O lançamento do Mapa das Desigualdades 2025, idealizado pelo deputado Max Maciel (Psol) e elaborado pelo Inesc, revelou que o Distrito Federal é a capital mais desigual do país. O levantamento, apresentado na CLDF por jovens da periferia, aponta abismos em educação, saúde e infraestrutura entre regiões ricas e pobres
A juventude periférica ocupou a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta terça-feira (18) para o lançamento do Mapa das Desigualdades de 2025. O evento, parte da 3ª Semana Distrital do Hip Hop, idealizada pelo deputado distrital Max Maciel (Psol), trouxe à luz as profundas disparidades que assolam as Regiões Administrativas do DF.
O levantamento é elaborado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), cruzando dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) com pesquisas qualitativas para analisar os índices de desigualdade em áreas como saúde, educação, mobilidade e infraestrutura.
A assessora política do Inesc, Cleo Manhas, ressaltou que a ferramenta é um manifesto: “Nós queremos mais saúde, mais educação, mais transporte público”. O deputado Max Maciel pontuou que, apesar de o DF ser a capital com o maior IDH e maior renda per capita do país, essa riqueza se concentra, tornando-a a capital mais desigual do Brasil.
Abismo entre as Regiões
A edição 2025 do Mapa revelou um abismo social entre as regiões:
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Educação (Ensino Superior): Na Água Quente, SCIA e Estrutural, apenas 8% da população possui graduação. Em contraste, no Sudoeste, Octogonal e Lago Sul, o acesso ao ensino superior atinge cerca de 80% dos moradores.
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Saúde (Planos Privados): 90% da população periférica não tem plano de saúde, enquanto em regiões ricas, esse número chega a 70% (ou seja, 70% da população rica tem plano de saúde).
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Infraestrutura e Segurança Viária: Regiões como Sol Nascente, Estrutural e Santa Maria enfrentam déficits básicos. Em Planaltina, apenas 37% dos domicílios têm acesso a travessias sinalizadas, e em São Sebastião, 40%. No Lago Sul e Plano Piloto, as taxas chegam a 70%.
Mobilidade Urbana
O Mapa destacou a alta dependência do transporte público na periferia:
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Uso de Ônibus (Trabalhadores): Em São Sebastião, 53,3% dos trabalhadores usam ônibus; em Itapoã, 50,6%. No Plano Piloto, essa taxa cai drasticamente para 12,9%.
A moradora de Ceilândia, Sara Lisboa, criticou a proposta de Tarifa Zero, afirmando que a população se queixa da falta de ônibus aos domingos e feriados, e apontou que a privatização de estacionamentos no Plano Piloto não tem revertido recursos para a infraestrutura do transporte público.
O deputado distrital Fábio Félix (Psol) parabenizou a iniciativa, destacando que o Mapa ajuda a identificar, de forma qualitativa, os problemas a partir do protagonismo de quem vive as realidades dos territórios.
Com informações: Inesc, CLDF, Brasil de Fato
vorbelutrioperbir
06/07/2025 em 05:18
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