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Em um mês, campanha de Biden arrecada mais do que todo o dinheiro gasto na eleição presidencial brasileira

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Em um mês, campanha de Biden arrecada mais do que todo o dinheiro gasto na eleição presidencial brasileira

Críticos vêm super influência das elites econômicas como possível risco à democracia

A campanha de Joe Biden à reeleição e o Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) anunciaram que arrecadaram US$ 90 milhões em doações só no mês de março, o equivalente a R$ 450 milhões.

Só em um evento, em Nova York e com a presença dos ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton, Biden arrecadou US$ 25 milhões. Um recorde até mesmo nos Estados Unidos.

Para um efeito de comparação, todos os candidatos brasileiros à presidência, em 2022, gastaram juntos pouco mais de R$ 230 milhões. Essa, diga-se de passagem, foi a campanha mais cara da história do Brasil.

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A corrida pelo ouro

A maior parte dessas doações vão para anúncios, sejam na TV, no rádio ou na internet. Sobretudo anúncios focados nos chamados “estados pêndulo”, aqueles que ora votam mais em democratas, ora mais em republicanos. Estes estados são importantes porque podem de fato decidir o resultado em novembro.

Nos meses que antecedem as eleições, muitos dos compromissos de campanha se resumem a eventos de arrecadação de fundos. Na maioria, eventos para quem tem muito dinheiro para doar.

“Você precisa de duas coisas para ganhar uma eleição: dinheiro e mensagem”, explica Chris DeRose, um autor de best sellers sobre história política dos EUA que conversou com o Brasil de Fato.

“Não significa que a campanha com mais dinheiro vá ganhar todas as vezes, na verdade nem sequer é o caso na maioria das vezes. Mas você precisa ter a mensagem certa. Precisa defender as pautas pelas quais os eleitores se importam”, afirma DeRose.

Mais dinheiro, mais acesso

Parte desse dinheiro vem de doações pequenas de eleitores, mas a maioria vem de poucos doadores que doam muito dinheiro.

Só na atividade recente em Nova York, por exemplo, uma doação de US$ 100 mil dava direito a uma foto com Biden, Obama e Clinton. Uma doação de US$ 500 mil garantia um momento privado maior com os 3.

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Para Chris DeRose, que é republicano e já concorreu às eleições no estado de Arizona no passado, essas doações são apoios sinceros.

“Claro que os maiores doadores têm acesso aos candidatos e eles podem expressar suas visões. Mas acho que em muitos casos são doadores identificando candidatos que concordam com eles, ou compartilham seus ideais, mais do que doadores ditando o que os candidatos devem pensar ou como devem votar”, diz DeRose.

Doação e liberdade de expressão

Em 2010, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que dinheiro equivale a discurso quando o assunto é eleições, não havendo, portanto, qualquer limite no montante que pode ser doado e gasto em campanhas.

Para os juízes, doar dinheiro para políticos é direito assegurado pela primeira emenda da constituição que trata da liberdade de expressão.

Essa opinião, porém, está longe de ser consenso. Para muitos, o poder exercido pela elite econômica do país é um perigo para a democracia em si. Isso é o que pensa Karina Garcia, candidata a vice-presidente em 2024 pelo Partido por Socialismo e Liberação, o PSL.

“Isso certamente corrói a democracia, ver os CEOs mais ricos, corporações, bancos, terem praticamente o direito de possuírem políticos.”, afirma Karina.

A candidata afirma que os eleitores estão abrindo os olhos para o problema, e deu um exemplo: “Eles estão descobrindo sobre o AIPAC e como grupos como o AIPAC, essas grandes máquinas de lobby, têm jogado milhões de dólares, todos os anos, em políticos americanos. Qual é o impacto disso na política global?”, questiona.

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A força do lobby

O AIPAC é uma das entidades privadas que fazem grandes doações. Trata-se de um grupo lobista pró-Israel, que entre 1990 e 2024, fez doações para pelo menos 279 senadores.

No topo da lista está um ex-senador por Delaware, o democrata Joe Biden. O atual presidente recebeu mais de US$ 5,7 milhões em doações do grupo durante 18 anos.

Empresas como a Lockheed Martin, a principal companhia do complexo militar americano, não podem fazer doações. No entanto, comitês políticos ligados à empresa, sócios e funcionários podem. Trump já recebeu mais de US$ 50 mil ligados à Lockheed Martin este ano. Biden, mais de US$ 32 mil.

Chris DeRose, republicano, e Karina Garcia, socialista, têm opiniões distintas sobre a questão.

“Eu, honestamente, acho que a melhor coisa que você pode fazer é permitir que o dinheiro chegue nas campanhas dos candidatos e, assim, tem transparência imediata. Você pode saber quem doou, tirar suas próprias conclusões sobre porquê estão aceitando aquele dinheiro ou porquê aquela doação foi feita.[…] A chave é a transparência. É ter acesso público e deixar o público ter o julgamento final, deixar os eleitores terem a decisão final. Em última instância, a democracia é isso”, diz De Rose.

Karina afirma que vê isso como um investimento: “Os ricos veem nos políticos oportunidade de investimento e eles colocam dinheiro nas pessoas que melhor representarão seus interesses. Eles podem fazer isso, é legal! É tão corrupto, que tornaram isso legal. É uma ditadura dos ricos. Os ricos têm alguma democracia entre a sua classe, mas essa democracia não se estende a grande maioria das pessoas.”

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Fato Novo com informações: Brasil de Fato

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Diretor do FBI lança mistério sobre atentado contra Donald Trump

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Em audiência no Congresso, Christopher Wray questiona fato crucial sobre o tiroteio

Em audiência no Congresso dos EUA, o diretor do FBI Christopher Wray levantou um questionamento sobre o atentado contra o e-presidente e candidato Donald Trump.

Ele afirma que existe algo que ainda não está claro sobre o tiroteio que se deu em Butler, Pensilvânia, no dia 13 de julho de 2024, perpetrado por Thomas Matthews Crooks, de 20 anos de idade.

Diversos questionamentos foram feitos sobre o ferimento de Trump na orelha, e ainda não foi esclarecido que se tratava de um disparo de AR-15 ou de um estilhaço de vidros de proteção contra tiros.

“Com relação ao ex-presidente Trump, há dúvidas sobre se foi ou não uma bala ou estilhaço que atingiu sua orelha”, afirmou o diretor do órgão.

Ele também não soube esclarecer as motivações do atirador Thomas Matthews Crooks. “Acho que podemos dizer que ainda não temos uma imagem clara sobre suas motivações”, completou Wray.

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O que diz o Serviço Secreto

A ex-chefe do Serviço Secreto dos EUA, Kimberly Cheatle, afirmou que a agência de segurança especial foi a “única” responsável pelo atentado contra a vida de Donald Trump e se demitiu no início da última semana.

Ela definiu o incidente como a “falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas”.

Além do FBI, o Congresso dos EUA também anunciou uma investigação independente sobre o que ocorreu naquele dia e sobre as motivações do atirador.

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Fato Novo com informações e imagens: Revista Fórum

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Kamala Harris enquadra Netanyahu: “É hora de um acordo de cessar-fogo”

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A vice-presidente se encontrou com o primeiro-ministro de Israel e revelou detalhes da conversa em coletiva de imprensa

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, se encontrou nesta quinta-feira (25) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Após a reunião, Harris conversou com a imprensa e revelou alguns pontos discutidos.

Kamala Harris declarou a Netanyahu que seu apoio a Israel permanece “inabalável”, mas ressaltou a necessidade de um cessar-fogo e criticou a forma como a guerra tem sido conduzida pelo primeiro-ministro israelense.


“Houve um movimento esperançoso nas negociações para garantir um acordo [de paz]. Eu disse ao primeiro-ministro Netanyahu que é hora de fechar esse acordo [de cessar-fogo]. Para todos que pedem um cessar-fogo e para todos que anseiam pela paz, eu vejo vocês e os ouço”, disse Harris.


Em seguida, Kamala Harris afirmou que “é hora desta guerra terminar e terminar de uma forma em que Israel esteja segura, todos os reféns libertados, o sofrimento dos palestinos em Gaza termine e o povo palestino possa exercer seu direito à liberdade, dignidade e autodeterminação”.

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A candidata democrata à presidência dos EUA também declarou que “o que aconteceu em Gaza é devastador. Não podemos desviar o olhar diante dessas tragédias. Não podemos permitir que fiquemos insensíveis. E eu não ficarei calada”.

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Biografia

A trajetória de Kamala Harris na Justiça antes das eleições dos EUA

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Kamala Harris era considerada linha-dura na sua atuação como promotora de Justiça do Condado de Alameda, procuradora-geral de São Francisco e da Califórnia

Na noite de 10 de abril de 2004, o policial de São Francisco Isaac Espinoza, 29 anos, foi executado com 11 tiros de fuzil na barriga e na coxa, sem chance para sacar a própria arma para se defender. O crime, como não poderia deixar de ser, causou enorme comoção na comunidade e especialmente entre os colegas e familiares.

Na Califórnia, o assassinato de policiais é causa de pena de morte. Esse era o desfecho que muitos esperavam para o caso. Mas a procuradora-geral de São Francisco, eleita um ano antes, Kamala Harris, não estava disposta a recuar no compromisso firmado em sua campanha ao Ministério Público de nunca pedir a pena de morte por mais hediondo que o crime fosse.

E, assim foi, apesar de o episódio ter marcado a vida pública da hoje vice-presidente da República e provável candidata à Casa Branca pelo partido Democrata. Em artigo publicado no jornal San Francisco Chronicle, Kamala justificou na época: “Para aqueles que querem que este réu seja condenado à morte, deixe-me dizer simplesmente que não se abrem exceções a questões de princípios”.

O assassino do policial, David Hill, tinha 21 anos no dia dos disparos. Em 2007, ele foi condenado à prisão perpétua sem direito à liberdade condicional e segue cumprindo a pena na prisão estadual de New Folsom, na Califórnia. O episódio foi narrado no livro Kamala Harris, a biografia escrita pelo jornalista Dan Morain, que acompanha a trajetória da vice-presidente desde o início de sua carreira como promotora.

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Apesar de ser contra a pena de morte, Kamala Harris era considerada linha-dura na sua atuação como promotora de Justiça do Condado de Alameda, procuradora-geral de São Francisco e da Califórnia. E, por alguns, até criticada por excesso de defesa do encarceramento.

Uma coisa é certa: Kamala Harris, ao estilo de quem, pela profissão, está acostumada a embates duros nas sessões de julgamento para convencer o júri, é uma excelente debatedora. E foi com um tom a la Ministério Público que Harris deu a largada na campanha presidencial no início da semana, mesmo ainda sem a confirmação oficial de sua candidatura — o que ocorrerá apenas em agosto na convenção dos democratas.

Num dos primeiros discursos, provocou o adversário, Donald Trump, que recentemente foi condenado em 34 acusações de fraude contábil, tornando-se o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos com um veredito como esse. “Antes de me tornar vice-presidente e antes de ser eleita senadora dos Estados Unidos, eu era procuradora-geral da Califórnia. Antes disso, eu era uma promotora que enfrentava predadores, fraudadores e trapaceiros. Então eu conheço o tipo de Donald Trump”, afirmou. E acrescentou: “Nesta campanha, colocarei meu histórico contra o dele”.

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