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Clima

Ciclogênese explosiva: entenda o que é um ciclone bomba e o que ele pode fazer

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Entenda o que é a ciclogênese explosiva, como ele se forma, seu poder destrutivo e se um ciclone bomba pode afetar o Brasil

Com o aumento da intensidade de eventos climáticos extremos, muitos fenômenos naturais têm ganhado mais atenção na mídia. Um desses fenômenos é a ciclogênese explosiva, ou ciclone bomba um evento atmosférico que pode ser devastador.

Esse tipo de ciclone se forma rapidamente, causando danos significativos em regiões afetadas. Enquanto o conceito de ciclone pode já ser familiar, a ciclogênese explosiva é um fenômeno de intensidade incomum, que desperta cada vez mais a curiosidade e a preocupação de especialistas e da população.Vamos explicar o que é um ciclone bomba, como ele se forma e quais são as consequências dessa força da natureza. Além disso, entenderemos as diferenças entre um ciclone tradicional e um ciclone bomba, bem como o poder destrutivo que esse fenômeno pode ter sobre as regiões que ele atinge.

Qual a diferença entre um ciclone tradicional e um ciclone bomba?

Ciclones tradicionais e ciclones bomba compartilham algumas características, como a rotação do ar em torno de um centro de baixa pressão. No entanto, a principal diferença está na velocidade de formação e na intensidade. Enquanto um ciclone convencional pode levar dias para se intensificar e atingir seu pico de potência, o ciclone bomba se forma de maneira extremamente rápida, em um processo denominado ciclogênese explosiva.

Nos ciclones tradicionais, a formação pode durar semanas e seu fortalecimento ocorre de maneira gradual, com ventos fortes e chuvas intensas se desenvolvendo ao longo do tempo. Em contrapartida, no caso da ciclogênese explosiva, esse processo é acelerado de forma drástica, com o sistema de baixa pressão se aprofundando em um curto espaço de tempo. O vento gerado em um ciclone bomba pode ser muito mais forte do que o de um ciclone tradicional, podendo superar os 100 km/h em algumas situações.

Enquanto o ciclone tradicional se desenvolve mais lentamente, o ciclone bomba pode atingir sua força total em menos de 24 horas, o que torna esse fenômeno ainda mais perigoso. A combinação de ventos intensos e rápida evolução faz com que ele seja um evento climático altamente destrutivo.

O que é ciclogênese explosiva e qual sua relação com um ciclone bomba?

A ciclogênese explosiva é o processo de intensificação muito rápida de um sistema de baixa pressão na atmosfera, levando à formação de um ciclone bomba. Esse fenômeno ocorre quando a pressão no centro de uma área de baixa pressão cai de forma acentuada, geralmente por uma diferença de 24 milibares ou mais em um período de 24 horas. A rapidez dessa queda de pressão faz com que o sistema ganhe uma força excepcionalmente grande em um tempo muito curto.O que caracteriza uma ciclogênese explosiva é exatamente essa aceleração da intensificação, que resulta em ventos extremamente fortes e chuvas intensas. Esse processo de formação de um ciclone bomba pode ocorrer tanto no oceano quanto em terra, afetando áreas costeiras e até mesmo regiões do interior.É importante destacar que nem toda ciclogênese explosiva resulta em um ciclone bomba, mas, quando isso acontece, o fenômeno se caracteriza por ventos muito fortes, mudanças rápidas no clima e possíveis danos significativos à infraestrutura. A relação entre a ciclogênese explosiva e o ciclone bomba é direta: o primeiro é o processo que dá origem ao segundo.

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Qual o poder de destruição de um ciclone bomba?

O poder de destruição de um ciclone bomba é considerável, principalmente devido à sua formação rápida e à intensidade dos ventos gerados. O impacto desse fenômeno pode ser devastador para as áreas atingidas, especialmente quando ele se forma próximo a grandes centros urbanos ou áreas costeiras.Os ventos de um ciclone bomba podem atingir velocidades superiores a 100 km/h, sendo capazes de derrubar árvores, destelhar casas e causar grandes danos à infraestrutura local. Além disso, a quantidade de chuva associada a esse fenômeno pode provocar inundações e alagamentos, com impacto direto na mobilidade e na segurança das pessoas.

Outro ponto importante é a ocorrência de storm surges (ou aumento do nível do mar), um fenômeno comum em ciclones que atingem regiões costeiras. Com a intensidade do ciclone bomba, a água do mar pode ser empurrada para a terra, causando destruição nas zonas baixas e áreas urbanas próximas ao litoral.A rápida intensificação do ciclone bomba também significa que as autoridades podem ter pouco tempo para se preparar e tomar medidas de proteção, aumentando o risco de danos ainda mais graves. Portanto, é um fenômeno que exige vigilância constante e respostas rápidas para minimizar as consequências.

Em que áreas do Brasil podem ocorrer o ciclone bomba?

Ciclones bomba podem ocorrer principalmente no sul do Brasil, em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, áreas que estão mais suscetíveis a essa formação devido às condições climáticas da região.

Quanto tempo dura a ocorrência de um ciclone bomba?

A duração de um ciclone bomba pode variar, mas geralmente o pico de intensificação ocorre em um período de 24 horas. Após isso, o sistema pode se dissipar ou continuar em uma fase menos intensa, dependendo das condições atmosféricas.

Em conclusão, a ciclogênese explosiva, fenômeno que dá origem ao ciclone bomba, é um evento climático de rápida intensificação e alto poder destrutivo. A principal característica desse fenômeno é a velocidade com que ele se forma, o que torna as previsões e a preparação para sua ocorrência ainda mais desafiadoras. Embora esses ciclones sejam mais comuns na região Sul do Brasil, sua natureza imprevisível e sua força devastadora exigem monitoramento constante para mitigar danos.


Fonte: Olhar Digital

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Clima

China planta tantas árvores que altera a distribuição de água no país, ativando o ciclo hídrico

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Os enormes esforços de reflorestamento e restauração de pastagens na China, realizados nas últimas décadas para combater a degradação do solo e as mudanças climáticas, alteraram a distribuição de água doce pelo país de maneiras imprevistas, segundo um novo estudo publicado na revista Earth’s Future. Entre 2001 e 2020, as mudanças na cobertura vegetal reduziram a disponibilidade de água nas regiões leste das monções e noroeste árida (que compreendem 74% do país), mas a aumentaram na região do Planalto Tibetano. O fenômeno de redistribuição da água indica a reativação do ciclo hídrico, especialmente no Planalto de Loess.

A China tem investido maciçamente no plantio de árvores e na restauração de pastagens para desacelerar a degradação do solo e os efeitos das mudanças climáticas, mas esses esforços resultaram em alterações significativas e imprevistas na distribuição da água pelo país.

Redistribuição da Água Doce 🗺️

Um estudo publicado na revista Earth’s Future analisou as mudanças na cobertura vegetal da China entre 2001 e 2020 e como isso impactou a disponibilidade de água doce para humanos e ecossistemas.

  • Regiões de Redução: A quantidade de água doce disponível diminuiu nas regiões leste das monções e na região árida noroeste. Juntas, estas áreas representam 74% da área territorial da China.

  • Região de Aumento: Em contraste, a disponibilidade de água aumentou na região do Planalto Tibetano, que abrange o restante do território.

Arie Staal, coautor do estudo e professor assistente na Universidade de Utrecht, explicou que as mudanças na cobertura do solo redistribuem a água porque o reflorestamento em larga escala, especialmente no Planalto de Loess, reativou o ciclo da água no país. Os cientistas estão apenas começando a compreender completamente como esse ciclo reativado movimenta a água.


Com informações: Live Science

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Clima

Genomas ancestrais revelam que humanos viveram isolados no sul da África por quase 100 mil anos

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Um novo estudo genético, publicado na revista Nature, sequenciou os genomas de 28 indivíduos que viveram no sul da África e descobriu que as populações permaneceram isoladas por cerca de 100 mil anos. A análise indica que a composição genética dessas populações ancestrais é drasticamente diferente da observada nos humanos modernos e “fica fora da faixa de variação genética” atual. A descoberta sugere que o isolamento geográfico, possivelmente devido a condições desfavoráveis na região do rio Zambeze, permitiu uma evolução genética única na ponta sul do continente

Um novo estudo genético revelou que os seres humanos permaneceram em relativo isolamento no sul da África por um período extenso, de aproximadamente 100 mil anos, resultando em uma composição genética surpreendentemente única e diferente dos padrões observados nas pessoas modernas.

Isolamento e Variação Genética Única 🧬

A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade de Uppsala e publicada na revista Nature, sequenciou os genomas de 28 indivíduos cujos restos mortais datam de 225 a 10.275 anos e foram encontrados ao sul do rio Limpopo, na África do Sul.

  • Diferença Genética: Os pesquisadores descobriram que todas as pessoas que viveram no sul da África há mais de 1.400 anos tinham composições genéticas “drasticamente diferentes” das dos humanos modernos, indicando um isolamento genético prolongado e único no continente.

  • Fora da Variação: O coautor do estudo, Mattias Jakobsson, destacou que a genética dessas populações ancestrais “fica fora da faixa de variação genética” observada nas pessoas modernas.

  • Causa do Isolamento: Embora a equipe não tenha certeza da causa exata, especula-se que a vasta distância geográfica combinada com condições desfavoráveis para habitação humana na região do rio Zambeze (ao norte do grupo isolado) possa ter funcionado como uma barreira natural, impedindo a interação com outras populações.

A descoberta apoia a ideia de que o Homo sapiens “moderno” possui uma variedade muito maior de combinações genéticas do que se pensava anteriormente.


Com informações: Live Science

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Ciência

Doulas na linha de frente da Crise Climática: Treinamento ajuda gestantes de risco na Flórida

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Diante do aumento de ameaças ambientais (como calor extremo e furacões) que elevam os riscos de parto prematuro e pré-eclâmpsia, um novo programa piloto na Flórida, o Doula C-Hot, está treinando doulas para atuar como educadoras climáticas. O objetivo é que elas ajudem clientes grávidas, especialmente em comunidades marginalizadas e de alta vulnerabilidade climática, a se prepararem para desastres, preenchendo uma lacuna crítica de informação

A crise climática está complicando a jornada de parto, especialmente para mulheres negras, que enfrentam um risco climático mais elevado e taxas de mortalidade materna mais altas. Pesquisas recentes têm relacionado ameaças ambientais – como calor extremo e fumaça de incêndio florestal – a um aumento em natimortos, nascimentos prematuros e baixo peso à nascença, além de problemas como pré-eclâmpsia e depressão pós-parto.

🌡️ O Programa Doula C-Hot

A doula de Miami Esther Louis percebeu a urgência de capacitar a sua categoria após ajudar uma cliente grávida de nove meses a fugir do furacão Irma (2017), uma experiência que levou 24 horas de viagem e desencadeou contrações de Braxton Hicks na gestante.

Em 2024, Louis se uniu à Dra. Cheryl Holder, cofundadora da Florida Clinicians for Climate Action, para desenvolver o programa de treinamento Doula C-Hot.

O currículo ensina as doulas a:

  • Avaliar o risco climático de suas clientes (perguntando, por exemplo, se têm ar-condicionado ou um plano de evacuação).

  • Oferecer aconselhamento prático, como verificar se a cliente vive em uma zona de inundação.

  • Conectar clientes a recursos, incluindo centros de refrigeração ou purificadores de ar.

🤱 Doulas Como Educadoras Climáticas

O programa reconhece que as doulas, que prestam apoio emocional e físico e realizam visitas domiciliares, são os profissionais de saúde mais eficazes para abordar essa questão de forma holística. Uma pesquisa mostrou que 95% das doulas entrevistadas desejavam mais treinamento e recursos sobre como lidar com ameaças ambientais.

Em outras regiões do país, doulas já estão atuando:

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  • Nova Orleans: Doulas apareceram em abrigos de emergência para ajudar a alimentar bebês com segurança, diante da falta de acesso à água estéril para a fórmula infantil.

  • Houston (Texas): A doula Sierra Sankofa desenvolveu workshops de planeamento de desastres para gestantes, ensinando, por exemplo, como higienizar mamadeiras sem eletricidade.

Até o momento, o programa piloto na Flórida já treinou 12 doulas e trabalhou com mais de 40 clientes. O objetivo é que, se for bem-sucedido, o Doula C-Hot se torne um modelo nacional para treinar doulas como educadoras climáticas.


Com informações: Jessica Kutz (O 19º) / Grist

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