podem ocasionar a perda de até sete mil litros por dia.

Quem mora em casa e é amante da jardinagem pode optar por plantas nativas do Cerrado. Elas são mais resistentes e demandam menos consumo de água. Regar as plantas à noite também é uma boa prática, pois ajuda a evitar a evaporação excessiva no período de calor. Para isso, utilize um regador ao invés de uma mangueira.

Outra dica é instalar arejadores nas torneiras. Um registro aberto continuamente durante três minutos consome 18 litros de água. Quando for lavar a louça, retire os restos de comida antes de lavar pratos e panelas, e opte por uma bacia para ensaboar e enxaguar todas de uma só vez.

Confira outras dicas para economizar água

– Para a limpeza de janelas, opte por realizar a tarefa em dias nublados, pois a luz solar direta seca os produtos de limpeza antes do vidro ser polido corretamente, o que pode levar ao uso excessivo de água e produtos.

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– A máquina de lavar roupas também pode ser um vilão do desperdício. Um ciclo completo pode utilizar até 200 litros de água. Portanto, acumule várias peças e utilize a máquina apenas quando estiver com a capacidade total.

– Reutilizar a água da máquina de lavar roupas é uma maneira inteligente de economizar. Essa água pode ser utilizada para limpar a garagem ou lavar o carro.

– Por fim, mantenha a piscina coberta quando não estiver em uso. Isso evita a evaporação e a necessidade de reposição frequente de água.

Adotar essas práticas simples pode fazer uma grande diferença no consumo de água e contribuir para a preservação deste recurso vital

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Fato Novo com informações e imagens: Agência Brasília

Brasil

Inmet emite alerta para ventos de até 60 km/h. Veja estados afetados

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Há orientações de segurança específicas para população dos 1,3 mil municípios afetados pelo alerta

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de que ventos de até 60 quilômetros por hora (km/h) podem atingir municípios dos Estados da Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

A orientação do Inmet para as pessoas é que, em caso de rajada de vento, elas não se abriguem debaixo de árvores, por causa do risco de descargas elétricas e também não estacionem veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. O alerta especifica que há “baixo risco” de queda de galhos de árvores.

A orientação é que as pessoas que moram na região afetada pelo aviso busquem mais informações junto ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil. Ao todo, 1.324 municípios estão sob a área de alerta.

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O alerta do Inmet teve início na quarta-feira (28/8) e é válido até às 18h da sexta-feira (30/8). O aviso é classificado como de “perigo potencial”. O indicador é o mais brando em uma escala que tem ainda outros dois níveis: “perigo” e “grande perigo”.

Costa

As regiões costeiras da Bahia, Sergipe, Alagoas, Recife, João Pessoa e Rio Grande do Norte estão ainda sob um alerta de ventos costeiros. Este aviso específico abrange 117 municípios que podem ser afetados. O Inmet pede atenção para a possibilidade de movimentação de dunas de areia sobre construções na orla.

O aviso tem grau de severidade de “perigo potencial”. Ele teve início à meia noite desta quinta-feira (29/8) e segue até às 18h da sexta-feira (30/8).

Mais cedo, aviões que iriam pousar no Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus (BA), tiveram de arremeter. As aeronaves se depararam com rajadas de ventos. A estação local do Inmet registrou ventos de até 40,7 km/h.

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Fato Novo com informações e imagens: Metrópoles

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Clima

Mortes por ondas de calor podem triplicar até 2100, diz estudo europeu

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Cerca de oito vezes mais pessoas morrem de frio do que de calor na Europa atualmente. Mas é provável que essa proporção diminua até o fim do século. Um estudo publicado no periódico The Lancet Public Health sugere que, até 2100, as mortes por ondas de calor podem triplicar entre europeus, especialmente na região sul do continente.

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Clima

Em Samoa, chefe da ONU alerta sobre territórios do Pacífico enfrentando “aniquilação” climática

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Secretário-geral encontrou-se com desalojados pela subida do nível do mar e erosão costeira; pedido feito a nações mais ricas é que cumpram os compromissos de ajudar para fazer frente aos efeitos das mudanças climáticas nos países em desenvolvimento.

Durante uma visita a Samoa, o secretário-geral da ONU lembrou que nações insulares do Pacífico estão ameaçadas de “aniquilação” por fatores como a subida dos níveis do mar, divisões e tensões geopolíticas.

Para António Guterres, uma resposta eficaz a estas questões requer termos mais justos de credores internacionais para o financiamento do desenvolvimento e “um enorme aumento” de contribuições dos maiores poluidores globais para lidar com o “caos climático”.

Subida do nível do mar e erosão costeira

Nesta quarta-feira, o chefe das Nações Unidas se encontrou com pessoas desalojadas pela subida do nível do mar e pela erosão costeira.

Para Guterres, mesmo que os moradores das ilhas do Pacífico tenham rejeitado serem vítimas das mudanças climáticas, seus planos ambiciosos para resistir à “ameaça existencial para milhões” estão pendentes por falta de fundos prometidos.

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Em declarações a jornalistas, em Apia, Guterres elogiou o combate árduo das autoridades locais pela justiça climática, apesar da limitação dos fundos necessários. Por isso, ele repetiu o pedido por uma reforma de instituições financeiras internacionais para que “sejam atendidas as necessidades de financiamento de países, como os do Pacífico”.

Guterres citou gestos positivos de nações desenvolvidas em relação aos países em desenvolvimento, mas disse que não chegam para compensar os choques econômicos após desastres naturais causados ​​pelas mudanças climáticas.

Porto em Apia, capital de Samoa

© Unsplash/Adli Wahid – Porto em Apia, capital de Samoa

Fundo de Perdas e Danos

António Guterres destacou ainda a adoção do Fundo de Perdas e Danos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP 27, no Egito.

Outro avanço foi o compromisso dos países desenvolvidos firmado em 2021 que prevê dobrar o financiamento para adaptação climática dos atuais US$ 100 bilhões por ano anunciado em 2009. Para o secretário-geral, esse potencial fluxo de renda também mudaria o jogo, mas não obteve apoio suficiente.

Guterres pediu ainda que os países honrem suas promessas sobre financiamento climático e promovam um forte resultado financeiro na COP deste ano, no Azerbaijão, onde serão discutidos os compromissos financeiros após 2025.

Aumento do nível do mar e tempestades

O chefe da ONU descreveu ainda a resistência constante dos samoanos a choques climáticos, incluindo ao tsunami que em 2009 deixou pelo menos 192 mortos.

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Guterres mencionou o alto número de desalojados que persistiu, retornou e reconstruiu suas vidas. Ele apontou ainda “a determinação das pessoas em lutar contra impactos do tsunami, o aumento do nível do mar, as tempestades e os ciclones.”

Em visita a uma aldeia costeira, o secretário-geral enfatizou que um muro que ele visitou construído há 20 anos por causa do tsunami foi reconstruído três vezes devido ao aumento do nível do mar e fortes tempestades.

Como Samoa, Guterres disse que muitos países na linha de frente da crise climática precisam depender de empréstimos de credores internacionais concedidos a taxas mais altas do que as nações mais pobres do mundo.

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